Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 9
Capítulo Oito


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, tudo bem? Estou sem ideia do que colocar aqui, então, leiam o capítulo e espero que gostem :D Aahh, e obrigadaaa DaniiHyuuga por recomendar a fic ♥



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CAPÍTULO OITO


Cheguei em casa em torno das quatro horas e vi que a Sophie e seu grupo de líderes de torcida estavam ensaiando no quintal, pelo menos dentro de casa vou ter paz, já vi tanto aquele ensaio que já até gravei ele na cabeça, não é possível que elas já não saibam, mas tenho certeza que é por causa da competição que vai ter no colégio depois de amanhã, a palavra "perder" para a Sophie não existe, ela está com pavor de não ganhar.

- Eloísa, já estava preocupada, tinha sumido - a Sarah disse aparecendo na sala.

- Sarah, até que enfim chegou! Essa casa é muito chata sem ter ninguém com quem falar e ficar sozinha nela dá um pouco de medo - falei rindo.

- Deixa de ser medrosa - ela respondeu.

Olhei pelo vidro da casa e pude ver no quintal a Sophie reclamando alguma coisa com uma garota de duas trancinhas loiras e ela parecia um cachorrinho recebendo ordens, essa minha irmã má é muito mandona e chata mesmo, não sei como aquelas garotas lá a aguentam.

- Só ouço a Sophie gritar o tempo todo - ouvi a Sarah dizer quando viu onde estava meu olhar.

- Ela é assim, acho que nunca vai mudar - disse dando de ombros - Tenho coisas mais importantes agora para me preocupar, como a minha amiga que está internada.

- A Giselle? - a Sarah perguntou assustada.

- Ela mesmo. Eu fiquei muito chocada quando soube. Espero que minha amiga melhore logo, não sei como sobreviver na escola sem ela.

- Tadinha da Gigi - a Sarah disse e me abraçou de novo.

Espero que ela e eu fiquemos bem, não sei como ficar sem minha amiga, é ela que sempre faz eu despertar todas as manhãs, mesmo sendo de um jeito nada convencional, ligando e gritando algo do outro lado da linha, mas mesmo assim é minha melhor amiga e quero que sempre fique bem.


#####


Ainda estava pensando entre ir e não ir, estava com medo, é lógico, mas ao mesmo tempo parecia que eu não tinha nada a perder. Tinha que saber o que estava acontecendo com a minha vida e saber uma forma de parar com esses símbolos e aquela pessoa me seguindo onde quer que eu vá. Isso tem que parar, não aguento mais.

Resolvi que iria. Coloquei uma calça, uma blusa rosa de manga comprida e botas confortáveis, a Sarah me ajudou a fazer um curativo no meu machucado no pé para o sapato não incomodar tanto. Peguei uma bolsa grande, verifiquei se meu celular estava completamente carregado e joguei lá dentro, coloque mais algumas coisas e entre elas estava um spray de pimenta e uma faca, peguei escondido da Sarah senão ela nunca me deixaria sair assim, mas é um item essencial, vai que alguém tente fazer algo comigo? Tenho algo para me defender mesmo não tendo coragem de enfiar a faca em alguém.

Olhei para o relógio, eram seis e quinze, tenho alguns minutos para chegar no lugar indicado, não é tão longe daqui de casa, mas pode ser que eu chegue um pouco atrasada, espero que isso não sirva para alguém me matar.

Peguei um táxi e dei o endereço para o homem me levar. Nunca tinha ido até aquele lugar indicado, mas já tinha passado próximo de lá e sabia que de noite é um lugar um pouco deserto, de manhã ainda fica um pouco mais cheio, pois tem pescadores que gostam de pescar naquele lago, eu acho que ele é um pouco sujo, mas tem gente para tudo né? Talvez seja só uma pesca esportiva sem ninguém comer aquilo que pegam.

Cada vez que se aproximava mais do local mais minha barriga dava voltas. Estava nervosa, com medo e insegura. E se tudo aquilo for só mais uma das brincadeiras da Sophie? Até que bem lá no fundo da minha mente eu prefira que seja, ia ser bem melhor do que saber que tem um maníaco me perseguindo, apesar da Sophie ser um pouco isso.

O táxi parou numa estradinha de terra que tinha, se virou para mim e disse:

- Eu só vou até aqui, não vou passar pelo bosque. E olhe, menina, tenha cuidado, não sei o que faz aqui essa hora que não tem ninguém, mas tome cuidado, essas bandas são perigosas.

Ótimo, beleza, era disso que eu precisava, eu já cheia de medo e o cara ainda diz para eu tomar cuidado, isso quer dizer que é perigoso esse lugar, disso eu já sabia, mas ouvir de outra pessoa era outra coisa.

Paguei pela corrida e saí do táxi. Sentia que minhas pernas estavam tremendo e cada passo parecia que eu ia cair no chão.

Não sabia ao certo em que lugar do bosque deveria ir, mas imaginava que deveria ser perto da lagoa e o problema de chegar até lá é que se tem que passar por um caminho no bosque completamente sombrio. As árvores altas em volta do caminho de terra atrapalhavam a luminosidade vinda de uns postes que tinham jogados por ali, as luzes eram amarelas e fracas e quase não apareciam. Tem vários animais que ficam passeando por ali, mas de noite, os barulhos parecem que se tornam mais ameaçadores e eu andando ali naquele bosque parecia que a qualquer momento um lobo mau ia aparecer e me atacar ou um ser de capa também.

Depois de ter andando bem rápido - o máximo que podia com meu pé machucado - enfim avistei ao longe a lagoa, ela estava serena e calma e a lua que começava a aparecer deixava a paisagem até que bonita e romântica, se não fosse por eu estar aqui porque estava sendo perseguida.

Notei que embaixo de uma das árvores que cercavam a lagoa, tinha uma pessoa de costas parada, estava com um boné preto na cabeça e parecia estar imerso em pensamentos olhando para a lua que começava a surgir.

Respirei fundo e fui em direção daquela árvore, sentia minhas palmas da mão suando e mesmo tendo esfriado o tempo, estava com calor e nervosa. Será que ligar para a polícia e dizer onde estou é seguro?

Tentei chegar em silencio, mas isso não ocorreu, pisei em um galho e ele fez um barulho altão naquele silencio do bosque e a pessoa parada na árvore pareceu se assustar e virou para trás.

Estava um pouco escuro para enxergar direito, mas o garoto parado a minha frente tinha os olhos de uma cor clara, pareciam um cinza meio azul e parte de seu cabelo, que dava para ver pelo boné, era de uma cor meio castanho escuro, ele me era tão familiar...

- Eu não acredito, isso é uma brincadeira, certo? Você?! - eu realmente não estava acreditando que aquele garota punk estava bem ali na minha frente. Ele não estava mais com o cabelo de moicano roxo e suas roupas estranhas, e confesso que estava bem melhor, mas isso não é motivo para me deixar menos furiosa - Como assim? O que está acontecendo? Você é o culpado disso tudo?

Eu nem tinha reparado que estava apontando o dedo bem na cara dele, só notei quando ele segurou minha mãe e a abaixou.

- Ei, calma Eloísa, estamos na mesma. Não sei o que está acontecendo, só recebi uma mensagem para vir até aqui - ele falou bem calmo, não sei como consegue.

Me lembrei que não tinha falado meu nome para ele, mas já que sabe meu endereço, o nome não é nada.

- Como posso confiar em você? - perguntei.

- Por que você sempre pergunta se pode confiar em mim toda vez que nos encontramos?

- Talvez por você não ter cara de confiável?

- Se eu quisesse te fazer mal, já teria feito desde aquele dia que te encontrei na estrada.

Ai, que saco, tinha que ser esse garoto aqui? Poderia ser qualquer pessoa, mas por que ele? Sinto que esse garoto me odeia.

- E a proposito, me chamo Daniel, mas pode me chamar de Dan - ele disse estendendo a mão.

Ignorei a mão que ele estendeu e disse:

- Vou te chamar de Daniel, Dan é muito intimidade já e nem te conheço direito e também não preciso dizer meu nome, parece que você já sabe - eu sei, fui grossa, inevitável isso.

- Nossa, você é muito grossa - ele falou.

- E você me irrita.

- Nunca te fiz nada.

- Não importa.

- Você é muito...

- Ei, desculpe atrapalhar o casal - ouvi uma voz desconhecida dizer vindo detrás de mim.

Me virei e vi uma garota pálida com cara de fantasma parada atrás de mim, ela tinha os cabelos bem pretos que iam até um pouco abaixo dos ombros, tinha olhos azuis bem claro e estava com uma maquiagem escura, vestia um vestido preto colado junto com uma jaqueta curta vermelha e usava uma meia-calça rendada que ia até o meio da coxa, usava uma sandália com saltos enormes que não sei como conseguiu andar pelo bosque com aquele sapato. Aquele era um estilo meio vadia que me lembrou um pouco a Sophie, elas talvez se dessem bem.

- Não somos um casal - respondi depois do que pareceu uma eternidade, já que o Daniel não disse nada, deveria estar ocupado demais olhando para as pernas daquele garota exibida.

- O que está rolando aqui? E por que surgiu uma mensagem para eu vir para esse lugar? - ela perguntou olhando diretamente para o Daniel.

- Também não sabemos - ele respondeu.

- Peraí gente, vocês por acaso acharam símbolos estranhos que em cada um surgiu uma pista para virmos para esse lugar? - perguntei curiosa.

- Sim...Tipo, isso é tudo muito estranho - a garota disse e depois disse diretamente para o Daniel - Me chamo Adélia, mas pode me chamar de Lia.

- Me chamo Daniel, mas pode me chamar de Dan - ele disse com um sorrisinho.

- Dan...Pode deixar que te chamo assim - a garota respondeu.

Nem me meti para falar meu nome, parecia que eu estava de fora ali, a que estava sobrando.

- Olha só, se quem quer que seja não aparecer nesse momento, eu juro que vou embora dessa palhaçada - falei irritada.

- Calma, garota, estamos no mesmo barco se ele virar todos nós caímos juntos, então pare de ficar estressadinha e espere - a Adélia falou me lançando um olhar nem um pouco amigável, parece que em todo lugar tem alguém que não gosta de mim.

Não passou nem cinco minutos que tínhamos falado quando um forte vento começou a atingir o bosque, as árvores balançavam de um lado para o outro e pareciam até que iam cair. Confesso que já estava gostando da ideia de ir embora e descobrir que não era nada, mas na hora que aquela ventania começou, sabia que não teria mais jeito de fugir.

As luzes dos postes piscaram e caíram, deixando o bosque bem escuro e sem dar para enxergar um palmo à minha frente. Depois de alguns segundos, as luzes voltaram e tinham algo na nossa frente. O ser de capa estava ali, com a cabeça abaixada e de perto parecia ão mais alto que me deu medo, mais do que já estava.

Senti que eu estava apertando alguma coisa e quando me dei conta vi que essa "coisa" era o braço do Daniel e coitado, já estava com o braço vermelho das minhas unhas cravadas nele. Ouvi ele dizer algo como "Calma, Eloísa" mas nem sei se ouvi bem, estava nervosa demais.

A pessoa de capa levantou a cabeça.

Aquele ser me perseguiam para onde quer que eu fosse, me sentia sendo observada e perseguida e naquele momento foi o que fiquei com mais medo, antes não conseguir ver os olhos da pessoa de capa, mas naquele momento eles adquiriram uma cor. Eram vermelhos.




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Notas finais do capítulo

R.R.F? rsrs ;)