Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 11
Capítulo Dez


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo ficou gigantesco, me desculpem pelo capítulo muito longo, mas é que eu estava com vontade e empolgada escrevendo esse capítulo rsrs Não desistam de ler, está legal ( ou eu acho) kkkk



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CAPÍTULO DEZ 

    Eu e a Adélia fomos para onde o Daniel segurava um papel com um endereço, peguei ele e li, estava escrito: 

    Camifield, Rua Guimel, 345 - E 

    Eu não sabia o que aquilo significava e acho que ninguém ali, todos nós olhávamos com cara de tacho para aquele papel sem entender nada, pelo visto era mais uma das pistas tipo essa que nos trouxe até esse bosque, só que sinto que não vai ter nenhum ser de capa lá. 

    - Essa cidade não é muito longe daqui, acho que umas três horas de carro - o Daniel disse. 

    - E você acha mesmo que temos que ir para esse lugar? Nem sabemos o que significa. 

    A Adélia me empurrou para o lado e se enfiou ao lado do Daniel pegando o papel da mão dele. 

    - Deixa de ser medrosa, garota, se aquele ser doidão deixou esse endereço é porque é algo importante e temos que comparecer. Eu não quero que minha irmã morra...ela é a única pessoa que tenho - ela disse estressada, mas senti que na última frase ela ficou um pouco triste e eu tenho que concordar com ela, não quero que minha amiga morra também e ainda por minha culpa. 

    Dei um suspiro e respondi: 

    - Ok, eu vou nesse lugar. Bom, agora tenho que ir embora, não quero chegar muito tarde em casa e ainda tenho que achar um táxi. 

    Me virei e saí dali. Pensei que fosse ficar em paz daquelas pessoas por algum tempo, mas quando me virei para trás o Daniel e a Adélia estavam vindo atrás de mim. 

    - Espera, Eloísa, eu posso te deixar em casa, já que é a única que não veio de carro...

    - E eu não te daria carona, tenho pressa de chegar em casa - a Adélia interrompeu o Daniel. 

    Não queria ficar ficar parada perto do bosque onde tem um monte de assaltos, sozinha, mas também não queria aceitar carona do Daniel, ele me irrita. 

    - Não, obrigada - falei decidida. 

    - Tudo bem então. 

    Ele e a Adélia desapareceram por um outro caminho no bosque onde estacionaram os carros e eu tive que seguir o resto do caminho sozinha, isso me deu medo e fez eu ficar com mais raiva ainda do Daniel que nem se importou em querer pelo menos me deixar no ponto de ônibus onde eu iria pegar um táxi. Sei que ele quis me dar carona, mas mesmo assim ele nem insistiu , é um brutamonte. 

    Saí do bosque e fui para o ponto que ficava no meio do nada e não tinha ninguém ali, só uma mulher que assim que cheguei no ponto pegou um ônibus que estava passando, ou seja, ia ficar mofando ali até passar algum táxi vazio, ainda bem que eu estava carregando uma faca para o caso de algum maluco aparecer. 

    Olhei para o lados em busca de algum táxi ou até mesmo um ônibus que me tirasse daquele lugar, mas não vi nada disso, só um grupo de uns oitos garotos na outra calçada se aproximando de onde eu estava, eles tinham aquela aparência de valentões e riam de algo olhando para mim. Ok, eu estava tentando manter a calma, mas não dava, era impossível, tenho certeza de que não conseguiria acertar nenhum deles com a minha faca, sou péssima em lutas. 

    Estava tão nervosa e com medo da proximidade daqueles garotos chegando mais perto, que nem reparei quando um carro preto parou ao meu lado. Eu instintivamente cheguei para trás e já fui com a mão em direção a minha bolsa para o caso de precisar pegar algo. A janela se abriu e quando vi quem estava dentro do carro, senti um tremendo alívio ao mesmo tempo que senti vontade de socar a cara dele por ter me assustado mais do que já estava assustada. 

    - Então, agora vai querer um carona? - o Daniel pergunto e olhou para o grupo de garotos que estavam atravessando a rua. 

    Olhei para o carro e olhei para o pessoal que se aproximava e tive que decidir rápido. 

    Abri a porta do carro e entrei batendo a porta forte. 

    - Sabia que ia aceitar a minha carona, ninguém nunca recusa - ele disse convencido. 

    - Idiota. Fique sabendo que só aceitei porque não estava afim de ficar lá com aqueles caras estranhos, se eles não tivesse aparecido eu não teria entrado no seu carro. 

    - Se você diz...- ele estava com um risinho nos lábios e eu tive vontade de soca ele, odeio pessoas convencidas. 

    O caminho até minha casa foi rápido e assim que chegamos, antes de eu sair do carro, me lembrei de perguntar algo que ainda não tinha perguntado: 

    - Como você sabia onde eu morava e o meu nome se eu nunca tinha te falado? 

    O Daniel pareceu que ficou um pouco incomodado com a pergunta, se remexeu um pouco no banco e disse:

    - Bom, digamos que eu tenho meus truques. 

    - Sério, fala logo! 

    - Calma. Tudo bem, te digo, é que eu...

    - ATÉ QUE ENFIM VOCÊ CHEGOU SUA BABACA! - ouvi uma voz conhecida gritar da porta de entrada da minha casa. 

    Que droga, a Sophie não podia chegar em outro momento? Agora era algo importante. 

    - Eu já vou! - gritei de volta e depois me virei para o Daniel de novo: - Agora fala logo. 

    - Nossa essa garota é tão...

    - Linda? Gostosa? Perfeita? É, todos os garotos acham isso - falei revirando os olhos. 

    Ele deu um risinho com o canto da boca e respondeu:

    - Eu não ia dizer isso, ia dizer que ela é muito escandalosa. 

    - Mas sei que pensou. 

    A Sophie veio marchando em direção ao carro com seus sapatos de salto enorme - sim, até em casa ela usa salto - e parou perto da porta onde eu estava. Sua expressão estava de pessoa completamente furiosa. Não sei o que eu fiz dessa vez, tudo ela põe a culpe em mim mesmo. 

    - Olha aqui garota, eu quero saber o que você fez com o meu notebook e por que ele está todo travado. Por acaso colocou algum vírus? Você sabe que eu não posso ficar sem ele, minhas fotos de modelo para enviar para as agências estão lá e se apagarem você está morta! 

    Sabia que era algo que eu não tinha feito, fora que nem entrar no quarto da Sophie eu entro, tem chave e eu não sei onde ela fica escondida. 

    - Depois você vai me contar tudinho, Daniel - disse me virando para ele - Mas agora tenho que ir, minha "irmãzinha" está tendo uma crise. 

    Saí do carro e fui em direção a minha casa, teria que ouvir um bom discurso da Sophie sobre como o computador dela é importante. 

#####

    Estava completamente exausta, mas tive que ir para o colégio, já tinha faltado no dia anterior e não queria perder muita matéria e sei que minha irmã não me emprestaria, e me lembrando da Sophie, ontem ela me perturbou achando que eu que tinha posto um vírus no notebook dela sendo que não fui eu e foi difícil convence-la a chegar nessa conclusão e fora que depois descobri que não tinha vírus nenhum no computador dela, era só um problema de configurações.

    Chegar na escola e não não encontrar a Giselle me fez ter vontade de chorar, estou acostumada a ter ela sempre ao meu lado e se a escola já é ruim quando estamos juntas, imagine quando se está sozinha? Vai ser um dia horrível. 

    Me joguei numa cadeira vazia que tinha no fundo da sala e abaixei a cabeça, tinha em mente dormir a aula inteira, mas a primeira coisa que o professor fez quando entrou na sala foi pedir para eu levantar a cabeça. 

    - Quero que vocês se dividam em grupos de cinco pessoas para fazer um trabalho valendo ponto - o Sr. Marsheel falou e depois se sentou na sua mesa e começou a falar as páginas do livro que devíamos fazer. 

    Me sentei junto com a Alana, o Flávio, o Nate e a Nareesha, eles são uma grupo de nerds que sempre andam juntos, só que como a quinta pessoa do grupo deles faltou e a minha amiga também, resolvi fazer com eles e até que são legais, bem melhor do que sentar no grupo da Sophie. 

    Resolvemos que cada um faria uma questão e por sorte eu peguei a mais fácil, sou péssima com números, acho que eles e eu temos uma relação difícil. 

    Estava tudo indo muito bem até que algo estranho começou a acontecer. Comecei a escutar tipo uns ruídos no meu ouvido, olhei para o lado pensando que poderia ser algum aluno, mas não era. Fique assustada e quando olhei para o meu caderno em que estava fazendo o exercício, fique com mais medo ainda. 

    Ele estava todo rabiscado. 

    Tinha uma frase escrita. 

    Ela dizia: Somos Eles

    Levantei da mesa sobressaltada deixando meu estojo cair no chão juntamente com o cadernos e a cadeira. Todo mundo olhou para minha cara mas eu não me importei, pedi para ir no banheiro e saí da sala. 

    O que estava acontecendo? Enquanto andava em direção ao banheiro estava me sentindo tonta e os ruídos ainda continuavam, achei que a qualquer momento fosse desmaiar, mas quando cheguei no banheiro e meti a cabeça em baixo da pia, tudo parou, ainda me sentia um pouco mal, mas os ruídos pelo menos pararam.

    Levantei a cabeça e me olhei no espelho, estava com o cabelo todo molhado e algumas partes da blusa também, mas não estava nem aí, o bom era que aqueles barulhos tinham parado e isso é que importava. 

    Saí do banheiro e não estava nem um pouco afim de voltar para a sala de aula, o único lugar em que poderia ficar tranquila era a árvore perto da cerca que divide a floresta da escola e que eu costumo sentar. 

    Olhei para os lados vendo se tinha algum inspetor por perto e quando vi que não tinha, saí e fui me sentar embaixo daquela árvore. 

    - Foi aqui que encontrei o primeiro símbolo e onde tudo começou - falei para mim mesma enquanto observava a floresta no outro lado e onde a primeira vez vi aquele ser de capa. Será que se eu não tivesse pegado aquele papel tudo estaria normal? 

    - Falando sozinha? - ouvi uma voz dizer atrás de mim. 

    Me virei e vi o Jonh parado em pé na minha frente.

    - O que você está fazendo aqui? - perguntei. 

    - Eu estava saindo da minha sala e vi que você saiu correndo do banheiro e veio para cá, não parecia estar muito bem. O que houve? 

    Ele se sentou na grama ao meu lado e eu me senti ficar vermelha pela sua aproximação. Eu não imaginava que ele fosse se importar comigo. 

    - Nada, só estava querendo ficar um pouco longe da sala de aula. 

    - Fique sabendo que sua amiga está internada. Sinto muito. 

    Parece que as notícias correm rápido pela escola, aposto que foi a Sophie, aquela ali é uma fofoqueira de primeira. 

    - É - foi a única coisa que consegui dizer - E soube que você e a Sophie não andam bem. Sinto muito também. 

    Ele virou o rosto para o lado e ficou tão próximo do meu que eu fiquei com o rosto quente, acho que a qualquer momento ele ia achar que eu estava passando mal de tão vermelho que meu rosto estava.   

    - Pois é, mas isso não é importante. Eu e ela já terminamos, aliás, nunca estivemos namorando de verdade. Sabe que brigamos por sua causa, né? Ela era muito chata, só queria saber de julgar e rir dos outros e eu já estava cheio, ela começou a falar um monte de coisas nada haver de você e tipo, falar aquilo da própria irmã não é legal, então eu me estressei com ela...

    - Tá, não precisa me contar tudo - disse rindo. 

    - Eu queria te perguntar um coisa - ele falou e segurou me queixo fazendo eu olhar para seus olhos cinzas e lindos. 

    - Fa...fa...fala - eu não queria estar gaguejando. 

    - É que...

    Escutei passo pesados se aproximarem e um voz grave falando:

    - Muito bem crianças, os dois para a diretoria - o inspetor com cara de maluco disse aparecendo na nossa frente e nos fazendo pular de susto. 

    Pelo visto não consegui despistar o inspetor Braduen por muito tempo. 

#####

    Depois de ter levado uma advertência por estar fugindo das aulas e estar beijando na escola - mesmo nós afiramando que não estávamos fazendo isso - e ter mais alguns tempos de aulas chatas, enfim era a hora da saída. 

    Quando estava descendo os degraus do colégio, fui surpreendida por um mão puxando meu braço e me fazendo virar. Era o Jonh, ainda bem. 

    - Então, feliz com sua advertência? - ele perguntou rindo. 

    - Nossa, muito feliz - disse sarcástica. 

    Enquanto caminhávamos pelo estacionamento da escola, o que não faltou foram olhares para mim e para o Jonh, pelo visto todos estavam estranhando ele andando comigo e a que mais odiava tudo isso era com certeza a Sophie, pois ela me lançou um olhar de gelar a espinha. 

    - Tipo, que inspetor louco, está certo que tínhamos fugido das aulas, mas nem estávamos nos beijando, ele estava vendo demais. 

    - Pois é, né, que cara louco - quem me dera beijar o Jonh pensei e fiquei constrangida com meu próprio pensamento - Então, o que você ia me contar antes do Braduen aparecer? 

    - Ah é, ia te perguntar se... 

    No momento que o Jonh ia dizer algo importante, um maldito carro entrou voado no estacionamento da escola e por pouco não nos atropelou. Que droga, parece que sempre tem alguém para interromper quando o Jonh vai me perguntar algo! 

    A porta do carro se abriu e quem saiu de lá foi...

    O idiota do Daniel. 

    Todos estavam olhando assutados para aquele carro que tinha entrado e também não era pra menos, podia ser um atirador que iria matar todo mundo da escola, mas ainda bem que não era. 

    - O que você está fazendo aqui?! 

    - Você precisa vir comigo, descobri algo muito importante - o Daniel disse puxando meu braço em direção ao carro. 

    Puxei meu braço de volta mais ele era mais forte. 

    - Ei, eu não vou com você, estou numa conversa importante. 

    - Mas você tem que vir. 

    O Jonh apareceu do meu lado e puxou o meu braço da mão do Daniel.

    - Ei cara, ela já disse que não vai com você. Solta ela. 

    - Quem é você, hem machão? Um segurança que ela contratou- o Daniel perguntou rindo. 

    - Sou...um amigo dela. 

    O Daniel revirou os olhos e disse:

    - Olha "amigo" da Eloísa, eu preciso que ela venha comigo, então dá para você sair da frente? - ele falou empurrando o Jonh. 

    - Ela não vai com um cara maluco como você - o Jonh falou revoltado. 

    - Você não pode responder por ela, seu babaca, agora dá para parar de gracinha? 

    - Babaca é você e...

    - Vocês dois, parem! - os dois olharam para mim e eu continuei - Daniel, pare de implicar com ele, o babaca aqui é você - meu virei para o Jonh e disse: - Eu vou ter que ir com ele, depois nos falamos. 

    - Mas...- o Jonh tentou dizer, mas eu entrei no carro logo antes que me arrependesse. 

    Quando o carro saiu de perto da escola eu me virei para o Daniel com raiva. 

    - Seu idiota, o que deu em você para chegar na minha escola do nada? Espero que seja algo bem importante depois do mico que me fez passar. 

    - Tudo culpa daquele seu namoradinho. 

    - Ele não é meu namorado. Agora diz logo antes que eu me arrependa de ter entrado nesse carro. 

    - Tudo bem...Eu descobri um pouco sobre aquele endereço que vamos ter que ir. 

    - Fala! 

    - É que essa rua é... onde vivem feiticeiras ou bruxas, como preferir chamar, e só funciona até as sete da noite, depois o lugar desaparece. 

    - Como assim desaparece? Onde que você leu isso?

    - Num site místico aí da vida, não sei se é verdade esse negócio de desaparecer, é tipo uma lenda, mas nunca é sabe, é melhor nos apressarmos. 

    Agora só me faltava essa, vou para um lugar em que se talvez eu ficar até depois da sete posso desaparecer também. 

    Rumo ao desconhecido. 

   


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Notas finais do capítulo

É, esse capítulo não aconteceu muita coisa, mas foi legal de escrever kkk
R.R.F? ♥