About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 3
Antes - 1º


Notas iniciais do capítulo

Não consigo parar de escrever, por isso tá tendo capítulo todo dia hahahahaEspero que gostem!



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THE GREAT EMMELINE'S FAVOR

NOVEMBRO





– Duvido você abraçar o Salgueiro Lutador. – sorri, olhando James. Ele virou-se com uma face totalmente ofendida e magoada.






– Você quer que eu me machuque? Garoto indelicado! – choramingou, balançando o cabelo feito uma menina. A árvore levou um dia para crescer e já tinha quase matado James, imbecil como sempre, foi fazer gracinha perto da mesma. Imóvel ela inocente, mas era só você respirar nas proximidades que dava um ataque na coisa que começava a se retorcer e sacudir-se toda. Ela era a novidade, ela e os desaparecimentos de Remo. Todo mês, mais especificamente no fim, Remo simplesmente sumia.




Nós ficamos assustados na primeira vez, que ele conseguiu voltar mais magro e pálido do que já era. Ele disse que tem uma doença muito grave, e às vezes ele tem crise e precisa ficar isolado. E então mudava de assunto, como se não fosse nada demais. Nesse mês, ele voltou com um corte feio no rosto e disse que foi durante o ataque.



– Você é epilético ou algo do tipo? Não existem poções pra isso? – perguntei. Ele sorriu para mim, fechando seus livros e terminando em minutos suas lições atrasadas sendo que James e eu levamos um dia inteiro pra fazer.

– Não, Sirius. Infelizmente não existe poção para o meu problema.

– Quem me dera poder faltar três dias todo mês. – riu James, afrouxando a gravata e colocando os pés na mesa da biblioteca. Remo assumiu uma face tão mortalmente séria que ele até arrumou a postura.

– Você acha que eu gosto? – sua voz saiu trêmula. James, Pedro e eu nos entreolhamos, assustados. Remo não era assim.

– Desculpe, expressei-me mal. – lamentou James. Remo apenas abaixou os olhos e continuou guardando suas coisas, mas o silêncio na mesa não pode ser quebrado de tão tenso que o clima tinha ficado. Ele colocou seus livros e folhas avulsas na mochila e levantou-se colocando a cadeira no lugar. Olhou-nos por alguns segundos.

– E então? Vamos ou não jogar a bomba de bosta na porta do Filch? – rapidamente nos levantamos até derrubando as cadeiras e saímos atrás de Remo, que mesmo de costas, eu conseguia ver seu sorriso tão grande quanto o nosso.

Nossa vida em Hogwarts era simples: Dormir, comer, assistir às aulas e inventar engenhocas com o básico que víamos na sala de aula. O melhor de todos era o Copicola. Era um carimbo bolado por Remo, enfeitiçado por James, aperfeiçoado por mim e testado por Pedro. Primeiramente você deveria escrever seu nome em uma folha, passar o carimbo em cima para ele captar sua caligrafia. Essa parte foi um inferno, levou dia e noite para ser desenvolvida, deixou Remo com mais cara de exausto do que já tinha. Depois foi mais simples, uma vez que quase quebramos a cabeça na primeira parte. Então você esfrega ele direitinho na página do livro ou qualquer coisa que você quiser, e passa no pergaminho que sai perfeitamente com suas letras. Foi um sucesso, todo mundo queria nosso Copicola.




Só que o Filch confiscou no dia seguinte e nós tivemos que continuar a quebrar as mãos escrevendo em mais de três rolos de pergaminhos. Outra diversão nossa era encher o saco de Severo Snape. James ficava frustrado quando eu me negava a pertubá-lo uma vez que estava na companhia de minhas primas e os amigos dela. Não sei como, mas ele se enturmou com toda a corja da minha suposta família. Até fui obrigado a ficar com eles no jardim uma vez quando estava esperando os garotos e eles simplesmente se alojaram ao meu lado:




– Como é estar na Grifinória, então? – sorriu Lucius. Dei meu melhor sorriso falso.

– Maravilhoso, mal posso descrever o quão glorioso é. – respondi. Bellatrix sentou-se ao meu lado e eu me afastei-me delicadamente, protegendo minhas orelhas com meu cabelo. Snape também estava lá, ao lado dos irmãos Carrow, dois idiotas. Em poucos minutos lá estava Ciça, Aleto, Rabastan, Rodolfo e Bartô me assustando com aquela língua hiperativa.

– A aula de DCAT foi horrível. Estou indeciso se o professor é burro ou só retardado mesmo! – Rodolfo deitou sua cabeça no colo de Bella, que estava pensativa. – Sabe quem deveria dar aulas de DCAT?

Bartô gargalhou.

– Nem precisa falar. O Lord das Trevas, acertei? – Rodolfo bateu a palma de sua mão na de Bartô e os dois deram risinhos retardados. – Bella adoraria, não é, Bella?

– Sem dúvidas.

– E por que vocês não o convidam? – perguntou Snape.

– E por que vocês não o convidam? – imitei com uma voz feminina. – Porque quem decide é o professor Dumbledore, seu retardado! E o Professor Emmett é bom sim!

Snape virou a cara ao ouvir Bartô rir da minha zoação. Lucius suspirou como se eu tivesse dito a coisa mais estúpida que ele já ouviu na vida.

– Aquilo não é DCAT, meu caro jovenzinho rebelde. Aquilo é encheção de linguiça. Um dia você saberá porquê.

– Já deveria, Snape já sabe e muito. – Bella finalmente disse. Meus olhos foram parar nos dela. Da família toda, ela era a única que tinha os mesmo olhos que eu. Um verde escuro, diferente do resto que tinham um verde claro. Era a primeira vez que ela me olhava e ainda dirigia a palavra à mim desde aquele encontro no corredor no primeiro dia de aula.

– Isso porque em vez de lavar o cabelo ele fica perdendo tempo com o que não deveria. – Só pelo jeito e por andar com minha família, eu não me surpreendia ao saber que Snape era chegado nas Artes das Trevas. Novamente, Bartô riu, só ele, pois o resto olhou-me de um jeito estranho. Como se pela primeira vez eles tivessem notado que eu não fazia parte deles.

– Olha lá, meu coração dói só de ver aquilo. – murmurou Bella, olhando para o lago. Andy estava conversando com Ted Tonks, o cara mais legal da escola. Ele era um metamorfomago e era mania estar sempre com os fios cor azul. Quando ouvi seu nome pelos corredores, rapidamente lembrei-me da tristeza e raiva que Bella tinha falado seu nome. Era ele quem dava as flores de madeira para Andy. Ao mesmo tempo, vi James, Remo e Pedro sentarem-se em uma árvore mais próxima do lago. Preparei-me para me levantar. – Sirius.

Olhei para Bella, já de pé. E meu Merlin, o medo invadiu-me. Ela estava doente, era a única explicação cabível. Havia afeto em seu olhar, tristeza e receio. Como se estivesse implorando em silêncio.

– Fique aqui. Com sua família. – seu olhar ainda era digno de pena. Bellatrix Black sentida e magoada por mim? – Não faça como Andy.

– Desculpe, Bella. – e pulei as pernas de Rodolfo ao partir em direção dos meus amigos. Uma pontada rápida passou pelo meu peito, mal durou um segundo. Talvez, lá no meu inconsciente, eu tenha ficado triste por ter abandonado definitivamente aquele meio. Mas o meu outro lado, o que realmente queria a liberdade que eu estava tomando, apoderou-se de mim rapidamente, impedindo-me de olhar para trás.

As aula ficavam cada vez mais sofridas, mas não para James. Ele era mais inteligente do que eu tinha julgado, apesar de ter aquela alma bagunceira, ele era muitíssimo esperto. Enquanto nós fazíamos a lição de Feitiços, Remo e Lílian conversavam animadamente. O olhar de indignação de James quase me fez gargalhar. Ele notou-me e riu também, voltando para sua lição. Pensando bem no que James tinha dito, a Evans tinha mesmo gostado de Remo, que apesar daquela carinha de paciente terminal, tinha um charme que fez Emmeline Vance entrar escondido no cafofo do Filch e procurar para nós o Copicola.

Era uma missão suicida. Eu, James, Emms e Remo debaixo da porcaria da capa com os pés aparecendo andando pelo corredor deserto, em direção da porta do casulo. Pedro ficou no começo do corredor prontinho para correr gritando caso Filch aparecesse, ele era rápido e ágil, Filch nunca o pegaria lerdo do jeito que era.

Emmeline era uma gata sem dúvidas. Uns cachinhos bem delicados e castanhos e maravilhosamente incríveis olhos verdes e um semblante tão inocente que ninguém duvidaria que foi ela quem jogou um livro na cara de Dorcas Meadowes na aula de Poções. Tiramos a capa e nos entreolhamos, ela estava mesmo decidida a fazer isso. Deu um sorriso para Remo e abriu a porta e a fechou em seguida, já lá dentro.

– Cara, ela tá mesmo na sua. – riu James. Remo olhou-nos fazendo-se de bobo.

– Ela é uma boa amiga.

– Amiga? Eu queria uma amiga dessas! – sorri. Eu até tentei ficar mais próximo dela, só que ela só era educada e legal com Remo, pois comigo era uma patada atrás da outra. Sem contar a garota INSUPORTÁVEL que não desgrudava dela, Marlene McKinnon, mas cacildes, que menina chata dos infernos! Só de olhar aquela multidão de cachos louros eu já me lembrava de Bellatrix e começava a ter náuseas.

Emms começou a demorar demais lá dentro. Começamos a ficar preocupados.

– Acho que isso foi errado. Não devíamos ter a chamado. – lamentou-se Remo, com a varinha iluminando o lugar.

– Tá maluco? Nós quatro já pagamos mais de cinco detenções só em dois meses de escola! Você ouviu a Minerva, mais uma e somos expulsos. Ela não tem nada a perder. – disse James, encostado na posta.

– Vocês são tão egoístas! – Remo parecia angustiado. – E se a pegarem?

– Remo, relaxa, por favor? A gente já explicou pra ela porque saíremos correndo caso o Filch apareça. Essa menina é mais perversa que eu e James juntos, não finja que não percebeu. Ela vai saber se virar. – bati em seu ombro, tentando acalmá-lo. Ele assentiu, num tom meio desesperado e só respirou quando Emmeline saiu do quartinho, sorrindo e balançando o Copicola nas mãos.

– Você salvou nossas vidas, posso te abraçar? – perguntei, encostado na parede. Ela olhou-me, sorridente.

– Não, lamento. – ela entregou o Copicola na mão de Remo. – Não deixe o Filch pegar de novo.

– Pode deixar. – sorriu Remo. – Muito obrigada mesmo, Emms.

Ela deu um pulinho e um abraço bem rápido em Remo, que retribuiu. James olhou morrendo de vontade de rir mas eu estava é com raiva. Como é que ela pode abraçar Remo e não a mim? Fala sério, eu também sou bastante bonito!

– Vamos então? – perguntou James. Ele estava começando a nos cobrir com a capa quando um gritinho explodiu no corredor. Ah não...

– EU SABIA QUE ESTAVA CERTA. – gritou Sibila Trelawney. Só pela juba loura já dava pra ver que era aquela maluca vindo na nossa direção. Pulseiras coloridas nos pulsos, lacinhos em algumas mechas dos cachos louros e meias coloridas com o uniforme da Sonserina já revelavam sua aurea retardada. Ela era fascinada pelo James. – Lindinho Potter, Retardado Black, Gordo Pettigrew e Estranho Lupin juntos com Vaca Vance no corredor do Filch fazendo coisa errada – e riu ela tinha um riso muito estranho, era um ronco. Pedro vinha correndo logo atrás, lamentando-se com um olhar. Tudo bem, ninguém segura essa praga mesmo.

– O que você quer? – perguntei.

– Ah, depende. Quero muitas coisas. Primeiramente, dar um beijo no Potter. Depois, ser a primeira monitora chefe de onze anos de Hogwarts. Jogar a professora de Adivinhação da masmorra de tão burra que aquela mulher é e por último comer novamente a comida da minha mãe, pois a daqui é péssima.

– Certo, espero que consiga. Tirando a parte do beijo. Tchauzinho. – James Jogou a capa sob nós, mas pelos pés Sibila nos achou e enfiou-se dentro da capa também. – Cai fora, garota!

– Não fala assim, neném! Como vou voltar pra cama, Filch pode me pegar. – ai cacete, eu, Pedro, Remo, James, Emms e a maluca da Trelawney debaixo da capa pior não dava pra ficar. Caminhávamos em passos lentos demais e Emmeline e Sibila não paravam de brigar, a vontade que eu tinha era de chutar as duas dali. Deixamos Sibila no começo da escada que dava na masmorra da Sonserina, lá, Skeeter a esperava. Ela sempre estava com um sorriso falso no rosto.

– Demorou, desmiolada. Conseguiu pelo menos? – perguntou Rita.

– Não, eles chegaram antes de mim. – choramingou Sibila.

– Como assim? – perguntei. Rita olhou-me de um jeito estranho.

– Nós queríamos uma coisa que estava no quartinho do Filch.

– Nós também. – disse Pedro, dando um passo à frente. Rita Skeeter deu um para trás, olhando nós com ironia. Rita e Sibila se entreolharam.

– Quanto vocês querem por ele? – rendeu-se Rita.

– Não negociamos com Sonserinos, Skeeter. – sorriu James, guardando o Copicola no bolso. Quando Rita ia nos responder, ela olhou para trás de nós, com um sorriso maldoso.

– O que está fazendo fora da cama, Seboso? – só com o final do pronunciamento de Rita, já fizera um sorriso nascer nos lábios de James, que virou-se na mesma hora que todo mundo. Snape recuou, ameaçando sair correndo, mas Emmeline pisou em sua capa e ele caiu no chão. Só mais um motivo para eu cair de amor por ela, a garota era ágil. Rimos baixinho para que Filch não escutasse lá da casa do cacete, mas foi nessa hora que uma monitora da Lufa-Lufa apareceu.

– GAROTOS FORA DA CAMA! – ela berrou. Viramos nossos rostos (Experiência própria, sempre cubra o rosto, ainda mais se não tiver muita iluminação no ambiente) e nos enfiamos debaixo da capa de James, se ela fosse esperta veria nossos pés correndo pelo corredor. Mas como Snape, Sibila e Rita não tinham capa, ficaram com cara de idiotas fitando a monitora que começou a ralhar com eles. Diminuímos a correria, segurando o riso e subimos correndo as escadas em direção da Mulher Gorda. Descobrimos apenas Emmeline para que ele dissesse a senha:

– Bolas Festivas. – sorriu Emms. A Mulher Gorda olhou-a desconfiada.

– Fora da cama essa hora?

– Pois é. Abra logo essa porta. – e quando abriu, empurramos Emmeline para que ela não fechasse e nos deixasse para trás. Nos descobrimos e rimos, ainda com o coração nas alturas. James parou ao ver Lílian Evans no sofá com sua amiga Mary MacDonald.

– Acordada a essa hora, Lily? – perguntou James, dobrando a capa. Encostei-me na parede e sorri para Emmeline, que sentou-se ao lado da Evans. Ela simplesmente me ignorou, mas olhou Remo quando ele passou. Será que vou ter que ficar doente também para poder ter atenção dessa garota?

– Digo o mesmo pra vocês. – respondeu ela, com um sorriso médio. Ela tinha uma carta nas mãos.

– É da sua mãe? – perguntou James, apontando para a carta. Novamente, os olhos de Lily estavam vermelhos como no primeiro dia no trem. – A letra é bonita.

– Na verdade é da minha irmã.

– Ah, quantos anos faltam para ela vir? – Lily deu um meio sorriso.

– Ela não vem. – Desviamos o olhar, entendendo. Eu não sabia que ela era nascida trouxa, ela era inteligente demais, como se tivesse convivido com magia a vida toda. E ainda mais porque conhecia Snape, que também era um bruxo. Idiota, mas um bruxo. – E vocês, o que estavam fazendo fora da cama?

– Pegando isso. – sorriu James ao balançar o Copicola.

– Filch confiscou.

– É nosso de qualquer forma. – sorriu Pedro.

– Vocês quebraram metade das regas do castelo atrás desse negócio? – Ops, James cutucou a fera longe demais.

– Negócio? Isso aqui é o futuro da escola! – disse James, indignado. Lily apenas olhou-o com nojo e saiu marchando, amassando a carta nas mãos. – O que deu nela?

– Você é tão insensível. – disse Mary, indo atrás da amiga.

James olhou-me, pedindo respostas.

– Acho que você é aquele tipo que a Lily não gosta. – ele uniu as sobrancelhas. – Tipo Retardado.


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Notas finais do capítulo

Apresentação de mais personagens e foco no Remo, o que acharam?O próximo capítulo é o mais engraçado que eu escrevi, acho que vocês vão gostar bastante.*** O esquema será o seguinte: Serão quatro capítulos para cada ano do Sirius, ou seja, quatro capítulos para o primeiro ano, quatro para o segundo e assim por diante. Somente na chegada do QUINTO ano, que entraremos na segunda fase da história, que é o DURANTE.Até! ♥