Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Quatro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e vou deixar tudo que tenho que falar lá embaixo :)



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CAPÍTULO VINTE E QUATRO

Quando cheguei no quarto da Adélia, o Daniel já estava lá segurando sua esfera verde brilhante enquanto a Adélia segurava a sua branca igualmente brilhante.

– Você demorou - o Daniel disse.

– No mínimo estava tentando fugir, mas como não consegui voltou - a Adélia falou cruzando os braços.

– Para de viajar, Adélia - disse revirando os olhos - Eu só demorei porque estava tentando achar minha esfera, achei que a tinha perdido.

Até que o que eu disse era meia verdade, eu realmente estava procurando minha esfera e pensei que a tinha perdido, mas é claro que não disse nada da parte do Frederic, até porque ele me advertiu a não contar para ninguém e eu não faria mesmo isso, ainda não o conheço direito para saber do que é capaz e eu não quero mais um problema na minha vida que já anda bastante confusa pro meu gosto.

– Bom, acho que não devemos perder mais tempo, temos que ir embora amanhã de tarde, ou seja, só temos praticamente hoje para achar esse tal de Louis - o Daniel falou enquanto se levantava da cama que estava sentado.

– Ok, mas alguém sabe como se faz isso? - perguntei.

– Não, mas temos que tentar.

– É melhor deixar as cortinas fechadas - a Adélia disse e puxou as cortinas pesadas e escuras que realmente deixou o ambiente mais sombrio.

– Não temos velas, então vai ter que ser sem elas mesmo e torcer para dar certo - disse.

Depois de fechar tudo no quarto, inclusive verificar se a porta estava bem trancada - até porque não dá para sermos interrompidos por uma pessoa e estragar tudo e ela ainda achar que estávamos fazendo algum tipo de magia negra - nos sentamos em círculo no chão dando as mãos e as esferas no centro, uma bem ao lado da outra.

Fechamos os olhos e nos concentramos - novamente essa parte na qual eu tinha certa dificuldade, não sou muito boa em concentração então sempre demoro um pouco a ficar concentrada e isso muitas vezes atrapalha - e ficamos ali, eu até pensei em começar a falar algo em latim ou coisa assim, já que parece que as coisas estranhas só acontecem quando falamos algo, mas desisti, sabia que não ia ajudar em nada, já tive aulas de latim mas fazia tempo então poderia falar coisas erradas e dar tudo errado, então achei melhor deixar as coisas acontecerem.

Já estávamos naquele coisa chata fazia uns minutos e eu já não aguentava mais, já estava pensando em soltar as mãos e desistir daquilo tudo que era bobagem, quando senti algo na atmosfera mudar, sabia que tinha algo de estranho, uma eletricidade diferente passava pelas nossas mãos...

Abri os olhos automaticamente e vi uma imagem que saia das esferas juntas, era mais como um holograma versão miniatura de um parque de diversões, a imagem ficava de várias cores diferentes, mas eu sabia que aquilo era um parque de diversões, olhei para os lados e vi que a Adélia e o Daniel também estavam observando aquela imagem que tinha se formado.

– O que isso tem haver? Que eu saiba ninguém aqui pensou em como se divertir nessa cidade, a não ser que tenha sido a Eloísa a estragar tudo - a Adélia disse lançando-me um olhar acusatório.

– Deixa de ser idiota, garota - respondi - Isso deve ter algo haver com o que procuramos, talvez o Louis vá nesse parque ou trabalhe lá, não sei.

– Se as esferas nos mostraram esse parque é porque deve ter algo haver... - o Daniel disse pensativo.

– Esse parque é um que fica perto da praia, já estive lá antes. Parece que temos um lugar para ir hoje de tarde - disse.

~~ Os Quatro Símbolos ~~

O parque só era aberto as cinco horas, então não dava para termos adiantado as coisas, eu só esperava que desse tudo certo para não termos perdido nosso tempo atoa podendo estar procurando em outro lugar.

Nosso plano era chegar exatamente na hora em que o parque abria, pois assim seria mais fácil de encontrar uma pessoa se ela trabalhasse ali, já que ele estaria mais vazio. Mas não foi isso que aconteceu, chegamos cinco horas e o lugar já estava bastante cheio e descobrimos que na verdade o parque abria em dias de final de semana as quatro horas e não cinco, ou seja, meu azar tinha atacado novamente.

Estávamos iguais a uns perdidos olhando em volta sem saber para onde ir e sem saber por onde começar a procurar, o lugar não era tão grande como a Disney, mas era um pouco grandinho.

– O que acham de nos separarmos? Assim fica mais fácil do que ficarmos juntos - o Daniel propôs.

– Se esqueceu que eu sou a única de nós três que não sabe como é esse Louis?

– Então você e a Eloísa vão para um lado e eu vou para o outro, qualquer coisa ligo para o celular de uma de vocês.

– O quê?! Como assim eu e essa garota juntas? Não quero ficar com ela, prefiro ficar com você - a Adélia disse.

– Eu também não quero ficar com você, mas é melhor começarmos a procurar logo antes que percamos mais tempo até porque ficar aqui se lamentando de quanto eu sou chata não vai adiantar de nada - disse.

– Mas que droga - a Adélia murmurou.

O Daniel foi na direção oposta a que eu e a Adélia estávamos indo e nós começamos a andar observando tudo ao redor, aliás, eu estava observando tudo ao redor, porque a Adélia só estava de olho nuns garotos estranhos que estavam sentados num banco e que ficavam olhando para a cara dela. Eu realmente não sabia com quem era pior ficar: Com o Daniel me perturbando e me deixando constrangida o tempo todo, ou com a Adélia que me odiava e que só queria saber de flertar com garotos estranhos com cara de não serem boa coisa.

Decisão difícil essa, mas parece que eu não podia escolher mesmo, a Adélia já estava do meu lado e perturbando.

Parques de diversões não é um lugar dos lugares que mais gosto, aquelas luzinhas brilhantes e coloridas demais, muitas coisas girando, pessoas demais, muito falatório, enfim, eu não gostava muito e também não tinha uma lembrança muito boa da última vez que tinha ido ali, eu era pequena e me lembro que eu e a Sophie estávamos naquelas xícaras que ficam girando, só que a minha irmã sempre muito má, ficou girando muito forte mesmo eu dizendo que estava enjoada e que era para ela parar, só que ela não fez isso, ou seja, fiquei passando mal o dia inteiro e sem poder andar em mais nenhum brinquedo.

Estava imersa nos meus pensamentos e lembranças ruins que tive naquele parque há alguns anos quando senti a Adélia puxando meu braço, olhei para ela esperançosa achando que talvez tivesse achado o Louis, mas quando vi para onde ela estava olhando soube que não era quem estávamos procurando.

– Ai meu Deus, nós temos que ir ali!

A Adélia estava apontando para um labirinto com o nome de "Labirinto do Terror" e seu olhar era de empolgação e antes que eu falasse qualquer coisa ela já estava me puxando para a fila.

– Ei, não estamos aqui para nos divertimos - falei.

– Mas eu amo labirintos e nem vai demorar tanto, a fila está pequena.

A Adélia estava parecendo uma criança tentando convencer a mãe a leva-la no brinquedo e eu não queria muito ir, tenho medo dessas coisas de terror ainda mais sendo um labirinto, eu nunca consigo achar a saída deles.

– Eu não gosto de labirintos - disse.

– Para de graça e vamos logo que está na nossa vez e eu pago, e é melhor aproveitar, você nunca mais vai ver uma caridade dessa vindo de mim para você.

Eu realmente não veria uma coisa dessas vindo da Adélia provavelmente nunca mais, então era melhor aproveitar aquele pequeno momento... e até que perder só uns minutos não faria tanta diferença, então só bufei e entrei naquele labirinto.

Aquele lugar lá dentro era horrivelmente assustador, tinha várias coisas para assustar as pessoas como personagens de filmes de terror e personagens que eles mesmos criaram e que eram medonhos, fora que era tudo escuro e as partes iluminadas eram com umas luzinhas clarinhas que dava um clima mais assustador ainda ao local e a musiquinha no fundo também não ajudava muito.

Eu já estava ali dentro há uns minutos e já tinha me perdido da Adélia e de todo o grupo que tinha entrado com a gente, é claro que eu já estava quase tendo um ataque do coração e já estava suando de nervoso e medo, toda hora apareciam monstros do nada para me assustar e eu estava me sentindo num pesadelo, o que não serviu muito para eu me acalmar.

Tinha avistado uma plaquinha brilhante escrito saída apontando para a direita ,mas o problema era que para chegar até lá, tinha que passar por um corredor todo escuro e uma única luz vinha de cima de uma estátua com um manto negro parada no canto.

Eu parei no começo do corredor e minhas mãos já estavam tremendo, eu tinha que passar por ali de qualquer jeito, então respirei fundo e entrei correndo no breu do corredor, mas quando já estava indo para a virada, uma mão prendendo meu pulso me surpreendeu até porque os personagens naquele labirinto não podiam tocar nas pessoas.

Me virei e vi aquela estátua com um dos braços levantados, ela ainda estava parada, mas uma das mãos estavam segurando fortemente o meu pulso. Eu me debati para soltar porém não conseguia, comecei a me sentir desesperada, e eu já estava com medo, mas naquele momento estava super apavorada.

– Me solta, me solta, me solta! - eu gritei enquanto tentava tirar meu pulso da mão daquele indivíduo que agora eu sabia que não era mais uma estátua.

– Você vai vir comigo - uma voz baixa e gutural disse e que me fez ficar toda arrepiada de medo.

– Eu não vou, me deixa em paz!

Minha voz ecoava naquele labirinto, mas era provável que as pessoas achassem que deveria ser uma pessoa louca gritando com os personagens.

– Venha conosco, venha conosco, venha conosco, venha conosco - a voz dizia e não parava de repetir aquelas mesma coisas, fazendo-me enlouquecer, parecia que aquelas palavras entravam dentro da minha cabeça.

Eu estava tentando correr, mas meu braço estava preso na mão daquele ser e não dava para conseguia sair. Comecei a ficar mais amedrontada ainda quando eu comecei a ser puxada de volta para o corredor todo escuro. Usei minha mão livre para tentar arranhar aquele ser que me puxava, mas isso só serviu para eu ter a outra mão presa enquanto era arrastada mais depressa. Pude escutar uma risada e logo depois aquela voz disse:

– Chegou a sua hora, Eloísa.

– Ah, mas não mesmo - eu disse decidida sem saber da onde veio toda aquela confiança, mas sabia que algo dentro de mim se agitava...


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Notas finais do capítulo

Gente, quero avisar que semana que vem não vai dar para eu postar porque vou viajar e nem tive tempo de deixar nenhum capítulo pronto, mas dia 11 ou 12 de janeiro eu volto com os capítulo, ok?
Quero desejar a todos vocês meu leitores queridos um feliz ano novo e agradecer a vocês por estarem lendo minha fic e por terem feito eu conseguir continuar postando os capítulos da história esse ano rsrs Ano que vem eu volto e espero continuar vendo vocês e aaahhh eu pretendo escrever uma nova fic ano que vem e postar aqui assim como uma segunda temporada para Os Quatro Símbolos :D
Até 2014 é um feliz ano novo, adoro vocês :)