Entre Lobos E Vampiros escrita por mrs montgomery


Capítulo 22
Caindo


Notas iniciais do capítulo

Hello amores *-* Nem estou demorando com os capítulos, né? Acho que são os refris que estão fazendo efeito, finalmente =D O capítulo ficou minúsculo, microscópio, mas acho que ficou bom.

Enfim, boa leitura ;*



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O vento soprava forte naquela manhã e o ar estava frio. Mas havia sol, e este brilhava intensamente. Não havia pessoas nas ruas, todas se protegendo do forte sol que o feitiço não protegia. O castelo dos Sanguinários parecia ainda mais sombrio do que na noite do baile. As grandes torres de pedra estavam enroscadas em uma vegetação morta, que já devia ter sido tirada dali a um tempo, as janelas cobertas com cortinas e corvos voando por cima do palácio. As celas ficavam nas torres da parte de trás do castelo, então seria impossível ver algo do lugar que elas estavam.

Grace se cobriu com a capa de um jeito que o sol não a atingisse e Kathleen fez o mesmo, por mais que soubesse que o sol não tinha o menor efeito sobre ela. Kathleen pegou a cesta que estava jogada no chão e tirou de lá uma faca, que guardou por dentro da capa. As duas vampiras passam pelos grandes portões de Hillwood e adentram a cidade, que estava deserta. Como as ruas estavam vazias, as duas começaram a correr até o palácio e em pouco tempo já estavam lá, paradas em frente ao castelo.

Kathleen fez um sinal com a cabeça e foi para trás do castelo, enquanto Grace foi entrar pela porta da frente, tendo que enfrentar os guardas. Havia dois homens fortes parados na entrada do castelo e Grace foi até eles.

– Bom dia, cavalheiros. – Disse Grace, em uma voz aveludada capaz de amolecer qualquer um. – Eu gostaria de falar com Octavio, por favor. Podem me deixar entrar?

– Não. – Um deles deu um sorriso torto cínico e o outro deu uma risada.

Grace deu um sorriso sem separar os lábios e inclinou a cabeça para o lado, deixando que o capuz caísse e os dois pudessem ver quem ela era.

– Resposta errada. – Disse, friamente, enquanto fazia com que os dois guardas caíssem no chão de tanta dor, se contorcendo e dando gritos. A garota deu um sorriso torto e saiu dali. Era incrível como ela conseguia torturar uma pessoa sem ao menos encostar-se a ela.


–♥-


Kathleen havia usado as facas para escalar uma das torres e com isso havia chegado a uma cela vazia com a “janelinha” danificada, então pode entrar. A porta da cela estava destrancada então ela saiu da mesma e foi procurar as amigas e Jack.

O corredor era vazio, escuro, úmido e mofado. Nojento. A maioria das celas estava vazia e ela não viu uma pessoa sequer. Talvez suas amigas e Jack estivessem no calabouço, que ela nem sabia se existia. Kathleen caminhou pelo corredor com a capa preta arrastando atrás de si e o capuz cobrindo o rosto. Parou quando ouviu barulho vindo de uma das celas. Seu coração acelerou e ela começou a rezar para que fosse uma das amigas ou Jack. Caminhou até a porta de madeira e espiou através de uma fresta. Não dava para ver muita coisa porque a fresta era pequena, mas ela conseguiu ver um garoto sentado na cama de ferro e palha da parede com a cabeça nas mãos. Os cabelos escuros desarrumados caíam sobre o rosto e cobriam os olhos, mas ela tinha certeza da cor deles.

Sem pensar em outra opção, deu alguns passos para trás e chutou a porta de madeira podre, fazendo com que a mesma caísse e a cela pudesse ser acessada com uma enorme facilidade. Adentrou a cela e levou as mãos à boca para não gritar. Seu capuz estava caído, deixando seu rosto à mostra. O garoto levantou-se, mostrando o rosto, e sorriu ao vê-la, que ainda estava em choque.

Era Jack. O garoto por quem ela se apaixonou, o garoto em quem ela confiava mais do que ninguém, o único garoto no mundo que a fez sentir-se especial.

– Jack! – Disse em um tom alto, quase um grito, sorrindo de orelha a orelha.

Ao ter certeza do que tinha que fazer, jogou-se nos braços do garoto, que enlaçou os braços na cintura dela e a puxou ainda mais para perto de si. Ela afundou a cabeça no ombro dele e até chorou um pouco, mas ele conseguiu acalmá-la e fazê-la parar de chorar.

– Você não tem ideia de como fiquei preocupada com você! – Disse Kathleen, tirando a cabeça que estava recostada no ombro de Jack e encarando seus profundos olhos castanhos.

– E eu mais ainda! – Ele colocou uma mecha de cabelo de Kathleen atrás da orelha da mesma. – Pensei que perderia você.

– Isso nunca irá acontecer. – Kathleen se aproximou mais do garoto e levou seus lábios até os deles, em um beijo suave e intenso ao mesmo tempo. Jack a apertou ainda mais em seus braços, fazendo com que o espaço entre os dois desaparecesse. Ela se separou do beijo dele quando precisou de ar e ele a abraçou forte, fazendo a menina recostar a cabeça em seu ombro. – Nada vai nos separar.

– Eu sei. – Ele sussurrou em seu ouvido. O garoto a envolveu ainda mais em seus braços e selou seus lábios com os dela novamente.


–♥-


Grace desfilava pelo corredor obscuro com um sorriso convencido e macabro no rosto e a cesta nas mãos. Todos os guardas que tentavam impedir que ela chegasse a Octavio acabaram caídos no chão, se contorcendo de tanta dor que estavam sentindo ou sentiram, graças a Grace. A garota caminhou pelo corredor até chegar à porta que dava para a sala principal. Parou e ficou encarando a porta por um bom tempo, então abriu a mesma e adentrou a sala gótica.

Octavio estava sentado em seu trono coberto de ouro e encarava a garota com os olhos e punhos cerrados e dentes trincados. Então havia mais uma Van Gould viva? Isso só pode significar que tem muitos outros vivos. E que os Sanguinários falharam. Grace andou até Octavio, que já estava prestes à esgana-lá com as próprias mãos, e inclinou a cabeça, sorrindo macabramente.

– Tio Octavio, que saudades! – Disse, sarcasticamente. Octavio torceu o nariz e ajeitou a postura.

– Você terá o mesmo fim que sua querida priminha. – Sorriu ironicamente. – Meus meninos acabaram com ela.

– Boa sorte então. - Cruzou os braços. O homem apenas ficou quieto e levantou-se do trono. – Ué, não vai me matar? Perdeu a coragem?

– Eu irei matá-la assim que achar que é à hora. – Grace parou de sorrir e arqueou uma sobrancelha.

– Resposta errada.

A garota deu alguns passos para trás, e então fez o que ela havia feito com quem ousou se colocar em seu caminho. Mas por algum motivo, aquilo não teve nenhum efeito em Octavio. Grace recuou, com o olhar confuso e centrado no homem. Aquilo sempre funcionava. Então o homem ficou com os olhos completamente vermelhos, inclusive o branco dos olhos e olhou dentro dos olhos da garota. Grace podia sentir suas pernas fraquejarem e suas pálpebras insistiam em ficar fechadas.

Estaria ela morta?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?

Bem, no outro capítulo eu postei a sinopse de Sangue Rebelde, então eu fiquei com vontade de postar um trechinho do capítulo 1, espero que gostem XD

"Então se cobriu novamente com a capa e saiu dali. Porque Emma sempre tinha que lhe perturbar? Ela só queria ser livre para fazer o que quisesse e ponto. Sem discussões. Mas sua família não entendia o que ela queria. Achavam que só por ela ser uma Van Gould tinha que se comportar como uma princesa. Ela não era uma princesa. Isso era para Emma, não para ela.
[...]
Então entrou no território proibido."

Gostaram? Digam se acharam que algo pode melhorar, isso é importante para mim =]

Espero vocês nos reviews ;*