The Surviver escrita por NDeggau


Capítulo 16
Capítulo 15 — Doendo




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Doendo

 SENTI O RABO DE LOLA NOS MEUS PÉS E DESPERTEI, ALERTA. Olhei em volta e não encontrei nada além da minha cachorra. Ela se enroscou em mim, tentando deitar no meu colo. Lola estava suja e parecia ter emagrecido, mas suas patas tinham mais músculos do que um cachorrinho doméstico.

 —Alguém está se tornando selvagem, então? —Cocei a cabeça dela.

 A faixa já havia sido retirada, e Lola andava quase normalmente, sem tropeços. Só não corria muito bem. Doc havia dito que, felizmente, Melanie não quebrara nenhum osso grande ou com dificuldade de reparação. Afaguei Lola mais uma vez antes de ficar de pé. Eu ainda estava encardida, coberta por poeira púrpura. Junto com Lola, andei calmamente até a câmara de banho. Esfreguei meu moletom quase até gastar a malha, garantindo que ele voltaria a ser o que era antes. Se Lola desbotasse, também o faria, pois a esfreguei com vigor, deixando-a dourada e brilhante novamente. Toda a minha roupa estava dura de tanta sujeira. Minha pele também parecia encardida demais, mas nada como um sabão caseiro ardente para tirar aquela sujeira. Os sabões azuis haviam terminado – e parece que se esqueceram de pegar novos. Quando vesti minha legging e uma blusa bordô comprida, ouvi passos na boca da caverna.

 —Toc, toc.

 —Jamie? Eu estou quase pronta.

 —Na verdade, sou só eu. —Ian.

 —Ah. Desculpe.

Calcei meus sapatos e caminhei até a boca da caverna, sacudindo meus cabelos úmidos.

Ian caminhou comigo em direção ao pátio principal.

—Onde está Jamie? —perguntei.

—Ajudando na mudança. O corredor que desabou está fora, não pode ser habitado. Os riscos são grandes. Todos que ficaram lá irão para o corredor novo.

—Deviam ter me acordado. —Resmunguei. —Eu poderia ter ajudado.

—Você precisava dormir.

—Quanto tempo eu apaguei?

—Um bocado. Mas você precisava. E como está Bruma?

Viva. Respondeu Bruma, e com um suspiro, completou. Feliz e bem.

 —Ótima. —Respondi. —Feliz por ver você. Feliz por ter escapado viva.

 —Estamos todos felizes por conta disso.

 —E a incursão?

 —Normal. —Disse Ian. Ele refletiu por um momento. —Nem passamos perto de sermos pegos.

 —Isso é bom.

 —Ótimo. —Ele concordou. —Já passamos maus bocados com essas incursões.

 Assenti com a cabeça.

 —Todos estão bem? —perguntei, evitando o silêncio.

 —Menos Joe. —Ian suspirou. —Doc não conseguiu cura-lo totalmente. Candy ainda está tentando encontrar maneiras de cura-lo, mas... Não sabemos o que esperar.

Pobre Joe, gemeu Bruma.

 Suas lágrimas dela borbulharam nos meus olhos, mas as espantei.

 —Ashley, eu tenho ordens expressas de te levar até o consultório de Doc. —Disse Ian, olhando meus braços lascados e esfolados. —Então...

 —Certo. —Concordei. —Não vou chutar você.

 —Bom... Isso é uma ótima novidade. —Ian sorriu, mas fiz uma careta para ele.

 Andamos em silêncio até o consultório de Doc. Tinham muitas pessoas lá, incluindo Peg, Melanie, Jamie e Jeb.

 —O que está acontecendo? —perguntei.

 —Ah. Porque não assiste? Doc está salvando humanos.

 Corri até lá, curiosa, me colocando entre Jamie e Melanie. Doc cortou o pescoço de um homem adormecido. A lâmina do bisturi deslizou suavemente, abrindo espaço para o sangue fluir e, junto dele, um brilho prateado. Peg entrou em ação e, em alguns segundos, deixou o corpo segurando uma fita prateada, um pequeno ponto de luz prateada brilhante.

Uma Alma. Bruma aquiesceu feliz. Nosso coração batia num ritmo lento e acalentado. Nosso coração? Perguntou Bruma.

Não é?

 Bruma sorriria – se tivesse lábios, claro.

 A Alma foi depositada gentilmente em um criotanque e guardada junto com outros criotanques cheios.

O gesto dos humanos é tão solidário, não é? Salvando ambos os lados. Trazendo os humanos de volta e mandando as Almas para um lugar sereno.

 Salvando ambos... Trazendo os humanos de volta...

 Minha voz sumiu de repente, na hora que mais tive vontade de gritar. Dos meus lábios escapou um sussurro agoniado, que combinava perfeitamente com o que eu sentia. —Eu matei meus pais.

 Jamie conseguiu me segurar no exato momento que meus joelhos fraquejaram. Eu desabei num monte flácido, e teria ido de cara ao chão. Era o que eu queria. Cair ali, cair no esquecimento.

 —Eu matei meus pais. —repeti, o sussurro foi mais alto, agudo, mais agoniado que antes.

Como? Como eu não percebi antes? Como...? Meus pensamentos não se firmavam, desapareciam como fumaça a céu aberto.

 —Ashley, o que...?

 Olhei para o rosto de Jamie, seus olhos cheios de preocupação.

 —Eu matei meus pais. —Era a única coisa que eu podia dizer. Diminuiria a dor? Possivelmente não.

 —Doc. —Chamou Melanie. —Doc, venha aqui. Doc!

 Melanie gritou quando eu desabei novamente, minha consciência derivando terrivelmente. Eu estava incoerente, o mundo girava sem sentido. Apenas os mesmos pensamentos.

Matei meus pais. Matei Alice. Destruí a única chance que eles tinham. Matei minha família, minha família. Minha família. Aqueles por quem lutei. Eu os matei, os matei.

 —Ela vai desmaiar! —Disse Jamie. —Doc! Doc! Faça alguma coisa!

 —Não deixe que ela se machuque. Está em choque.

 —Não! —Gritei. —Eu matei meus pais! Não entendem?

 Claro que não. Todos me olharam como se fosse louca. Louca, porque eu matei meus pais.

Ashley se acalme... Eu sei que dói, mas você não tinha como saber...

CALE A BOCA! Berrei, só depois percebi que o tinha feito em voz alta. Tornei a pensar. Deixe-me em paz.

 Bruma o fez.

 —Ashley... Ashley...

 —Deixe-me em paz. —Gritei, e me debati para me soltar dos braços de Jamie. Ele acabou me soltando, e desabei no chão. Talvez tivesse doído, mas não percebi. Apenas uma coisa me machucava. E era forte, aguda, no centro do meu peito, acelerando meu coração, esmigalhando-o a cada batida.

Dor...

FIQUE QUIETA. APENAS SAIA DA MINHA CABEÇA!

 Bruma fechou os olhos, então, finalmente.

 Fui reerguida, meus pés molengas flutuaram. Encontrei um tecido. Malha frouxa, esfregando meu rosto, limpando as lágrimas bobas, lágrimas de Bruma, que caiam. Agarrei-me aquele tecido, sem me importar com aquele que o pertencia.

 —Doc, o que eu faço? —Sussurrou Ian.

 —Apenas... Leve-a daqui. Não a deixe sozinha.

 —Eu não o faria. —Respondeu ele, e saiu do consultório me carregando.

Eu não estava chorando, não estava triste. Entorpecida, machucada. Era isso que eu sentia. Apenas dor, dor quase física, rompendo do fundo do meu peito e se espalhando pelo meu corpo a cada batimento cardíaco. Desejei que meu coração parasse apenas para que a dor parasse também.

 Meu corpo descansou em algo macio, meu colchão antigo no quarto novo. Senti Lola se enrolar como uma bola ao meu lado, mas pela primeira vez não me importei com ela. Apenas me encolhi, destruída por eu mesma, com medo de eu mesma. Os braços de Ian estavam a minha volta, sem deixar minha cabeça tocar o colchão, em silêncio. Ian sempre sabia quando ficar em silêncio. Fiquei apoiada contra ele, ouvindo minha própria respiração por alguns minutos até retomar totalmente minha consciência. Assim que o fiz, soltei sua camiseta – o tecido que outrora eu agarrara – e virei para o outro lado, escondendo meu rosto debaixo dos braços. A mão de Ian apoiou sobre meu braço.

 —Ashley, eu sei que é difícil, mas... Apenas me diga o que houve.

 —Eu matei meus pais. —sussurrei.

 —Aposto que não. —Insistiu ele.

 —Eu os envenenei. Pensei que não havia escolha para os suprimidos. Eu os matei, MATEI!

 —Shh, shh. Fique calma. Está tudo bem.

 —Não está. —Gritei.

As pontadas de dor aumentaram, queimando-me por dentro. Mais agudas, doídas. Meu corpo inteiro começou a tremer, abalado pela dor. Não lembro se algum dia eu senti tamanha dor. E a mesma continuou, estilhaçando todo o meu corpo internamente, ardente.

—Você não fazia ideia. —Disse Ian.

Ele se sentou atrás de mim, puxando meu corpo travado pela dor para perto dele, ao lado dele, e passou um dos braços pelo meu ombro, apertando meu rosto contra seu ombro.

—Não se culpe... Não é sua culpa. De ninguém, eu acho. Talvez das próprias Almas, se quiser culpar alguém. Você as odiava, e foi obrigada e viver entre elas por tanto tempo... Isso entorpece as pessoas, não acha? Mas não pense nisso.

Depois de alguns minutos que eu pensava com meus botões, Ian sussurrou.

—Você... Você os envenenou como?

Ele tinha mesmo que perguntar?

—Veneno no café. —Sussurrei. —Mas não os vi tomando, fui embora.

—Viu? Talvez eles estejam vivos. Há muitas chances para isso.

Uma esperança desequilibrou minha dor, deixando-a menos forte. Era uma esperança boba, realmente. Mas ainda sim era uma esperança.

—Certo? —sussurrou Ian.

—Certo. —Concordei, e consegui me empurrar para longe dele. —Apenas me deixe um pouco sozinha.

—Tenho ordens médicas que me proíbem de fazê-lo.

—Então avise a Doc que estou bem.

—Você não está.

Não respondi. Encolhi-me novamente, como uma bola, ao lado de Lola. Ela lambeu minha bochecha, mas nem tive o trabalho de me mexer. Lola se enrolou ao meu lado, e ambas viramos uma bola de pelos e tecidos; e alguns ganidos e espasmos de ambos os corpos.

Uma voz sussurrou da porta do quarto, tão baixa que quase não a ouvi, mas foi o suficiente para reconhecê-la.

—Ian? —perguntou Jamie, hesitante. —Como ela... Como ela está?

Não ouvi a resposta de Ian, talvez ele apenas tivesse gesticulando. Não me importo, eu estava infeliz demais para me preocupar. Outro tremor sacudiu meu corpo, e apertei mais os braços na frente do rosto, tentando me esconder.

 —Nada bem. —Era a resposta, mas veio da mesma pessoa que fez a pergunta.

 O colchão afundou mais, quando Jamie sentou-se ao meu lado.

 —Ash, eu...

 —Não me chame de Ash! —Berrei, erguendo a cabeça e ficando frente a frente com dois rostos aflitos. —Não me chame assim. Nunca.

 A voz de Jamie saiu sussurrando.

 —Desculpe.

 Voltei a me enrolar numa bola, abraçando os joelhos e escondendo o rosto entre eles. Agora meu corpo tremia violentamente, o tempo todo, e tive que morder o lábio para não soluçar, mesmo sem lágrimas. O colchão levantou levemente – Ian estava indo embora. Eu não queria que ele fosse. Ele não. Porque Jamie não ia embora e me deixava com minha dor e os olhos azuis?

Ah, gemi. Não posso ficar dependendo dele, isso nunca.

 Sacudi novamente, impedindo um soluço de fazer barulho. Em meio aos meus soluços, e aquela dor queimante, e sentindo a esperança boba acender uma chama pequenina dentro de mim, roguei pelo sono, implorando a mim mesma que dormisse. Talvez levasse a dor embora, enquanto eu estivesse adormecida. Meu corpo não aguentava mais as ferroadas ardentes. Eu poderia correr horas e horas sem descanso, ou lutar com todos, ou cavar por muito tempo, como já havia feito. Mas sentir esse tipo ardente de dor, tão interna e penetrante? Isso não. Talvez eu fosse fraca demais para minha própria dor, e isso fez com que doesse mais ainda – por vários motivos. Em meio à minha dor, aos tremores e a respiração de Jamie ao meu lado, sem dizer nada, finalmente consegui adormecer, mas continuou doendo como se tivesse uma pedra em brasa no meu peito.

 Acordei aconchegada em um calor familiar. Minha cabeça descansava sobre o colo de Jamie. Ele estava me olhando quando abri os olhos, e pude perceber um misto de sentimentos nos olhos dele. Preocupação. Tristeza. Angustia. Respirei fundo e me sentei, me enrolando ao lado dele. Sua mão tocou meu ombro, ficando ali.

 —Ash... Ashley, por favor, você não pode se culpar desse jeito.

 —Ian lhe contou, não foi? —resmunguei.

 —Era um segredo? Desculpe, eu... Não sabíamos.

 —Não era. —Resmunguei mais alto.

 —E você... Você precisa comer alguma coisa, está tanto tempo aqui...

 —Quanto tempo?

 —Você dormiu um dia inteiro.

 Estremeci, imaginando quanto tempo eu já não estivera ali, aconchegada sobre ele, sofrendo adormecida, atormentada com sonhos. Eu não acordara nenhuma das vezes, apenas abria levemente os olhos e dormia antes que focalizar alguma coisa.

 —Não quero comer. —Resmunguei. —Não quero nada. Quero ficar sozinha, apenas.

 —Eu não vou te deixar sozinha. —Ele sussurrou.

 Apertei meus olhos quando as ferroadas em brasa voltaram para meu peito.

 —Onde está Lola? —Sussurrei, o máximo que conseguia sufocada pela dor.

 —Com Peg e Ian.

Ian. Pensar nele fez mais agulhas flamejantes aparecerem e perfurarem minhas costelas, provocando uma dor aguda. Um gemido agoniado escapou pelos meus lábios.

Quer conversar agora? Sussurrou Bruma, do cantinho mais profundo da minha mente, baixinho, com medo. Ela ficou mais feliz quando assenti mentalmente.

Por quê? Sussurrei em pensamento.

 Bruma não entendeu. Por que o quê?, ela se perguntava. Por que doía? Por que eu não comia? Ela procurou entender por meus pensamentos, mas me adiei, explicando, reformulando minhas perguntas.

Por que essas coisas têm que acontecer? Por que comigo? Já não foi o suficiente? Eu já não sofri o suficiente? Por que tive que perder meus pais, sentir a dor de perder meus pais pela segunda vez? A primeira não bastava? Por que isso? É alguma brincadeira doentia? Devolver-me, e depois arrancar-me, deixando apenas a dor para trás? Por quê?

 A resposta que ela deu servia para todas as perguntas.

Porque você é forte.

Eu sou forte, repeti, para me convencer. Posso suportar.

Uma parede, de tão cheia de músculos. Bruma insinuou um sorriso. Uma parede, de tão forte.

Uma parede lascada e desbotada, de tão sofrida.

Mas continua em pé, não é? A base é a mesma. A essência é a mesma.

Você devia ser psicóloga. Ambas rimos em nossa mente. Obrigada.

 Voltei a abrir os olhos, a luz do sol que entrava pelas frestas do quarto fez o reflexo dos meus olhos brilhar, prateado, refletindo no meu braço.

Você é parte de mim agora. Pensei, me referindo tanto ao reflexo quando a Bruma.

 Respirei fundo três vezes, sentindo meus pulmões se expandirem e contraírem. Bruma tentou ficar feliz também, me ajudando a esquecer da dor. Ela pensou em Chama, mas não funcionou, pois ambas pensamos em Ian e a dor voltou cortante.

Coisas felizes, sussurrou Bruma. Correr. Nadar.

Isso lembra minha mãe, gemi.

O canto de um pássaro. Insistiu Bruma. O bater de suas asas, a gentileza de suas penas. Bruma vasculhou minhas memórias, a sensação era de um pássaro batendo asas dentro da minha cabeça. O passarinho azul que tinha um ninho na casinha alaranjada no parque central de Phoenix. Ele tinha um belo canto, e você o chamava de Azulejo, lembra?

 Sorri para a parede.

 Aquilo me ajudou. A lembrança de Azulejo, o feliz pássaro azul do parque central. A lembrança era confortadora. Rolei para o lado, ficando mais perto de Jamie. Ele estava me observando, sentia os olhos dele em mim. Olhei para os olhos dele ­– o chocolate com risquinhos de caramelo e sombreado de noite – e falhei na tentativa de sorrir, apenas apertando os lábios e curvando-os ligeiramente para cima. Foi o suficiente para ele, Jamie abriu um largo sorriso.

 —Quer almoçar nos campos de trigo, que agora se resume a terra cavada?

 —Isso me parece razoável. —Suspirei. —Para alguém que acabou de descobrir que matou os pais.

 —Você não os matou. —Jamie segurou meu pulso, e seus dedos deslizaram para minha mão, apertando-a. —Eu sei que não. Pode até ter tentado, mas eles saíram ilesos.

 —Como você pode saber? —Sussurrei, espantando a dor que ameaçava voltar.

 —Por que eu tenho , Ashley. No quê, exatamente, eu não sei. Não em algo maior, não. Não sou nenhum religioso, acho que nenhum de nós. Mas quando se vive como nós, onde nós vivemos, em nossas condições, precisamos ter , precisamos crer em alguma coisa fielmente. Você aprende com o tempo. É algo para se segurar.

 —E funciona?

 —Minha irmã e eu encontramos Jared quando nossas vidas pareciam perdidas. Foi um milagre. Mel voltou seis meses depois de ser capturada pelos Buscadores, com um alienígena no corpo dela. Isso também foi um milagre. Mais um milagre, por ser Peg que estava com ela, que veio atrás da família de Mel apenas para recompensar a vida que tomou. Conseguimos descobrir um jeito de salvar nossa espécie. E se eu tenho fé? Tenho.

 Engoli em seco. Meu corpo se arrepiou com aquelas palavras. Deram-se um motivo para crer em algo, em uma salvação. . Essa palavra soava bonita. Era disso que eu precisava para acalmar minha dor.

, repetiu Bruma, para não esquecer. Ela também desconhecia esse sentimento, esse conceito. É uma coisa bonita, a fé.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, não foi um dos melhores capítulos, porém melhores estão por vir, prometo. Espero que estejam gostando ♥



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