Entre Lobos E Vampiros escrita por mrs montgomery


Capítulo 4
Feridas e Riscos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem =D



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Paralisada. Era assim que Kathleen estava. Totalmente paralisada. Mas seu coração ainda batia descompensado e sua respiração ainda estava ofegante.

Kathleen virou-se lentamente e seus olhos não acreditaram no que viram. Um lobisomem enorme a encarava com olhos castanhos meio amarelados cheios de fúria e aqueles dentes cerrados.

Ela não via um lobisomem há quase 10 anos, quando aquilo aconteceu. Kathleen encarou os olhos castanhos amarelados do lobisomem com medo. Mas, de alguma forma, aqueles olhos eram... Familiares.

Ela estava morrendo de medo por dentro, mas não podia demonstrar.

- O que uma vampira encrenqueira como você faz aqui? – Ele disse em um tom que deixaria qualquer um morrendo de medo, inclusive Kathleen.

- As pernas são minhas, eu vou aonde eu bem entender.

“Abusada” o lobisomem pensou. Ninguém nunca havia falado algo desse tipo com ele. Quem essa garota pensa que é?

- Não está com medo?

-Não. – Ela mentiu, tentando parecer forte.

O lobisomem não pensou duas vezes. Foi para cima da vampira com toda sua força, seu objetivo não era mais apenas assustá-la. Ele queria matá-la. Todos deviam o temer, sem exceções.

Ele foi para cima e ela esquivou-se da criatura, mas suas garras a pegaram de raspão, fazendo um enorme machucado em seu braço, fazendo Kathleen ajoelhar-se de dor e o livro perder-se no meio daquelas tralhas. Ele ia atacá-la novamente, dessa vez tinha todas as chances para matá-la, nada poderia impedi-lo.

Ela estava ajoelhada e sentindo muita dor no braço, estava frágil e vulnerável, era a chance perfeita. Ele avançou e apresentou suas garras, que se aproximavam cada vez mais da face macia de Kathleen.

Kathleen então golpeou a cara do lobo, fazendo o mesmo ir para o outro lado daquele cômodo. Ela aproveitou que ele desmaiou e saiu correndo dali em direção à casa da tia de Sam.

Ela saiu da casa e chegou à floresta completamente exausta, aquele machucado em seu braço também não estava ajudando. Ela encostou-se em uma árvore e ficou ali, escorada, por um bom tempo. Pelo menos até a dor diminuir, ai ela poderia voltar.

“Porque é que eu invadi aquela casa? Não ia ajudar em nada! Não tem como descobrir o porquê da morte dos meus pais! Aconteceu por acontecer e só. Não sei como fui tão burra de pensar que poderia descobrir isso. Eu pus minha vida em risco à toa” Ela pensava e tentava impedir as lágrimas de saírem. Mas elas saíram. De modo calmo e terno e ao mesmo tempo de maneira fria e bruta.

“Agora estou ferida por dentro e por fora” Ela pensou enquanto caminhava pela floresta escura e sombria. Sua capa preta brilhava com o toque da lua, sua pele fria havia ficado ainda mais pálida do que já era, sua face estava marcada pelas poucas lágrimas, seu coração endureceu como pedra.

Kathleen continuou pensando no por que daquilo tudo, não iria dar em nada. Era impossível descobrir porque seus pais haviam sido atacados. Ela havia se arriscado a toa, certo?

Ela continuava caminhando solitariamente pela floresta até que aquela criatura horrível apareceu de novo. Aquilo não morria não?

Dessa vez ela não pensou. Correu desesperada para sair daquela floresta obscura e sombria, mas não resolveu muita coisa. O lobisomem, em um salto, colocou-se a frente de Kathleen, fazendo-a mesma assustar-se.

Ele avançou contra ela, mas a mesma conseguiu desviar-se, pegar um tronco e atirar na cabeça da criatura, fazendo o mesmo desmaiar... Novamente.

- Se você não morrer agora... – Ela disse e saiu correndo dali.

Kathleen chegou rápido a praça da cidade, olhou o relógio e viu que ainda eram sete da noite.

- Ótimo – Disse em voz baixa – Ninguém notara minha falta.

Ela escalou a parede e chegou à janela do quarto, que por sua sorte estava aberta. Entrou com cuidado para não fazer barulho, tirou a capa e guardou-a no armário. Desceu as escadas e encontrou Elisabeth, que logo percebeu sua ferida no braço.

- Meu Deus, Kathleen! O que aconteceu no seu braço?

- Eu... Cai! E depois ralei na parede. – Mentiu.

- Mas isso é profundo! Parece que algo perfurou sua pele...

- É que já tava machucado antes de eu vir para cá, ai eu cai e ralei na parede hoje e ficou assim. – Ela deu um pequeno sorriso tentando transmitir credibilidade.

- Certo... As meninas estão no porão.

- Tá... – Kathleen falou e logo depois desceu as escadas rumo ao porão. O porão era um lugar escuro, os móveis que estavam ali já estavam com a madeira podre a havia vários espelhos quebrados, destorcendo sua imagem. Logo avistou as meninas lendo uns livros antigos e foi ao encontro delas.

- Oi meninas! – Ela disse com um sorriso.

- Kate! Finalmente acordou, você precisa ver ess... Mas o que é isso no seu braço? – Amy perguntou apontando para a enorme ferida no braço da amiga.

- Que ferida mais profunda! – Carrie comentou.

- Onde é que você conseguiu machucar esse braço assim? – Foi à vez de Sam perguntar.

- Eu caí – Mentiu novamente – Machuquei o braço em um prego que estava para cima no criado mudo. Depois raspei na parede sem querer. – Ela deu o mesmo sorriso que deu a Elisabeth às meninas.

- Ah bem... Kate, você precisa ver esses livros! – Amy puxou a amiga pelo braço para mostrar os livros para a mesma.

- São sobre o que?

- Esse é o problema: Eles estão escritos em uma língua estranha, uns símbolos estranhos e tudo mais.

- São pesquisas antigas... - Carrie examinava os livros - Pelo menos parece ser.

- Ei, eu conheço esses símbolos! É um idioma antigo típico dos vampiros!

- Você sabe ler isso? – Amy perguntou.

- Não, é um idioma muito antigo. Minha mãe já tentou me ensinar, mas eu não consegui aprender. Talvez alguma bruxa consiga ler isso.

- Bruxas? Eu não ouço falar de uma bruxa a mais de 10 anos! Pensei que estavam extintas. – Carrie disse.

- Muitas morreram, mas algumas vivem escondidas pelas florestas, só precisamos achá-las!

- Pode ser perigoso... – Sam disse com um pouco de receio.

- Meninas! Rosewood é a cidade que mais tem segredos e mistérios no mundo inteiro! Não querem descobrir mais um mistério comigo? Prometo que não coloco vocês em furada!

- Eu topo! – Carrie e Sam encararam Amy com uma expressão confusa – Qualé meninas! Acharam mesmo que seria uma viagem monótona e calma? A vida é feita de riscos, de aventuras!

- Se é assim, eu também vou. – Sam disse e logo depois abriu um largo sorriso no rosto – Não pode ser perigoso caçar uma bruxa velha!

- Tá, eu me rendo. – Carrie finalmente aceitou – O que pode ter de perigoso?

Elas continuaram ali conversando animadas e bolando planos malucos para caçar as bruxas, realmente era uma aventura e não havia nada de perigoso... Certo?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado =D Não esqueçam os reviews ;D