D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 90
Impmon em perigo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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CAPÍTULO 187

— Não. Não pode ser. Cadê a porra do hotel que tava aqui?! — disse Impmon ao ver o local onde ficava o hotel agora ser um lugar completamente abandonado.

Quando ele saiu para ir atrás da flor, havia um enorme lugar com uma lona gigantesca. Dava para ver de qualquer lugar daquela cidade. Assim que retornou para o mesmo local, encontrou um terreno abandonado cercado por um muro simples de concreto. O digimon ficou ainda com uma puta interrogação na cabeça. Se não fosse pela farmácia, placas de ruas e a própria feira, juraria estar noutro lugar. O pequeno roxo olhou para os lados, passavam poucos moradores. Subiu no muro e só viu um matagal crescido. Era um terreno baldio (e coloca baldio nisso). Ele quase desmaiou com a surpresa. Como assim não tinha nada ali? Seria uma brincadeira ou ilusão?

— Mas como pode ser possível?

Ele desceu do muro e foi atrás de alguém. Um digimon feirante ali perto, Mamemon, foi abordado por ele. Impmon perguntou se ele sabia a respeito do hotel Sabban que antes ficava naquela localização. Mamemon olhou para o roxo e fez cara de estranheza. O feirante explicou ao outro que nunca ouviu ou sequer viu um hotel ali e que trabalhava há dois anos e nunca viu. Foi a gota d'água. O pai de Paulo correu direto para a farmácia falar com o farmacêutico.

— Você outra vez.

— Escuta, por favor. Havia um enorme prédio naquela rua ali e justamente era pra lá onde eu deveria ir. Quando cheguei lá, não havia nada. Era um hotel chamado Sabban.

— Perdão, mas nunca ouvi falar desse hotel.

— Tá de sacanagem, cara. O lugar era maior que um quarteirão e era perto daqui. Como assim nunca ouviu falar?

— Em primeiro lugar, fale mais baixo. Não admito esse tom grosseiro no meu estabelecimento. Em segundo lugar, não existe hotel Sabban justamente porque, em terceiro lugar, a cidade nunca se chamou Sabban.

— O quê?

— Aqui a cidade se chama Azalea. Azalea Town ou Azalea City. Só ver as placas nas ruas. Agora se não vai comprar nada, baixinho, é melhor sair daqui — o farmacêutico ficou encarando-o com atenção. — Ei, você é o digimon procurado pela polícia?

— Nã-Não. Se confundiu.

Impmon saiu da farmácia e ficou sentado no degrau da calçada para pensar um pouco do que aconteceu. Logo viu um outdoor com o nome da cidade Azalea. Ficou tentando raciocinar. Por algumas horas atrás ali chamava-se Sabban e agora Azalea. Não fazia sentido nenhum até ele concluir que tudo aquilo foi uma armadilha dos digimaus a fim de capturar seus filhos. Era a única explicação plausível para o que aconteceu. Alguns digimons ficaram olhando para ele com desconfiança. Ele saiu dali.

Os policiais entraram na farmácia para interroar o dono. Eles mostraram a foto de Impmon para ele e o dono garantiu que o viu há pouco tempo. Os policiais saíram, porém não viram mais ninguém do lado de fora.

Impmon resolveu subir no telhado de uma casa para ver a paisagem do lado de cima. Nada que parecesse um hotel era visível. Definitivamente desapareceu do mapa. Foi quando ele observou um daqueles outdoors eletrônico e viu a sua foto estampada e com uma mensagem de procurado. Um gari olhou para o telhado, viu Impmon e logo chamou a polícia.

— Ele está aqui.

— Merda — saiu correndo.

Os policiais pegaram as suas armas e começaram a atirar nele. Impmon conseguiu desviar das balas, que atingiam o telhado. Os habitantes correram para se protegerem. O digimon perseguido pulava de telhado em telhado.

— Vamos atrás. O governo deu ordem de prender esse digimon e qualquer um que o proteja — disse o policial.

Impmon viu o quarteirão tomado pela polícia. Por mais que em sua forma Beelzebumon seja poderoso, queria guardar energias para uma luta mais séria. Viu que a sua única maneira de escapar ileso era se esconder. Enfiou-se numa chaminé e caiu na sala de uma casa onde uma família estava reunida.

— Por favor, digam que não estou aqui.

— Tudo bem, pequenino — disse a mulher.

— Pode ficar tranquilo. Nós não simpatizamos com o governador — falou o homem. Dois policiais foram até a porta dele. — O que desejam?

— Você viu este sujeito da foto? Ele é muito perigoso e precisa ser capturado.

— Nunca o vi. Com licença — fechou a porta.

— Obrigado por não me entregar.

— Tá encrencado mesmo, carinha. O que você fez?

— Sou parceiro de um digiescolhido que foi sequestrado. Não entendo por que esses policiais estão atrás de mim.

— Oh coitadinho. Não se preocupe, meu marido e eu iremos colocar um disfarce para você sair. Venha, tenho as roupas do nosso filho que acho que cabe em você.

Nas ruas da cidade de Azalea, a população e os turistas tiveram que acatar um toque de recolher geral. Com as fotos de todos os digiescolhidos estampadas em outdoors, eles acatavam uma ordem vinda diretamente do governo da ilha. Os policiais falavam em alto falantes para o povo ouvir. Os feirantes tiveram que parar todas as suas atividades para se protegerem. Realmente era um dia diferente dos outros.

Impmon saiu da casa vestido como um pequeno caubói. O disfarce eram roupas de caubói do tamanho dele, chapéu, óculos escuro e o seu lenço vermelho tampando sua boca. Ele conseguiu passar por uma barreira de policiais que ficava próxima da casa e saiu ileso. Olhou para os lados para ver onde poderia ir.

— Oi mãe, estou trabalhando. Eu sei que você quer que eu chegue mais cedo, mas não sei se vai dar. A cidade passou por um toque de recolher e não sei se dá pra sair daqui — disse um Goburimon que trabalhava no serviço postal da ilha. Ele dirigia uma pequena caminhonete cheia de correspondências. — Preciso desligar. Hey, o que tá fazendo, cara?

— Cala a boca. Revistem o carro — disse um policial. Dois outros revistaram o veículo.

— O que tá acontecendo?

— Quer ser preso? Então não faça perguntas.

— Nada. Tá limpo.

Os policiais deixaram o digimon passar. Impmon viu aquela cena de longe e presumiu que o carro sairia da cidade. Pensou que, se saísse dali dentro daquele veículo, ficaria a salvo. Olhou para os lados, não viu ninguém, aproveitou a distração de Goburimon para se enfiar ali dentro. O carteiro fechou a porta de trás e foi dirigir o veículo. Pelo menos Impmon estaria a salvo para fugir daquele inferno. O carro pegou a estrada principal para sair da cidade. Mais policiais faziam barreiras, mas, como os policiais de antes grudaram um adesivo para informar que estava tudo bem, eles permitiram a passagem do carro.

— Eu hein. Que loucura. Essa cidade tá de pernas para o ar — falou Goburimon pegando a estrada.

...

No capítulo anterior, vimos que Monodramon foi desmascarado e que apanhou por Impmon. Por pouco não foi capturado se não fosse pela intervenção de uma pessoa que logo mostrou ser Petermon, um amigo de longa data que Mono havia conhecido num cruzeiro que havia saído da antiga Ilha Arquivo. O sujeito era idêntico ao Peter Pan dos contos, loiro, vestia uma roupa verde com chapéu e um lenço tampando o rosto. Ele esculpia brinquedos e objetos de madeira para vender na feira. Como dito anteriormente, ele fugiu do Digimundo para viver na primeira ilha pois sofria perseguição. Ele estava observando seu amigo na feira de Azalea, inclusive Paulo estava na sua barraca. Depois de ajudar Monodramon, ele o levou para a sua casa e cuidou, fazendo um curativo para o braço do pequeno dragão. Logo depois de discutirem sobre Weiz, eis que o homem surgia parado na frente da árvore.

— Não posso acreditar que esse camarada está lá em baixo. O que veio fazer aqui?

— Ah Peter, não fale assim do senhor Weiz. Ele foi muito bondoso comigo quando eu era mais jovem e me ensinou a sobreviver. Deixa ele entrar.

Surgiu um elevador no tronco da árvore. Weiz subiu por ali e chegou na casa onde o pequeno Monodramon estava. Claro que Petermon não gostou nem um pouco do que viu, ele desconfiava demais das intenções do humano.

— Soube que os digiescolhidos descobriram a sua verdadera intenção. Uma pena.

— É, mas o Petermon me ajudou.

— O que faz aqui? Qual a sua intenção em vir pra este lugar?

— Mantenha-se calmo, Petermon. Não sei o porquê de tanta agressividade. Só quero ajudar o meu amiguinho Monodramon. E então, vai me dizer onde Diana e Gaia moram? Ontem você não falou por pena, eu sei e eles te acolheram. Mas são amigos dos jovens e precisam ser punidos.

— Não fale...

— Senhor Weiz, ainda não me decidi se falo ou não. Eles foram tão hospitaleiros comigo, que chega a dar uma pena. Dá um tempo, por favor.

— Te entendo. Quando estiver disposto, só me falar. A propósito, se me falar a verdade, eu estarei te recompensando com algo extremamente bom. Um presente para o meu pequeno digimon. Petermon, cuida bem dele.

— Não precisa falar irônico comigo. Eu sei que cuido bem do meu amigo porque quero. Vai lá cuidar do Dracmon e dos outros. Este aqui é diferente desses seus capanas que fazem seu trabalho sujo. Monodramon é especial e você quer viver contando mentiras para ele. Portanto, saia da minha casa. Se não tiver mais nada para contar, saia.

— Guarde minhas palavras. Ainda vou estar na ilha. Tem o número do meu celular, é só ligar.

Weiz saiu da casa com Petermon levando-o de volta ao elevador. Monodramon ficou sentado, pensativo no que poderia ser que Weiz estava prestes a lhe presentear. Petermon pediu para o amigo não ser envolvido na lábia; e com muita razão!

...

Fora das ilhas, o Chanceler estava com a missão de encontrar os cinco núcleos perdidos que o imperador Lucemon ordenou. Começou o dia, e ele, com parte de seu exército, invadiu um vilarejo onde se encontrava o primeiro núcleo. Os soldados invadiram as casas e foram muito ignorantes com os moradores, expulsando-os de suas casas. A ordem era revirar todas as casas, porém minutos depois, o chefe maior descubriu que o objeto poderia ser achado na casa do líder. Ele chegou com seus dois generais. Um senhor velho saiu acompanhado de alguns digimons. O Chanceler pediu com sutileza, mas o morador não abriu mão do núcleo. Claro que Strabimon ficou bastante irritado com a ousadia daquele senhor e pediu que Fatmon, um Etemon modificado e gordo, cuidasse dele.

— Será um prazer acabar com esse velhote — Fatmon já se aquecia quando Chanceler fez uma ordem.

— Não o mate agora. Cuide de acabar com os moradores deste lixo de lugar primeiro — Strabimon sorria.

— Com prazer, mestre.

Fatmon viu os moradores na rua. Os soldados se afastaram. O general abriu a boca, logo um raio verde apareceu e soltou.

— RAJADA VOCAL! — o raio verde saiu de sua boca e foi parar nas casas dos moradores. Onde a rajada atingiu, explodiu. Os moradores, humanos e digimons foram reduzidos a cinzas pelos constantes ataques. O velho ficou apavorado com o que viu. Nunca imaginou alguém ser tão forte assim. Por outro lado, Strabimon se divertia. Para o líder mundial, aquilo era apenas uma diversão, uma diversão que custou a vida de dezenas de inocentes.

— O que vocês fizeram, seus canalhas!

— Eu não gosto de ser contrariado por vermes. Não vou falar outra vez. Entregue-me o núcleo que peço, e deixo todos que sobraram vivos — disse o Chanceler.

— E-Está ali dentro. Por favor, quando eu entregar, nos deixe em paz.

O idoso entrou na sua casa e pegou o núcleo. O objeto parecia uma pedra bruta, bem chamativa, da cor de esmeralda e do tamanho de uma bola de futebol. O homem entregou para o soldado que entregou para Sanzomon.

— Perfeito. Nossa primeira conquista, rapazes. E quanto ao velho, é todo seu, Fatmon.

— Mas você disse que...

— Eu sou um agente das trevas. Não sei o que é justiça e bondade. Acha mesmo que eu faria um acordo com um morto de fome como você? Sou o Chanceler, o digimon mais poderoso deste planeta, e faço o que bem entender.

Fatmon se preparou para matar o velho junto com os digimons de treinamento quando apareceu um raio e destruiu alguns soldados. Sanzomon e Fatmon ficaram impressionados com o que ocorreu. A poeira se levantou, mas deu pra ver a silhueta de três seres. Assim que dissipou, deu pra ver os três digimons prontos para lutar.

— Mas isso é um atrevimento! Quem são vocês? — perguntou Fatmon irritado.

— Sou o Guru dos ventos — um homem parecido com um monge com roupa branca.

— Sou o Guru do fogo — igual o outro, mas com roupa vermelha.

— Sou o Guru da terra — com roupa marrom.

— Hum, não são digimons. Provavelmente personagens — disse Strabimon.

— Velho ancião, fuja com os digimons — disse o vento.

— Certo. Vamos embora — ele conseguiu escapar com os digimons. Fatmon ficou muito irritado e pediu que ele mesmo lutasse sozinho com os três. Chanceler aceitou.

— Vai nos devolver o núcleo da pedra sagrada da floresta. Não vamos permitir que se apoderem dela — falou o da terra.

— Vem pegar se vocês têm culhôes — falou Fatmon. Os três se organizaram para atacar. A mesma coisa com Fatmon.

...

Minas de metais chromo-digizoide

A região mais remota da ilha e a que ficava longe dos olhares da população e dos jornalistas, era o local onde ficava as minas. Eram cinco buracos com vários escravos trabalhando para o governo local. O general responsável chamava-se Baromon. Um digimon humanoide que parecia um sacerdote que usava uma máscara de oni japonês. Ele tinha a responsabilidade de manter a ordem entre os escravos, mesmo alguns deles sendo mais poderosos que ele mesmo. Um sujeito perverso que exagerou nas punições dos escravos, chegando a matar alguns deles.

— Mexam-se, inúteis. Vão querer apanhar mais do que apanham? — dizia ele batendo nas costas de alguns escravos. — Hehehe hoje não tem descanso.

SlashAngemon, que outrora cuidava da polícia digital e que inclusive prendeu Astamon, agora era escravo. Um colar negro no seu pescoço inibia todos os seus poderes especiais e por isso não conseguia revidar. Ele era um dos que mais sofria, principalmente ao ver a tamanha injustiça.

Um velho caiu cansado. Baromon viu isso e logo começou a chicotear o coitado. SlashAngemon ficou na frente para receber todo o castigo.

— Você tem muita coragem, SlashAngemon. Prefere receber o meu ataque hahahaha.

— Não importa... Sou o único digimon no nível mega daqui e posso aguentar qualquer açoitamento.

Os digiescolhidos mais Linx iniciaram a missão de chegar ao local das minas. Lampmon deu uma dica que supostamente faria eles chegarem mais cedo, porém não foi isso que aconteceu. A floresta era densa e cheia de espinhos, outra parte dela era completamente tomada por flores.

— Mas o que é isso? Podemos passar? — perguntou Ruan.

— Não, esperem. Jin, por favor, use o seu legacy para identificar a espécie dessas flores — disse Linx.

— Certo — Jin abriu a função exclusiva do seu legacy que analisava a vegetação. — Não deem mais um passo. Essas flores são venenosas.

— Então precisamos destruir todas — Aiko pediu para Agumon usar seu lança chamas a fim de queimar as flores. O mesmo aconteceu com os demais digiescolhidos. Eles conseguiram passar pela armadilha, e todos já indagavam as intenções de Lampmon de ter pedido que fosse por dentro da floresta. Nem mesmo Linx soube explicar, porque conheceu o dono do hotel há poucos dias.

Eles ficaram andando pela floresta até finalmente chegarem ao destino. Uma grande cerca elétrica separava as minas do resto da floresta. Mia pensou num plano para o ataque, porém foi difícil. Aiko teve uma ideia.

— Porque nós não nos separamos em duas equipes. A primeira fica a cargo de soltar os escravos enquanto a segunda distrai os inimigos?

— Boa ideia, Aiko. Garotos, vai ser o seguinte: Mia, Ruan e Jin com os digimons formam o grupo que vai lutar contra os inimigos; Aiko, Rose, os digimons e eu nos encarregamos de soltar os escravos. Vou causar um curto-circuito na eletricidade para podermos passar pela cerca. Estejam preparados.

Os guardas faziam a ronda quando a eletricidade caiu e uma explosão aconteceu. Eles foram verificar e se depararam com os invasores.

— Betamon digievolui para... Seadramon!

— Mushroomon digievolui para... Woodmon!

— Hagurumon digievolui para... Guardromon!

Os outros correram na direção dos buracos. Os escravos viviam em celas ao lado das minas e passavam a noite ali. Os digiescolhidos ficaram atrás de um trator enquanto viam a movimentação. Linx pediu para que os quatro ficassem ali enquanto chegava mais perto.

— Na certa há algum soldado mais forte por ali. Esse governador com certeza não iria vacilar assim.

— Tem certeza?

— Tenho, Agumon.

— Aiko, como você é inteligente. Um verdadero djinn que sabe de muitas coisas. O Paulo tem sorte de tê-lo na família — falou Rose.

— Espera um pouco. O que disse agora há pouco?

— Que o Paulo tem sorte de você ser da família dele.

— Não, antes.

— Que eu te comparo com um djinn? Sim, um djinn. Não sabe? Menino, um djinn é um demônio dos ventos muito acreditado pelos árabes. Ele equivale ao gênio da lâmpada para os ocidentais. Eu tava te chamando de gênio.

Um filme se passou na cabeça de Aiko. A doença misteriosa de Paulo, a traição de Monodramon, o caminho pela floresta. Aiko olhou para Agumon e pediu que o seguisse, falou para Rose e Palmon esperarem.

— Eu odeio esperar! Não nos deixe esperando!

— Calma, Rose — falou Palmon.

Enquanto isso, os demais digiescolhidos derrotaram os guardas. Eles comemoraram até aparecer um sujeito trajado numa armadura dourada. A armadura era oca, mas se mexia.

— Será o governador? — indagou Jin.

— Vamos atacar, galera — falou Mia.

Os três digimons juntaram os ataques contra o suposto governador, mas tiveram a surpresa daquela armadura ficar em pedaços. Logo veio a armadilha. Uma jaula surgiu do nada e prendeu todos eles.

— O quê? Era uma armadilha! — exclamou Ruan.

Um digimon chegou perto deles. Era Doumon que havia se encarregado da armadilha. Os domadores e os digimons se assustaram, pensaram que aquele sujeito havia sido morto na travessia da fronteira.

— Ora, ora. As donzelas realmente sempre ficam em perigo.

— Quem é você? — Rose.

— Eu sou Baromon, servo fiel do governador desta ilha. Sou seu braço esquerdo e um dos dois generais. Preparem-se para serem castigadas.

DIGIMON: BAROMON

Atributo: Vírus

Nível: Armadura

NPD: Varia entre 150 a 350 mil.

— Deixa comigo, Rose. Eu vou dar uma surra nesse sujeito. Palmon digievolui para... Togemon.

— Pode vir, cacto gigante.

— Ah é. RAJADA DE ESPINHOS!

— Acha mesmo que um ataque tão simples assim vai ferir o grande Baromon? Tomem isto. CHICOTE NEGRO! — o chicote de Baromon atingia todos os espinhos que revidaram para Togemon.

— Oh não, Togemon.

— Vocês pensam que os servos das trevas deste nível são fracos? Nem se tivessem na fase da perfeição conseguiriam nos deter. Agora as duas serão presas. Hahahahahahaha.

Rose e Palmon foram jogadas para dentro de uma jaula. Elas viram Aiko e Agumon desmaiados na mesma cela.

— SlashAngemon. Por favor, sou eu.

— Senhorita Linx. Como apareceu aqui?

— Estou com os digiescolhidos. É uma longa história. Como libertamos os prisioneiros? — Linx estava do lado de fora da jaula quando recebeu um ataque por trás e desmaiou.

— Senhorita Linx!

— Agora sim capturamos todos os inimigos do governador hehehehe — disse Baromon. Aparentemente todos foram capturados. Linx tentou empurrar as barras, porém foi em vão. Doumon e Baromon ficaram encarando todos.

— Volte à Pirâmide e relate tudo para o governador.

— Certo — Baromon teletransportou de volta. Doumon ficou observando os prisioneiros. Linx perguntou o que ele pretendia, o general avisou que toda a mina havia sido esgotada e que o governador ordenou matar todos os trabalhadores. Os digiescolhidos ficaram mais estarrecidos quando Doumon explicou que tudo ali seria destruído com uma grande explosão.

...

Fora das ilhas, Nashi finalmente conseguiu chegar a seu destino. Kotemon e ele foram para a vila que supostamente estava um dos núcleos que o Chanceler tanto queria. O lugar era agradável e cheio de flores. As casas eram bonitas e coloridas.

— Nashi, como vamos conseguir achar o núcleo?

— Ainda não sei, Kotemon. Vamos ter que perguntar para os moradores. Parece ser fácil, mas existem muitos moradores aqui.

Os dois caminharam até observarem o que parecia ser um concurso de flores. Uma pequena praça foi preparada para o evento. O locutor iniciou o concurso até mostrar a recompensa para quem ganhar. O núcleo cor de rosa que pertencia a pedra sagrada da antiga área protegida por Rose e Palmon. Os dois ficaram felizes por não terem que procurar feito loucos. Ambos caminharam pelo meio da multidão até chegarem ao palco.

— Quem são vocês. O que fazem aqui?

— Somos Nashi e Kotemon. Senhor, precisamos dessa pedra.

— Tudo bem, porém precisam competir.

— Nós somos digiescolhidos e os digimaus estão se aproximando. Não temos muito tempo em competir.

Uma pessoa surgiu por trás deles.

— Vocês são mesmo digiescolhidos? — perguntou um homem parecido com um monge vestido numa roupa azul.

— Porque se forem, precisam provar para mim. Numa luta comigo, eu o Guru da Água.

...

Anteriormente, Impmon passou por maus bocados. Primeiro que o seu filho adoeceu e precisava da orquídea preta para se fazer o remédio. Ele saiu da cidade, conseguiu a flor, contudo não conseguiu achar o hotel porque simplesmente desapareceu do mapa. As coisas pioraram quando ele descobriu que o nome da cidade na realidade era Azalea e que os seus filhos foram sequestrados. Poderia piorar? Poderia. A polícia local toda estava numa busca implacável com ele. Conseguiu entrar dentro de um carro de serviço postal, o que garantiu a sua saída da cidade.

O carro pegou uma rodovia entre a floresta que ligava uma cidade para outra. A ilha Windows possuía três cidades conectadas por essa rodovia. Goburimon, que era o entregador, dirigia o veículo enquanto ouvia música. Ouviu pelo rádio que havia uma barreira policial ali próxima. Antes de prosseguir, parou o veículo perto de uma árvore, desceu e foi fazer xixi. Impmon sentiu o carro parar. Ele que ainda estava com o disfarce retirou e desceu do veículo. Viu o pequeno ogro se descarregar numa árvore. Assim que Goburimon terminou, viu Impmon à sua frente.

— Nossa, que susto. Sai da frente, baixinho. Tenho trabalho a fazer.

— Cala a boca e entra no carro — Impmon ameaçava-o com uma pequena bola de energia. — Entra logo.

— Não sabe o que tá fazendo, moleque. Sabe quem eu sou? Goburimon, um digimon do tipo vírus. Posso te fazer sofrer, sabia?

— Grande merda. Eu também sou um tipo vírus. E daí?

— Tá aí uma resposta plausível. O que o senhor deseja?

— Que entre no carro agora — ambos entraram.

— Quero que você dirija para mim.

— Dirigir? Dirigir pra onde?

— Não interessa. Apenas passe pela barreira policial.

— Tudo bem. Não precisa se estressar.

Goburimon dirigiu enquanto Impmon acompanhava-o no banco do passageiro. Os dois foram em direção a primeira barreira da polícia. Duas viaturas faziam um tipo de blitz e alguns carros estavam parados em fila.

— E agora, cara? Eles vão nos descobrir.

— Pisa fundo.

— O quê?

— Acelera!

Impmon forçou Goburimon a pisar no acelerador. O carro passou por todos os outros e ultrapassou as viaturas. Os policiais pediram para parar, mas, como era em vão, resolveram seguir. Os dois carros foram no encalço deles.

— Droga. Você me botou num rabo de foguete. Agora eu sou procurado... Ué. Você é aquele digimon que em Azalea estavam procurando.

— Continua dirigindo, que eu cuido da polícia.

Os dois veículos policiais ficaram lado a lado, emparelhados com o carro que Impmon estava. As viaturas imprensaram o outro carro, na segunda tentativa Impmon pediu a Goburimon que freasse e assim as duas viaturas se bateram. Impmon usou seu poder para criar um incêndio e assim destruir as viaturas.

— Nossa, você é bom no que faz.

— Goburimon, conhece a sede do governo?

— Espera um momento — ele parou o carro. — Não está pensando em ir lá, está?

— O meu parceiro humano foi sequestrado na cidade e tenho quase a certeza de que o responsável por isso foi o próprio governador.

— Você deve estar louco, e eu me ferrando junto. Mas tudo bem. O governador mora numa pirâmide no vale que fica aqui próximo. Não vai ser fácil porque deve haver muitos seguranças e também não há estrada para civis até lá. Tem certeza que vai continuar?

— Mexeu com a minha família, mexeu comigo.

...

Os guardas abriram o portão da pirâmide e Baromon continuou a caminhar pelo longo corredor. Sua intenção ali era comunicar ao governador o resultado da operação que acabou de prender os digiescolhidos e seus digimons. O salão onde ficava o governador ficava um pouco mais à frente, a porta abriu sozinha. Baromon ficou de frente para a cadeira do governador. Notava-se ao lado da cadeira uma lâmpada de ouro bem maior que o normal.

— Mestre Djinn, conseguimos capturar todos os digiescolhidos. Todos eles acreditaram na armadilha preparada pelo senhor.

— Que bela notícia — uma fumaça verde saiu da lâmpada e foi até a cadeira. — Assim capturamos toda a ameça da minha ilha.

A fumaça tomou forma até virar um digimon. Por incrível que pareça o governador Djinn era nada mais nada menos que o próprio Lampmon.

— Eu capturei os quatro que estavam no hotel que criei graças à minha ilusão. Um está foragido, mas acredito que a polícia vá capturá-lo. Depois temos o restante que imaginava que eu estaria nas minas. Ou seja, Baromon, o meu triunfo é certo pois consegui o que o Chanceler perdeu, matar os digiescolhidos.

— Mestre, acredito que agora o imperador considere colocá-lo como o novo Chanceler.

— Para o desespero de Merukimon. Agora sim o digimundo vai conhecer o seu mais novo governante.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ainda falta algumas coisas para corrigir, mas acredito que dê para ler mesmo assim. Vou começar a postar capítulos grandes (coloque aqui mais de 4 mil palavras) em pedaços, justamente porque pelo tablet é foda ao extremo. Espero a compreensão de todos pela demora nas postagens.



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