Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 14
Lembrar do passado é doloroso.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Nem demorei né?
Só 4 dias, é o meu recorde.
Feliz Natal pra todos (atrasado) vocês, já que no capítulo anterior eu esqueci de desejar. E Feliz ano novo (antecipado).
Bem, como muitas pessoas estão viajando ou vão viajar, eu não vou pegar tanto no pé, mas existe 3G ou 4G, que é melhor ainda. Então não tem desculpa viu?
E não esqueçam que agora tem o contador de acessos que facilita tudo.
Agora podem ler.



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Pov's Mônica

— Chega! Eu não aguento mais. Parem! Parem! Parem! — Acordei de meu pesadelo com minha mãe e chacoalhando. Socorro e meu pai me olhavam com preocupação. — O que aconteceu? — Percebi que estava toda suada.

— Pesadelo — Minha mãe disse praticamente lendo meus pensamentos. — Você pedia para parar. O que acontecia? — Perguntou mais que curiosa.

— Eu lembrava de minha infância. Você e o meu pai…

— Mas Mônica, isso é passado. — Meu pai afirmou.

— Um passado muito doloroso para mim, pai. Eu não sei como vocês podem ainda…

— Nós fazíamos de tudo para estar juntos e eu ainda amo o seu pai. — Minha mãe tentou, sem sucesso, se justificar-se.

— Mas nunca estavam e até mesmo agora parece que nós somos apenas fingidores. Parece que nós somos todos felizes, não é mesmo?

— Chega! Parem com essa discussão boba. — O único homem do local repreendeu nos. — Vamos Luisa, você não pode se atrasar para as gravações.

— Nunca adianta. Vocês nunca vão mudar. — Lamentei enquanto sussurrava, porém, Socorro foi a única capaz de me ouvir.

Assim que eles saíram do meu quarto a mesma disse:

— Não fique assim. — Me abraçou. — Eu sempre estarei ao seu lado, haja o que houver. Eu sei que não trabalho aqui a muito tempo e que nós mal nos conhecemos, mas… Você é como uma filha para mim.

— Obrigada. Você é mais mãe para mim do que minha mãe de sangue.

— Vou preparar o seu café da manhã, então não demore no banho.

— Beleza. Mas vou querer outro pedaço daquele bolo. — Digo e vou em direção ao meu banheiro. Tomo um banho quente e sonhando acordada com aquele maravilhoso bolo.

Pov Cebola

Meu despertador tocava às 7hs da manhã.

"Mais já?" — Pensei com raiva.

Me levantei com raiva, fui ao banheiro, fiz minhas higienes matinais e tomei um banho morno. Fui ao meu closet e peguei uma bermuda pastel, uma blusa xadrez e um vans de couro preto.

Me vesti rapidamente e peguei um óculos escuros.

Abri a minha janela e vi a de Mônica aberta. Porém, desta vez, ela não estava lá, me olhando com indignação. Foi hilário ver a expressão de surpresa dela quando me viu. Não que eu também não tivesse ficado surpreso, mas não tanto quanto ela.

"Talvez eu até possa me aproveitar dessa situação". — Pensei malicioso.

Desci as escadas e vi novamente Milena, meu pai e Maria sentados à mesa. Eu não disse nada, apenas me sentei também. Comi vagarosamente as panquecas que a nova empregava havia feito. Não eram tão boas quanto as que a minha mãe fazia, mas ainda sim eram boas.

Levantei-me e novamente perguntei se Maria não queria que eu a acompanhasse, mas novamente ela recusou.

Sai de casa e caminhei tranquilo por alguns minutos, perdido em meus próprios pensamentos, até alguém tocar em meu ombro e dizer:

— Fala careca!

— Oi, Cascão. — Eu já sabia que era ele, além de sua voz ser inconfundível, eu ouvia o barulho de seu skate a algum tempo. — Eu desisto de tentar te convencer a parar de me chamar assim.

— Aê! — Comemorou sozinho. — Eu posso te chamar assim porque eu sou seu amigo. Mas e o Tony? Que eu saiba ele só feto chama assim para te pirraçar.

— Ele é meu amigo, falso, mas meu amigo.

— Eu tenho saudade dos velhos tempos que você não se importava com popularidade.

— Íh! Olha quem fala, o maior pegador da escola. — Zombei. — E eu não me importo com a popularidade, eu só quero ser diferente. Agora vamos mudar de assunto. Eu não gosto de sentir saudades do passado.

— Nossa! Foi uma pena que ontem as meninas não ficaram com a gente pra andar de skate. Mas também né? Você e a Mônica foram brigar de novo.

— Eu não suporto aquela garota.

— Tente conhecer ela. Ela é muito engraçada, desastrada e inteligente.

— Jamais! E quando eu pedi para mudar de assunto, eu queria que ele fosse
melhor, e não pior.

— Quer saber? Desisto.

Ficamos em silêncio por um tempo, até que ele fala:

— Até esqueci de perguntar, o que rolou enquanto você e a Mônica limpavam o auditório?

— Nada, só mais uma discussão.

— Novidade — Ironizou. — Mas vocês nem ensaiaram aquele trabalho tosco que a professora passou?

— Nem deu tempo, mas vou falar com ela depois. — Concluí. — E você vai fazer o trabalho com quem?

— Ainda não vi isso. Mas pelo que sei, só tem uma menina disponível naquela sala, o resto é tudo marmanjo e eu tenho a leve suspeita que eles não gostam de mim.

— Por quê será? — Perguntei ironicamente. — E quem é essa pessoa? — Finalmente fiz uma pergunta retórica.

— A Magali. Mas eu tenho uma leve sensação de que ela não gosta de mim também.

— Novidade! — Falei com um certo tom de sarcasmo na voz. É hoje eu realmente estou um tanto irônico.

Pov Autora

Carmem já estava mais que ansiosa para rever seu namorado. Que ela não via desde o dia anterior. Certamente ela estava louca para matar a saudade. E o quanto queria tocar novamente naqueles lábios macios.

Já Irene, via o quanto a loira estava ansiosa, e só para provocá-la um pouco, resolveu tocar em um assunto um tanto desagradável.

— O que será que aconteceu ontem, entre o Cebola e a Mônica?

— É claro que não aconteceu nada. O Cebola nunca seria capaz de me trair. — Esbravejou.

Tony, vendo onde a moça queria chegar, comentou:

— Sei não. Aquela Mônica é muito gata.

Maria Melo com sua ingenuidade completou:

— Mais bonita que a Carmem.

A fúria cresceu dentro de Carmem. Ela rogou pragas em sua mente, até que finalmente gritou:

— Ficaram loucos? Como "aquilo" poderia ser mais bonita do que eu? Olhem para mim, sou uma das garotas mais ricas e populares da escola. Além disso o meu cabelo é loiro e meus olhos são azuis como os céus.

— Você pode até ser uma das mais ricas, mas não é "a mais rica". Depois que a Mônica se matriculou aqui ela passou a ser a mais rica. E você até pode ser loira dos olhos azuis, mas mesmo assim, você não é tão bonita quanto ela. — Toni falou tudo o que sabia e pensava, sem pensar no que Carmem pensaria ou acharia.

— Agora pronto Tony, vai defender a ralé? — Carmem perguntou enquanto rangia os dentes indignada com o que eles pensavam. Ela era sim, a mais linda de toda escola e Cebola a amava, era isso o que ela acreditava.

Nesse exato momento Cebola, acompanhado por Cascão, chegou. Interrompendo a discussão que ali se formava.

—Oi, Carmem. — Cebola cumprimentou friamente sua namorada.

— Oi meu, amor. — Disse com seu olhos brilhando. Ela correu para seus fortes braços e o beijou.

O beijo era frio, sem sentimentos ou emoções, mas para Carmem, aquilo era o paraíso.
Cebola separou seus lábios, a pegou pela mão e disse:

— Vamos para a sala.

Eles caminharam tranquilamente até as suas salas. Sob o olhar de todos, por onde passavam. Como Carmem adorava isso, ser notada, olhada e desejada. Porém Irene odiava sempre estar em segundo plano. Ela era a segunda mais bonita, a segunda mais rica, e a segunda mais desejada. E com a chegada de Mônica a colégio, ela passou a ser a terceira.

Maria Melo não se importava com isso. A única coisa que realmente queria era ser uma modelo. Magra e bonita, porém, sem ela perceber, aos poucos aquele pensamento havia se tornado uma doença.

Já Tony sentia uma inveja mortal de Cebola. O porque nem ele mesmo sabia. Talvez fosse porque Cebola era sempre o centro das atenções e sempre conseguia o que queria. Cebola sabia muito bem que seus amigos eram todos invejosos e falsos, com exceção de Cascão, seu amigo e companheiro, que sabia os seus mais obscuros segredos.

Cascão, mesmo não concordando com nada do que seu amigo fazia, continuava ao seu lado. Ele sabia como seu amigo se sentia solitário e infeliz, por isso mesmo não o abandonara todos esses anos.

The Greens e As Lipsticks até poderiam ser diferentes em muitas coisas, mas havia uma única coisa em que todos pensavam igual:

"Aula de literatura. Que tédio!"

[...]

Já era a hora do intervalo e lá estava Cebola, procurando por Mônica.

A encontrou sentada de baixo de uma árvore, conversando com Do Contra, a quem Cebola tanto detestava por um motivo fútil.

Ela ria, e que belo sorriso ela tinha. Porém, o ódio de Cebola por ela era tão intenso, que ele ao menos percebia o seu belo sorriso com dentes levemente salientes.
Cebola se aproximou dos dois, interrompendo sua conversa.

Mônica assim que o viu ficou emburrada. Já para Do Contra foi como se ele nem estivesse ali. Cebola chamou Mônica para conversar, que foi de contragosto. Ele a guiou até o corredor, perto dos armários. Onde tudo era sossegado e silencioso.

— Quando podemos ensaiar para aquele trabalho tosco? — O garoto de cabelos espetados falou com um leve tom de tédio na voz.

— Não precisa ter pressa, as músicas são só pra daqui a três semanas, um mês.

— Mas seria bom se nós já começarmos a ensaiar. — Insistiu.

— Estranho, eu pensei que você iria querer deixar para a última hora, mas okay! Hoje lá no auditório?

— Pode ser. — Concordou

— Mas ainda temos que escolher a música. — O lembrou.

— Eu já tenho umas idéias.

— Okay! Eu espero que você tenha um bom gosto músical. Se não o trabalho todo vai ser do meu jeito.

— Vai sonhando. — Ele disse sarcástico.


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Notas finais do capítulo

Nessa vida tem uma palavra que define a vida dos adolescentes: Tédio.
Então eu peço a todos escutarem essa música aqui: http://m.youtube.com/watch?v=DUaG4yDkG9s
Pra acabar com essa praga que assombra a minha vida. A música se chama: Tédio com T bem grande pra você.
Obs: Muitas pessoas não vão gostar da música só por causa da voz do cantor. Mas fazer o que?
Beijos e até mais. E antes que eu me esqueça: VALEU VICK POR RECOMENDAR A MINHA FIC (Rimou,verbalmente, mas rimou)