D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 86
O Retorno de Astamon


Notas iniciais do capítulo

Fala galera!

Não, eu não morri, porém algo trágico aconteceu. Falarei disso na nota final. Neste capítulo iremos entrar numa nova reviravolta, o retorno do Astamon. Depois de 60 capítulos ele irá retornar com tudo. Preparem-se para desopilar o fígado pois agora é hora de ler.



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CAPÍTULO 183 

Flashback on

Behemoth estacionou de frente ao bar. O motoqueiro já esteve aqui, mas o dono provavelmente mentiu a respeito do sumiço do garoto. Agora ele encarava o estabelecimento horrendo e nojento. Deveras era um lugar no mínimo sujo e imundo. Ele tomou fôlego e caminhou até a porta de entrada/saída. Antes de entrar viu um relógio bem na entrada marcando oito horas em ponto, sem nenhum atraso. Assim que o viu entrou. Diferentemente de antes o bar estava completamente vazio, mas mais organizado que antes. Olhou para os lados e viu alguém que queria ver a tempos. Caminhou até chegar perto da tal pessoa.

— O que você quer comigo? Eu já estou aqui — falou Beelzebumon sentando numa cadeira e ficando frente a frente com Astamon.

— Sabia que você viria ao ler o meu recadinho — o vilão estava diferente. Sem o elmo, com os cabelos prateados amarrados num rabo de cavalo, vestia um quimono branco com preto lembrava um samurai. Bebia um chá que continha dentro dum copo.

— Você sabe onde o Paulo está. Diga-me o que quer comigo.

— Eu nunca havia contado isso pra alguém, mas eu sou um vidente. Consigo prever o futuro com muita precisão. E o seu eu já sei o que vai acontecer. Quer saber o que irá acontecer? — o vilão bebeu um pouco e voltou a falar — Eu sequestrei o Paulo se é o que quer saber e, para salvá-lo, ofereço-lhe uma barganha.

— Não encoste suas mãos sobre ele, ou eu te mato. O que quer?

— O seu interesse pelo humano é grande demais para se restringir apenas a uma amizade de dois parceiros digiescolhidos. Você esconde algo que ainda não consegui decifrar. Senhor Beelzebumon e seus segredinhos, o que será? hehe Voltando ao assunto sobre o menino. Ele está lá no cativeiro recebendo o tratamento que merece.

— Por que resolveu nos atormentar agora que o digimundo estava num período de paz?

— Os idiotas da Liga Negra queriam que os digiescolhidos morressem e parassem de uma vez esse controle ao mundo. Então, com a ajuda de Barbamon, eles me libertaram. No começo, eu até aceitei em ajudá-los, contudo, pra mim, era perda de tempo. Vocês nunca serão derrotados, pelo menos não dessa forma. Daí eu precisei usar meus ideais para controlar uma parte do digimundo. Paulo está no meu plano. Eu vou provar que o amor, o apego e essas baboseiras todas são descartáveis.

— Como pode falar algo assim? O que mais fortalece uma pessoa é o amor e o companheirismo — assim que falou essas palavras o outro ficou impressionado.

— Não há dúvidas de que esconde algo bem cabuloso cara. Incrível — o vilão começa a rir do nada — bom eu acho que vou cair fora e torturar mais um pouco aquele menino. Está sendo ótimo ver o rosto de desespero dele todo esse tempo. É de dar tesão ver o sofrimento alheio.

Beelzebumon não aguentou mais as provocações do seu rival e partiu pra cima. Deu um soco muito forte em Astamon, fazendo-o cair contra o balcão do bar, destruindo tudo. O dono olhou e tentou atacar o parceiro do escolhido, porém levou uma voadora e foi lançado para fora.

— Que tal se eu usar tortura com choques elétricos. Eu colocar o pivete numa cadeira elétrica e ficar dando descargas até ele urinar nas calças — o lorde o segurou pelo quimono e o empurrou contra a parede destruindo boa parte do lugar.

Astamon se levantou e ficou se limpando como se nada tivesse acontecido. Não deu tempo de reagir e levou uma joelhada bem no estômago. Depois levou um soco na cara caindo em seguida.

— Mas quer saber de uma coisa? O pirralho é útil para mim. Acho que farei uma lavagem cerebral nele para nunca mais se lembrar de quem é — mais uns socos, chutes, joelhadas, cabeçadas, voadoras.

O bar Blue Drive estava virando escombros em poucos minutos. Começou a chover do nada. Astamon foi pego novamente pelo colarinho da roupa, mas não teve nenhum arranhão.

— Diga o que quer! — gritou.

— Já vi que libertou o demônio dentro de si, muito bem. Agora eu falo. O menino fará parte de uma barganha muito importante. Os digiescolhidos acabaram de chegar há algum tempo e estão empenhados a acabar com o decrépito do Barbamon. Porém, eu tenho uma missão pequena para você. Se quer o seu parceiro de volta então fará o que eu mandar. Escolherá entre um lado da balança para sair ganhando neste jogo.

— Seja claro.

— Ou você mata os digiescolhidos e salva o seu parceiro ou deixe-os viver e deixa o Paulo morrer. É simples, não é? Olha que sou um homem de palavra. Não costumo enganar quando entro num acordo.

Beelzebumon entrou em estado de choque. Teria mesmo que matar os seus colegas para salvar o seu parceiro? Ficou na dúvida. Largou Astamon e ficou pensativo.

— A sua chance é agora. Ajoelhe-se diante de mim e jure que matará as crianças e seus parceiros. Se o fizer, eu no mesmo instante liberto o Paulo. E aí, meu chapa?

O lorde ficou suando sem parar. Respirou fundo e ficou ajoelhado perante o próprio inimigo. Abaixou a cabeça e disse:

— Eu juro que o farei, mas, por favor, solte meu parceiro.

— Bom rapaz. Mas só quando eu ter certeza que acabou com eles; aí liberto. Ei cara, não fica assim, depois que matar o primeiro, os outros serão mais fáceis hehehe até mais — Este foi embora, desaparecendo com uma técnica desconhecida.

Beelzebumon ainda continuava triste de cabeça baixa e ajoelhado. Chovia muito, mas ele não se importava com isso. Se levantou e olhou para o céu chuvoso. Fechou os punhos. Ele jurou para si mesmo que salvaria o parceiro custe o que custar. Foi embora com a cara triste e derrotado.

Flashback off

...

Impmon não acreditou que o seu maior rival de todos estava vivo e ainda por cima naquele lugar. Não só ele, como todos os outros ficaram perplexos com aquilo tudo. O cinismo do Astamon era tanto, que ele não parava de rir.

— O que foi, colega? Até parece que viu um fantasma.

— O que está fazendo aqui, Astamon? — perguntou Impmon.

— Há um tempo, eu disse que era o teu fã número 1 e como tal me preocupei demais com a sua saúde depois que quase morreu pelas mãos do Merukimon. Na verdade, eu ia me oferecer para vos ajudar na missão, mas o viajante do tempo se adiantou e foi até mim — disse ele, sentando na cadeira da varanda.

— Slash, por que você soltou ele da prisão? — perguntou Paulo também com raiva.

— Acalmem-se todos. Garotos, eu não o soltei da prisão. Ele mesmo se soltou. Na verdade, ele já estava solto há meses e todas as vezes que vocês lutaram, esse indivíduo os observava. O propósito de eu ir atrás dele é que o próprio sabe de muitas coisas sobre as ilhas, que nem mesmo Gennai sabe.

— Tá de brincadeira, Slash! O cara quase nos matou no passado e você quer mesmo que nos aliemos a ele? — indagou Ruan muito inconformado.

— Se aliar não quer dizer ser amigo. Astamon tem alguns motivos para se aliar a nós depois de tanto tempo preso.

— Não me importo. Vou acabar com você agora, Astamon! – disse Impmon, evoluindo para Beelzebumon. Paulo, Slash e Diana ficaram na frente dele tentando impedi-lo. Ele ficou de joelhos por causa dar dor e ainda estava em recuperação.

— Por favor, não lute. Você pode se machucar ainda mais. Faça isso por mim e por seus filhos – disse Diana quase chorando.

— Tudo bem. Não vou brigar mais. Mas faço isso por vocês. Esse canalha merecia morrer de tanta surra.

Astamon bateu palmas pela performance deles. Com o sorriso no rosto, ele soltou:

— É isso aí, Wesley. Não faça tanto esforço assim.

Todos olharam para ele. O vilão cruzou as pernas e ficou à vontade. Disse aos digiescolhidos e ao próprio Wesley que já sabia de sua natureza humana desde a última luta que tiveram. O momento que ele soube que aquele Beelzebumon era um ser humano modificado.

...

Flashback on

Astamon se levantou com dificuldade e ficou encarando o outro digimon. Não teria outra saída a não ser lutar contra ele. Todavia, com certeza perderia essa luta. Ao ficar em modo explosivo, Beelzebumon ficou bem mais rápido e poderoso. Era quase invencível. Não poderia ceder neste momento visto que ainda teria que mostrar a sua supresa diante de todos; e tal surpresa envolvia Paulo. O digimau bateu palmas e parabenizou o oponente por superá-lo numa luta. Foi aí que ele, de uma forma covarde e traiçoeira, usou um dos truques mais sujos que se podia existir. Aproveitou um segundo de distração do outro para aplicar-lhe um golpe que deixava temporariamente sem ver.

— Clarão! — os olhos vermelhos da máscara dele brilharam intensamente que em pouco tempo clareou tudo e deixou Beelzebumon sem ver.

— Ahhh os meus olhos! Eu não consigo enxergar nada — disse esfregando os seus olhos verdes por trás da máscara roxa. Ficou atordoado por causa disso e só via vultos. Olhou para ver se via, aos poucos a sua visão voltava, mas não conseguia ver o seu inimigo. Ele havia sumido — Para onde ele foi? Cadê ele? Droga!

De repente, Astamon foi até a direção dele e deu um chute. Beelzebumon percebeu a aproximação dele e colocou o braço esquerdo para se proteger. O impacto do golpe fez com que seu braço quebrasse, deixando-o incapacitado com tal membro. Ele gemeu alto de dor, porém não poderia se defender mais com um braço fraturado. Então, aproveitando a fragilidade do oponente, o vilão usou seus golpes certeiros para atacá-lo e feri-lo. Eram chutes, socos e muito mais. Beelzebumon caiu de bruços no chão, suas asas o cobria. Ele tentou se levantar, mas o digimau deu um chute na cara dele, fazendo-o cair novamente. Depois recebeu vários golpes na altura do abdome. Ele gemia por conta da dor. Recebeu tantos golpes que ficou exausto. Por um minuto ganhava a luta, mas as coisas se inverteram.

— Está vendo, garoto. Eu sempre venço, sempre. Pode vir o oponente que for, eu venço. Sou um sobrevivente, sabia? — Ele se aproxima do que estava caído e enfiou sua faquinha no abdome dele.

— AAHHH — gritou de dor ao sentir a lâmina afiada entrar em seu corpo. A dor foi tão grande que não conseguia respirar direito quando a faca permaneceu dentro.

— Seu desgraçado, não faça isso. Não o mate — falava Mia, tentando de alguma forma impedir isso. Era impossível.

— Eu não quero ver isso. É doloroso demais — falava Rose, virando o rosto chorando.

— Droga! O que podemos fazer para salvá-lo? — Ruan indagava furioso.

— Infelizmente, não podemos fazer nada. Esse será o fim dele — respondeu Hagurumon.

Astamon parou de enfiar e ficou olhando a expressão de dor da sua vítima. Sorriu e retirou a faquinha lentamente e dolorosamente. Assim que retirou, ele viu sujo na lâmina um líquido avermelhado, e do buraco feito no corpo do outro, saindo sangue. O digimau ficou tão atordoado com aquilo que se afastou rapidamente, como se estivesse visto algo espantoso.

— Não pode ser. Eu não posso acreditar nisso — Jin percebeu algo de errado ao olhar o espanto do antagonista — Eu te machuquei mais sério e nenhum dado foi escapado. Como assim? Só saiu sangue.... Espera um pouco... Não. Não, pode. É claro que pode... Então eu notei tudo.

— Do que está falando? Mate-me agora e me absorva se quiser — disse se levantando e ficando apenas de joelhos. Sua mão direita segurava o lado esquerdo do seu abdome para tentar estancar o sangamento.

— Não, meu caro. Agora eu desvendei o maior mistério de todos. Você guarda um grande segredo que nunca pensou em contar. Mesmo para o seu querido parceiro, você não contou. Isso é feio, e muito bem feio. Já pensou se ele soubesse de toda a verdade? Já pensou no grande desprezo que você teria da parte dele? Pode tentar negar o quanto quiser, mas de mim você não engana. Sei muito bem quem é você.

— Não sei do que você está... falando.

— Não se faça de vítima comigo.

Flashback off

...

— Naquele momento, eu descobri que você era humano. Digimons podem sangrar dependendo do ferimento causado, porém deve haver saída de dados pois também somos feitos de dados de computador. Outra pessoa também havia despertado uma grande suspeita a respeito disso. O garoto ali chamado Jin.

Eles olharam para Jin. Paulo teve a ficha caída quando se lembrou que Jin havia feito o teste de DNA com a pena da asa de Beelzebumon. Outro que sabia fora Lucas. Porém, o próprio Astamon foi o único a descobrir o segredo sozinho. Na época, ele queria testar os limites das emoções humanas ao extremo, controlando a mente de Paulo, forçando-o a ferir seu próprio pai. Jin confirmou que já havia desconfiado desde a última luta contra o vilão.

— Como saberemos que ele nos ajudará? Quer dar um de bom samaritano?

— Mia, eu sei que estão confusos agora, mas escute-o, por favor – disse Slash. — Astamon tem coisas úteis para falar.

Astamon pediu que todos fizessem silêncio, quase exigindo. Wesley ficou furioso com o jeito sarcástico do vilão, mas foi contido por Diana, que ficou sempre ao seu lado. Ele preferiu se retirar daquele ambiente e pediu a Paulo que o falasse mais tarde. Diana foi com ele.

— Dá pra falar logo de uma vez pra que quer a nossa ajuda? — disparou Ruan.

— Ora, ora quanta impaciência. Vocês não mudaram nada desde a última vez que nos vimos. Até senti saudades desse jeito tolo de vocês. Okay, vamos falar da situação atual do mundo. Está governado por nove governadores em ilhas/ zonas flutuantes chamado de Reino do Sistema Operacional ou RSO. São oito governadores de cada ilha que governam local, um Primeiro-Ministro chamado Chanceler que governa o lado claro do digimundo e um Imperador com poderes ilimitados como o dono do Digimundo. Cada ilha tem suas próprias características distintas umas das outras. A primeira é coberta por uma grande floresta, a segunda é uma grande cidade e a terceira é um parque de diversões tão grande quanto os outros dois. Não faço a mínima ideia de como são as demais ilhas. Onde eu estava preso era a penúltima, mas não tive tempo para vê-la. Outra coisa é que cada uma tem uma defesa interna e externa, e é impossível entrar nelas voando pois poderíamos ser abatidos com raios laseres desintegradores de dados. Outro perigo é confrontarmos de frente os governadores.

— Você se acha o bichão, por que não resolve derrotá-los sozinho como fez com os aliados do Barbamon, a Liga Negra? — perguntou Paulo.

— Quanta burrice. Hehehehe acha mesmo que aqueles idiotas fracos e oportunistas estão no mesmo nível que 9 super digimons altamente treinados e todos na forma suprema? Você quase perdeu o seu papaizinho ontem e quer mesmo que eu seja um idiota igual a ele e arrisque mesmo a minha pele?

Paulo engoliu calado.

— Os governadores são chamados por nomes próprios iguais os humanos, exceto o Chanceler. Eis os nomes e as suas ilhas dominantes: Djinn, primeira ilha; Locky, segunda ilha; Queenye, terceira ilha; Leviatã, quarta ilha; Akenathon, quinta ilha; Major, ele domina a sexta ilha; Beelzebinho, o mais misterioso dos governantes e nem me perguntem o motivo do nome, sétima ilha; e, por fim, Megido com a oitava ilha. A nona ilha é governada pessoalmente pelo Chanceler e seus generais. Nada se sabe onde fica o castelo do atual imperador Lucemon. Acham que ainda será fácil e que não precisam da minha ajuda?

— Tá bom. E qual é o seu motivo para querer a nossa ajuda? — perguntou Jin.

Astamon fez suspense, porém decidiu não responder àquela pergunta. Claro que os digiescolhidos ficaram insatisfeitos com a atitude do homem. Slash decidiu tomar a palavra e falar sobre o seu plano para a primeira grande missão dos digiescolhidos. Ele pediu que todos entrassem, incluindo Wesley e Diana. Paulo falou tudo ao seu pai o que Astamon dissera. Então, o viajante do tempo retirou os objetos da mesa de jantar e colocou um mapa físico sobre ela. Era o mapa da fronteira entre o digimundo a nível do mar e as zonas do Sistema Operacional.

— É impossível chegar por ar ou por dentro da terra. Por terra também temos 1% de chance de chegarmos pois toda a estrada e todo o raio de dez quilômetros ao redor da primeira ilha está com minas terrestres. Para podermos desarmar o sistema de defesa, precisamos entrar no QG do exército da fronteira e colocarmos um vírus ou bug nos computadores. O único que pode entrar ali será Astamon, que concordou com a ideia.

— Como exatamente entraremos na ilha? — perguntou Mia.

— Boa pergunta. Para entrarmos, teremos que ir ao portal da fronteira e entrarmos antes que o Bug termine. Teremos meia hora antes do sistema de defesa voltar. Astamon arma o bug, entramos e pegamos um veículo militar motorizado. Esses veículos possuem controle automático e sabe ir exatamente onde fica o portal.

— Slash, você vai conosco para a primeira ilha? — perguntou Betamon.

— Infelizmente, eu não posso — disse ele e os demais suspirando tristes. — Tenho que voltar à base do Gennai para ajudá-lo. Nas ilhas, vocês reencontrarão Linx com muitas surpresas. Outra pessoa também não vai com vocês.

— Quem? — perguntaram.

— Kotemon e Eu — disse Nashi, indo mais para a frente. — Vou trabalhar como assistente do Gennai, LinK e Slash. Kotemon não queria, mas somos lobos solitários e continuaremos assim. Foi bom os momentos que tivemos juntos.

Os demais digiescolhidos agradeceram ao garoto. Nashi avisou que a separação seria por um tempo limitado e que num futuro os dois voltariam ao grupo. Slash terminou a explicação e pediu para que todos se preparassem porque em minutos iriam sair dali. Gaia e Gary se despediram dos digiescolhidos. Claro que Diana aproveitou aqueles poucos minutos que teria para se despedir do irmão, mesmo que temporariamente.

— Então, essa é uma despedida meio embaraçosa. Não faço a mínima ideia de como o fazer.

— Irmão — disse ela abraçando-o. — Faz uma eternidade que não te via desde que fui obrigada a voltar para esta época e agora você já vai embora. Promete para mim que você virá morar comigo para sempre.

— Para sempre?! Não acha que é tempo demais?

— Não acho. Afinal, se o que te impede é o Paulo, Slash mesmo me disse que vocês estão à procura do parceiro dele e, se acharem, você não terá mais a obrigação de protegê-lo..

— Vou pensar no seu caso...

Paulo chamou o homem. Diana, Gary, Nashi e Kotemon se despediram dos demais aventureiros que iam para a saída da floresta. Gaia os acompanhou até a saída, abriu o portão digital da sua propriedade. Por sorte, nenhum membro do exército de Merukimon estava no caminho. Gaia se despediu de Slash antes de fechar o portal. Agora os digiescolhidos, Slash e Astamon estavam em meio ao clima semi-árido, clima bem diferente de onde Gaia morava. O viajante do tempo observou algo no seu aparelho de pulso e caminhou para uma direção ainda desconhecida dos demais. Nesse meio tempo, Beelzebumon regrediu para Impmon, e Paulo tentava se reaproximar de Mia, o que era extremamente difícil pois a garota relutava a sequer dar um oi pra ele.

— Não fica assim. Um dia você consegue — disse Impmon.

— No dia de São Nunca.

— Por que está tão raivosa com o Paulo?

— Betamon, não pergunte algo que já sabe a resposta. Estou dando uma lição nele. Porém, não é ele que estou preocupada, e sim esse tal de Astamon. Ele não dá ponto sem nó e, com certeza, está tramando algo para o futuro e nos usando para isso.

— Você acha isso, Mia?

— Sim, parceiro. Se prepara, que esse daí ainda tem um plano nas mangas. É só uma questão de tempo.

Astamon caminhava logo à frente dos garotos e atrás de Slash. Era impossível para os jovens saberem o que o vilão tramava. A única coisa que dava para notar era seu sorriso de canto, o resto do seu rosto era coberto pela máscara. De fato, nenhum ali confiava nele.

Slash finalmente parou de andar. À sua frente havia um tipo de gruta. O viajante do tempo apertou um botão e uma nave surgiu diante deles.

— Eis o meu carro. Vamos entrando.

A nave era idêntica ao que os capangas do Chanceler usava. Foi uma das naves roubadas por Linx dias antes. Astamon se sentou num assento encostado na parede interna da nave. Os digiescolhidos e os digimons ficaram do outro lado. Jin ficou sentado ao lado de Slash como co-piloto.

— É melhor todos se segurarem ou colocarem os cintos pois vamos voar bem rápido — todos acataram o conselho.

— Nós voaremos baixo, especificamente a 200 metros. Daqui em diante, o céu do digimundo é completamente vigiado por radares, portanto, preciso que façam silêncio.

A nave levantou vôo e partiu para o próximo destino, que era chegar nas ilhas flutuantes, domínios dos governadores. Foram mais ou menos dez minutos até o transporte aéreo diminuir de velocidade e descer na vertical numa área com floresta menos densa. Aiko e Agumon esperava a nave pousar, a partir de agora eles se juntariam ao grupo. Paulo, Lúcia e Lucas foram os primeiros a sair e cumprimentar o japonês.

— Quando foi que você chegou? — perguntou Paulo.

— Há algum tempo. Já foram todos reunidos?

— Claro. Eu fui a última a ser salva.

— Estamos indo diretamente para as ilhas enfrentarmos os governadores — falou Lucas.

— Vamos subir logo, Agumon. Foi difícil chegar aqui. Parece que o exército do mal está mais vigilante.

— Tudo bem, parceiro.

Eles voltaram para a nave e assim Slash foi de uma vez por todas para o destino. Aiko aproveitou para cumprimentar os demais que estavam lá dentro, quando se deu conta que Astamon também estava lá.

— Ouh, uau. Astamon resolveu se juntar a nós?

— Parece que sim — respondeu Ruan.

...

Quartel General da Fronteira

Doumon preparou o seu exército para que ficasse mais vigilante em toda a região da fronteira. O general argumentou que os digiescolhidos estavam perto e todo o cuidado era pouco. Os membros se resumiam em basicamente digimons máquinas como Guardromons, Mekanorimons e Tankmons. Estes guardas saíram do QG e entraram na fronteira. Um grande portão elétrico foi aberto e alguns deles passaram. Os demais ficaram no aeroporto abandonado. Pouco tempo depois, Doumon, que estava descansando na sala de comando, escutou um forte tremor. Ele acordou e perguntou a um Gazimon sobre aquilo. Tanto os guardas quanto ele foram para o lado de fora e viram uma grande coluna de fumaça.

— O que aconteceu?

— Parece uma explosão, senhor — respondeu o Gazimon.

— Eu sei bem disso. O que queria dizer era o que provocou essa explosão? Prepare a minha moto com alguns guardas. Irei pessoalmente ver aquilo.

— Sim, senhor.

...

— Que explosão foi aquela? — perguntou Mia.

— Gennai havia colocado uma bomba perto da fronteira há algum tempo. Nós prevíamos que isso iria acontecer, no caso a invasão do QG da fronteira, por isso precisamos que o chefe saia para que o próximo passo seja dado — disse Slash olhando para Astamon.

Pouco tempo depois, Psychemon conseguiu desviar das minas terrestres e chegar no muro do quartel. Ele conseguiu pular sem que fosse visto e entrar nas dependências do local. Alguns guardas dormiam e outros ficavam desatentos. Num corredor, a sombra de Psychemon se transformou em Astamon. Um Tankmon rondava o corredor quando foi destruído pelo homem. Aliás, Astamon destruiu facilmente os guardas que vinham no seu caminho. Encontrou finalmente a porta que dava ao centro de comando. Com a sua faca, ele abriu.

Doumon chegou no local da explosão. Havia uma cratera no chão. Gazimon achou alguns barris com pólvora a alguns metros dali.

— Senhor, encontramos cinco barris com pólvoras. Não há o selo do governo. Acho que é clandestino.

— Que droga. Vamos voltando!

Astamon conseguiu desligar o sistema de defesa de toda a área da fronteira e inclusive abriu o portão de entrada das ilhas e do QG. Os guardas viram Seadramon e outros aparecerem diante deles. Os digiescolhidos derrotaram todos os guardas e foram se encontrar com o outro.

— Conseguiu encontrar o portal? — perguntou Slash.

— Está na parte nordeste da área onde está um grande lago.

— Ótimo. Vamos, garotos. Não temos muito tempo.

Eles foram até um hangar e viram um automóvel igual uma van preta totalmente blindada. Cabiam todos nela. Assim que Slash pegou no volante, Doumon e seus capangas chegaram.

— Oh pelos céus. Essa será a minha chance de ouro. Conseguir destruir todos os digiescolhidos de uma só vez.

Astamon se afastou do grupo.

— Aonde você vai? — perguntou Paulo.

— Vai começar uma luta entre vocês e os soldados do Chanceler. Não tenho ânimo de participar. Afinal de contas, ajudá-los não faz parte do trato que eu fiz. Boa sorte, e estarei esperando do lado de fora.

Astamon saiu tranquilo, para a fúria dos digiescolhidos.


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Notas finais do capítulo

Muitos devem estar se perguntando o porquê de eu ter demorado 1 mês para posar esta fanfic. Bom, gente, meu computador quebrou e levou junto os 290 episódios de DBZ, 1 temporada de digimon e CDZ saga Hades. Clipes de música, músicas, rascunhos de capítulos futuros, imagens (modelos de planos de fundo que eu utilizava para fazer a capa dos capítulos, por isso não farei mais capas até ter outro PC) e o meu livro, projeto de uma vida que nunca quis postar no nyah pois plagiariam, com certeza. Então eu perdi muita coisa.



Não dá pra postar no celular e mesmo que desse é difícil ao extremo. Estou utilizando um tablet e por isso estou me saindo com ele provisoriamente. É difícil do mesmo jeito pois odeio teclado virtual. Preferiria mil vezes uma máquina de escrever com um botão da grossura de um dado do que essas tecnologias baratas. Por isso os capítulos poderão sair estranhos ou com partes incompletas. Por isso o (pendente) pois quando um dia ter meu PC de volta, eu ajeitarei.


Sou um co-autor de uma fanfic de DBZ e normalmente corrigia. Não dá para corrigir mais. Portanto, eu ficarei mais ausente do site e inclusive já estava off há um mês e pretendo continuar assim. Apenas virei para ler, comentar, postar e responder reviews.


Um abraço do Sensei, tchau e até a próxima.



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