It's Temporary? escrita por Hellie


Capítulo 2
Sua chegada


Notas iniciais do capítulo

aeeeeeeee consegui postar hoje, e já ganhei leitores *-* Encarnem minha felicidade nisso ♥
Bom, ai vai outro cap o/ .



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Eu havia apagado, mas não sabia por quanto tempo. Minhas pálpebras pesavam, meu corpo doía. Depois, abri por completo os olhos, e tentei identificar o lugar onde estava. Não era a minha casa, não era o inferno... Eu estava no meio da rua. Na mesma rua em que tive o acidente mais cedo. Agora ela já não estava mais deserta, várias pessoas passavam por lá, normalmente. Nem se quer dirigiam os olhares para mim, as bicicletas, carros e motos que passavam dos lados nem paravam. Nada. Observei meu corpo, ele já não tinha mais os cortes, estava completamente limpo... Minhas roupas? Sem absolutamente nenhuma manchinha, pareciam em perfeito estado. Oque diabos estava acontecendo ali?! Voltei a minha atenção para o lugar onde estava. Em minha direção, estava vindo um caminhão em alta velocidade, e eu continuava sentada ali, parada, sem nenhuma reação. Eu não conseguia pensar em nada, se aquele caminhão me acertasse, eu teria que enfrentar a morte novamente, mas sem mais nenhuma condição... Já era. Quando o caminhão já estava a meio metro de mim, fechei os olhos esperando pelo pior.

P.O.V


– Castiel. – Ouvi uma voz, não muito longe de mim. – Castieel. – Ouvi a tal voz novamente.

– Mais cinco minutinhos... – Disse, já um pouco irritado. Odiava quando os outros ficavam na insistência. Me chamou? Não levantei? Então me deixa!

– CASTIEL, ACORDA! TU TÁ ATRASADO PRA AULA! – Levantei em um pulo. Ótimo, atrasado de novo... Terminei de abrir os olhos, vi aquela coisa platinada na minha frente. Lysandre era meu colega de quarto, nós somos melhores amigos desde meu primeiro dia naquele inferno de escola. Ele já estava pronto pra ir, e eu na cama, com cara de bunda somente com um calção de dormir. – Muito lindo da sua parte, 18 anos nas costas e mesmo assim não tem a responsabilidade de acordar no horário. Eu já vou descendo, vou falar pro professor que você ficou trancado no banheiro por horas e só conseguiu sair agora.

– Tá, vai lá. – Levantei e fui tomar meu banho o mais rápido possível. Daí eu me toquei... Porque eu to apressado se eu fiquei preso no banheiro? Posso demorar mais um pouquinho, ninguém vai se importar.

Acabei o banho e fui vestir uma roupa que eu achei dobrada encima do criado mudo. Uma blusa preta de mangas curtas e uma calça jeans escura. Peguei um all star, e coloquei óculos escuros, pra disfarçar um pouco a cara de sapo. Entrei no elevador e fui para a escola, cruzando seu estacionamento. Entrei na sala, chamando a atenção do professor, que me olhava irritado.

Lá vem bomba...

– Senhor Castiel, eu entendo o seu caso, mas se atrasar 30 minutos depois de ter sido liberado do banheiro? Francamente! Tente ser mais responsável, por favor! – Era sempre a mesma ladainha. Professor irritado, uma bronquinha de nada, e tudo de volta ao normal. – Estou cansado desse seu descuido, então, portanto, hoje você não fica dentro de sala, assim espero por aprender!

– O quê? Mas você sempre me deixa na sala depois de atrasos, não mude de ideia agora, né. – Eu encarava o professor, que agora estava com as veias pulsando de raiva.

– Vou sim senhor, agora, saía da sala para eu poder continuar a minha aula! – Ele aumentava o tom da voz a cada frase que dizia, parecia que ia explodir. Olhei por cima do ombro do professor, Lysandre ria da minha cara. Gay.

Saí da sala, e fiquei vagando pelos corredores.

– Ah, foda-se, vou voltar para o dormitório. Não preciso dessas benditas aulas de hoje. Era sexta mesmo, não tinha o que perder.

*

Eu não conseguia pensar em nada, se aquele caminhão me acertasse, eu teria que enfrentar a morte novamente, mas sem mais nenhuma condição... Já era. Quando o caminhão já estava a meio metro de mim, fechei os olhos esperando pelo pior.

Nada.

Não senti absolutamente nada, somente um vento do lado do corpo. Abri os olhos novamente, o caminhão já havia passado por mim... Mas não tinha me atingido. Como?!

Eu não podia ter morrido, eu havia feito um acordo. A morte me passou a perna? É isso? Olho novamente para o chão, dessa vez vejo um bilhete:

Se você está morta? De certa forma sim, de certa forma não... A única pessoa que pode te tocar e te ver, é a pessoa que você irá consertar a vida. Se você se quiser mostrar para mais alguém, no máximo só para mais uma pessoa. Seus poderes são limitados minha cara, então não abuse da sorte. Lembre-se, apenas seis meses. Faça o serviço direito.

Aflita, larguei o papel, encarando minhas mãos.

Só ele pode me tocar e me ver, exceto uma pessoa a mais que eu queira? Então todos pensam que eu estou morta... Eu tentava chorar, mas as lágrimas não saiam. Por um momento pensei que já não existia mais sentimentos ou emoções dentro de mim. Parei de encarar minhas mãos, agora olhando para frente. Eu já não estava mais no meio da rua. Estou em um quarto; Pelo menos eu acho que é um quarto. Roupas largadas no chão, garrafas de bebidas embaixo das camas, cuecas embaixo dos travesseiros.

– Porco. – Ainda olhava ao redor, com os olhos arregalados. Mas não me surpreendi muito, meu quarto estava quase pior que aquilo.

Fui dar uma olhada no banheiro. Por incrível que pareça, era a única coisa organizada por ali, fui novamente para o quarto, agora olhando pela janela. Percebi que não era uma casa exatamente, era um... internato?

Um gigante estacionamento separava a escola dos dormitórios, e por ali atrás, haviam piscinas, campos, etc. O lugar era bonito, mas não me senti confortável naquele novo lar.

Seus poderes são limitados...

Mas que poderes? Como se usam? Ah, alguém me dê um guia para guardiões... Se é que eu nem sabia oque era no momento. Atrás do lado da porta do quarto, havia vários recadinhos grudados; Comecei a ler.

Castiel, ou você limpa esse quarto hoje mesmo ou eu quebro seu notebook.

Lysandre, se você tocar no meu notebook eu taco fogo no seu bloquinho de notas.

Castiel, toque no meu bloquinho e eu chamo a sua linda e amada Debrah para nos visitar.

E depois disso não havia mais recados, o resto eram lembretes. Castiel? Lysandre? Qual desses eu teria que consertar? Eram muitas perguntas, mas infelizmente sem as adequadas respostas. Do meu lado, vi a porta se abrir com força, e um menino entrou.

Seus cabelos eram um ruivo sangue, sua pele era branca e o corpo era definido. Não consegui ver seu rosto nem olhos, porque ele foi diretamente para sua cama, e deitou com a cara no travesseiro. Com passos lentos, fui chegando perto do mesmo, e parei do seu lado, encarando-o. Eu queria ter certeza de que podia tocar alguém, então fui encaminhando minha mão para o meio de suas costas, e quando eu finalmente ia tocá-lo, ele se vira, em minha direção.


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Notas finais do capítulo

:3