Bad Luck escrita por Ponycat


Capítulo 6
Brigas, Amizade e Clarisse.


Notas iniciais do capítulo

Oii! Eu prometo que ainda posto outro cap quando eu puder. Ninguém me deu uma boa ideia para recompensa, entao eu nao vou fazer nada demais. Talvez outra visao de James? Vai ser meio raro ter o ponto de vista dele, entao o proximo cap vai ser inteiro sobre ele e a vida dele. Que tal?



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Capitulo 6.

Brigas, Amizade e Clarisse.

A aula passa rápido diante dos meus olhos. Não é como se fosse entediante como os últimos dias. Eu senti ódio de James hoje por ele vir me buscar de moto, mas fiquei agradecida quando ele me apoiou no salto alto.

O professor de história, que ele “amorosamente” apelidou de Professor “salaminho” deu a aula dele sem nenhuma (absolutamente nenhuma) interrupção hoje E depois nos deram período dos livros, que existe uma vez na semana (os alunos vão pra uma salinha ler obrigatoriamente por um período inteiro, mas James adora quebrar regras e ficamos conversando no banheiro dos meninos). James está muito bem humorado hoje. Principalmente depois que ele me beijou, o que me faz ficar acanhada porque sou uma idiota que não consegue resistir a nada. Desconfio que ele esteja se apaixonando por mim, o que é terrível.

-Vamos? –Ele diz subindo na moto. Era a hora do almoço e ele queria me levar para algum lugar.

-Eu subi nessa coisa uma vez. Mas não subo de novo. –Respondo indignada. Ele nunca me faria subir em uma moto de novo. Sabe o que é vergonha? É você tropeçar depois de subir em um dessas coisas de VESTIDO. Isso mesmo, de vestido.

-Por favor? Você nem sabe onde eu vou levar... –Ele diz fazendo a sua voz nada sexy de cachorrinho pidão –cachorrinho pidão fala?

-Não. Se for me levar a algum lugar, que seja em um ônibus. –Retruco.

-Se eu te contar para onde vamos, você vai? –Pergunta.

-Não. Hoje eu não subo em nenhuma moto de novo. –Nego.

-Então a gente vai fazer o que? -Ele diz parecendo decepcionado. Eu não gosto de desapontar as pessoas, mas ele bem que está merecendo.

-Que tal a gente comer no refeitório como pessoas normais? –Arrisco.

-Não somos pessoas normais. Falha tentativa de nos misturar a ralé, pobre criança. –Ele diz.

-Então vamos de ônibus para a sua casa. –Eu falo cruzando os braços. Chuto que ele quer nos levar a casa dele. Mas é sério, não tenho ideia.

-Não.

-Então eu vou ali sentar na grama. Passar bem. –Eu digo virando as costas pela segunda vez hoje.

James sai da moto perdendo todo o bom humor. O sorriso dele não estava mais ali brilhando. Agora ele era como qualquer um.

Eu me deito debaixo de uma arvore e James me segue deitando ao meu lado.

-Qual é o seu problema? –Pergunta ele.

-Você.

-Não tire conclusões precipitadas. –Ele diz se debruçando e olhando para o meu rosto. Seu rosto estava tão perto da minha boca que eu corei. Ele correu os dedos pelo meu cabelo recém colorido e sorriu.

-Agora eu digo: qual é o seu problema? –Falo baixo. Mal tinham pessoas a volta, mas parecia certo sussurrar quando ele estava tão perto de mim.

-Você.

E então ele tocou a minha bochecha corada me acariciando, me causando um arrepio. Minha indecisão começa: Deixar ele me beijar ou sair correndo feito um avestruz maluco que perdeu o ovo do dinossauro verde?  O cérebro realmente não serve para nada nessas horas afinal. Meu coração dispara. Ele estava sendo muito lento, então eu me jogo em cima dele e o tasco um beijo na bochecha dele e me levanto assombrada com o que eu acabara de fazer.

James fica sem palavras, assim como eu. Mas ele mantinha um sorriso maléfico no rosto, muito parecido com o do meu sonho. O medo do sonho volta e eu saio correndo sem rumo pela rua. Mas quando chego a esquina da escola lembro que estou de salto alto assim que me esborracho no chão pela segunda vez.

De novo. Penso

-Tudo bem com você? –Ele aparece do nada, como no sonho.

-Não... Eu preciso sair de perto de você. –Respondo. Me levanto rapidamente aterrorizada.

-Ei, está tudo bem. O que eu fiz de errado? –Ele diz parecendo tanto apavorado quanto eu. Então ele olha para baixo e provavelmente está pensando em algo que ele pensa que fez de errado, quando nada é exatamente culpa dele. Quer dizer, do ele fora dos meus pesadelos.

-Não é sua culpa. –Eu digo tocando seu ombro. Ele levanta a cabeça e me olha fundo nos olhos.

-É sim, Larissa. –Ele diz saindo de perto de mim, assim como eu disse que desejava. Mas quando ele saiu, só restou um vazio. Mas as vezes vazios são melhores que medos. Eu o observo de longe na sua moto sem reação, estava cantando pneu e seguindo pela esquerda, para algum lugar que só Deus sabe onde é.

Abaixo a minha cabeça sentindo vontade de chorar por nenhuma razão aparente. Tento chorar para acabar com o peso, mas não desce uma lagrima sequer. Eu não me entendo mais. Como alguém pode me causar algo que eu nunca senti antes assim, com essa facilidade?

Talvez seja isso. As pessoas não sonham com as outras em vão. Eu estou apaixonada pelo James e não ao contrário. Ele nem se importa comigo. Ele só me quer por perto para que ele possa desfilar pela escola sem ser reconhecido como menino que foi colocado na friendzone pela nerd normalzinha. Eu o beijei na frente de todos na aula, Deixei que ele me mudasse por completo, o deixei apertar minha cintura, resisti ao seu beijo, o permiti que me acariciasse, e ainda o beijei na bochecha sem que ninguém me obrigasse a fazer isso. Eu estou apaixonada com todas as letras, mas não vou fazer nada. Eu vou oprimir essa coisa do mal que só faz mal até que suma. Pelo menos não é amor.

Saquei meu celular determinada a evitar James. E o liguei. Se ele fizer o pai dele me expulsar da escola, ou qualquer coisa assim eu vou superar. Mas uma paixão? Nunca.

-James?

-Larissa. –Ele responde seco.

-Não posso mais fazer isso. – Jogo a bomba logo de cara.

-Eu imaginava. Não deveria ter pedido que você fizesse isso em primeiro lugar. –Ele diz com desdém.

-Eu sei disso.

-Quem eu quero enganar? –Ele murmura e eu ouço. Provavelmente ele estava pensando alto, o que não é inteligente de se fazer enquanto se está no telefone com alguém.

Desligo o telefone esperando uma sensação de alivio. Mas tudo que eu sinto é vazio.

Ando por ai sem fome, e depois fico na frente da escola, jogada na grama, pareço uma perua emo desgraçada. Então James volta pela direita com a sua moto preta descolada.

-Desculpa, Larissa. –Ele grita de longe para mim, que me apresso a me levantar.

-As desculpas são minhas, é claro. -Eu digo de cabeça baixa indo na direção dele.

-De forma alguma. Eu pedi desculpas primeiro. São minhas. –Retruca.

Sorrio. Esse era o James. Observo a luz que bate nos seus olhos quando ele sorri de volta. E pensar que não sei o suficiente dele. Gostaria de saber de tudo agora, olhando nos lasers que agora pareciam mais com um lugar reconfortante. Não sou muito fã de garotos que gostam de usar roupas pretas e de espetar o cabelo, mas agora parecia que era a coisa mais legal do mundo. Me sinto estupida. Agora minha vontade maior é contar para ele como me sinto. Mas eu não sei. Não sei como contar, não sei se ele gosta de mim, não sei de quase nada sobre ele. Mas para tirar esse peso eu vou ter que me esforçar, e então agora eu vou tomar uma decisão, olhando para os lasers confortáveis.

Mudança de planos. Eu vou ser a melhor amiga de James até eu saber de tudo sobre ele. Depois, eu vou saber como contar, que palavras usar e se vale realmente a pena contar. Não é como se meninas ficassem na friendzone, né?

-Amigos? –Pergunto.

-Não.

-Como assim? –Questiono.

-Vamos ser amigos, mas não é bem assim. Amigos se conquistam. –Ele disse.

-Falou o cara que te faz de namorada falsa. –Rebato.

-Mas isso aqui é real? –Ele diz puxando as minhas mãos e colocando junto com as dele. Eu parei de respirar agora. O toque dele é tão macio.

FOCO LARISSA! Meu cérebro grita desesperado.

Eu disse que nunca queria me apaixonar por essa razão. Agora vou ver céus cor de rosa e nuvens de algodão doce toda vez que eu pensar nesse garoto que não é nada perfeito. Ele não é o príncipe encantado que todas as meninas sonham. E muito menos é o que elas esperam que ele seja por ele ser tão bonito.

-É real. –Eu confirmo o abraçando de uma vez. Ele me abraça de volta, me envolvendo. Consigo sentir seu cheiro de perfume Calvin Klein que eu reconheci duma perfumaria do shopping.

O telefone de James toca e ele me solta, fazendo com que o perfume suma de perto de mim e eu fique vazia de novo.

-Clarisse? –Ele diz falando ao celular. –Se isso for algum trote seu, Alexia... Claire... você está realmente de volta à cidade?

Ele espera um tempo, a pessoa do outro lado da linha –suposta Clarisse. – Deve estar falando algo super bom e interessante, afinal, os olhos de James brilham.

-Eu te vejo amanhã, princesa? Quantas saudades de você, meu amor... –James completa.

Ele nunca falara assim, nesse tom. Nem comigo, nem com ninguém. Meu rosto esquenta. Quem é que ele estava chamando de amor?  James espera um tempo e depois se despede da suposta “Clarisse”. Ela deve ser a maior bruaca...

-Desculpa ai... Tenho uma novidade monstruosa. –James diz se dirigindo a mim. –A minha namorada voltou de Seattle. Eu não acredito que a mãe dela finalmente conseguiu a custodia dela.

-É... Eu te conheço fazem cinco anos e nunca soube dela. –Eu digo com o coração na boca e uma coragem falsa. –Seattle é meio longe. Não?

-Ela vem de avião. –Ele diz. –Eu nunca te falei dela porque nunca fomos tão íntimos, né? E falar no nome dela era tão doloroso... Acho que vai gostar da Claire. Bem, seja lá como for, ela vai estudar com a gente. É uma longa história... –Ele diz rápido transbordando de felicidade. Ele fala pelos cotovelos quando quer! Anotado.

Eu nunca o vi tão feliz em toda a minha vida.

-Hum. –Eu digo a palavra mais comum para quem estava com ciúmes. Eu vou confessar a mim mesma que eu não devo ser páreo para essa menina.


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Notas finais do capítulo

Clarisse? Claire? Uia, eu so estava esperando ela chegar para as coisas ficarem interessantes... Deem uma opniao, gente! Eu gosto de conversar com voces. Eu fiz o que minha prima pediu, se repararam... Nunca mais passa de 3.000 palavras (ou ao menos vou tentar o meu melhor para que nao passe).
Beijos!!