Tempo De Estrelas escrita por Hanna Martins


Capítulo 20
Londres, aqui estamos nós!


Notas iniciais do capítulo

Passando rapidinho para deixar este capítulo. Peeta e Katniss estão indo para Londres... e como sempre várias confusões esperam por eles...



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– Leve isto e mais isto – Madge joga algumas coisas em minha mala.

– Madge, eu só vou ficar uma semana em Londres, não vou me mudar para lá!

– É melhor estar prevenida, Katniss, nunca se sabe o que se pode encontrar por lá – joga mais coisas em minha mala.

No final, temos que sentar em cima da mala para fechá-la.

– Ufa! – exclama Madge cansada, sentando-se no chão do quarto após fechar a mala.

– Está quase na hora de ir. Peeta já deve estar chegando. É uma droga fingir namorar aquele cara! – me sento no chão junto com Madge.

– E esta Annie, ela é tão bonita assim?

– Bonita? A garota é tão linda que dizer que ela é bonita seria chamá-la de feia! Não sei por que Peeta nunca assumiu nada com ela. Seriam conhecidos como o casal de beleza invejável.

– Katniss, você sabe que apesar de linda, Annie tem muitos escândalos. Ela é conhecida como a garota problema. Se os dois namorassem, provavelmente, isto não seria bom para a carreira do Peeta. Ele é conhecido por ser o cara mais perfeito que existe, um verdadeiro príncipe, bom moço e tudo mais. Se ele namorasse Annie, a garota problema, sua fama de bom moço iria por água abaixo. Afinal, Annie é conhecida mais por seus escândalos do que por qualquer outra coisa.

É verdade, semana sim e outra semana também, sempre surge um escândalo relacionado a Annie.

– Você sabe como este meio é, Katniss! O que importa é a aparência, não importa se Peeta é o maior cretino que existe, importa é a sua imagem, ele é o bom moço, jamais poderia se relacionar com alguém como Annie. Ela não seria adequada para alguém como Peeta – sentencia.

Neste instante meu celular toca, é Peeta.

– Alô.

– Já cheguei – avisa.

– Estou indo – desligo o celular.

Merecemos o título de casal pedra de gelo!

Pego minha mala e me despeço de Madge.

Peeta está no carro junto com Portia, o motorista coloca minha mala no porta-malas. Sento perto de Peeta, afinal, este é meu trabalho, atuar. Ele veste uma roupa toda negra, até usa um boné negro e enormes óculos escuros, seu rosto tem uma expressão de cansaço.

– Oi, Portia.

– Oi, Katniss, animada para a viagem? – fala, sorridente, não sou apenas eu que estou empolgada com esta viagem.

– Muito! – respondo.

Olho para Peeta que está ao meu lado. Lembre-se, Katniss, você é a namorada dele! Me inclino e deposito um beijo em sua bochecha. Que fique claro, que não estou fazendo isto porque quero! Afinal, depois de ontem, a última coisa que quero é ficar próxima de Peeta. Ele apenas toca levemente em meu ombro. Retiro meus lábios de sua bochecha e começo a falar com Portia sobre a viagem, ignorando a existência de Peeta, pelo resto do trajeto até ao aeroporto.

Saio do carro, percebo o toque de Peeta em minha mão. Me viro bruscamente, surpresa com seu toque. Ele sorri, está atuando, entrelaça seus dedos nos meus, me segurando como se eu fosse o amor da sua vida. Não consigo ver seus olhos devido aos óculos escuros, mas algo me diz que ele me olha com uma expressão divertida, devido ao meu espanto quando tocou em minha mão.

Caminhamos até o portão de embarque. Me solto da mão de Peeta quando as pessoas começam a reconhecê-lo. Meninas se aproximam para pedir autógrafos e fotos, e ele, como bom moço, sorri, tira fotos e dá autógrafos. Observo tudo ao longe, junto com Portia.

– Me dá um autógrafo? – pergunta uma garota de uns treze anos, se aproximando de mim.

Um autógrafo? Eu escutei direito? Vou dar meu primeiro autógrafo?

– Sim – respondo com um imenso sorriso no rosto.

– Adoro vocês! – fala a menina, me entregando um bloco de papel para eu assine.

– Obrigada! – falo eufórica.

Nunca pensei em um autógrafo, por isso escrevo meu nome, coloco um coração, uma carinha feliz e o nome da garota.

Sorrio para a menina que pega o autógrafo. Dei meu primeiro autógrafo. Isto é tão incrível!

– Feliz? – ele diz em meu ouvido.

– Peeta? Quer me matar de susto? – me viro para ele.

– Ainda, não – sorri.

– Vamos, é nosso voo – interrompe Portia.

Peeta pega em minha mão, acenamos para as pessoas ao nosso redor e vamos para o avião.

A aeromoça nos conduz até a primeira classe. Me sento na poltrona perto de Peeta, percebo olhares em cima de meu “namorado”, as aeromoças não param de suspirar, mesmo tentando ser profissionais. Eu sei que ele está lindo, com esta roupa e tudo, ninguém precisa me lembrar disso.

Nunca fiz uma viagem tão longa antes, nem viajei de avião! São mais de onze horas dentro de um avião! Peeta coloca fones de ouvido. Ele retira os óculos escuros, e me olha.

– Está nervosa?

– Ahã?

– Você parece nervosa...

– É que eu nunca andei de avião antes... – falo, minha voz soa nervosa e frágil. Droga! Não queria que ela tivesse soado desta maneira.

– Humm... – me observa.

Olho para frente desviando meu olhar de Peeta. Sinto algo ser colocado em meu ouvido. Me viro para Peeta que coloca um dos fones de ouvido em meu ouvido direito. Uma música suave e calma toca.

– Só ouça a música, ela vai te tranquilizar.

Peeta volta a olhar para frente e fecha os olhos. Começo a escutar a música, me deixando levar pelo ritmo suave. Aos poucos meu nervosismo vai se passando e volto ao normal, meus olhos se fecham. Estou muito cansada. Não consegui dormir de noite, pensando na viagem, eu e Madge passamos a noite inteira conversando. Aos poucos me deixo levar pelo meu cansaço, acabo dormindo.

Não sei quanto tempo dormi. Vou despertando aos poucos, sinto um cheiro bom próximo a mim, é o cheiro da colônia de Peeta. Abro meus olhos. Não acredito que fiz isso, estava dormindo tendo como travesseiro, adivinhe o quê? Nada mais, nada menos do que o ombro de Peeta. Retiro minha cabeça de seu ombro. Ainda bem que ele está dormindo, do jeito que ele é, se souber que eu dormi utilizando seu ombro de travesseiro vai fazer um escândalo. Me levanto e vou até o banheiro, preciso dar uma esticada nas pernas. Volto depois de alguns minutos. Passo pelo assento de Portia que está sentada a três fileiras atrás de nós. Ela está assistindo a um filme. Todas as poltronas têm uma tela, em que o passageiro escolhe o que deseja ver.

– Katniss – sorri. – Quer assistir este filme comigo? Acabei de colocar...

Ao lado de Portia, não há ninguém, por isso resolvo aceitar a oferta, me sento na poltrona ao seu lado. Pego um dos fones de ouvido e assisto ao filme junto com ela, conversamos um pouco sobre Londres. Portia já foi várias vezes a Londres, ela fala sobre os melhores lugares para visitar, fazer comprar, comer... Só tem um problema não entendo nada, já que não conheço Londres, mas gosto de ouvi-la falar sobre estes lugares.

Sou servida com uma deliciosa comida, cansei de ouvir pessoas reclamarem da comida de avião, não entendo o motivo, já que a comida está ótima. Depois de comer, sinto sono novamente. Penso em dormir aqui, porém sei que a namorada apaixonada aqui, não pode deixar seu “amado” sozinho por muito tempo, e já passei tempo demais com Portia. Levanto resignada e vou até onde Peeta está. E ele ainda continua dormindo! Me ajeito na poltrona ao lado dele, tentando não fazer qualquer tipo de movimento brusco, não quero acordá-lo. Mantenho certa distância de Peeta, não quero usar o ombro dele como travesseiro novamente. Em poucos minutos estou dormindo.

– Katniss – ouço ao longe uma voz me chamar. – Katniss – a voz vai ficando cada vez mais forte. – Katniss.

Abro os olhos, me deparo com Peeta me olhando.

– Já chegamos – diz, respondendo a expressão interrogativa que tenho no rosto.

Onze horas de voo passaram voando. Ok, este trocadilho ficou ruim, é o sono, ainda estou sonolenta. Por isso, agarro a mão que Peeta estende e o deixo me conduzir. Um carro nos espera para levar a gente até o hotel.

Portia discute alguns assuntos com Peeta, enquanto eu fico maravilhada observando o caminho pelo qual o carro percorre. Londres é linda, ainda mais linda do que nas fotos. Estar em Londres é uma sensação indescritível. Londres me hipnotiza, suas ruas, suas casas, construções modernas e antigas se misturam. Me sobressalto quando o carro para em frente de um prédio com ar antigo, sua arquitetura me faz acreditar que foi construído a pelo menos um século atrás.

– Vai ficar parada aí?

– Ahã? – havia me esquecido da presença deste ser que está ao meu lado no carro.

Desço do carro, resolvo não discutir com Peeta. Portia já entrou no hotel. Sigo os passos de Portia, enquanto um homem se apresenta para pegar nossas bagagens.

O saguão do hotel é incrível, me remete a um daqueles filmes de época do século XIX, me sinto como se tivesse realizado uma viagem no tempo.

– Katniss – me chama Peeta, que está conversando com a recepcionista junto com Portia.

Me aproximo deles.

– Haymitch já fez nossas reservas – anuncia Portia. – Ele reservou um ótimo quarto para vocês! – fala entusiasmada.

Espera aí! O que ela quis dizer com “um ótimo quarto”, no singular? Eu entendi direito, eu e Peeta vamos dividir um quarto? Mas o que está acontecendo aqui? Não, eu escutei errado! Sim, foi isto, ainda devo estar sonolenta. É isso que dá ficar mais de onze horas dentro de avião.

– Eles já levaram as suas bagagens para seu quarto – continua informando Portia. – Vocês podem ir, que eu cuido do resto.

Diz para mim que ainda não estou escutando direito!

Uma moça nos acompanha até o quarto. Ele é enorme, e diferente do resto do hotel, é bem moderno. Há uma enorme TV de última geração em um canto, deve ter pelo menos umas 50 polegadas, e até um pequeno frigobar. A moça abre as cortinas revelando uma pequena sacada. E no meio do quarto está uma cama de casal. O que eu esperava? Camas de solteiros? É claro, que aquele ser maquiavélico chamado Haymitch tinha que estragar minha viagem. Afinal, eu não iria viajar para um lugar tão incrível assim, sem ter que pagar um preço, e o meu é bem alto, dividir o quarto com Peeta Mellark.

A moça sai do quarto, me deixando sozinha com Peeta.

– Acho que Haymitch está levando isto longe demais – fala, olhando para o quarto.

– Você acha? Eu tenho certeza! – vou até a sacada.

Tenho uma agradável surpresa. Haymitch é um ser maquiavélico, mas devo admitir que tem muito bom gosto. Dá para ver da sacada do quarto um parque lindo! E aquilo lá longe é um castelo? Sim, só pode ser isso, o enorme prédio é um castelo!

– Peeta, aquilo é um castelo?

Ele se aproxima de mim.

– Aquele é o palácio de Kensington.

– Uau! – exclamo, admirando mais uma vez a paisagem que tenho em minha frente. – Eu preciso ver isso de perto!

– O quê? – agora é a vez de Peeta ficar espantado.

– Preciso ir até aquele parque e ver o palácio! – respondo como se falasse com uma criança.

Eu estou em Londres, perto de um palácio e de um parque lindo, o mínimo que posso fazer é vê-los de perto. Madge não vai acreditar quando eu mostrar as fotos!

Vou até porta.

– Katniss, você vai mesmo até lá? – fala como se não acreditasse no que eu acabei de dizer.

– Vou – dou os ombros.

– Katniss, você não conhece nada aqui! E se você se perder?

– Qual é? É só eu atravessar a rua e pronto!

– Katniss, qual é o nível do seu inglês?

– É... razoável.

Droga, meu inglês é péssimo, mal posso trocar duas palavras.

– Sei... – acho que Peeta descobriu que estou mentindo. – E eu queria passar meu dia descansando – murmura.

– O quê?

– Já que você quer ir tanto neste lugar... E eu não quero levar uma bronca de Haymitch caso você se perca, vou com você!

– Ei, você não precisa me acompanhar. Sei me virar muito bem sozinha!

– Aham... é claro.

Ele abre a porta.

– Mudou de ideia? – pergunta esperançoso.

– Não! – respondo. – Vou ver aquele lugar mesmo que seja em sua companhia!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Críticas? Peeta e Katniss vão encontrar muitas surpresas em Londres no próximo capítulo uma destas surpresas vai aparecer na forma de um lindo...Vocês vão saber no próximo capítulo hehehehehe