Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 28
Capítulo Vinte e Seis


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal :D Bom, esse capítulo não fui eu quem escreveu, foi minha amiga Cecília Tomas, é que eu estava sem tempo, então como ela sabia coisas da história deixei que ela escrevesse, então créditos a ela também :)



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CAPÍTULO VINTE E SEIS

Era inevitável. Eu realmente não sabia de onde vinham aquelas vozes, elas estavam por toda a parte, me incomodando, me pressionando, tentei por na minha cabeça que aquilo tinha que parar, bloqueei as vozes da minha mente e isso de alguma forma ajudou bastante, ignorá-las era uma ótima solução. Louis largou seu carrinho de pipocas, estacionando-o no estacionamento do parque e seguimos até a pousada onde estávamos hospedados. Ainda haviam muitas perguntas em nossas cabeças. A curiosidade era imensa.

– Então pipoqueiro... - Começou Adélia, não deixando de ser a irritante e desagradável de sempre. - Diz aí como você achou sua esfera.

– Ah, eu a encontrei por acaso enquanto estava procurando um remédio de dor de cabeça no quarto dos meus pais. Ela estava na gaveta com chave da cômoda deles, mas eles nem sabem que eu sabia onde ficava a chave. Ela era vermelha e brilhante e eu logo me vi admirado... - Sua pausa não demorou muito tempo. Parecia que ele estava procurando as palavras certas para demonstrar sua imensa ligação com sua esfera. - Algo ali me dizia para pegá-la e ficar com ela.

– Seus pais... - comecei a raciocinar. Será que eram pais adotivos como os meus? - Eles ainda estão vivos?

– São pais adotivos - respondeu-me ele.

– Será que eles sabem da existência dos seres de capa? - perguntou Daniel, mas logo sua expressão mudou e ele começou a pensar em uma nova pergunta para fazer. - Os seres de capa também te seguiam?

– Eles começaram a me perseguir de umas semanas para cá, no começo achei que fosse só impressão minha, mas comecei a perceber que não era quando eles tentaram me matar.

– Af, você realmente pensava que um ser de capa te perseguindo ia ser apenas impressão sua? Você achou o quê? Que de tanto vender pipocas elas acabaram estourando na sua mente e te deixando malucão? - instigou Adélia. Ela não perdia mesmo uma.

– Larga de ser ridícula, Adélia. - enobreceu-se Daniel, dando um basta nas idiotices que ela estava falando.

– Bom... o que será que devemos fazer agora? Quero dizer... agora que estamos juntos? O que vai acontecer? - perguntei.

– Teremos que lutar contra os seres de capa? - inquiriu Louis. Parece que ninguém mesmo sabia exatamente o que viria depois desse encontro.

– Alguém se lembra do que a Mariáh falou? Que Louis tem um forte escudo protetor, porque parece que vocês se esqueceram... - lembrou-se Adélia, sendo finalmente, pelo menos uma vez na vida, útil sem estragar nada.

– Isso quer dizer mesmo que seus pais sabem o que você é e sabem o perigo que você corre, mas isso não explica o fato dos seres de capa te seguirem, já que você tem esse escudo protetor que provavelmente seus pais que criaram. - disse Daniel, sentado em sua cama. Eu estava em uma poltrona que arrastei para frente da cama e Adélia e Louis em outras duas.

– Gente, além disso, eu lembro que não estamos com os verdadeiros símbolos... que precisamos fazer algo valioso para A Ordem para conseguirmos os verdadeiros. - lembrei. Tudo esclareceu-se tão rápido em minha mente. Tudo voltou como um clarão.

De repente, sem nem dar tempo de alguém pensar em responder, em falar também o que vinha na mente ou até mesmo da Adélia relembrar de fatos que nem mesmo o Daniel ousou dizer que era mentira, as luzes se apagaram. Já estava de noite, o que levava a penumbra a penetrar todos os cantos do quarto. Não havia nem uma parte do ambiente que ainda estivesse iluminado. Ouvi uns barulhos do lado de fora e imaginei que seriam os outros hóspedes provavelmente saindo de seus quartos para saberem o motivo da falta de energia.

Todos nós estávamos assustados demais para dar um passo, então permanecemos na mesma posição. O Daniel pegou seu celular e o apontou bem na minha cara. O clarão me fez piscar várias vezes até ajustar minha visão.

– Ei, alguém sabe onde foi parar a minha esfera? - perguntou Adélia revisando os bolsos rapidamente enquanto Daniel mirava seu celular em seu rosto. - Sumiu! - foi a única coisa que ela conseguiu dizer até que um pedaço folha começasse a cair e pousasse em seu colo.

Seus olhos, arregalados como quando tivemos que prender a respiração a frente daqueles cães enormes, demonstravam o brilho de curiosidade.

Ela imediatamente começou a abri-lo. Louis também parecia admirado, creio que não tenha nunca presenciado coisas como essa, assustadoras e intrigantes, antes. Ele era sozinho, então nunca teve que enfrentar essas situações, já conosco, isso acontecia toda hora...

Adélia abriu a boca, até que ela formasse um O de surpresa e espanto.

– É uma charada... Parece que vamos ter que decifrá-la para encontrar a minha esfera - disse ela, com uma expressão pasma no rosto.

– Deixa eu ler - disse puxando o bilhete de sua mão.

Daniel mirou a lanterna de seu celular em meu colo. Comecei a ler, a letra escrita correndo, rabiscada, com raiva e força contra o papel. O medo subindo a minha mente. Pelo menos não havia sido a minha esfera, eu não queria ter esse pensamento egoísta, mas a Adélia bem que merecia por isso. Estava escrito:

Para e esfera encontrar

onde os símbolos verdadeiros estão

terão que desvendar

quando quatro esferas unidas estar

nada mais haverá

para impedir os quatro elementos de reinar

mas isso não acontecerá

se a pedra brilhosa não encontrar

– Também quero ler! - exclamou Daniel, arrancando o bilhete de minhas mãos e mirando o celular em seu colo. Louis estava tão abismado que não conseguia expelir nem sequer uma palavra, controlando a respiração para não parecer tão animado quanto estava.

Já Adélia não conseguia retirar a expressão de espanto e ódio do rosto. Os braços cruzados a frente do peito e a boca revirada e trancada, como se tudo aquilo não fosse real. Seria melhor se não fosse mesmo, não quero pensar mais sobre tudo isso, estou ficando exausta.

Daniel pareceu também não entender muito aquela charada, mesmo que ela parecesse óbvia para mim. Nosso objetivo era conseguir os símbolos verdadeiros e, para isso, precisávamos encontrar a pessoa do quarto símbolo, mas como sempre, os malditos Herhegrinos nos proibiram novamente de cumprir nosso objetivo, criando outro obstáculo para nos impedir.

Mas se para acharmos os símbolos verdadeiros teremos que ter as quatro esferas unidas, como poderemos desvendar onde os símbolos verdadeiros estão para sabermos onde está a esfera de Adélia?

Estava tudo tão confuso...


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Semana que vem eu volto a escrever os capítulos, até :DDD