Crônicas de um assassino brasileiro escrita por Makahin


Capítulo 2
Capítulo 2 - História, símbolos e mistérios




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Eram três horas e papai me chamou para sairmos, pegou a chave de nosso carro, e pegou seu paletó. Me olhou e disse:

Filho porquê não se veste de maneira mais social? O lugar onde vamos é importante.

Fiz uma cara de “por favor né?”, e fui subindo as escadas para o segundo andar, onde a segunda porta é o meu quarto, a na frente da escada é o do quarto dos meus pais. Troquei de calça, peguei uma mais bonita, pus um sapato preto e uma camisa azul claro, pequei minha jaqueta caso esfriasse.

disse mamãe me acariciando os cabelos, e me fazendo corar. Deu-me um beijinho doce na testa Pode vir aqui do meu lado se quiser, vai ser melhor para conversarmos. Sentei-me no banco do passageiro, as ruas estavam com pouco movimento, e o pai dirigia tranquilamente, e o rádio tocava uma música gostosa, me pensei se seria esse o momento de perguntar sobre o símbolo estranho, mas meu pai irrompeu a música dizendo:

Sabe filho, você já deve ter visto que sou um homem atarefado, que viajo muito, e que quase sempre estou fora de casa. Sim, tudo isso é meu emprego, mas eu não sou realmente o empresário de uma multinacional, como você sabe, ou melhor, sabia... Sei que é difícil para você, ter essa revelação, mas isso também aconteceu comigo.

Como assim? Você também teve um pai que mentiu para você? Seu nome é realmente Cláudio Pereira Santos? Sou mesmo descendente de portugueses? Como se lesse minha mente meu pai me disse:

Bom, eles ainda existem sim... Eu sei é muito confuso, já passei por isso, quando eu tinha 13 anos meu pai me levou para onde irei te levar, e me explicou tudo o que irei te explicar. Na verdade, bom eu irei falar de uma vez por todas, eu sou um assassino.

Meu peito gelou. Meu coração batia forte e rapidamente. Esfriei não me sentia bem. Como meu pai, uma pessoa que me abraça ao me deixar na escola, que reza junto comigo na igreja, que reza o Pai-nosso, poderia ser um criminoso? Engoli em seco.

Minhas mãos tremiam ao falar Uma lágrima escorreu dolorosamente para fora de meu olho.

Ele disse de uma maneira, como se não quisesse ter me magoado Sua voz soou suavemente, tentando confortar-me.

Agora eu começara a ficar meio nervoso, na verdade, todos os meus sentimentos se misturaram, numa sopa fervente chamada sangue.

Sim eu estava com raiva.

Não desta forma! Ele me largou na porta da irmandade, e apenas me desejou sorte!

Fiquei me pensando, até onde toda nossa conversa era real. Parecia tudo um sonho sem nexo. Olhei pela janela, via pessoas andando nas calçadas, falando no celular, levando sacolas, entrando em seus carros... Uma parte de mim queria saber mais e mais, e a outra queria pular do carro e gritar: POLÍCIA! MEU PAI É UM ASSASSINO!

Única coisa que fazia som era o rádio, que cantava uma música suave, um violino, que tocava só, fazendo daquele momento, uma cena de filme dramático

Pegue este anel. Observe-o e diga como e o que você vê.

Peguei ele, e vi o mesmo símbolo da parede da casa, e da poltrona, com uma pequena alteração: uma parte curva embaixo do “A”, este símbolo era rodeado de desenhos e entalhes finos. Na parte interna do anel existia uma inscrição em inglês:

Nothing is true, everything is permitted.

—Pai, o que é esse símbolo? — perguntei intrigado.

Você já vai descobrir. Guarde esse anel no seu bolso. Podemos descer agora, já chegamos.

Não fazia sentido, estávamos debaixo de uma ponte, onde havia uma parede com varias pichações, e a única legível, não fazia sentido:

"Nas trevas trabalhamos para a luz servirmos."


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Notas finais do capítulo

Dica do easter egg: personalidade
Continuem caçando...



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