Entre Dois Mundos escrita por Quel


Capítulo 22
A volta do leão


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores, tudo bem??



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Rabadash, após o encontro com a bruxa e de ter ficado com o pescoço roxo, saiu em busca de Miraz, além de pensar em como cumprir sua parte no acordo em menos de 10 horas.

Na época em que fez o trato com a bruxa parecia fácil sua parte, mais de 100 sacrifícios humanos para a bruxa incluído o próprio Miraz.

Como ele faria isso em menos de 10 horas?

Saiu em busca de Miraz, se conseguisse vencê-lo seria mais fácil de conseguir os outros sacrifícios.

— Rabadash.

O tirosc sorriu. Seu alvo estava vindo em sua direção.

— Miraz, precisava mesmo falar contigo.

— Depois, o que eu tenho para tratar com você é mais urgente. — Rabadash teve vontade de matar Miraz ali só pela sua ignorância. — Soldados narnianos foram vistos a norte do castelo e estão se aproximando a cada instante, preciso de reúna seu exercito.

— O que eles estão fazendo aqui? — perguntou Rabadash esquecendo seu plano por completo.

— Para resgatar Susana, o que você acha? — disse Miraz com sarcasmo.

Rabadash sentiu seu sangue gelar de ódio. Ninguém tiraria Susana dele;

— Fale com Galergus, ele reunira meu exercito.

Dito isso, Rabadash correu para voltar para seu quarto. Precisava trancar Susana dentro de uma cela para que ninguém a tirasse dele.

Chegando no quarto, Rabadash notou algo errado. Estava ouvindo muitas vozes e a porta estava aberta.

— Falei que estava planejando minha fuga.

— Não sabe como fico triste em saber disso, minha querida.

— Rabadash?

O tirosc olhou com ódio cada ser humano naquele quarto, em especial Caspian X, que estava ao lado de Susana.

— Planejando sair sem minha presença, minha querida esposa? — perguntou com a mão na espada.

— Esqueça, Rabadash, estamos com vantagem. — disse Pedro com a espada em punho.

— Acha que tenho medo de um bando de meninos mimados?

Dito isso Rabadash partiu pra cima de Caspian, o único que não estava armado. Por um segundo, Caspian conseguiu desviar da esposa do calormano que iria acertar seu coração. Em instantes, estava com a espada em punho e apontava para o pescoço do tirosc.

Rabadash viu cada pessoa ali apontar a espada para ele, inclusive sua doce esposa.

— Susana, não sabe a dor que estou sentindo.

— Provavelmente não é um terço da dor que senti nesse mês.

— Pensei que me amava.

— Você é um doente, ama apenas a si mesmo.

— JÁ CHEGA! Se não vai ser minha esposa, não merece estar viva.

Antes que Rabadash levantasse a espada, Pedro pensou mais rápido e com um único movimento fez um corpo fundo no braço direito do tirosc, braço esse que segurava a espada.

— TODOS PRA FORA. — gritou Pedro.

Caspian, Pedro, Edmundo, Tadeu e Susana saíram correndo pelo corredor.

— Temos que chegar até o pátio. — disse Caspian.

— Ed, faça o sinal para Orieus e Dallas. — disse Pedro.

Edmundo assentiu e tomou um rumo diferente dos demais. Havia decorado a planta que Caspian havia desenhado do castelo e sabia exatamente para onde ir. Tinha que chegar até a torre norte e faria um sinal com a espada, Orieus e seu grupo estavam apenas esperando para começar o ataque.

— Pra onde ele vai? — perguntou Susana.

— Chamar nosso reforço. — respondeu Caspian.

— Vocês vieram preparados.  — disse Tadeu.

— Tudo para salvar, Susana. — disse Pedro.

Os quatro desceram correndo um monte de escadas. A cada soldado que aparecia cada um mostrava suas habilidades com a espada, e é claro, Pedro e Caspian ficaram surpresos ao ver como Susana venceu um soldado.

— Vejo que treinou bem com a espada. — observou Pedro.

— Devo tudo ao Tadeu.

Por fim, chegaram ao pátio que estava vazio. Mas ao longe podiam ouvir o som de várias vozes e estavam cada momento mais perto.

Pedro olhou para o norte, onde Edmundo estava. O jovem rei justo fazia movimentos com a espada e usava a luz da lua a seu favor. Orieus viu o sinal de seu rei.

— Por Aslan. — gritou.

Ele e metade do exército de Nárnia começaram a correr para junto de seus reis.

— Me ajudem a abrir o portão. — disse Pedro.

Os homens começaram a abrir o portão, Susana os observava, gritando para irem rápido pois os homens de Miraz estavam se aproximando. Pouco da metade do portão estava aberto. A tensão estava no comando na mente de Pedro. Susana correu para ajuda-los e com um pouco mais de força conseguiram levantar o portão.

O exército de Orieus chegou e junto com eles o exercito de Miraz.

Pedro pegou a espada e a chocou contra o ar.

— POR NÁRNIA E POR ASLAN.

Faunos, centauros, ratos, anões, todos os narnianos estavam em guerra por um bem maior novamente. Pedro, o grande rei magnífico estava no comando juntamente com Edmundo e Caspian, Susana junto com Tadeu ergueram suas espadas e o grande choque ocorreu.

Telmarinos se misturaram aos narnianos, o barulho das espadas era alto e era o único som que se ouvia.

Centauros davam coices em seus inimigos enquanto cortavam e esfaqueavam, faunos trabalhavam em dupla e nenhum soldado inimigo conseguia se aproximar. Os minotauros corriam e pulavam em direção aos inimigos, esmagando a todos.

O exercito de Miraz estava em desvantagem.

Edmundo descia da torre onde estava, havia dado o sinal para o grupo de Dallas. Em seu caminho apareciam telmarinos prontos para matá-lo e ele, com seu treinamento, os matava com rapidez. Logo chegou ao pátio e seu junto ao irmão.

— E Lucia? — Perguntou Pedro.

— Nenhum sinal. — respondeu Edmundo.

— Temos que aguentar firme até Dallas e ela chegarem.

Caspian tentava lutar e prestar atenção em Susana ao mesmo tempo, estava assustado com a habilidade dela com a espada, era tão boa quanto com arco e flecha.

O braço de Susana já estava doendo, já havia acertado não sabia quantos soldados e mais apareciam, não sabia a quanto tempo estava lutando só sabia que tinha que aguentar, por Nárnia e por Aslan.

Rabadash e Miraz observam o caos que tomou conta do pátio, viam como seus soldados estavam desvantagem. Rabadash, já com o braço enfaixado, chamou por Galergus, seu capitão.

— Sim, meu rei.

— Quero que mande nossa tropa e que nenhum narniano sobreviva.

O capitão calormano assentiu e foi dar ordem aos soldados que já estavam animados com a possibilidade de matar narnianos.

Pedro viu quando aqueles homens vestidos de vermelho apareceram e como eram treinados e sabiam onde era a fraqueza da armadura narniana.

Sua mente batalhava em achar uma estratégia, o suor escorria por sua testa e seu coração batia acelerado no peito. Não conseguia achar uma saída.

Olhou para o céu em busca de uma saída.

O sol estava saindo.

Lembrou de seu sonho com Aslan.

Ao amanhecer o auxilio viria.

Era isso que ele havia lhe falado. Era nisso que Pedro acreditava.

Via como seus homens estavam cansados, não parecia, mas estavam lutando a algumas horas já, todos estava cansado e mais inimigo chegavam.

“Dallas, chegue logo”

.......

Lucia ia o mais rápido que seu cavalo podia, metade de um exército narniano atrás de si. Dallas do seu lado.

— Estamos muito longe? — perguntou ao fauno.

— Não, minha rainha.

Lucia olhou para seu lado direito e seus olhos brilharam, nem acreditava que o tinha encontrado.

“Aguente mais um pouco Pedro, estamos a caminho”.

......

Caspian não aguentava mais, seu braço já não respondia mais ao seu comando, seu corpo estava cansado. Suas pernas tremiam.

Um soldado se aproveitou do cansaço do príncipe e lhe deu um chute na perna direita. Caspian gritou de dor ao seu acertado e caiu no chão. O soldado telmarino enfiou a espada na mesma perna e Caspian gritou mais uma vez. Estava vendo seu fim.

— Isso é por ter nos traído. — gritou o telmarino levantando a espada para dar o golpe final.

Antes que isso acontecesse, Caspian viu uma espada cruzar o peito do soldado e este cair imóvel. Susana estava atrás dele, com a espada em punho.

— Isso é por mexer com o meu namorado.

Caspian não pode deixar de sorrir ao ver a amada.

— Você fica ainda mais linda com essa pose de durona.

Susana sorriu para o telmarino.

— Ela é realmente muito linda.

Aquela voz!

— Vou matar os dois com uma única cajadada. — comemorou Rabadash com a espada em mãos.

— Não vai encostar nele. — disse Susana se colocando na frente de Caspian.

— Susana, não. — disse o príncipe tentando se levantar.

— Vou te matar primeiro por não ser a esposa que deveria ser.

Rabadash ergueu a espada no mesmo instante que Susana. Ali, os dois travaram uma árdua batalha.

O tirosc era forte e Susana era ágil.

Enquanto ele erguia a arma para desferir seu golpe, Susana já estava se defendendo e tentando jogá-lo para o lado. Caspian assistia aquela luta admirado com a sua linda Susana. Nem se importava com a perna sangrado.

— Eu te dei tudo. — dizia Rabadash enquanto tentava acertar Susana. — Tudo o que uma mulher sempre quis.

— Tudo o que? Você só me deu dor. — disse Susana quando finalmente conseguiu empurrar o tirosc.

Caspian conseguiu se levantar e mancado rumou em direção ao tirosc caído e enfiou sua espada na perna do tirano.

— Isso é por ter feito minha Susana sofrer. — retirou a espada com a força ouvindo o grito do homem que tanto odiava, logo, cravou a espada mais uma vez na perna dele. — Você vai para o lugar que merece.

Antes que Caspian conseguisse dar o golpe final, um soldado segurou seu braço.

— Permita-me ter essa honra, príncipe.

Caspian reconheceu aqueles olhos vermelhos.

— Bruxa.

— Por muito tempo procurei vingança contra os telmarinos e não consegui, meu prazo para consegui-la era até o amanhecer e ele acabou, irei com prazer para o lado de Tash, mas com esse infeliz do meu lado.

Dito isso, a bruxa pegou uma pequena faca e cravou no peito do tirosc que deu seu ultimo grito antes de cair imóvel.

A bruxa deixou que um último sorriso escapasse por seus lábios antes de desaparecer.

Susana ficou parada no lugar por um segundo, a ficha caindo que de Rabadash estava finalmente morto, seu coração começou a ficar anda mais aliviado.

­­Caspian largou a espada no chão. Sua perna estava doendo demais, tudo o que ele queria era descansar, porém, mancado, ele andou até Susana e a abraçou.

— Ele está morto. — sussurrou a rainha gentil.

— Sim, ele está morto.

......

— Estamos chegando. — gritou Lucia ao ver a entrada da aldeia.

O exercito que estava com ela sorriu entusiasmados.

A rainha destemida olhou para o lado direito sorrindo.

“Vamos vencer” pensou sorrindo.

.......

Pedro não aguentava mais. Seu braço não aguentava mais. Estava se rendendo ao cansaço. Não via seus irmãos em lugar nenhum e do ângulo em que estava, seus soldados não estavam em vantagem. Os calormano estavam possessos de raiva, matavam sem exitação.

“Lucia, onde você esta?” pensou.

Um telmarino veio correndo em sua direção, Pedro reuniu toda a força de tinha para anfrentá-lo quando ouviu algo que o assustou e o aliviou.

Um rugido!

Todos olharam para o portão principal. Ali estava um exercito narniano, Lucia e Dallas na frente. Mas todos só olhavam para para um único ser.

Um grande leão estava no meio de Lucia e Dallas. Seu pelo dourado brilhava com a luz do sol. Seus olhos assustavam o mais corajoso telmarino.

Aslan estava de volta!

Lucia procurava os irmãos e a única pessoa que viu foi Caspian que estava montado em um centauro.

— Por que pararam?

A atenção voltada para Aslan mudou para Miraz, que caminhava em direção ao leão em claro sinal de desafio.

— Estão com medo de leãozinho? Um mito?

Quanto mais Miraz falava, quanto mais zombava de Aslan, os telmarinos iam recuperando a coragem.

O soldado que estava ao lado de Pedro empurrou o grande com com tudo no chão, espada já em punhos. O Pevensie apenas teve tempo de erguer a espada em defesa.

Dallas viu como os amigos precisavam de ajuda.

— POR NARNIA E POR ASLAN.

Os narnianos que estavam atrás de si ao ouvirem o grito de seu capitão correrão para o campo de batalha, incluído o próprio Aslan.

Os narnianos que lutavam a noite inteira tiveram as forças renovadas e partiram para cima do inimigo.

Os calormano foram facilmente derrotados. Estavam sem o seu líder o ódio que havia tomado conta de seus corações fora trocado por medo.

Susana também lutava com mais garra.

Pedro havia derrotado seu inimigo.

Edmundo não deixava ninguém se aproximar por causa da sua habilidade com a espada.

Lucia lutava ao lado de Dallas.

Os quatro reis e rainhas lutavam para defender seu reino e seu povo.

 


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Notas finais do capítulo

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