Entre Dois Mundos escrita por Quel


Capítulo 20
Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores, tudo bem??

Um aviso, o que está escrito em italico é um sonho ta.

Boa Leitura!!



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Por um mês, Caspian acordava cedo e dormia tarde em busca de arquitetar um plano para salvar sua rainha e finalmente havia conseguido.

Na noite que antecedia a invasão, os reis e rainha, os capitães e grande maioria dos soldados se reuniram na câmara onde ficava a mesa de Aslan.

— Invadiremos o castelo amanhã à noite. — Informou Pedro. — Edmundo, Caspian e eu iremos com as águias que nos deixaram perto da torre norte. Um grupo liderado por Orieus ficara na entrada da aldeia e um outro liderado por Dallas na entrada da floresta a oeste do castelo.

— Caspian e Pedro irão procurar por Susana e eu ficarei perto da torre para dar o sinal para que vocês possam atacar. — Disse Edmundo.

— Ficaremos atentos ao seu comando, majestade. — Disse Dallas, o fauno capitão.

— Edmundo usará a lanterna — Pedro mostrou o objeto aos narnianos — para dar o sinal, lembrando, ele ascendera duas vezes.

— Só darei o sinal assim que ver Caspian, Pedro e Susana livres.

— Enquanto eu? — Perguntou Lucia do lado de Pedro.

Todos olharam para a jovem rainha e se envergonharam de ter esquecido sua presença na câmara.

Caspian olhava para Pedro em busca de uma ideia já que não haviam colocado uma tarefa para Lucia.

— Lu, achamos melhor você ficar por aqui. — Disse Pedro.

— E por que achariam isso? — Perguntou Lucia. — Tenho treinado junto com os espadachins para participar desse resgate.

— Devo dizer que a senhora se saiu muito bem com a espada, minha rainha. — Disse Dallas que era seu treinador.

Lucia sorriu em agradecimento.

— O fato é: quero participar desse resgate e não aceito um não como resposta.

Pedro a encarou boquiaberto, Lucia, por mais que fosse muito jovem amadurecera muito no último mês.

— Se posso dar minha opinião, a rainha Lucia pode ficar juntamente com o meu grupo. — Disse Euros. — Vi o seu treino e ela é muito habilidosa com a espada.

Pedro olhava para seu capitão com um sinal claro de que ele desistisse da ideia, o que foi em vão.

— Tudo bem. Lucia, você ficará junto com o grupo de Orieus. — Disse Pedro sem muita vontade.

— Ótimo. — Disse Lucia sorrindo triunfante.

— O tempo que o grupo de Orieus se aproxima do portão principal, é o tempo em que Caspian e eu o abrimos para sua passagem. — Continuou Pedro. — Lembre-se, nossa missão é resgatar Susana, o grupo de Orieus irá entrar e se tivermos sorte terão poucos telmarinos no pátio, sendo assim vocês entrarão e logo saíram. Tanto que seu grupo não é teu grande se comparar o de Dallas — disse olhando para o centauro — e o seu grupo deverá tomar iniciativa se virem o sinal de Edmundo. — Falou para Dallas.

O fauno e o centauro assentiram.

— O sinal para Orieus é a luz piscar 2 vezes e para Dallas será 3 vezes. — Disse Edmundo.

— Todos entenderam? — Perguntou Pedro. — Descansem, teremos um longo dia amanhã.

Aos poucos todos foram saindo da câmara, deixando Pedro sozinho.

O grande rei olhou para a imagem de Aslan em uma alta parede. Sua mente vagava para o mês que passou e viu o quanto amadureceu. Não pode impedir seu coração se encher de esperanças enquanto admirava aquela imagem.

— Nesse último mês, eu fui tudo menos o rei que você que queria eu fosse. Deixei meus irmãos de lado, deixei meu povo de lado em um momento de angustia, corri para a floresta de tamanha dor e nesse tempo em que fiquei lá, sozinho, pensei que iria morrer. Era para eu estar morto. Ninguém sobrevive tanto tempo sem comer ou beber e muito menos depois de ter pego uma tempestade, a maior que Nárnia que já viu. — Respirou fundo. — Eu te agradeço Aslan, te agradeço por ter mandando Caspian até mim e ter tirado toda aquela dor do meu coração. Te agradeço porque enquanto eu estava naquela tempestade, minha mente implorava pela morte e talvez eu pudesse estar delirando, provavelmente estava delirando porque eu te vi e você andava em minha direção e eu ouvia você sussurrar “vai ficar tudo bem” “eu estou contigo e isso não vai te matar” e naquele momento eu senti meu coração se encher de esperanças e acabei adormecendo com aquelas palavras na minha mente. Quando acordei estava aqui, Lucia cuidava de mim e dizia o quanto estava feliz por eu estar melhor e que era um milagre eu estar vivo.

Pedro fechou os olhos, lembrando-se de tudo aquilo que aconteceu.

— Te peço que amanhã dê tudo certo e que possamos voltar com Susana em segurança.

Quando terminou de dizer saiu da câmara, com o coração ainda mais aliviado.

....

Caspian encarava o teto do seu quarto. Não poderia estar mais ansioso para o dia seguinte. Se tudo desse certo teria Susana em seus braços novamente. Fechou os olhos lembrando do sorriso da amada e do seu toque quando a abraçava. Acabou pegando no sono com essas lembranças.

“Estranho” pensou enquanto andava por um corredor escuro em direção a única porta que tinha.

Não sabia onde estava e não sabia o porquê de estar caminhando em direção aquela porta. Seu coração estava acelerado e sua mente não conseguia raciocinar direito.

Menos de 5 passos e começou a suar frio. Caspian começou a ter medo do que poderia encontrar por trás daquela porta. Pensou em voltou atrás, infelizmente, o que havia atrás era uma parede e essa começou a empurrá-lo em direção a porta e Caspian sem muita vontade tocou na maçaneta e devagar a girou.

Sem muita força, empurrou a porta e viu uma cômoda.

Provavelmente é um quarto.

Sem mais delongas, abriu a porta e entrou no cômodo.

Definitivamente era um quarto. Um guarda roupa, uma cômoda, uma escrivaninha e na parede central uma grande cama de casal. Caspian sentia que tinha alguém ali, porém não conseguia ver quem era por conta da grande cortina que estava ao redor da cama.

Vacilante e com o coração ainda mais acelerado, Caspian caminhou até a cama e percebeu que estava tremendo quando levantou a mão para afastar um pouco a cortina.

Seu coração se partiu em mil quando viu sua amada nos braços de um monstro.

Susana estava de olhos fechados e parada, quieta, como se estivesse sem movimento enquanto um monstro abusava dela. Caspian não havia reparado como aquele homem gritava e por um instante ficou sem reação. Sua mente não conseguia processar o que estava acontecendo a sua frente.

Caspian foi tomar uma atitude quando viu Susana abrir os olhos, e ali, no meio daqueles orbes azuis tinha um sinal claro de socorro. O jovem príncipe perdeu o controle sobre o corpo e em um único movimento tirou Rabadash de cima da sua rainha.

O príncipe de Nárnia acordou com um grito entalado em sua garganta. Seu peito descia e subia em ritmo impressionante. Sua testa estava molhada de suor igual sua camisa.

Caspian fechou os olhos ainda com o pesadelo vivo em sua mente.


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Notas finais do capítulo

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