Sophie: Filha De Traidores escrita por Carolina Pietski


Capítulo 20
Ultimato


Notas iniciais do capítulo

Espero que gosteem, esse capítulo é um pouco diferente dos outros, hmm, por motivos que ficarão óbvios .qq
Boa leitura, meus amores!



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Meus olhos estavam fixos em Draco enquanto o mundo explodia ao meu redor.

Agora estavam todos à minha volta, perguntando-me como eu estava e coisas idiotas assim. Era óbvio que eu não estava bem. Como poderia estar? Uma escola inteira havia sido invadida por minha causa. Quantos acabaram feridos por isso?

A culpa me invadia em ondas, devastava-me por dentro e se afastava, somente para retornar depois, de novo e de novo e de novo.

Eu me sentia uma praia deserta após um maremoto particularmente cruel.

A única coisa que me mantinha de pé era o olhar de Draco.

De algum modo, acho que consegui transmitir esse sentimento para ele somente com a expressão de meu rosto. Soube disso quando ele virou-se de costas para mim e começou a se afastar.

Nem pensar que ele escaparia dessa.

– Pessoal, eu estou bem! – Grito, mais alto que todas as perguntas sem sentido. – Vocês precisam se concentrar nos feridos.

E foi assim que todos pareceram acordar e passaram a se preocupar com o que era mais importante. E também foi assim que eu consegui me livrar de todos para ir atrás do que realmente me interessava.

Segui o garoto com o cabelo loiro, tão claro que era quase branco.

Ele estava subindo uma escada para o segundo andar quando o alcancei. Agora eu já ultrapassara a fase de gratidão total e fui para a de irritação completa.

Por que tudo tinha que ser tão difícil com ele?

– Hey! – Chamei com voz irritada.

Ele parou no alto da escada por um instante, sem olhar para trás, e então continuou seu caminho, entrando no corredor deserto.

Fui atrás dele. Se tudo isso não tivesse qualquer outra utilidade, pelo menos eu o irritaria.

Quando entrei no corredor, ele estava vazio. Olhei para os dois lados, mesmo tendo certeza de que Draco havia seguido para o lado esquerdo.

Caminhei lentamente por lá, procurando-o com o olhar.

De repente, sinto um puxão que levou-me para dentro de uma sala escura. Meu coração dispara novamente, mas por motivos diferentes. Eu sabia quem havia me conduzido para lá.

Mas não estávamos em uma sala, agora que eu reparava melhor. Era um armário de vassouras vazio.

– O que você quer? – Sua voz é agressiva. Sinto vontade de bater nele. Controlo-me.

– Saber o porquê de você se dar ao trabalho de me salvar se depois me trata assim – bom, eu sei como soar mais agressiva que ele. Isso o faz me olhar, seus olhos cintilam, mas não consigo discernir o sentimento por trás disso. – Sério, por que se dá ao trabalho? Não é mais fácil deixar aqueles idiotas fazerem o trabalho deles?

– Eu faço isso, eu salvo você, porque... – ele hesita, fecha os olhos e suspira – porque eu te amo, Soph. Isso é óbvio.

Meu coração salta de alegria. Minha mente não.

Eu bufo.

– Claro. Porque você me deixar daquele jeito no meu quarto é mesmo um sinal de amor – minha voz está cheia de escárnio. A lembrança me machuca mais do que quero deixar transparecer. – Eu não acredito mais em você, Draco. Eu tinha aceitado o namoro às escondidas, mesmo que eu não julgasse necessário...

– Mas sua família e os seus amigos – interrompe ele – o que eles iriam dizer? E quando à minha família? E os meus amigos?

– Ah, então o problema é esse, não é? O que a sua família iria dizer se você começasse a namorar a priminha traidora do sangue. É sério que é assim que você vai passar o resto da sua vida?

– Isso não vem ao caso.

Irrito-me ainda mais.

– Claro que não vem ao caso. Para você não importa, não é? Eu só fui mais uma para você e agora você tenta arranjar uma desculpa para se livrar de mim. Coitada da próxima garota da sua listinha infame. Ou não. Talvez você comece a namorar oficialmente com ela, aí então eu terei certeza de que o seu problema é comigo...

– Sophie, cale a boca.

Então eu calo. Porque ele me beija.

O beijo imediatamente passa para o nível dois de pegação. Ele levanta-me e põe minhas pernas em volta de sua cintura. Vamos de encontro a uma parede e eu fico imprensada entre ela e o corpo de Draco.

Ele agarra meu cabelo, perto da nuca e deixa meus lábios por um instante, somente para passar os seus por meu pescoço e pelo lóbulo de minha orelha, onde ele também morte suavemente. E então sua boca volta para a minha.

Sua mão sai de meu cabelo e vai para baixo de minha blusa. Encontra o topo de meu sutiã, abaixa-o e massageia meu seio descoberto. Eu gemo e mordo seu lábio inferior.

De repente, eu posso sentir sua ereção entre minhas pernas, que ultrapassa o tecido de minha saia e o de sua calça.

Merlin.

Sinto-me ficando vermelha. Meu corpo fica mais quente.

Não sei como, mas do nada eu estava sem minha blusa e ele, sem a dele. Suas calça havia sido abaixada e minha saia levantada.

Então... aconteceu. Minha primeira vez. Em um armário de vassouras.

Quando ele penetrou em minha intimidade, senti uma dor enorme, tanto que só conseguia pensar nela. Mas então, eu me lembrei de que era com ele que eu estava. Pelo menos de uma forma, ele encaixava-se em mim. Completamente.

Ele começou a mover-se dentro de mim. Ainda doía, porém eu queria aproveitar o momento, resolvi deixar a dor de lado e me concentrar no prazer.

Ele agarrava-se a cada parte de meu corpo, ainda beijava-me, tanto que sentia meus lábios incharem lentamente. Eu segurava seu cabelo e mantinha minhas pernas firmes ao seu redor, não querendo que aquilo algum dia acabasse.

O movimento aumentou de velocidade e, de repente, veio. A sensação completa de prazer que, pelos seus gemidos, veio também para ele na hora exata que para mim.

Ele parou. Nós ofegávamos e estávamos cobertos de suor. Sua boca deixou a minha e ele abaixou-me, olhando para o outro lado.

Não, penso, isso não, por favor.

Mas é tarde demais. Ele já está com o olhar perdido ao longe. O momento acabara, tão rápido como começara.

Vesti minha blusa, ajeitei minha saia e meus cabelos, na medida do possível. Sinto o coração apertado, minhas mãos tremem e as lágrimas estão prestes a vencer. Desta vez não terei como contê-las.

Olho para ele. Seu rosto é uma máscara de tortura, deixando transparecer que para ele o que nós fizemos fora muito errado.

Suspiro e pisco rapidamente, tentando conter minhas lágrimas, pelo menos até eu me afastar o suficiente dele.

Empurro-o para o lado, abrindo caminho até a porta fechada. Antes de sair, viro-me para ele.

– Decida-se. Ou você me quer ou não. Mas decida logo, senão me esqueça e eu te esquecerei. Não vou ficar correndo atrás de uma causa perdida, nem de um indeciso.

Saio e fecho a porta, batendo-a com veemência. O som ecoa no corredor.

É então que as lágrimas começam a cair. Eu corro para chegar até meu quarto. Estou com raiva e estou triste. Estou cansada de tudo isso. E, o principal, revoltada com ele.

Filho da puta.


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Notas finais do capítulo

Boom, e esse foi o capítulo comemorativo! Por que comemorativo? Porque esse é o 20º capítuloooooo! Awwwwn :3 HSUASHUA enfim, espero que gostem :3
Deixem seus reviews e sugestões!



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