Entre Dois Mundos escrita por Quel
Notas iniciais do capítulo
Olá meus amores, tudo beleza?
Então, perdão, por favor, me perdoem por essa demora
Sei que essa não é a primeira vez que peço perdão, mas, me perdoem, por favor
Agora é sério.
Eu prometo que não irei demorar para postar, não mais
Então não me abandonem, por favor, eu preciso de vocês ♥
Boa Leitura!!!
Os Pevensie passaram o dia ocupados, principalmente os mais velhos. A angustia que sentiam não passava de forma nenhuma e passar o dia ocupado era o único jeito de não ficar pensando naquilo a todo instante.
Pedro havia pedido que dois soldados ficassem na torre de vigia, achava que o aperto em seu peito era algum aviso de um possível ataque.
Susana não sabia o motivo de estar angustiada, mas fazia de tudo para não se concentrar nisso. Ficou ajudando no treinamento dos mais novo com arco e fecha.
Lucia e Edmundo optaram por treinarem juntos em um lugar um pouco distante do acampamento e claro sem os irmãos mais velhos saberem disso.
— Ed, melhor ficarmos aqui. – disse Lucia.
— Não, ainda estamos perto do acampamento. – falou Edmundo ainda andando.
— Por que ir para tão longe?
— Ora, para não sermos incomodados.
— Ninguém iria nos incomodar.
— Você não pode ter certeza.
— Edmundo! Chega! Treinamos aqui ou volto para o acampamento.
O Pevensie parou sua caminhada e lentamente virou-se para a irmã mais nova, esta deu um passo para trás.
Lucia não acreditava no que estava vendo. Os olhos de Edmundo... os antigos olhos escuros estavam vermelho sangue.
— Ed! Ed o que houve com os seus olhos?
— Não tem nada de errado com os meus olhos.
— Tem sim, eles estão vermelhos.
Edmundo arregalou os olhos ao ouvir a frase da irmã.
— Não estão não. – disse fechando os olhos com força.
— Vamos voltar para o acampamento. Agora!
— Eu já disse que não!
Edmundo empurrou a Lucia que com a força do impacto caiu no chão. O jovem rei saiu correndo pela floresta.
A rainha destemida levantou rapidamente e saiu correndo atrás do irmão. Por vários minutos o procurou sem sorte.
— Edmundo!
Gritava enquanto corria pensando que assim ele a escutaria.
Jogou-se no chão. Cansada. Tinha corrido muito e não tinha mais forças para procurar o irmão. Aos poucos lagrimas molhavam seu rosto e poucos segundos depois começou a soluçar.
N]ao demorou muito para que Bernard a encontrasse, ela ainda estava chorando e não conseguia dizer o que tinha visto.
— Lucia, por favor, diga o que houve.
— Ed... ele, ele não era... – e se entregava a mais uma crise de choro.
Bernard a levou de volta para o acampamento.
— Lucia - Disse Pedro correndo ao encontro da irmã. – Por que se afastaram tanto do acampamento?
Com poucas lagrimas caindo, a jovem Pevensie relatou o que havia visto na floresta. Disse como Edmundo parecia confuso com a revelação da cor dos olhos e como mudou poucos segundos depois, como desapareceu na floresta.
— Atenção! Quero uma equipe procurando Edmundo agora!
5 dos melhores soldados de Nárnia entraram na floresta na mesma hora.
Caspian queria ir junto é claro, mas Susana o segurou.
Pedro levou Lucia para dentro e o casal os seguiu.
Demorou um pouco para que a rainha destemida ficasse completamente calma, calma essa que não durou muito pois a preocupação com o irmão mãos velho só aumentava.
Quase no fim da tarde, o grupo de busca voltou e sem Edmundo.
— Vou procura-lo. – anunciou Pedro.
— Não! – disse Susana. – Está muito tarde e lembre-se que nossos inimigos podem estar nessa floresta, apenas esperando para pegar qualquer um de nós.
— Edmundo está lá fora!
— Lucia disse que não parecia Edmundo.
— Ele é meu irmão mais novo.
— Meu também! Acha que não estou preocupada? – Falou Susana cada vez mais alto. – Não quero que vá à essa hora porque não quero perder meus dois irmãos no mesmo dia.
Aquilo deixou Pedro sem palavras.
— Vamos todos ficar aqui e pensar no que poderia ter acontecido para que o Ed ficasse daquele jeito. – Sussurrou a rainha gentil.
— Pode estar possuído. – Disse Beto, pela primeira vez naquele dia.
— Possuído? – Perguntou Pedro – Pelo o que?
— Vão me dizer que não conhecem uma antiga lenda dos telmarinos.
Susana, Lucia e Pedro olharam para o pai de Bernard com dúvida estampada em seus rostos.
— É uma lenda. – Disse Caspian. – Não é algo verdadeiro.
— Não tem outro motivo. – Disse o velho fauno. – Vossa majestade disse que ele possuía olhos vermelhos? – Perguntou a Lucia.
— Sim. – Respondeu ela.
— Alguém pode nos dizer que lenda é essa? – Perguntou Pedro.
— Dizem que quando os primeiros telmarinos chegaram à Nárnia trouxeram uma viajante com eles. Uma bruxa. – Disse Beto. – Ninguém sabe como ela conseguiu chegar com eles, o que todos dizer é que de alguma maneira ela passou a ter sentimentos de raiva e ódio para com os telmarinos. Dizem que seu ódio era tão grande que a menção daquele povo fazia seus olhos ficarem vermelhos.
— O que aconteceu com ela? – Perguntou Susana.
— Foi enfrentar os humanos e, na maioria das versões, foi queimada viva no centro da floresta.
— Agora ela quer vingança de qualquer telmarinos que ouse chegar perto do local onde foi queimada. – disse Caspian.
— E onde ela foi queimada? – perguntou Lucia.
— Uns 500 metros em direção ao norte. – respondeu o fauno Beto.
— Edmundo não é um telmarinos. – disse Susana. – Então não tem como ela se vingar dele.
— Mas ela pode usá-lo para se vingar deles. – disse Beto.
— Vamos lembrar que é só uma lenda. – disse Pedro. – Vamos pensar em um jeito de achar o Ed.
Acontece que ninguém ali tinha uma ideia.
Aos poucos, cada um ia indo para seu local de descanso.
Susana foi uma das ultimas a sair, junto com Caspian.
Pedro ficou na mesa de pedra. Sozinho. Pedindo à Aslan que protegesse seu irmão caçula.
— Como está se sentindo? – perguntou Caspian à Susana.
— Péssima. Não sei como ajudar o Ed e isso acaba comigo.
— Assim que amanhecer vamos procura-lo novamente e vamos acha-lo.
— Assim espero.
Um pouco longe dali, Edmundo olhava desesperado para o corpo em sua frente.
O soldado telmarinos estava com o peito aberto, o sangue ainda escorrendo e seus olhos escuros totalmente abertos.
O que aterrorizava mais Edmundo era que suas mãos estavam sujas de sangue.
O sangue daquele soldado.
— Eu preciso de ajuda. – Sussurrou o jovem rei.
Sozinho, cansado e não tendo ideia de onde estava Edmundo começou a andar, olhando sempre para trás onde estava o corpo do soldado, seus pensamentos o acusando de tê-lo atado, mesmo não lembrando disso.
Suas últimas memorias era de estar com Lucia, eles iam treinar um pouco. Isso era de manhã e agora era tarde da noite.
O que aconteceu nesse intervalo de tempo?
Era o que se perguntava.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam??
Não se esqueçam de comentar.
Beijos e obrigada por ler ♥