Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 25
Capítulo Vinte e Três


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar o capítulo no dia certo o/ kkkk Eu quero agradecer a todos os leitores que estão comentando e aos leitores fantasmas também ( espero ver vocês nos comentários um dia rsrs) que eu estou muito feliz por enfim chegar aos 400 reviews ( e mais um pouquinho rsrs) era minha meta desde o começo e é estranho minha história ter tantos comentários, achei que ninguém fosse ler essa maluquice toda kkkkkk Enfim, até lá embaixo :D



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CAPÍTULO VINTE E TRÊS

Estava saindo do meu quarto no mesmo momento que o Daniel estava saindo do dele, eu não estava muito afim de falar com ninguém mas era necessário, tinha que contar logo tudo que andava acontecendo comigo.

– Então, como se sente? - o Daniel me perguntou.

– Péssima e estou horrível.

Eu nem tinha me olhado no espelho direito, estava muito horrível com os olhos inchados e cheia de olheiras, fora que meu cabelo estava todo ressecado, acho que ainda tinha vestígios de areia a sal nele e ficar em lugar perto de praia não ajudava muito.

– Tem razão, você está horrível - ele disse rindo.

– Idiota - disse dando uma cotovelada nele.

– É brincadeira, você fica bem de qualquer jeito.

O Daniel realmente sabia como fazer uma pessoa ficar completamente constrangida.

– Obrigada...Hum...acho melhor irmos acordar a Adélia.

Me virei e fui em direção a porta do quarto da Adélia que ficava ao lado do meu então não precisei andar muito, só uns passos. Bati umas três vezes e nada dela abrir, comecei a bater insistentemente até que uma Adélia com cara de sono e com um pijama extremamente curto e de caveirinhas abre a porta.

– Não sabe bater direito não, garota? Eu estava dormindo então espero que tenha um bom motivo para vir me acordar!

– Que eu saiba não estamos aqui de férias - respondi - , e tenho algo importante para falar.

– O que você tem para falar? - o Daniel perguntou aparecendo do meu lado.

– Entrem logo - a Adélia disse abrindo espaço na porta para passarmos.

O quarto da Adélia era igual a todos os outros, acho que era padrão da pousada, só que o dela estava mais desarrumado e olha que ela só passou uma noite ali naquele lugar.

Me sentei na beirada da cama e a Adélia e o Daniel ficaram em pé me encarando esperando eu começar a falar sendo que eu nem sabia por onde começar.

– Dá para falar logo?! - a Adélia disse impaciente.

– Tá legal...Então...

Comecei contando desde quando o quarto da Sophie apareceu revirado e apareceu aquele bicho que se transformou em humano até o que aconteceu essa noite, incluindo todas as visões. Foi um pouco complicado contar tudo com os detalhes poque não dava, era muita coisa.

Quando acabei de contar, o Daniel e a Adélia estavam me olhando meio que sem acreditar, a até podiam não acreditar até porque era uma coisa estranha, imagine alguém chega para outra pessoa e dizer que tem um homem que se transforma em animal e que consegue parar o tempo? Com certeza não daria para acreditar, mas na situação que estamos qualquer coisa estranha é possível.

– Por que você não nos contou isso antes?! - podia ver que o Daniel estava furioso.

– Eu disse que não podíamos confiar nela, aposto que não queria nos contar nada porque planejava descobrir as coisas sozinhas e nos deixaria para trás para morrermos! - a Adélia disse apontando para mim.

– Não tem nada haver com isso, eu só não sabia como contar! - falei me levantando da cama e tirando o dedo da Adélia do meu rosto.

– Tem haver sim, você é muito egoísta!

– Falou a certinha né - disse revirando os olhos.

O Daniel ficou no meio entre eu e a Adélia e disse:

– Vocês se acalmem, temos que colocar as coisas em ordem. Então nós já tíanhamos nos conhecido naquela festa de halloween e teve aquele pessoal querendo nos matar, mas esse tal de Frederic com o seu pai adotivo nos salvaram, mas não sabemos o motivo...Eloísa, você viu como era a quarta pessoa do símbolo não viu?

– Vi e ele se chamava Louis, mas acho que isso não ajuda muito até porque essa cidade é grande e fica um pouco difícil de encontra-lo.

– Podíamos, sei lá, fazer um retrato falado dele e espalhar pela cidade como se ele estivesse perdido ou fosse um foragido ou sei lá - a Adélia disse dando de ombros.

– Não, isso não ia dar certo.

– Deixa eu ver como ele é? - o Daniel perguntou se virando para mim e eu não entendi o que ele estava querendo dizer.

Acho que ele viu minha expressão de confusão e disse:

– Eu vou encostar em você e vê como esse tal de Louis é, é isso que quis dizer.

– Eu não sabia que você podia ver as coisas que as pessoas pensam, para mim podia só ouvir...

– É, mas descobri que consigo ver também.

Tentei limpar minha mente toda para ele não ver nada que eu não quisesse, mas deixar a mente ocupada só com aquilo que você quer é difícil e eu comecei a pensar em coisas nada haver, mas por sorte quando o Daniel encostou em mim eu só pensei naquela minha visão no qual o Louis aparecia.

– Legal, vocês dois ficam sabendo como esse garoto é e eu não, por isso que acho esse meu dom muito inútil porque o que adianta entrar nos sonhos das pessoas? Tenho certeza de que a Eloísa não vai ficar sonhando com as visões que teve para eu ver como é... E Dan, o que adianta você saber como o Louis é se não vai adiantar para nada?

– Por que é mais fácil caso o vermos andando pela rua.

– Ah, você acha mesmo que vamos ter essa sorte de sairmos na rua e pronto, ele está passando bem em frente a pousada? Faça-me um favor, temos que ser realistas né - a Adélia cruzou os braços e se jogou na cama.

– Deixa de ser pessimista - falei.

– E tu cala a boca.

– A boca é minha e eu calo quando quiser - ok, esse era o meu lado infantil aparecendo.

– Eu não estou afim de ouvir essa sua voz chata, então se não calar a boca...

– Vai fazer o quê? Arrancar minha língua fora?

– Até que não seria tão má ideia assim, acho melhor você não colocar ideias na minha cabeça - a Adélia deu um risinho sádico que me deu medo.

– Dá para pararem? Vamos ver o que podemos fazer, são muitas coisas para colocar em ordem - o Daniel disse.

Era muita coisa para pensar mesmo e muitas das minha dúvidas ainda estavam pairando na minha cabeça, precisava encontrar de novo o Frederic, mas eu não sabia como fazer isso, porque ele simplesmente aparecia quando queria e era o único que poderia responder as minhas perguntas.

Estava tentando pensar em algo, até que uma ideia me veio na cabeça...

– Ei gente, se lembram que a Mariáh disse que quando chegasse a hora descobriríamos como encontrar o quarto símbolo? E se lembram que ela nos deu aquelas esferas? Então, talvez elas possam nos ajudar, só digam, por favor, que as trouxeram.

– Elô, você é um gênio - o Daniel disse puxando minha cabeça e dando um beijo na minha testa - Vou lá buscar a minha.

O Daniel saiu do quarto e eu já ia também, quando a Adélia segurou meu braço fazendo-me virar, seu olhar era uma mistura de ameaçador com curiosidade.

– Qual é a sua com o Dan, hem?

– Oi?

– Você me ouviu muito bem.

– Em primeiro lugar, me solte - tirei a mão dela do meu braço e continuei - , em segundo lugar, eu não tenho que dar explicações nenhuma para você, e em terceiro lugar, não adianta forçar a barra com o Daniel, sei que você e ele não vai dar em nada.

Dei meu sorrisinho soberbo e saí do quarto da Adélia. Eu já estava de saco cheio daquela garota, será que quando tudo se resolver e voltar para os eixos eu vou poder ter um sossego e ficar longe dela? Eu realmente esperava que sim.

Entrei no meu quarto e fui em direção a minha mochila para procurar a esfera azul brilhante, eu tinha certeza de que tinha trago ela, só não sabia onde estava.

Procurei em todos os lugares e eu não podia acreditar que tinha perdido, eu sei que se tivesse caído na praia eu nunca mais veria aquela pedra de novo, estava ficando desesperada, até porque eu não podia perde-la, era algo importante.

– Procurando por isso? - uma voz disse atrás de mim fazendo-me dar um salto para trás de susto.

Olhei em direção a janela e vi o Frederic, ele estava no parapeito da janela sentado em uma posição confortável como se fosse muito normal aparecer assim do nada na janela dos outros que por sinal fica no segundo andar. Olhei para sua mão e ele estava segurando uma pedrinha entre o polegar e o indicador e que eu reconheci imediatamente como sendo minha esfera.

– Ei, me devolve! Como você pegou?

Tentei pegar da mão dele, mas não consegui, sabia que ele não me devolveria tão facilmente. O Frederic saiu da janela e entrou dentro do meu quarto me deixando muito insegura com ele ali.

– Eu não peguei, eu achei naquela pedra perto do mar e como diz o ditado "achado não é roubado" - ele piscou um olho na minha direção e depois se jogou numa poltrona puída que tinha no canto do quarto.

– O que você estava fazendo naquela pedra? Por...por acaso estava me seguindo? - perguntei lançando um olhar acusatório na direção dele.

– Nossa, foi tão romântico o Daniel se declarando para você...Mentira, aquilo foi tosco - ele revirou os olhos - Mas foi engraçado você jogando ele pedra abaixo, consegue ser má quando quer não é, Eloísa?

Só de pensar que tinha alguém me observando fez eu ficar um pouco incomodada e vermelha, odeio ser observada pelas pessoas.

– Eu não fui má com ele, foi um acidente...Mas eu quero saber, o que você fazia nos observando? - cruzei os braços e me sentei na beirada da cama de frente para a poltrona onde o Frederic estava.

– Te observo há um tempo - ele disse dando de ombros como se fosse algo normal ficar observando os outros como uma maníaco, que por sinal nem sei se ele é.

– Para quê? E será que pode devolver minha esfera?

– Eu disse que iria querer algo de você quando te mostrei aquelas cenas do seu passado, não disse? Então, eu só vou devolver sua esfera quando você aceitar o que eu tenho a te oferecer.

Algo naquele olhar dele fez-me ficar mais insegura do que já estava. Olhei em direção a porta e vi que ela estava fechado e bem longe da onde eu estava sentada, então não daria muito para fugir pela porta, olhei para a janela e mesmo ela estando perto da cama não daria para pula por ali, era no segundo andar e eu provavelmente quebraria o tornozelo.

– Eu não pedi para você me mostrar nada - falei.

– Que garotinha mal-agradecida você é hem...Mas esqueceu que eu salvei você e seus amiguinho lá naquele dia no halloween? E fora que você que aceitou ver coisas do seu passado...Mas quer saber? Sem aceitar a minha proposta quer dizer sem esfera que a leva a ficar sem a pessoa do quarto símbolo que quer dizer que todos você provavelmente vão morrer mais facilmente. Ok, vou embora então.

O Frederic se levantou e já estava indo em direção a janela de novo quando eu o parei. Não podia arriscar ficar sem minha esfera e sem achar a pessoa do quarto símbolo o que quer dizer que minha amiga iria morrer e eu também e não queria isso.

– O que quer de mim?

– Muitas coisas - ele disse me olhando de cima a baixo e dando um sorrisinho malicioso - Mas no momento quero o mais importante, quero que se junte a mim.

– O quê?! Como assim se juntar a você?

– Quero que quando tudo isso acabar, esse negócio de símbolos e Herhegrinos, que você me ajude a encontrar o meu irmão, mas é claro, se você ainda estiver viva.

Esse "se você ainda estiver viva" me deu certo calafrios, até porque eu realmente poderia morrer a qualquer momento e não sabia com o que lidaria dali para frente e do que aqueles Herhegrinos eram capazes.

– E por que você não chamou a polícia ou então pediu ajuda daqueles seres de capa ou algo assim? Por que eu?

– Digamos que o que levou o meu irmão é algo que está além da polícia e de qualquer ser de capa, mas não entrarei em detalhes agora. E bom, eu a escolhi, pois depois de muito observa-la descobri que você é a pessoa certa.

– Por que sou a pessoa certa?

– Em breve descobrirá, mas agora me diga, vai me ajudar ou não?

É claro que eu não queria aceitar, mas estava sendo chantageada, se eu não o ajudasse ele não me entregaria a esfera e eu precisava dela...Odiava chantagens.

– Eu não quero aceitar, por que não pode se bonzinho e me devolver a pedra?

– Por que eu não sou bonzinho e se não aceitar, adeus para você e seus amigos.

Por que nada podia ser fácil por pelo menos uma vez na minha vida? Tudo sempre tem que ser confuso e me deixar em situações nem um pouco legais.

– Mas que droga, não tem outro jeito mesmo, então eu aceito, mas saiba que não estou satisfeita com isso.

– Está dando a sua palavra, terá que cumpri-la senão receio que algo muito ruim vá acontecer. Ah, e não conte nada a ninguém sobre isso, está bem?

– Ok, agora me devolve minha esfera.

Ele colocou a pedra sobre a palma da minha mão e em um segundo já tinha sumido do meu quarto como se nunca tivesse estado ali.

Eu tinha mais um problema na minha cabeça, mas isso ficaria para depois, tinha coisas mais importantes no momento como achar o Louis, descobrir mais sobre os Herheginos e meu pai e sobre tudo relacionado a mim mesma.


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Notas finais do capítulo

Gente, vou indicar aqui duas fics muito legais que eu acho que vocês deviam ler e acho que vão gostar, não vão se arrepender:
http://fanfiction.com.br/historia/438482/Rua_sem_saida/
http://fanfiction.com.br/historia/418474/Anjos_Infernais/
Ah gente, quero avisar que a parte em que a Eloísa vai ajudar o Frederic a achar o irmão dele só vai acontecer na 2° temporada da fic porque se eu colocasse nessa ia ficar muito grande e ia confundir muito a cabeça de todos rsrs então é isso :)
Deixem reviews e eu quero desejar a todos vocês um Feliz Natal e até breve, pode deixar que antes do ano que vem eu posto um capítulo rsrs :D