Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 29
Capítulo Vinte e Sete


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela super demora, mas é que não tive muito tempo para escrever, mas não fiquem bravos comigo, ontem foi meu aniversário, parabéns para mim o/ kkkkkkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/390790/chapter/29

CAPÍTULO VINTE E SETE

Já era domingo, dia de ir embora de Denvallu, tinha passado a noite em claro ainda tentando entender tudo que se passara no dia anterior, foi muita coisa para se processar de imediato. Primeiro: Eu quase fui levada por seres de capa e as vozes quase me enloqueceram. Segundo: Eu consegui congelar aquele ser e eu nunca achei que pudesse conseguir isso. Terceiro: Eu de alguma forma comecei a sentir uma afeição pelo Daniel e deixei ele me beijar de verdade sem fazer nada contra, e agora sempre me sinto constrangida na presença dele. Quarto: Encontramos o Louis, a pessoa do quarto símbolo que tanto procurávamos e que por sinal vendia pipoca num parque de diversões. E quinto: A esfera da Adélia foi roubada e um misterioso papel apareceu com uma charada um tanto complicada.

É, tinha sido um longo dia e muitas coisas para pensar e eu ainda não tinha chegado a uma conclusão fixa. Deixei a preguiça de lado, me levantei, tomei um banho e coloquei um vestido fresco, o tempo estava muito quente para usar roupas desconfortáveis, esperava que o dia fosse bem tranquilo. Penteei meus cabelos fazendo uma trança de lateral, peguei minha mochila que estava com cheiro de praia e sai do quarto.

O Daniel tinha ido buscar o carro na oficina e logo depois buscaria o Louis que concordou em ir para nossa cidade conosco mesmo com todas as restrições dos pais dele, mas ele sabia que era preciso fazer isso, coisas estranhas também o perseguiam e isso não era nem um pouco legal e todos nós sabíamos disso muito bem.

Busquei um café na lanchonete da pousada para despertar e logo depois me dirigi para a varanda onde vi a Adélia sentada numa das mesas enquanto observava o a praia ao longe. É claro que me sentar ao lado dela estava fora de cogitação, mas ao olhar as mesas ao redor, notei que todas elas estavam ocupadas e meu terrível azar de sempre voltou a aparecer.

Já estava indo lá para dentro da pousada novamente buscar um lugar para sentar-me, quando ouvi uma voz me chamando, mas especificadamente a da Adélia. Virei devagar com medo de estar ouvindo coisas e quando olhei em direção a mesa dela, vi que realmente estava me chamando.

Fui até a mesa e puxei uma cadeira me sentando, mas com uma perna para o lado de fora da mesa caso precisasse correr, por que vai que ela tire uma faca e enfie na minha garganta? Nunca se sabe...

– Por que me chamou? - perguntei direta.

– Ei, pode se acertar na mesa, não vou te enforcar nem nada assim...Não com muita gente por perto...Mas enfim, te chamei aqui porque quero te pedir desculpas por como agi ontem ao te ver com o Daniel. É que eu estava com raiva, sabe? Você vem do nada e consegue agarrar o Dan primeiro que eu que sou especialista nisso. Quero que aceite minhas desculpas, mas ainda te odeio.

Era meio um choque ouvir a Adélia pedindo desculpas para mim, nunca imaginaria e isso só me fez pensar que fosse algum tipo de truque assim como a Sophie adorava fazer, mas como não estava afim de trazer mais discórdias, acabei cedendo.

– Ok, eu aceito suas desculpas, mas por que mudou de ideia assim do nada?

A Adélia também não parecia ter dormido bem e nem que estava bem, tinha algumas olheiras bem visíveis ainda mais que sua pele bem branca, sua maquiagem que costumava ser bem escura estava apenas com um leve lápis de olho e rímel e suas roupas que costumavam ser super curtas estavam num tamanho normal, isso era estranho vindo da Adélia.

– Andei tendo uma conversa com o Louis ontem...Ah, mas quer saber? Isso não importa, agora pode ir embora.

Eu já ia me levantar e sair dali, quando me lembrei de algo.

– Quero te perguntar algo - ela ficou parada esperando eu perguntar, então perguntei - Você não sentiu nada quando sua esfera foi roubada não? Por que ela estava com você na hora que levaram, não estava?

– Ela estava na minha bolsa e eu não senti nada se aproximar de mim, só recebi aquele bilhete esquisito que nem sei da onde surgiu.

– Ok - disse dando de ombros - vou dar um volta e daqui a pouco estou de volta.

Eu não tinha mais nada a fazer ali a não ser pensar, então preferi fazer isso dando uma última volta no calçadão de Denvallu até porque nem sabia a próxima vez que iria ali de novo, isso é, se eu voltasse ali algum dia, não sabia o que me aconteceria dali em diante, muitas coisas me acontecendo e a qualquer momento um ser de capa poderia aparecer e me matar.

A cidade estava mais cheia naquele dia, talvez pelo fato de ser um domingo ensolarado e todos estavam felizes no mar, na areia, passeando no calçadão andando ou de bicicleta e essas coisas. Ver tudo isso me fazia pensar se algum dia eu voltaria a ter uma vida normal também só com os problemas básicos de uma adolescente, como escola, garotos, festas, amigos, e no meu caso uma irmã patricinha e chata e uma madrasta que me odeia.

Eu sei que minha vida nunca foi lá das melhores, mas tudo começou a piorar quando aqueles papéis com símbolos estranhos começaram a surgir na minha vida, depois desse dia, tudo mudou.

Enquanto caminhava distraída vendo as crianças se divertirem montando castelos de areia e brincando com bolas, nem me liguei que tinha alguém atrás de mim, diminui o passo para quem quer que seja passar, mas os passos continuaram atrás de mim. Me virei rapidamente e não vi ninguém, as únicas pessoas que vinham atrás de mim eram um casal de senhores, mas eles estavam a uma certa distância que eram bem longe de mim. Fiquei com um pouco de medo, e quando me virei para a frente levei um susto ao ver uma pessoa bem próxima de mim, deveria estar a um centímetro de distância.

Era o Frederic.

– Belo dia, não?

Revirei os olhos e me desaproximei dele ficando a uma distância confortável.

– Você estragou ele - disse e voltei a andar, sendo que ele começou a andar do meu lado - O que faz aqui?

O Frederic estava vestindo uma roupa toda preta mesmo naquele calor horrível e seus cabelos loiros pareciam brilhar no sol, os óculos escuros tampavam seus olhos violetas e ele andava elegantemente e nenhuma gota se suor escorria de seu rosto.

– Não quero te perder de vista, você sabe, temos um trato.

– Eu já sei disso, não precisa ficar me lembrando, então será que pode ir embora agora?

Se eu estava querendo andar tranquilamente no calçadão e ficar sozinha, era porque não queria ninguém junto comigo, isso incluía um cara que se transformava num animal, então era melhor eu enxotar logo ele antes que começasse a embolar minha mente e me deixar mais confusa ainda falando sobre esse nosso trato.

– Estou afim de te acompanhar, não posso? Ou será que o Daniel ia ficar bravo...Eu vi como se beijaram ontem, nossa, achei que um fosse engolir o outro - ele disse rindo e fazendo-me ficar extremamente vermelha.

– Por acaso você fica me seguindo? Por quê?

Esse negócio de ter alguém me seguindo em tudo que faço e eu nunca ver ele em lugar nenhum não me deixava nem um pouco confortável.

– Talvez eu não estivesse te seguindo, talvez eu estivesse lá por um motivo.

As memórias do dia anterior vieram a minha mente e eu logo liguei uma coisa a outra...

– Você estava junto com aquele ser de capa que estava no labirinto, você estava tentando me matar... Fica longe de mim!

Estava me sentindo completamente exposta ali e indefesa, tínhamos andando e eu nem tinha me dando conta que estávamos numa parte mais deserta da praia e as poucas pessoas que tinham por ali estavam distantes de nós.

Me desaproximei do Frederic e comecei a andar a passos rápidos em direção a parte mais movimentada da praia, mas por mais rápido que eu andasse ele parecia nem se incomodar em andar no meu lado e isso me deixava nervosa.

– Não era matar, era te sequestrar e aí depois sim te matariam, mas do jeito certo. E não, eu não estava com aquele Herhegrino naquele dia, estava lá por...Por outra coisa.

– Mas quer dizer que você sabia o que aconteceria, isso quer dizer que não é confiável, aliás, eu nunca confiei em você.

Estava com uma louca vontade de sair correndo, mas tinha certeza de que o Frederic me alcançaria facilmente.

– Se esqueceu que eu sou dos dois lados? Do bem e do mal, eu simplesmente sei das coisas que acontecem - ele disse dando de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Já que você sabe das coisas, poderia me dizer o que aquele bilhete significa? E para onde levaram a esfera da Adélia?

O Frederic parou e segurou meus braços fazendo-me parar também.

– Bom, isso eu não sei, mas posso descobrir, já que vocês são tão lentos...Mas para isso preciso que peça "por favor", ok?

Tirei as mãos deles que ainda seguravam meus braços e disse:

– Não quero sua ajuda, não confio em você e fique longe de mim. Ah, mais uma coisa, lento é você seu idiota.

Me virei e sai dali e felizmente o Frederic não me seguiu daquela vez e quando me virei para trás ele não estava mais lá. Ainda não entendia esses mistérios dele, mas ele não me parecia muito confiável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas, apareçam pelo menos uma vez para saber que vocês estão aí, estou começando a achar que minha história é assombrada, pois está cheia de fantasmas kkkkk
Reviews? Recomendações? Favoritamentos?