Marte Me Espera escrita por ChatterBox


Capítulo 3
Capítulo 3 - À bordo da nave de Gage


Notas iniciais do capítulo

Entããão gente, chegou o novo capítulo. Espero q gostem.
Essa fic ta sofrendo muitos ajustes, pq como a história tem MUITOS DETALHES, eu acabo sempre me esquecendo de alguma coisa, então caso eu me passe, me avisem.
Comecei a anotar tudo q tenho q colocar ainda pra n me esquece, hj.
Boa leitura.
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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ENTÃO ERA ISSO. Passara duas semanas desde a chegada de Gage, e ele era muito divertido. Me fazia me sentir mais segura sobre que tinha tomado a decisão certa e me contava várias coisas sobre Marte.

Eu adorava saber sobre as comidas, as roupas, os lugares, e quanto mais sabia, mais queria aprender, e mais curiosidade tinha. E ele realmente conseguiu apressar o processo de adoção, como prometeu, geralmente demoram meses, mas com Gage, só durou algumas semanas, e já estava fazendo as malas para partir dali.

Meu estômago embrulhado, o coração estava à mil. E milhares de perguntas e dúvidas metralhavam na minha cabeça. Tinha medo da nave cair, tinha medo de ser realmente uma pegadinha, ou uma armação de alguma sociedade secreta que pretendia me fazer algum mal, como é notável, a maioria das perguntas eram ridículas e impossíveis, mas naquele momento de pânico elas pareciam muito reais e concretas.

Peguei minha mala com minhas roupas e desci as escadas, um tanto cambaleante de nervosismo. Gage estava me esperando no térreo, com as mãos nos bolsos e um sorriso levado no rosto, provavelmente imaginando o quanto estou nervosa.

 - Pronta?

Indagou, soltando uma longa gargalhada em seguida.

 - Há-há. Acho melhor estar me levando direto para Marte. Se não eu mato você.

Ameacei, mas não estava nada convincente, de propósito. Ele riu, pegou minha mala e se virou em direção à porta.

 - Pode confiar em mim. – garantiu. – Não vou te decepcionar, eu sempre deixo as estudantes que cuido muito felizes.

 - Bom saber.

Bufei. Íamos em direção à porta. Na calçada logo em frente estava o carro dele. Um modelo nunca visto antes. Era prateado e reluzente, uma caminhonete grande com rodas altas e calotas banhadas do que me parecia ser bronze.

 - Uau. – pronunciei, com estagnação. – Até me admira que ninguém tenha notado que você veio de Marte andando nessa coisa.

 Gage riu-se, achando graça. Já levava minha bagagem para a mala do carro, quando eu ainda suspirei antes de dar o primeiro passo, me aproximando da caminhonete, mas algo me impediu. Uma mão no meu ombro me deixou alarmada, mas assim que me virei, soltei o ar preso, aliviada.

Irmã Claire estava atrás de mim, na frente da porta, segurava um lenço, apertando-o contra os olhos molhados, aos prantos. Quando a vi fiquei abismada. Então aquela mulher realmente estava triste? Ora, ora, surpresas na vida.

 Ia falar alguma coisa, abri a boca na intenção de fazer isso, mas me detive logo depois que me assustei com o abraço afagado que ela me tomou.

 - Óh, Amy...! – lamentava-se, ainda estava imóvel nos braços dela, sem saber como agir. – Sinto tanto que esteja indo embora, mas quero que seja muito feliz!

 - Ah... – finalmente minha garganta produziu algum som. – Eh... Eu também, Irmã Claire, obrigada por tudo.

Tudo bem, era hora de perdoá-la. A final, ela esteve comigo durante dois anos, e a pesar de pegar no meu pé, era a única que realmente parecia se importar, as outras freiras eram todas muito indiferentes.

Levantei minhas mãos, pousando nas costas dela, tentando ser o mais receptiva possível, mas ainda era estranho.

 - Tudo bem, tudo bem... – choramingou, entre soluços, começou a se afastar. – Hora de ir. Boa sorte.

 - Obrigada.

Mostrei um sorriso amarelo e sem graça e segui meu caminho, enrubescida até o banco do carona da caminhonete, a porta pareceu mais leve do que eu imaginava, quase uma pluma. Soltei o meu fôlego ao sentar no banco, atordoada.

 - É. – a voz de Gage quebrou o silêncio. Só então percebi que já estava sentado no banco do motorista.- É nessas horas que a vida nos surpreende.

Estava zombando das lágrimas inesperadas da freira, aos risos.

 - Põe “surpreende” nisso.

Enfatizei, arregalando os olhos.

O motor roncou, suave e potente. Gage passou a marcha e deu a partida, estrada adentro. Minha garganta ficou seca e eu engoli a saliva. Era hora. Sabe Deus onde estaria embarcando.

 - Onde vamos agora?

Quis saber, com a voz falha.

  - Para a praia, é de lá que vamos partir.

Explicou ele. Fiquei calada, tentando espantar o nervosismo. Minhas mãos estavam suadas e eu as escondi para que Gage não visse, não queria que pensasse que eu era uma frouxa. A final, quem escolhia fazer uma coisa daquelas precisava de garra.

 O tempo se passou rápido até a praia. Quando chegamos fiquei mais calma, Gage abriu a janela e pude sentir a brisa do mar, olhando para aquela faixa azul do horizonte de cima de uma pedreira, onde paramos o carro.

- Tudo bem, então é isso.

Falei pra mim mesma, decidida.

 - Está pronta...?

Gage inquiriu, outra vez, com ainda mais animação na sua voz.

 - Estou.

Respondi num impulso e aproveitei a onda momentânea de coragem que me ocorreu para abrir a porta do carro, mas antes de pisar os pés na areia, Gage me impediu:

 - Onde você vai?

Alarmado. Virei para ele e ele parecia em pânico e assustado.

 Fechei a porta devagar, sem entender muito bem.

 - Hm... – murmurei, pensativa. – Você perguntou “Está pronta...?”, então achei que fosse a parte em que eu abria a porta do carro, e ia seguindo você até algum lugar onde estivesse uma nave espacial ou um disco voador, algo do tipo, onde entraria e iria direto pra Marte.

Narrei tudo que passou pela minha mente naquele minuto, um pouco rápido de mais, mas ele aparentava ter conseguido acompanhar o raciocínio.

 - Ah, não. – negou, com a cabeça, e dessa vez mais calmo. Acho que tinha pensado que estava pretendendo fugir quando abri a porta. – Essa é a parte onde eu aperto essa botão... – clicou num botão no painel do carro e algo extraordinário aconteceu, uma asa saiu de cada lado do carro, o teto expandiu-se, o painel se movimentou, revelando um painel maior ainda e as poltronas, o espaço, tudo se tornou muito maior e confortável num piscar de olhos, me deixando estarrecida. – E a minha parte preferida começa.

 - Qual é o significado disso? Onde está a nave? Pensei que outros estudantes iriam comigo também.

Aquilo estava muito desesperador, e angustiante. Era muito ao mesmo tempo.

 - E vão. Mas cada um na sua nave com seu assessor. Não liga não, vai poder conhecê-los assim que chegar.

Tranquilizou, e dando de ombros, ele ligou a nave. Apertando num botão verde bem em frente. Meu coração acelerou:

 - Então já vamos partir??

Trovejei, assustada, precisava de um tempo para respirar e absorver aquilo tudo.

 - Se estiver pronta.

Cogitou.

 - Eu... – engoli o seco, tentando pensar na resposta mais rápido que podia, mas meu cérebro estava em curto circuito, não sabia por quê. – Acho que sim, eu...

Não consegui terminar, Gage puxou uma alavanca, e me corpo sofreu um impulso para trás, quase levando minha alma consigo, a nave partiu, em direção ao espaço. Meu corpo ficou petrificado no banco, meus olhos planaram minha cintura, tentava me lembrar de quando coloquei o cinto de segurança e vi que ele me prendera automaticamente há algum tempo e eu não percebi.

Meus olhos piscaram diante a escuridão que nos cobriu adiante. Um mar de estrelas brilhantes ao meu redor, lindas, maravilhosas e meu corpo pareceu mais leve. Achei que iria flutuar, mas o cinto me impedia. Ainda assim era uma sensação maravilhosa.

Meus tímpanos ainda doíam com o som do grito de comemoração que Gage berrava, em êxtase enquanto eu ainda tentava não desmaiar.

Era complicado me movimentar, parecia que qualquer coisa iria me fazer despencar dali, estava delirando.

Olhei para o lado e vi que outra nave idêntica à nossa estava sobrevoando ao nosso lado. Outro assessor levava o seu estudante para Marte.

 - Olha, é uma outra nave!

Apontei, foi a primeira coisa que consegui dizer até ali.

 - É, todos partimos ao mesmo tempo, ordens do Jake Marion.

 - Jake Marion? – repeti, com curiosidade. – Você o conheceu pessoalmente?

 - Claro, ele é brilhante. Gosta de observar tudo de perto.

Disse Gage, enquanto balançava a cabeça ao ritmo de uma música que ligou na rádio. Mas como...?

 - Como pode pegar sinais de rádio aqui?

Quis saber, abismada.

 - É uma playlist. – explicou. – Você devia relaxar, são só trinta minutos dessa maravilha de viagem.

 - Trinta minutos? – repeti, perplexa. – Como podemos chegar em outro planeta em somente meia hora? E como assim relaxar? Estou dentro dessa geringonça espacial...!

 - É, alguns gênios foram o suficiente para criar essa belezura de nave. – gabou-se, tocando nela, de peito inflado. – Viajar de um planeta pro outro agora é moleza, depois de claro, décadas e mais décadas de estudo...

Soltou uma baforada, cansando-se só de pensar.

E com uma voz desafinada, começou a pronunciar a letra da música de tocava, com os olhos fechados, cheio de animação.

Eu prendi o riso, enquanto balançava a cabeça para os lados “Jesus, meu assessor é um completo maluco”, me veio.

 - Acho que você conhece essa parte, Amy...- convidou para acompanhá-lo e continuou cantando.

Meu lábio se curvou num sorriso escondido, e acabei cedendo ao estímulo. Abri a boca e comecei a cantar junto. Dando risada dos gestos e expressões de Gage.

Acho que ele era mais moderno e amigável que qualquer um que já conheci, quase que já considerava-o da família.

O tempo passou e até me esqueci onde estava. Quando perguntei por que Gage ouvia música terráquea ele disse que era melhor que a marciana, que já estava alguns séculos mais avançada e ficando cada vez mais decadente, era de se esperar que isso acontecesse também com a terráquea.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo: Ela chega em Marte :) Ansiosos???
Reviews????
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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