O amor é bipolar. Ele não é consequência, mas inconsequente. Não é cego, mas insensato. A doença que move o mundo e paralisa a alma. A morte é tua única chance de se tornar imune. Provoca sentimentos doentios e desvairados, cria sensações inéditas e te torna vítima dos clichês. Ele é ridiculamente adorável, mas absurdamente odiado. É bíblico, shakesperiano, comprovado cientificamente. Condena, açoita, definha e mata. Eu leio constantemente sobre suas consequências e me delicio com suas causas. Disparo flechas, elas cortam e somem: de repente alguém está amando. Mas ler é diferente de sentir, afligir é o oposto de ser afligido. Amar, meus caros, é o oposto de planejar. É finalmente viver.