Entre Dois Mundos escrita por Quel


Capítulo 15
Uma nova inimiga


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo beleza?
Então, perdão, por favor, me perdoem por essa demora
Sei que essa não é a primeira vez que peço perdão, mas, me perdoem, por favor
Agora é sério.
Eu prometo que não irei demorar para postar, não mais
Então não me abandonem, por favor, eu preciso de vocês ♥

Boa Leitura!!!



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Os Pevensie passaram o dia ocupados, principalmente os mais velhos. A angustia que sentiam não passava de forma nenhuma e passar o dia ocupado era o único jeito de não ficar pensando naquilo a todo instante.

Pedro havia pedido que dois soldados ficassem na torre de vigia, achava que o aperto em seu peito era algum aviso de um possível ataque.

Susana não sabia o motivo de estar angustiada, mas fazia de tudo para não se concentrar nisso. Ficou ajudando no treinamento dos mais novo com arco e fecha.

Lucia e Edmundo optaram por treinarem juntos em um lugar um pouco distante do acampamento e claro sem os irmãos mais velhos saberem disso.

— Ed, melhor ficarmos aqui. – disse Lucia.

— Não, ainda estamos perto do acampamento. – falou Edmundo ainda andando.

— Por que ir para tão longe?

— Ora, para não sermos incomodados.

— Ninguém iria nos incomodar.

— Você não pode ter certeza.

— Edmundo! Chega! Treinamos aqui ou volto para o acampamento.

O Pevensie parou sua caminhada e lentamente virou-se para a irmã mais nova, esta deu um passo para trás.

Lucia não acreditava no que estava vendo. Os olhos de Edmundo... os antigos olhos escuros estavam vermelho sangue.

— Ed! Ed o que houve com os seus olhos?

— Não tem nada de errado com os meus olhos.

— Tem sim, eles estão vermelhos.

Edmundo arregalou os olhos ao ouvir a frase da irmã.

— Não estão não. – disse fechando os olhos com força.

— Vamos voltar para o acampamento. Agora!

— Eu já disse que não!

Edmundo empurrou a Lucia que com a força do impacto caiu no chão. O jovem rei saiu correndo pela floresta.

A rainha destemida levantou rapidamente e saiu correndo atrás do irmão. Por vários minutos o procurou sem sorte.

— Edmundo!

Gritava enquanto corria pensando que assim ele a escutaria.

Jogou-se no chão. Cansada. Tinha corrido muito e não tinha mais forças para procurar o irmão. Aos poucos lagrimas molhavam seu rosto e poucos segundos depois começou a soluçar.

N]ao demorou muito para que Bernard a encontrasse, ela ainda estava chorando e não conseguia dizer o que tinha visto.

— Lucia, por favor, diga o que houve.

— Ed... ele, ele não era... – e se entregava a mais uma crise de choro.

Bernard a levou de volta para o acampamento.

— Lucia­ - Disse Pedro correndo ao encontro da irmã. – Por que se afastaram tanto do acampamento?

Com poucas lagrimas caindo, a jovem Pevensie relatou o que havia visto na floresta. Disse como Edmundo parecia confuso com a revelação da cor dos olhos e como mudou poucos segundos depois, como desapareceu na floresta.

— Atenção! Quero uma equipe procurando Edmundo agora!

5 dos melhores soldados de Nárnia entraram na floresta na mesma hora.

Caspian queria ir junto é claro, mas Susana o segurou.

Pedro levou Lucia para dentro e o casal os seguiu.

Demorou um pouco para que a rainha destemida ficasse completamente calma, calma essa que não durou muito pois a preocupação com o irmão mãos velho só aumentava.

Quase no fim da tarde, o grupo de busca voltou e sem Edmundo.

— Vou procura-lo. – anunciou Pedro.

— Não! – disse Susana. – Está muito tarde e lembre-se que nossos inimigos podem estar nessa floresta, apenas esperando para pegar qualquer um de nós.

— Edmundo está lá fora!

— Lucia disse que não parecia Edmundo.

— Ele é meu irmão mais novo.

— Meu também! Acha que não estou preocupada? – Falou Susana cada vez mais alto. – Não quero que vá à essa hora porque não quero perder meus dois irmãos no mesmo dia.

Aquilo deixou Pedro sem palavras.

— Vamos todos ficar aqui e pensar no que poderia ter acontecido para que o Ed ficasse daquele jeito. – Sussurrou a rainha gentil.

— Pode estar possuído. – Disse Beto, pela primeira vez naquele dia.

— Possuído? – Perguntou Pedro – Pelo o que?

— Vão me dizer que não conhecem uma antiga lenda dos telmarinos.

Susana, Lucia e Pedro olharam para o pai de Bernard com dúvida estampada em seus rostos.

— É uma lenda. – Disse Caspian. – Não é algo verdadeiro.

— Não tem outro motivo. – Disse o velho fauno. – Vossa majestade disse que ele possuía olhos vermelhos? – Perguntou a Lucia.

— Sim. – Respondeu ela.

— Alguém pode nos dizer que lenda é essa? – Perguntou Pedro.

— Dizem que quando os primeiros telmarinos chegaram à Nárnia trouxeram uma viajante com eles. Uma bruxa. – Disse Beto. – Ninguém sabe como ela conseguiu chegar com eles, o que todos dizer é que de alguma maneira ela passou a ter sentimentos de raiva e ódio para com os telmarinos. Dizem que seu ódio era tão grande que a menção daquele povo fazia seus olhos ficarem vermelhos.

— O que aconteceu com ela? – Perguntou Susana.

— Foi enfrentar os humanos e, na maioria das versões, foi queimada viva no centro da floresta.

— Agora ela quer vingança de qualquer telmarinos que ouse chegar perto do local onde foi queimada. – disse Caspian.

— E onde ela foi queimada? – perguntou Lucia.

— Uns 500 metros em direção ao norte. – respondeu o fauno Beto.

— Edmundo não é um telmarinos. – disse Susana. – Então não tem como ela se vingar dele.

— Mas ela pode usá-lo para se vingar deles. – disse Beto.

— Vamos lembrar que é só uma lenda. – disse Pedro. – Vamos pensar em um jeito de achar o Ed.

Acontece que ninguém ali tinha uma ideia.

Aos poucos, cada um ia indo para seu local de descanso.

Susana foi uma das ultimas a sair, junto com Caspian.

Pedro ficou na mesa de pedra. Sozinho. Pedindo à Aslan que protegesse seu irmão caçula.

— Como está se sentindo? – perguntou Caspian à Susana.

— Péssima. Não sei como ajudar o Ed e isso acaba comigo.

— Assim que amanhecer vamos procura-lo novamente e vamos acha-lo.

— Assim espero.

 

 

Um pouco longe dali, Edmundo olhava desesperado para o corpo em sua frente.

O soldado telmarinos estava com o peito aberto, o sangue ainda escorrendo e seus olhos escuros totalmente abertos.

O que aterrorizava mais Edmundo era que suas mãos estavam sujas de sangue.

O sangue daquele soldado.

— Eu preciso de ajuda. – Sussurrou o jovem rei.

Sozinho, cansado e não tendo ideia de onde estava Edmundo começou a andar, olhando sempre para trás onde estava o corpo do soldado, seus pensamentos o acusando de tê-lo atado, mesmo não lembrando disso.

Suas últimas memorias era de estar com Lucia, eles iam treinar um pouco. Isso era de manhã e agora era tarde da noite.

O que aconteceu nesse intervalo de tempo?

Era o que se perguntava.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Não se esqueçam de comentar.
Beijos e obrigada por ler ♥



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