Entre Lobos E Vampiros escrita por mrs montgomery


Capítulo 25
O Fim da Tortura - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hello cupcakes :3

Peço mil desculpas pela demora, mas eu estava com muita dificuldade para escrever este capítulo, por ser o último. Sim, o último. Mas será dividido em duas partes, porque gosto de fazer suspense u.u

Bem, para quem estava ansioso por Sangue Rebelde, eu já postei o primeiro capítulo :3 Ah, quero aproveitar para agradecer MUITO pela recomendação da Ingred Bezerra em Sangue Rebelde, primeiro cap e já tenho uma recomendação *-* Ingred sua diva, pare de brilhar tanto, estou cega XD

Enfim, boa leitura ;*



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A floresta estava morta. Não se ouvia som de pássaros, as folhas não balançavam, as folhas haviam ficado mais podres ainda, o sol havia se escondido no meio das nuvens negras e a chuva pesada caia sem dó, quase furando o chão. O único som que se ouvia era o de toda Hillwood comemorando a queda dos Sanguinários. Na praça da cidade, uma grande festa foi montada, com música, bebidas, e tudo o que uma festa tem que ter. O povo sabia que ainda tinham os lobisomens, mas os Sanguinários eram muito piores do que eles. Eram frios, cruéis, não tinham pena de ninguém. Não tinham sentimentos.

Aos poucos, a praça foi lotando de pessoas, todas cantando e dançando, esbanjando felicidade. Mas essa felicidade acabou quando um grupo de mais ou menos vinte lobisomens invadiu a praça, então um verdadeiro massacre foi feito.

Crianças desesperadas corriam tentando alcançar suas mães, muitas eram mortas antes disso. Mas eles não estavam ali para acabar com Hillwood. Eles estavam procurando por alguém em especial, e era fácil de perceber isso, já que eles olhavam dentro dos olhos de cada garota antes de matá-las. Já os homens, matavam sem dó, por diversão. Eram tão frios quanto os Sanguinários.

Do topo do Monte da Melancolia, nas ruínas do antigo castelo dos Van Gould, ele olhava tudo com um aperto no coração. Não queria que ela morresse. Ele não podia deixar que ela morresse. Por mais que a conhecesse há pouco tempo, ela mexeu com ele de um jeito perigoso, muito, muito perigoso.


–♥-




Ela nunca esteve tão mal. Ela estava deitada em sua própria poça de sangue, o vestido amarelo que usava estava rasgado e havia vários cortes e arranhões por todo seu corpo. Abriu os olhos com certa dificuldade e pode ver as folhas das árvores impedindo os mínimos raios de sol de aparecerem. Apoiou-se no cotovelo para tentar se levantar, mas a dor era insuportável e ela se deitou novamente, ficando assim por um bom tempo, reunindo forças para ficar de pé.



Uma de suas mãos foi até sua testa, e ficou banhada em sangue devido ao corte que estava ali. Kathleen não se lembrava de muita coisa, apenas que foi atacada pelo lobisomem que lhe confundiu com sua mãe. Aos poucos seu corpo foi ganhando forças, então ela conseguiu ficar de pé, mas foi necessário se escorar na árvore.






Quando ficou totalmente lúcida, conseguiu se lembrar do que houve.

Ela estava extremamente concentrada e afogada nos olhos escuros do lobo que nem percebeu que o outro estava pronto para lhe atacar. Quando se deu conta disso, correu com todas as forças que tinha para longe, mas eles a alcançaram e a atacaram. Inteligente, se fingiu de morta e eles saíram. Como eram bestas!

Então, agora ela estava praticamente morta.





Soltou a árvore e tentou caminhar, mas a dor foi mais forte e ela teve que voltar a árvore. Levantou a barra do vestido rasgado e pode ver o enorme corte em sua perna espirrando sangue até sua morte. Tentou estancar o sangue com a capa, e isso fez sua dor se amenizar um pouco. Levou a mão ao lábio, onde estava sangrando também e soltou um gemido de dor. Depois de um tempo escorada na árvore, resolveu tentar caminhar para ir a algum lugar. Ela estava perto da Floresta Negra, então talvez voltar para Rosewood fosse o certo.


Com isso, começou a caminhar em paços de formiga até algum lugar seguro. Ou seja, lugar nenhum. No momento, todos os lugares seguros estavam longe demais para as capacidades de Kathleen, e o único aparentemente seguro estava provavelmente morto, com a cabeça pendurada numa parede de um castelo de pessoas frias e cruéis rindo de sua vitória, que Kathleen rezava para que fosse uma derrota.

Um vento frio passou pelo local onde Kathleen estava e ela se arrepiou e se abraçou na tentativa se proteger e se aquecer. Seus passos curtos e lentos tiveram de se acelerar quando sentiu passos atrás dela. Eram rápidos e largos. Seja o que for que estivesse atrás dela, estava correndo. E isso a deixava em desvantagem, já que ela mal conseguia andar, quem dirá correr. Sem forças, caiu de joelhos no chão cheio de folhas mortas da floresta, arfando.

A capa se afastou do corte na perna e o mesmo começou a esbanjar sangue. Kathleen já não tinha forças para nada, seus olhos foram se cansando e ela sentiu necessidade de fechá-los. Então os fechou, sentindo os sons sumirem e suas forças se esgotarem. Talvez estivesse morrendo.

Melhor assim, pensou. Morrer é a única opção no momento.

Quando ouviu alguém a chamar, seus olhos uniram todas as forças e se abriram. Ela ainda não estava morta. A voz estava abafada, talvez por seu ouvido estar doendo demais, ou porque a floresta abafava o som. Mas ainda sim pode reconhecer que era uma voz masculina... E familiar. Ela conhecia aquela voz. Mas como podia ser verdade? Ele não estava morto? Ela sabia o que havia visto e ouvido, mas ainda não acreditava que pudesse ser ele.

Quando ele se pôs a frente da menina, segurando seus ombros e logo depois a abraçando, ela apenas fechou os olhos e se deixar levar.

– Jack... – Ela sussurrou, pois estava com a voz fraca.

– Fique calma – Ele pediu, se separando um pouco de Kathleen, mas ainda a mantendo em seus braços. – Estou aqui agora.

Era ele.

Ele estava ali.

Estava ali com ela.

Ele era real.

–♥-



– Porque continua conosco? Já fez seu trabalho!



– Eu só quero meu prêmio, e com você conseguirei isto.

– E o que seria seu prêmio?

Suspirou antes de falar.





– Ele.




– Não seja tola. – Revirou os olhos. - Ele nunca olharia para o seu lado.


– Assim como aquela garota tola e você. E olhe como você continua acreditando que ela ainda gosta de você.

– Não envolva Amanda nisso! Isso não tem nada a ver com o assunto!

– Então me deixe ficar. Eu vou conseguir que ele fique comigo, e então, colocarei todas as amigas dela contra ela. E ai, eu poderei dizer a Amanda para que fique com você.

Os olhos do garoto brilharam.

– Certo? – Perguntou, retirando-o de seu transe.

– Certo.


–♥-



– Aii! – Kathleen gritou quando Jack passou o pano por seu machucado no lábio inferior. Depois que Jack a achou na floresta, ele chamou as meninas e elas, quando viram os ferimentos de Kathleen, foram procurar algo para cuidar dos machucados da menina na floresta e Jack ficou ali com ela, tentando ajudar. Os dois sentados debaixo da árvore morta, sentindo a brisa gelada em suas faces e aproveitando o momento.


– Desculpa – Ele tentou se desculpar, tirando o pano do corte no lábio inferior da garota. – Não sou muito bom com essas coisas.




– Não é você, é essa ferida. E você não precisa tentar cuidar do meu corte. Não está tão assim.

– Claro que está. Há poucos minutos atrás estava sangrando.










– Mas não está mais.






– Como você é teimosa! – Ele disse, sorrindo e sentando-se ao lado da menina, que estava recostada na árvore. Kathleen recostou a cabeça no ombro de Jack e ele abraçou sua cintura com uma das mãos.


– Senti sua falta – Ela sussurrou.

– Eu mais ainda. Eu corri a floresta toda atrás de você. Sua capa escura não ajuda muito!

Kathleen sorriu e levantou a cabeça, encarando os olhos escuros do garoto. Havia algo de enigmático neles, sua cor escura, seu poder de afogá-la. Havia algo misterioso ali, algo que ela sentia que a colocava em perigo, mas não estava nem ai. Levou seus lábios até os do garoto, formando um beijo calmo e repleto de saudade e amor. Jack segurou o rosto com uma das mãos, e se aproximou ainda mais da garota, aprofundando o beijo, mas sem machucar o lábio de Kathleen.

Quando o garoto segurou seu rosto e aprofundou o beijo, Kathleen sentiu um arrepio na espinha, e mais algo estranho. Aquilo parecia proibido. Ela sentia que estava fazendo o errado, mas, assim como no quase primeiro beijo dos dois, parecia a coisa mais certa do mundo. Ela sabia que, de algum jeito, que se envolver com ele era perigoso. Sabia que estava correndo perigo, mas não queria nem saber.

No momento em que seu lábio incomodou, ela se afastou e soltou uma exclamação de dor.

– Está tudo bem? – Jack perguntou, pegando nas mãos de Kathleen e entrelaçando seus dedos nos dela.

– Sim, é só meu lábio. – Esclareceu Kathleen, tremendo um pouco pelo frio. A noite já havia caído e sua capa não esquentava muito.

Notando que a garota estava com frio, Jack a envolveu em seus braços, e os dois ficaram ali, abraçados, observando as estrelas brilhantes por entre as folhas quebradas das árvores. Cansada, Kathleen recostou a cabeça no ombro do rapaz, aninhando-se nele, que começou a fazer carinhos em seu rosto. Ela não podia estar mais feliz. Os Sanguinários estavam fora de visão, os lobos com toda certeza não a atacariam mais e Jack estava ali com ela, protegendo-a.

Toda aquela paz foi interrompida quando sombras passaram a cercar o local onde eles estavam. Jack se levantou no mesmo instante e Kathleen também, os dois surpresos com aquilo. Kathleen se aproximou mais de Jack e entrelaçou seus dedos no dele, apertando a mão dele com toda a força.

Aquilo não podia ser verdade.

Aquilo tinha que ser um pesadelo.

Pena que por mais que não quisesse admitir, aquilo não era um pesadelo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero vocês nos reviews ;*