Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 10
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Gente eu ia colocar esse capítulo ontem que já estava escrito, mas eu fui na Bienal do Livro *-* e não deu tempo rs
Obrigadaaa Cat M S por recomendar a fic, adoreeei *u*
Aí está mais um capítulo, não muito longo, mas aí está rsrs



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CAPÍTULO NOVE

    Ele nos observava com aqueles olhos vermelhos sangue, eram tão irreais... Será que era uma alucinação coletiva? Pois o Daniel e a Adélia também olhavam assustados para aquele ser parado ali. 

    Estava esperando ansiosa para saber o que sairia da boca daquela pessoa, mas quando o som saiu, parecia que vinha de todos os lugares, como se ecoasse no lugar amplo, mas o mais assustador era que aquele ser parecia não ter boca, era só um risco e que não abriu para falar, o som vinha de dentro dele e ecoava ao redor. 

    - Olá, meus Escolhidos - ele disse - Que bom que todos vieram, não queria ter problemas por causa de um de vocês. 

    Aquele ser era muito assustador, tinha a pele branca como giz e seus olhos vermelhos se destacavam bastante, seu nariz era meio pontudo e a boca era só um risco, não dava para saber do resto, pois estava com uma capa preta que o cobria todo. Tinha cara daqueles personagens de filme de terror, só que era bem real e estava postado na minha frente. 

    - Quem...quem é você? - o Daniel perguntou tomando coragem. 

    A criatura deu uma risada gutural que doía os ouvidos, a vontade de me jogar naquela lagoa e sair nadando correndo o risco de me afogar não parecia uma má ideia naquele momento, será que eu teria alguma chance de chegar no outro lado? 

    - Deixaremos isso para mais adiante, agora iremos tratar de vocês e do que quero que façam - a criatura ficava tão imóvel que não parecia viva e com o som sem sair dele ficava mais estranho ainda. 

    Fiquei receosa quando ele falou "Do que quero que façam", o que ele vai querer de nós? Espero que não seja para matar ninguém ou então nos levar para um jogo tipo Jogos Mortais. Ia ser horrível. 

    - Fala logo... - murmurei para mim mesma, mas quando a criatura finalmente virou a cabeça para me olhar, tive a certeza de que ela tinha me ouvido. 

    Era estranho e medonho aqueles olhos virados para mim, parecia que a qualquer momento pudessem sugar a minha alma e isso pode até ser verdade, depois disso que está acontecendo não desconfio mais de nada. 

    - Ora, ora, temos uma curiosa aqui. Fique calma, já vou falar. 

    A Adélia parecia mais entediada do que com medo, ela estava com os braços cruzados e toda hora bufava. 

    - Olha só sua criatura estranha, já enfrentei coisas piores na minha vida e não vai ser um ser estranho como você que vai me colocar medo, então ou você fala logo ou eu vou embora sem nem querer saber das consequências - ela disse. 

    A criatura se virou para a Adélia devagar, parecia até aqueles brinquedos que mexem a cabeça. 

    - Acho que não vai querer mesmo ir embora, se for, vai implorar para voltar - a criatura falou com um tom baixo e ameaçador que fez até a Adélia se encolher um pouco para mais perto do Daniel - Agora parece que eu vou poder começar a dizer o que quero, não é crianças? 

    Crianças? Ele acha mesmo que somos crianças? Não sei, mas é melhor não desmentir o que ele diz, só balancei a cabeça positivamente assim como os outros. 

    - Bom...Como disse, quero que façam algo que daqui a pouco vou dizer. Primeiramente, me devolvam os falsos símbolos - ele estendeu a mão ossuda e comprida. 

    - Não sabíamos que era para trazer aquelas coisas - eu disse e os outros concordaram. 

    - Não se preocupem, Daniel e Adélia, olhem no bolso de vocês e Eloísa, olhe na sua bolsa. 

    Mexi na minha bolsa e lá estavam os símbolos, e eu não os tinha colocado lá,  tinha certeza de que estavam no mesmo lugar que sempre deixo, agora esse ser estranho é tipo o quê, um ilusionista? 

    - Esse símbolos não são de verdade? - o Daniel perguntou. 

    - Claro que não, acham mesmo que teria a estupidez de dar algo completamente valioso nas mãos de pessoas como vocês? Isso não aconteceria, vocês ainda não tem permissão para terem os verdadeiros símbolos. 

    Minha cabeça estava cada vez mais confusa. Ainda não tinha entendido esses negócio de símbolos e agora me vem essa de símbolos verdadeiros. 

    Entregamos para a criatura de capa os falsos símbolos e eles desapareceram depois, como se fossem engolidos pela manga comprida da capa. 

    - Agora vou ser bem direto no que quero. - o ser disse virado para nós três, parecia que os olhos mesmo parados podiam observar tudo que se passava ao redor - Vocês tem que achar a pessoa do Quarto Símbolo, sem a quarta pessoa o círculo não vai poder ser completo e todos morrerão. 

    - E por que ajudaríamos você? Não parece ser confiável - a Adélia perguntou. 

    - Algumas pessoas que vocês conhecem estão ligadas ao Quarto Símbolo. Adélia, se a pessoa do quarto símbolo morrer, sua irmã morre. Daniel, se a pessoa do quarto símbolo morrer, sua avó morrer. Eloísa, se a pessoa do quarto símbolo morrer, sua amiga morre.    

    - O quê? Por que fez isso?! Agora sei que você é do mal - falei irritada e louca para agredir aquele ser, mesmo eu sabendo que não seria capaz disso. 

    Então quer dizer que aquela marca no pulso da Giselle era isso, o ser de capa marcou a minha amiga. Que imbecil. 

    - Era a única forma de vocês me ajudarem - ele se virou para mim de novo e disse - Eu não sou o inimigo aqui, querida, Eles são os inimigos e estão vindo atrás de vocês, mais próximo do que podem imaginar. Bom...Agora já vou indo. 

    Um vento forte se apoderou do bosque novamente fazendo as árvores parecerem galhos fracos e a terra começou a voar fazendo-nos ter que cobrir os olhos para não sermos cegos pela poeira. 

    - Ei, espere! Por onde vamos começar a procurar? Quem são Eles? - o Daniel tentou perguntar, mas o ser já tinha se dissipado junto com o vento. 

    Tudo parou e voltou ao normal, depois que aquela criatura grotesca foi embora, parece até que o clima ficou mais leve no local, menos pesado. 

    - Que cara mais idiota! Como ele pôde fazer isso com a gente? Agora como vamos achar essa pessoa que ele quer? - o Daniel falou revoltado socando a palma da sua mão. 

    - Espere...Tem um papel ali no chão - eu falei indo em direção a um papel jogado no lugar onde a poucos segundo um ser de capa estava.        - Espero que não seja mais um daqueles símbolos idiotas - a Adélia disse revirando os olhos. 

    O Daniel puxou meu braço fazendo eu recurar para longe daquele papel. 

    - Deixa que eu vou ver - ele falou. 

    Cada passo que o garoto punk, digo, Daniel, dava, parecia que estava indo em direção a uma bomba que poderia acabar com todos ali naquele momento, mas tínhamos que arriscar. 

    Ele se abaixou e pegou o papel, depois se virou para onde eu e a Adélia estávamos e disse: 

    - Gente, é um endereço.   


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Notas finais do capítulo

Reviews? Eu adoro os comentários de vocês :)