Sophie: Filha De Traidores escrita por Carolina Pietski


Capítulo 19
Medo


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo! Gente linda do meu coração, espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!



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Fiquei olhando fixamente para todas aquelas varinhas apontadas para mim. Aquele mar negro de corpos estava virado completamente em minha direção, os buracos das máscaras, onde deveriam estar os olhos, pareciam perscrutar minha alma, enchendo-a de medo.

Eu estava totalmente imóvel dentro de meu pânico, mas mesmo assim não pude deixar de contá-los. Eram em sete.

O número mágico mais poderoso.

Seria isso uma mera coincidência? Eu sinceramente duvidava.

No inicio, a reação geral foi um silêncio extremo, que revelava todo o choque e todo o medo que se infiltrava no Salão, junto com a entrada daqueles estranhos.

Mas depois, quando todos passaram a ter noção do que aquela invasão significava, o silêncio foi seno sufocado por pequenos gritos, aqui e ali, e em outro momento, por um total pandemônio.

Enquanto isso, eu continuava parada, imóvel, sem saber como reagir ou se eu deveria fazê-lo.

Quando a gritaria atingiu seu ápice, os homens encapuzados apontaram suas varinhas para o alto e delas jorraram sete jatos de luz verde. Todos ali sabiam o que aquilo era e o que isso poderia significar.

O cheiro da morte parecia pairar no ar. Tudo ficou em silêncio absoluto, somente cortado por um soluço ou um choro ocasionais.

Foi então que os professores entraram em ação. Eles levantaram-se de sua mesa como se fossem um. Docentes de Beauxbatons, Durmstrang e Hogwarts. O ministro já não estava mais ali, tendo voltado à Londres na noite anterior para cumprir seus compromissos.

Os homens voltaram suas varinhas para mim de novo, não pareciam ter medo de serem atingidos por feitiços de outros. O que estava mais à frente olhou ainda mais diretamente para mim e revelou o motivo deles estarem invadindo uma das academias de magia com maior proteção mágica.

– Sophie Malfoy Black, seu padrinho Antony Bohrstrueid deseja lhe... – ele hesitou, certamente buscando a palavra certa. – falar. Acompanhe-nos.

Ele sorria maliciosamente. Dava para perceber isso, mesmo com seu rosto inteiro coberto pela máscara.

Aquilo me provocou ódio. Levantei-me. Agora todos os olhos convergiram para mim.

Eu não acreditava em quão estúpida era a coisa que eu iria fazer.

Mas fiz.

Saquei minha varinha e com toda a determinação que eu possuía, mesmo com meus braços trêmulos pelo susto, ergui a arma até eu conseguir mirar diretamente no coração do homem que havia falado.

– Vou ter que recusar o convite, mas obrigada – consegui sorrir, apesar de todos os músculos de meu rosto lutarem contra isso.

E assim, lancei meu primeiro feitiço, sem enunciar uma palavra sequer. Somente pensei com toda a minha força nas palavras que eu queria: Petrificus Totalus.

O homem caiu duro no chão e os outros pareceram confusos por um momento, olhando-o. Seus rostos voltaram-se para mim novamente. Eu ainda sorria.

Foi então que o caos começou.

Senti, mais do que vi, Hermione levantando-se e puxando a varinha ao meu lado e Lola do outro. Os membros da Armada de Dumbledore foram à frente, assim como os professores, coordenando o ataque aos invasores.

Fui atrás deles. A princípio sem muita motivação, mas depois...

Vi que um dos encapuzados tentava capturar Cristal.

O ódio me invadiu mais do que nunca. Eu a via sendo encurralada por um daqueles nojentos. Ela estava encolhida a um canto, sem saber o que fazer.

Aproximei-me pelas costas do imbecil com a varinha de prontidão. Cutuquei seu ombro e ele me olhou confuso e claramente surpreso.

– Ninguém toca na minha irmã – sorri friamente. Ele não teve como se defender. – Estupore!

Ele desfaleceu na minha frente. Virei-me para Cristal.

– Esconda-se – foi só o que eu disse antes de dirigir-me à batalha novamente.

Enquanto eu corria para o centro da comoção, fiquei imaginando se Bohrstrueid havia enviado os sete homens achando que eles eram os seus melhores e venceriam todos os professores com anos de experiência ou se eles somente eram algum tipo de distração.

Eu apostava na segunda hipótese, já que eu sozinha consegui acabar com dois deles. E eu não era a pessoa melhor treinada em duelos do mundo.

Mas não podia deixar-me levar por esses pensamentos. Eu precisava focar-me no problema imediato e foi o que eu fiz.

Havia corpos, de estudantes principalmente, caídos ao chão, mas até onde pude constatar, nenhum deles estava morto, estavam somente desacordados.

Fiquei aliviada, ainda mais por ver que o ultimo dos inimigos havia acabado de ser vencido. Com um feitiço muito bem feito de Hermione.

O alívio durou pouco.

Um par de braços fortes cobertos em uma larga manga negra envolveram-me e me mantiveram presa.

Sua varinha apontada para meu coração.

– Ninguém se mexe. Eu posso levar essa aqui viva ou morta. A escolha é de vocês – sua voz era sombria e profunda, a ameaça nela seria evidente, mesmo sem ele pronunciar essas palavras.

Eu perdi a esperança. Eu teria um encontro com Bohrstrueid.

– Sabe, o número sete é o número mágico mais poderoso, mas o oito quebra o encanto. Aliás, há uma crença dos chineses trouxas que vê o número oito como o número da morte. E para você... bom, esse é certamente seu número de azar.

Então eu senti os braços ao meu redor enfraquecerem e me soltarem e o corpo de meu captor caiu ao chão, revelando outra pessoa atrás dele. Era quem falara.

Draco Malfoy estava parado ali. Com a varinha ainda à sua frente e uma raiva homicida no olhar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero reviews!!! :3



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