Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 15
Quer ser minha amiga?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpem se o capítulo ficou ruim ou confuso. Mas eu fiz o meu melhor. E espero que gostem.
E por favor escutem a música que eu coloquei no capítulo, quem canta são dois covers de vozes maravilhosas.



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Pov Mônica

Eu voltei para casa sozinha, já que Cebola falou que não queria ir para casa tão cedo.

Decidi não perguntar o porquê, já que a nossa amizade havia se iniciado em menos de 2min. Basicamente... Nós resolvemos nossas diferenças.

Cheguei em casa com o estômago embrulhado de fome. Já eram quase 2h e eu não tinha comido nada. Socorro tinha acabado de preparar o meu almoço já que ela sabia que durante algum tempo eu estaria chegando aproximadamente neste horário.

— Socorro, me desculpe. Você comeu sozinha?

— Sim, espero que não se incomode.

— Deixa de frescura, Socorro. Eu não sou sua chefe, eu sou sua amiga. Você é meio que uma mãe para mim.

Ela rio um pouco e se pois ao meu lado com um prato na mão. Comida italiana, com certeza.

— Acho que estou velha de mais para ter uma amiga da sua idade. — Ela disse enquanto colocava o prato em minha frente. — Mas não sei se ser sua mãe é algo ruim. — Ela disse sorrindo.

— Deixa de besteira, Socorro. Nós somos amigas desde o momento em que nós nos conhecemos.

— Já para mim é diferente... — Olhei para ela esperando que ela continuasse. — Para mim você é a filha que eu nunca tive.

— Você nunca... — Minha voz travou em minha garganta e eu senti que não deveria tocar naquele assunto. — E para mim você é a mãe que eu sempre desejei ter.

— Não exagere Mô, seus pais não são tão ruins. Eles são ótimos com você.

— Socorrinha, uma vez a minha mãe foi estrelar um filme do qual todas as atrizes aspiravam...

— E... — Falou como se pedisse para que eu continuasse.

— Ela conseguiu o papel principal, ela foi para o Alasca fazer as filmagens e durante esse tempo eu fiquei seis meses sem vê-la. Ela perdeu minha primeira apresentação de ballet e uma apresentação de teatro que eu fiz na escola. Eu me senti triste naquele dia, todos os pais dos meus amigos lá assistindo, e os meus não.

[...]

Eu estava na casa de Magali. Conversando sobre assuntos banais até que ela me pergunta:

— O Cebola te encheu a paciência hoje? — Olhei para ela com cara de confusão, então ela me explica: — No ensaio.

— Atá! Não, ele até que foi muito legal... Nós fizemos as pazes.

— Como?! Assim do nada? — Disse incrédula com que eu tinha acabado de expor.

— Sim, depois de cantar Someone Like You ele toca em um assunto que eu não queria conversar, principalmente por nós não nos darmos muito bem. Aí ele pergunta se eu quero ser amiga dele e... Eu disse... Sim.

Flashback on

Pov Autora

Eles já estavam no auditório. Tudo já estava limpo e os dois estavam sentados em frente ao piano decidindo qual música iriam tocar. Cebola queria tocar Help, dos Beatles, mas Mônica pediu a ele para cantarem Someone Like You.

Ele cedeu.

Essa era uma das coisas que ele não fazia há tempos, ceder, concordar ou desistir.

Mas perto de Mônica ele se sentia diferente, como se seu passado não existisse. Como se o mundo não existisse. O que realmente importava ali eram os dois, sozinhos.

Certas vezes eles começavam a discutir, por motivos banais e tolos. Os dois adoravam provocar um ao outro. Realmente, ambos se sentiam praticamente bipolares quando estavam juntos. Em um segundo, brigas e provocações começam e logo depois, os dois estavam conversando normalmente, nem se lembrando mais o por que da briga, é claro que alfinetadas e sarcasmo participavam dessas conversas "normais" entre os dois.

Mônica estralou todos os dedos de suas mãos antes de começar a tocar o piano. Ela começou a cantar alguns versos da música, para logo depois ser seguida por Cebola.
Ele conhecia aquela música muito bem. As vezes sua irmã ligava o aparelho de som em seu quarto e escutava essa música algumas vezes seguidas. Ele até desconfiava de que sua irmã estava sofrendo por amor de algum garotinho, mas só de pensar ele já sentia raiva. Ele tinha que admitir que era um irmão ciumento.

Enquanto ele pensava em todas essas coisas Mônica prestava atenção em várias coisas ao mesmo tempo, como: As teclas do piano, a letra da música e a voz rouca e melodiosa de Cebola. Ela tinha que admitir que ele tinha talento, e muito.

Assim que a música acabou, Mônica disse surpresa:

— Nossa, Cebola! Você... Você canta muito bem.

— Obrigado, você também arrasou.

— Obrigada. — Ela respondeu simplesmente.

Cebola parou e pensou alto: — O que eu sinceramente quero saber é porque você queria tanto cantar essa música.

Ela ficou calada por um tempo pensando se deveria ou não responder àquela pergunta.

— Me lembram os meus amigos.

— Por quê? Aquele tipo de amigo que já foi o um dos seus namorados?

— Claro que não, me lembram meu amigos e amigas em geral. Eles namoravam uns aos outros. E mesmo que essa música não possa ser considerada... Alegre. Ainda assim me fazem me lembrar deles. Além disso, Nicole tinha um namoro vai e vem e sempre que o namoro terminava ela escutava essa música.

— Você não se sentia meia excluída?

Ela olhou para baixo e respirou fundo, como se não quiser falar sobre aquilo. Cebola entendeu e não retomou mais no assunto. O silêncio que se estabeleceu ali, depois do fim daquela conversa, era cortante e ensurdecedor.

— Cebola, eu... — Finalmente quebrou o gelo. — Eu não sei se devo te contar sobre isso. Convenhamos que nós não somos amigos e não nos damos muito bem.

— Entendo.

— E também eu não sei nada sobre você.

— E gostaria de saber?

Mônica permanece quieta e pensativa. Ela não sabia o que realmente deveria responder. Se eles começassem a se conhecer melhor, logo uma amizade surgiria ali. E aquilo não seria nada bom, Cebola parecia um imã para problemas, o que ela já tinha de sobra.

O mesmo vendo a hesitação da garota, descide pedir à ela uma coisa que estava entalada em sua garganta desde o dia em que eles se conheceram. Desde que seus olhos se encontraram.

— Mônica. — Ele a chama confiante de si.

— Sim?

— Quer ser minha amiga?

Seu rosto abrasou-se imediatamente.

Cebola não sabia o motivo de ela estar tão envergonhada. Só sabia, que daquela maneira, ela ficava ainda mais linda.

— S-Sim, eu aceito ser amiga.

— Que bom, eu pensei que você diria não.

Ela deu um sorriso singelo e disse: — Bem... Eu preciso ir. Estou morrendo de fome e preciso falar com a Magali.

— Okay, até mais. — Ele disse assim que eu me virei e saí andando.

— Ah, Cebola. — Eu disse me virando novamente. — Mesmo que sejamos meio que amigos agora, prometo continuar te irritando.

— Eu digo o mesmo.

Depois de dito isso ele lhe lança um trivial sorriso de canto, se levanta e beija sua bochecha. O que fez as bochechas de Mônica ficar ainda mais abrasante.

Ela deu de ombros ao sentimento esquisito que a fez ter um certo frio na barriga. Como se milhões de borboletas batessem asas naquele local. Uma sensação muito boa.

Deveras, aquilo foi estranho.

Flashback off

Pov Mônica

— Eu disse sim.

— É claro que você disse sim. Claro, ninguém diz não para o Cebola, tirando eu, o Cascão e a Maria Cebolinha.

— Sabia que todos vocês são muitos misteriosos? Vocês vivem falando que todos vocês eram amigos na infância, que ele não era assim, que ele tem que esquecer o passado. Mas ninguém explica nada.

— Olha Mônica, só quem tem o direito para contar à você essas coisa é o Cebola. O passado é dele. Se ele é mesmo o seu "amigo" agora, ele vai te contar.

Bufei de insatisfação.

"Agora pronto! Eu tenho que desvendar os 'mistérios' sozinha" — Pensei raivosa.

— Mas e você em? — Mudei de assunto repentinamente. — Vai cantar com quem?

— Hoje no intervalo o Cascão pediu pra fazer comigo. Mas nem a pau eu faria com ele.

— Por quê?

— Porque eu o odeio.

— Mas, por quê?

— Porque ele é um "pegador", e se ele se aproximar muito de mim vai querer se aproveitar da situação. — Ela disse em um timbre de voz hidrófobo. — Mas o problema é que eu enrolei de mais e só sobrou ele para fazer dupla comigo.

Segurei um riso indecoroso, todavia Magali percebeu e me lançou um olhar irado.

Como eu não desejava brigar. Sai de lá o mais rápido possível. Indo para minha casa logo instantaneamente.

"Se a minha amizade com Cebola só poderia acabar em merda imagine a de Magali e Cascão".


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal. Quem lê as notas finais já sabe o que eu vou falar: Deixem reviews.
Mas você se pergunta: Pra que deixar reviews.
Por vários motivos que colocarei em questão:
Para animar o autor, apontar os erros de ortografia, para deixar sua opinião, para ter seu nome no último capítulo de agradecimentos (sim, eu farei isso), para que você possa falar o que eu poderia ter feito para o capítulo sair melhor.
Por isso comentem! Deixem a preguiça de lado. Eu quero ver o "rosto" (que está mais para foto de perfil) dos meus leitores fantasminhas.