Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 19
Finalmente, o dia das apresentações!


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Ainda se lembram de mim? Não? É bem compreensível, já que eu fiquei meses sem postar (de novo), eu acho que nem tenho desculpa, eu tô errada mesmo.
Espero que gostem desse capítulo.



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Pov Mônica

Finalmente o dia das apresentações havia chegado e todos, sem exceção estavam nervosos é preocupados com isso.

Os professores pediam para os alunos das outras classes se sentarem e ficarem quietos, enquanto os mesmos ignoravam. Enquanto as pessoas da minha classe estavam nos camarins se arrumando. Quase todos estavam prontos, somente um aluno ainda não tinha chegado.

— Cebola, onde você está?! — Eu disse quando ele atendeu o celular.

— Hum? Em casa. Dormindo... — Bocejou — Por quê?

— Porque as apresentações já irão começar e o "bonitão" ainda está na cama. Ou você chega aqui em cinco minutos, ou vai levar um "socão" na cara!

— Eu... Já estou chegando. — Ele disse com a voz ofegante, pelo jeito estava se arrumando as pressas.

Desliguei na sua cara e coloquei o celular em meu bolso.

— E agora, Mônica... Se o Cebola não chegar logo? — Magali perguntou se aproximando de mim.

— Acabei de ligar para ele e disse que se ele não estiver aqui em cinco minutos, vou bater nele. — Respondi rindo um pouco e logo sendo acompanhada por Magali.

— E desde quando você tem o número dele?

— Desde que o Titi me passou a 5min.

Repentinamente ouvimos no palco uma voz dizer:

— Fala Galera, estão gostando do "pancadão"? — A voz esganiçada disse com o maior entusiasmo. — Eh, como assim ainda não começou? Como é produção? Desculpem, parece que eu vim anunciar o inicio do show.

— Quem será?

— Parece a voz do Licurgo. Vamos lá ver.

Nós corremos para os fundos do palco, onde muitos de nossos amigos estavam gargalhando, até mesmo Do Contra que não teve como negar que além do Licurgo não ser um bom apresentador, a sua voz e um microfone, não eram lá parceiros muito amigáveis.

— Bem, aparentemente, quem vai se apresentar primeiro seria a Irene e Carmem, mas como eu não sou louco, que venha ao palco Nimbus e Dora, que irão cantar Nesta Noite o Amor Chegou. Não entendi essa música... ainda é dia.

Nimbus começou a cantar assim que Licurgo saiu do palco, ele era bem afinado, mas sua voz não era muito bonita, entretando a voz da Dora era doce e encantadora.

Quando eles terminaram, Licurgo voltou ao palco e disse: — Os próximos são Toni e Titi, que vão cantar O Pregador.

O Pegador, Licurgo.

— Essa música é dedicada para todas as meninas gatas da escola.

A música começou a tocar e os dois começaram a dançar e cantar entusiasmados.

— Nossa, que ricículo, eles estão rebolando. — Magali zombou enquanto ria sem parar.

— O Cebola ainda não chegou, e agora Mága?

— Mô... Môni... Eu preciso de um copo de água. — Ele disse ofegante parado do meu lado. Ele tirou uma garrafa de água de sua bolsa e começou a tomar. — Já é a nossa vez?

— Não sei, o Licurgo que está escolhendo quem vai se apresentar.

Ficamos quietos e começamos a assistir a apresentação dos meninos.

— Esses dois estão se achando. — Ele disse enquanto via Toni levantar um pouco de sua camisa, mostrando seu abdômen definido, enquanto Titi rebolava.

— E não é para menos. Olha aqueles corpos, Mônica. — Magali apontou enquanto mordia os lábios.

— Eu estou vendo, nem precisa pedir.

Cebola me olhou de soslaio e ficou quieto.

— Bem, esta foi mais uma apresentação louca, e agora, com vocês Irene e Carmem.

— É Carmem e Irene!

— Tanto faz! Elas irão cantar Danci...

— É Fancy! — Ela disse extressada.

— Que nome louco.

As duas começaram a dançar e a rebolar no palco, a Carmem estava com uma saia extremamente curta, aposto que as pessoas da platéia podiam ver sua calcinha.

— Acredito que a Carmem tenha vindo com aquela saia de propósito.

— É claro que ela veio de propósito, se não, ela teria vindo com outra.

— Não foi isso que eu quis dizer. Eu aposto que a Carmem veio com aquela saia para que possam ver a calcinha dela, só para que eu pudesse sentir ciúmes, ou para que eu veja também.

— Ah, verdade, vocês terminaram.

— Como sabe? — Ele perguntou franzindo o senho.

— Te conto mais tarde.

— Magali e Cascão? — Licurgo perguntou a sí mesmo enquanto falava ao microfone. — Essa eu quero ver!

Os dois foram para o palaco e pegaram os microfones com Carmem e Irene. As mãos da Magali estavam trêmulas e suadas devido ao nervosismo. Cascão pegou sua mão assim que a música começou a tocar, e com o tempo os dois foram se acostumando.

Os dois cantavam muito bem, e a música era perfeita para o tom de voz de ambos.

Mas o que realmente me chamou a atenção eram seus olhares, desde que a música começou, eles não pararam de olhar um nos olhos do outro.

"Isso é estranho!" — Pensei.

Finalmente os dois terminaram de cantar e nesse instante, Magali abraça o Cascão, que parece estar feliz e surpreso e logo retribui o abraço.

E mais uma vez Licurgo anuncia a próxima dupla, que será Xaveco e Do Contra.

Magali, ao chegar novamente aos fundos do palco, me abraçou e depois deu alguns "gritinhos" de alegria.

— Deu tudo certo! Eu quase não acredito! — Ela disse eufórica.

— Calma, Mága. — Ele pediu e tocou levemente em seu ombro.

— Eu só estou feliz. — Ela disse com o rosto abrasado, provavelmente por causa do Cascão.

— Eu também. — Ele disse sorrindo.

— O Senhor Sorriso não muda nunca. — Brinquei e ele me mostrou a língua.

Cebola me olhou de soslaio novamente e disse: — Pessoal, olha lá! O Xaveco e o DC estão "arrasando". Eu não sabia que eles eram tão bons assim.

Eles estavam apresentando Perfect do Simple Play, todavia, estavam tocando também, o Do Contra estava tocando bateria e o Xaveco estava na guitarra, provavelmente a ideia de tocar tenha vindo do Dc, já que eles são a única dupla que irá tocar instrumentos musicais.

[...]

Algum tempo se passou e eu e o Cebola ainda não havíamos nos apresentado. Eu já estava cansada e esperar, e o pior, quanto mais o tempo passava, mais nervosa eu ficava.

— Se eu soubesse que iria demorar tanto ficaria dormindo por mais tempo. — Cebola disse bocejando.

— E se você fizesse isso, amanhã mesmo ninguém iria reconhecer o seu rosto. — Ele engoliu em seco e voltou a se calar.

"Ai, e agora?" — Eu pensava andando de um lado para o outro. — "Por que nós ainda não fomos? Será que aquele louco vai me deixar por último?"

— Eu não sou louco, você que é! — O professor disse do palco.

"Será que ele me ouviu? Claro que não, Mônica, ele não pode te ouvir."

— Mônica, relaxa, a nossa vez irá chegar.

— Eu sei, e é disso que eu tenho medo! É se nós passarmos vergonha lá? Eu seu eu tropeçar e cair na frente de todo mundo? E se eu desafinar? E se a minha voz ficar esganiçada como a do Licurgo? E se...

— Chega desses "e se", tudo vai ficar bem, Mônica. Confie em mim.

Mais algumas duplas foram, até que chegou a nossa vez. Eu estava muito nervosa e por causa disso, minhas mãos começaram a tremer. Assim como as de Magali quando ela foi se apresentar.

— Mônica, relaxa! — Ele pediu.

— Não dá, eu não consigo.

Ele pegou minha mão e foi comigo até o palco. Como ele é bem popular, pude perceber que algumas pessoas ficaram muito surpresas ao nos ver com as mãos dadas, principalmente depois de nós termos brigado.

"Tenho que consertar esses mal entendidos depois"

— Cenourinha, já pode cantar.

— É Cebola, e pelo que eu saiba, você não tem que sair do palco?

— Ah, sim. Eu me esqueci, desculpe.

— Nossa, ele agiu como uma pessoa normal. — Sussurrei para o Cebola, que riu um pouco.

— Está pronta?

— Não.

— Sério? — Assenti com a cabeça. — Então vire-se para mim e feche os olhos, quando se sentir segura, os abra.

— Mas eu vou me sentir mais envergonhada. — Eu falei já com os olhos fechados, enquanto o melodia da música começava.

— Quando abrir seus olhos, olhe para os meus.

Eu começei a cantar, e logo depois Cebola estava me acompanhando. Quando o refrão começou, tive coragem de abrir os olhos.

Vi dois incríveis olhos castanhos me fitando, bem perto, perto até demais. E por causa desta proximidade, senti meu rosto ficar quente.

"Que sacanagem! Eu não acredito que estou ficando corada! Agora eu entendo a Magali".

Provavelmente, Cebola percebeu que eu estava corada, e logo depois sorriu, pegou em minha mão e me girou. Isso não foi muito eficiente para que a minha timidez no palco diminuísse, entretanto eu também sorri e assim tive coragem de olhar para a platéia.

Muitas pessoas estavam lá, muitas de outras classes que vieram nos ver, e também alguns de meus colegas que já haviam se apresentado, ou seja, Carmem estava lá, me encarando furiosamente. Eu preciso conversar com ela mais tarde.

O Cebola começou a cantar o "solo" dele, o que fez muitas menina da platéia delirarem e e pedirem que eu trocasse de lugar com elas.

Então finalmente o fim da música estava chegando e eu comecei a relaxar e me entregar ao som. Minha voz afinou levemente o que deu um tom mais suave ao nosso desfecho.

E assim nosso dueto terminou.

Saímos do palco antes que Licurgo chegasse com seus comentários extraordinariamente complexos e sem sentido.

Minhas mãos ainda estavam tremendo, mas eu estava feliz por tudo ter sido de acordo com o planejado.

[...]

Todas as apresentações já haviam terminado e todos foram liberados mais cedo. Eu Cascão, Cebola e Magali estávamos indo juntos, já que morávamos praticamente juntos.

Quando estávamos chegando, Cebola para de repente e fala: — Mônica, como soube que eu e a Carmem terminamos?

— Eu e o Cascão estávamos no shopping ontem e vimos ela chorando, quando fomos perguntar o que tinha acontecido ela disse o que tinha acontecido, e disse que a culpa é minha. Não entendo, o que eu fiz?

— Nada, Mônica, eu só não queria que você saísse espalhando para todo mundo. Hoje muitas meninas vieram acabar com a minha paciência assim que eu cheguei.

— Mas eu não falei nada para ninguém.

Ele parou e refletiu por um momento.

— Cascão, seu fofoqueiro!

— Desculpa, cara. Eu só contei para a nossa turma.

— Quem? Os Greens?

— T-Também. E-Eu estava me referindo aos nossos amigos mais próximos da infância, como a Magali, o Do Contra e a Denise.

— Não acredito, Cascão! Logo a Denise? A menina mais fofoqueira da face da Terra?

— Foi meio que sem querer. — Eles ficaram quietos por uns momentos e quando eu pensei em continuar a andar, Cascão perguntou: — Como foi que vocês terminaram?

— Eu estava cansado de ter que aturando ela e as compras dela e ela começou a dizer que eu não ligava pra ela, só me importava comigo mesmo e que eu nunca vou mudar...

— E...?

— Eu pedi para nós darmos um tempo que eu nunca gostei dela de verdade e que não a suportava mais. E ela disse que preferia terminar porque não iria me deixar sair por cima daquela situação.

Eu não pensei realmente o que eu iria dizer, mas as palavras simplesmente jorraram dos meus lábios: — Nossa, Cebola, você realmente não se importa com os sentimentos das outras pessoas mesmo! Você é um narcisista e pensa que você e esse seu ego são o centro do mundo, não é mesmo?

— Olha o que você está falando, garota, eu nunca disse isso!

— Mas é o que demostra o tempo todo. Uma atitude fala mais do que mil palavras.

— Você não tem o direito de me julgar, Mônica. Eu já decidi que vou mudar. Não por você e nem pela Carmem, e sim pela minha irmã, ela não merece ter um irmão assim.

— Mas parece que ainda nem começou a tentar.

— Vai se catar, Mônica! Eu não vim a esse mundo para poder te dar satisfações. Eu nunca gostei dela mesmo e foi ela que quis ficar comigo. Agora quem tem que arcar com as consequências disso, é ela, e você não tem que ficar doida por causa disso. — Ele parou para respirar, um pouco ajeitou a mochila em seu ombro e voltou a falar: — Eu vou embora logo, antes que você volte a me encher. Tchau, gente.

— Mônica, eu avisei que não era uma boa ideia ser amiga do Cebola, ele... — Magali começou a falar.

— Não, Magali... — A interrompi. — Dessa vez a culpa foi minha. Eu não deveria opinar na vida amorosa dele.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam, e para o pessoal que comentou no capítulo anterior... DESCULPA, EU PENSEI QUE JÁ TIVESSE RESPONDIDO, EU SOU UMA ANTA!!!

E quem não leu as notas finais do capítulo anterior: Amiga (o), você se lascou, lá no meio, tinha tipo um spoiler. Quando o capítulo que essa determinada coisa for acontecer, eu relembro o que eu escrevi.
Beijinhos.



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