D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 8
A Vingança da Liga Negra


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo com mais um capítulo fresquinho de digimon. Este aqui finalmente é o último introdutório. A partir do próximo inicia as sagas portanto será ainda melhor que esse. Neste aqui vocês vão descobrir como Astamon se envolve com os escolhidos. Além disso temos um cientista louco para saber sobre o DNA dos digimons. Enfim, antes que eu dê spoiler leiam o capítulo. ^^



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CAPÍTULO 085

Horas se passaram desde que Arkadimon fora derrotado pelos escolhidos, especificamente por Beelzebumon. Agora o cenário é em outra cidade. Las Merinas, apesar de estarem muito longe de Nova Digicity os seus habitantes puderam assistir à luta que ocorreu na outra metrópole. Após a derrota de um dos principais membros da máfia todos comemoraram com festas, músicas entre outras coisas. O garoto e seu parceiro Gokuwmon se encantaram pelas maravilhas que essa cidade proporcionava. Fogos de artifício eram soltos na praça central fazendo a população ir ao delírio.

— Como essa cidade é alegre. Nunca pensei que havia um lugar tão lindo no meio do deserto. Olha só esses fogos — disse o rapaz agora sem o capuz. Ele tinha cabelos loiros e curtos, olhos castanhos. As únicas descrições desse garoto misterioso visto que ele ainda vestia a roupa em que assaltou a mina.

— Até parece que eles estão comemorando alguma coisa — falou Gokuwmon olhando para os digimons que andavam em grupos de um lado para o outro.

— Não acredito que vocês não sabem — um Monmon apareceu diante deles com uma fantasia de pelúcia — o motivo de tudo isso é que estamos comemorando a derrota de um dos membros da Liga Negra.

— Fala sério! Quem foi que derrotou? — o rapaz estava bastante curioso.

— Ora quem foi? É claro que foram os digiescolhidos. Ninguém consegue detê-los. Por isso que eu sempre gostei deles, são os nossos heróis. Deviam também comemorar.

— Não é muito o nosso estilo. Mesmo assim agradecemos o convite — disse Gokuwmon com uma expressão confusa.

— Tudo bem. Vão perder a festa toda. Fui.

Os dois ficaram parados no meio de uma rua movimentada. Estavam em frente a uma lanchonete. Resolveram entrar no estabelecimento e fugir daquela multidão enlouquecida. Sentaram numa mesa redonda e pediram o cardápio.

— As coisas aqui são um pouco mais caras do que nos outros lugares que já visitamos.

— Gokuwmon é porque o estilo de vida desta cidade deve ser um dos melhores. Isso significa desenvolvimento. É algo que aprendemos em aulas de geografia. Primeiro mundo.

— E aquele tal de Beelzebumon? Todos os habitantes o tratam como um verdadeiro herói.

— Eu sempre quis conhecer esses digiescolhidos de perto. Nunca tive a chance de que isso acontecesse. Às vezes sinto que também sou um deles. Até porque eu tenho você como o meu parceiro.

— Não se preocupe, Freddy, amanhã nós ficaremos perto deles. Amanhã assistiremos à corrida de kart no camarote VIP. Já encomendei o nosso lugar lá.

— Espero que dê tudo certo. Puxa vida finalmente eu realizarei o meu sonho de conhece-los — o rapaz estendeu a mão chamando o garçom.

O carro Monster estacionou ao lado da casa e dele saiu Astamon. O homem achou estranha a presença de uma carruagem do outro lado da rua. Pegou uma chave no bolso da roupa azul e tentou abrir a porta. Percebeu que havia algo de errado, porque a porta estava semiaberta. Ele entrou, fechou a porta, tudo estava escuro até que ele ligou o interruptor e viu Myotismon sentado na poltrona da sala olhando para ele.

— Eu pensei que ladroes não fossem tão folgados assim — ele deu um breve sorriso e se aproximou do outro.

— Eu não sou ladrão, muito menos folgado. Eu vim aqui fazer um acordo contigo. Será que está disposto a me ouvir?

— Diga-me o que um ser tão... Tenebroso igual a ti veio parar nesse fim de mundo? Quero ouvir algo que realmente me interesse — Astamon sentou-se numa cadeira e ficou olhando atentamente para o outro.

— Que tal trabalhar para nós, membros da Liga Negra? Claro que não será um trabalho qualquer, mas sim acabar com a vida dos escolhidos. Eu estou te dando uma proposta: para cada criança morta você ganhará cerca de cinco milhões de digizones. O que acha, hein? Tentador?

— Dinheiro nunca me atraiu. Sempre fiz meus antigos trabalhos por prazer — ele ficou sentado e com um sorriso no rosto.

— Astamon eu não te entendo, todos têm o seu preço. Não é possível que você não tenha o seu. É só dizer o que quer e faremos o possível para atender ao seu pedido — Myotismon se levantou e ficou de frente para ele — pense bem. Tudo o que você desejar.

— O que eu mais desejo no momento é saber onde fica o seu esconderijo e de todos os seus coleguinhas. Se me mostrar onde fica, eu aceito a sua oferta.

— Astamon para que o interesse em descobrir a localização do nosso esconderijo? — o vampiro olhou desconfiado.

— Disse que fariam o possível para me agradar? Quero ouvir isso da boca de todos os membros, menos Arkadimon esse já bateu as botas há algumas horas. Enfim, meu caro dentuço, aceita ou não a minha condição? Se não então a porta da rua é a serventia da casa.

— Certo. Mesmo assim será uma grande parceria, além de você sair deste muquifo cheio de mofo que a sua pessoa denomina de casa — ele parou na porta de saída e virou-se para o outro — Quer saber de uma coisa? Venha comigo. Será mais rápido.

— Veremos o que tem de interessante nesta Liga Negra que eu ouço tanto. Aliás, não foi você que invadiu o mundo dos humanos?

— Nunca fiz isso na minha vida. Soube que um tal de Daemon fez isso, porém não deu muito certo — respondeu Myotismon já na rua abrindo a porta da carruagem — pode entrar.

— Eu me confundi com outro cara que era muito parecido contigo e que eu fiz questão de conhecê-lo pessoalmente. A propósito como você chegou nesta cidade tão rápido?

— Digamos que o meu meio de transporte consegue viajar entre portais — a carruagem começou a andar sozinha e de repente sumiu na rua.

Paulo verificava todo o andamento da Grande Corrida de Karts que acontecerá no dia seguinte. O rapaz era responsável direto pela organização de praticamente 100% de tudo. O frenesi era grande que ele nem quis voltar pra casa e nem comer. Assim que viu o estádio pronto ele parou um pouco e sentou num dos assentos das arquibancadas. Beelzebumon sentou-se ao lado dele.

— Ansioso para o evento de amanhã? — ele olhava para o garoto com curiosidade.

— Estou. Estou sim. Cansado com todo o trabalho que tivemos na organização disso tudo. Os ingressos que tivemos que correr contra o tempo para que fossem vendidos a tempo. E ainda tem lá o problema do Arkadimon que o senhor o matou. Ainda bem que terminei. Vou descansar.

— Ei não precisa ficar preocupado com isso. Deixa que eu me encarregue de falar com o Gennai se ele vier falar contigo. Mesmo sabendo que não é muito tolerado matar outros digimons eu não tinha outra escolha. Agora teremos que saber quais serão as retaliações dos inimigos — o homem olhou para a grandiosa arena e voltou o seu olhar para o jovem ao lado — Quer saber eu estou com uma fome tremenda. Sairei por aí e darei uma lanchada rápida.

— Eu vou junto. Também quero espairecer. Vamos lá — Paulo saiu correndo entre as cadeiras até chegar à saída.

...

Naomi ainda não acreditava no que tinha ouvido. Ela esperou alguns minutos até que Hikari e Takeru saíssem para depois entrar e pegar a agenda. Aproveitou a situação em que encontrava só e fez uma ligação para alguém.

— Alô, vovô. Eu tenho algo muito interessante para lhe dizer.

— Como eu te conheço e como sei que não iria me ligar por coisas banais então suponho que tem alguma novidade para me dizer.

— O senhor é tão inteligente que causa até medo. Sim, tenho algo interessante pra lhe dizer. Sente-se numa cadeira, pois suas pernas precisarão. A professora Hikari e o professor Takeru são digiescolhidos.

— Repita, por favor. Não consegui processar a sua ultima frase.

— O casal de pombinhos é ou já foram escolhidos. Viveram uma grande aventura no planeta digital e não acaba por aqui. Descobri que o senhor Takaishi tem um parceiro e a mulher também. Agora me diga algo com muita sinceridade, estou indo pelo caminho certo?

— Divinamente certo. Querida o que quero deles são apenas algumas informações essenciais sobre os digimons. Preciso que descubra como eles tiveram o primeiro contato e descubra quais são os digimons parceiros deles.

— Vovô em breve eles acabarão me dizendo de um jeito ou de outro. Precisamos do DNA desses digimons para aquele projeto de pesquisa genética. Espero que me inclua no projeto — Naomi ficou olhando para os lados tomando toda a precaução para não ser pega de surpresa.

— É claro que sim, minha querida. Quando eu tiver o DNA certo você será a primeira a saber.

Naomi desligou o celular assim que entraram alguns professores. Ela foi até o armário e pegou a sua agenda. Retirou-se e voltou até a classe retornar a aula.

...

O esconderijo da Liga Negra ficou em silencio até a chegada de Myotismon. Asuramon ficou desconfiado com o grande sorriso no rosto do colega e perguntou o motivo da alegria. O vampiro ficou em silêncio sempre com o olhar sinistro que sempre fazia. Alguns morcegos o rodeavam costumeiramente. Cerberusmon dormia feito um cachorro chihuahua sem incomodar ninguém. Vademon comia algo indefinido que ninguém sabia ao certo, mas que era rosado e parecido com um sorvete de morango; Antylamon apenas encarava calado sem falar nada e SkullMeramon... esse aí mal aparece nas reuniões da Liga então é descartável.

— Qual é o motivo de tanta alegria? — perguntou Antylamon bastante interessado.

— Vocês são burros ou o que? O que será que eu resolvi fazer enquanto estava ausente? Falei que o meu poder de persuadir os outros é grandioso. Algo que os idiotas do Vademon e do SkullMeramon não conseguiram desde o começo. Sim. Convencê-lo a se juntar a nós — Myotismon saiu da frente e a silhueta de Astamon surge para o desespero dos outros membros.

— O que diabos esse ser está fazendo no nosso esconderijo?! — bradou Vademon.

— Calma. Ele apenas quer propor um pacto conosco — o vampiro sentou-se numa poltrona escura e mofada que ali tinha — senta que lá vem história.

— Ora, ora se não são os coleguinhas do falecido que morreu agora pouco. Interessante que no mesmo dia em que ele levou um tiro no meio da fuça alguém aliado a ele venha me procurar. O que estão sentindo ou pensam no que estão sentindo nesse momento? Olho para cada um de vocês e vejo o medo, o terror, a apreensão de terem perdido um parceiro — ele se senta numa cadeira e fica de frente para todos — Não percebem que essas crianças dobraram o conceito de um mundo ser governado pelos próprios seres que habitam? Será que vão ficar atrás de um telão ou dentro de um ferro velho deixando o tempo passar enquanto eles comem e bebem e vivem a vidinha esdrúxula deles? Sinto muito, mas quem são os culpados por esta situação ocorrer? São vocês mesmo. Olhem só pra cada um de vocês. Não se mexem, não tomam uma atitude definitiva. Vamos voltar muitos anos atrás quando o nosso tempo era muito diferente do tempo no mundo deles. Sei que alguns aqui nunca pegaram essa época, contudo eu peguei e posso garantir que aquele tempo era maravilhoso. Não existia nada de humano, nada de conflitos, nada de subordinação ou medo. O que existia era o existente, digimons.

— Sábias palavras para alguém que viveu eras e eras preso numa prisão longe de todos. O que você propõe para todos aqui? — falou Antylamon calmo como sempre era.

— Está tão decidido assim, chapa? Acha que com a minha ajuda agora vai poder destronar as crianças e poderá fatiar um pedaço desse mundo? Ou prefere ficar por de trás das cortinas e deixar o trabalho sujo para alguém mais poderoso e competente que nem eu? Muito bem. O problema de todos aqui é único. Se quiserem que eu faça um bom trabalho eu preciso de fundos para tudo. Como o caro vampiro me disse que daria cinco milhões por cada cabeça das crianças antes disso precisa haver verba para tal proeza. Tenho algumas exigências para serem feitas antes de começar os joguinhos de caçada. Primeiramente, existe alguém que pode estragar os seus planos antes do tempo e esse alguém se chama Gennai. Preciso que me deem créditos e capangas suficientes para arruinar aquele quartel general que fica no outro continente, ah claro que preciso atravessar portais e isso não será nada difícil quando se fala de uma carruagem que atravessa portais para outros lugares. Depois preciso de um tipo de quartel general...

— Falamos de uma fortaleza parecida com um castelo e que é cheio de capangas malignos? — completou Vademon.

— Na verdade eu pensava em algo móvel e que voe. Quero um dirigível todo equipado e... O que tem mais? Ah eu me lembrei. Gosto de intimidar os meus oponentes bem antes de eu agir contra eles então preciso fazer um filme ainda hoje mesmo hehehehe

— Filme? Vai virar cineasta antes de ser assassino? — disse Vademon ainda desconfiado.

Astamon deu uma risada de canto e se levantou — Eu sou um artista e artistas precisam ser aclamados até pelos inimigos. Gosto de ser perfeccionista até nas minhas obras mais obscuras e sombrias, portanto até para eliminar os digiescolhidos eu preciso ter todas as ferramentas em mãos. Este é o meu acordo. É pegar ou largar.

Astamon saiu e ficou esperando do lado de fora enquanto os membros se reuniam para tomarem uma decisão sobre o assunto. Ele olhava ao redor e via pilhas e pilhas de sucatas serem prensadas numa enorme máquina, também havia alguns tratores e guinchos que pegavam os carros velhos e os levavam até uma parte onde ficavam os veículos velhos e abandonados. O local de esconderijo da liga era um galpão ou poderia dizer um deposito abandonado. A noite estava chegando e a reunião parecia não ter fim até que Myotismon abre a porta atrás de Astamon e, com um pouco de incômodo por causa da claridade ainda presente, o chama.

— Chegamos num acordo unânime sem a presença de um dos membros. Concordamos com tudo o que falou e lhe daremos as despesas necessárias para fazer o seu trabalho.

O homem apenas sorriu e concordou com o outro. Estava na hora de agir e começar a sua caçada pelas cabeças de cada digiescolhido.

...

No prédio da Genetech o velho Ryuu Matsunaga tomou a iniciativa de contratar dois de seus capangas para começar a seguir os escolhidos veteranos. Segundo sua neta o casal Luz e Esperança eram ligados diretamente com os seres digitais e ainda por cima eram digiescolhidos. O homem se reuniu com seus dois capangas, dois homens altos vestidos com ternos pretos e óculos escuros, e preparou uma operação de investigação. Ele queria que seus dois grandalhões ficassem na cola de Hikari e Takeru vinte e quatro horas por dia.

— Eu só vou falar uma vez: a minha neta é muito subjetiva e diferente de mim. Contudo lhe darei uma chance de extrair informações daquelas pessoas. No entanto se por bem eles não falarem, vão falar por mal. Se caso o tal de Takeru não falar nada para a minha neta então vocês podem obriga-lo a cantar direitinho. Agora saiam eu tenho muito trabalho pela frente.

— Sim chefe — falaram em uníssono e saíram do escritório do homem.

Ryuu esperou seus subordinados saírem e foi até ao seu quadro do monte Fuji pintada a óleo. Retirou o objeto e revelou um cofre digital. Digitou uma senha com seis dígitos e abriu, pegou uma pasta branca e depois fechou. Abriu a mesma e revelou alguns papéis com o título “GENOMA FINAL” que era um projeto ultrassecreto dele.

— Ai Matsunaga, Matsunaga você vai conseguir revolucionar a ciência genética. Com esse projeto de tão secreto que é nem a minha neta sabe do que sou realmente capaz de fazer. Pobre Naomi na minha frente é ingênua demais — ele sentou e ficou olhando as papeladas e no meio dela o desenho de uma espécie de Dragão segurando algo indecifrável no momento, mas que parecia uma bola ou um globo.

...

Paulo resolveu ficar no próprio digimundo e avisou isso muito bem a sua mãe. Era sexta-feira e o dia seguinte sábado, portanto não haveria aula. O garoto ficou com o seu parceiro na cobertura do prédio. Por um instante ele saiu da sala, na qual assistia a um filme, e foi até a varanda. Observou a noite e que noite da cidade de Las Merinas. Os outros prédios eram bastante luminosos e os letreiros da principal avenida chamavam a atenção com toda a sua luminosidade e seu neon. Ao fundo dava para ver nitidamente a arena de kart e mais ao fundo as montanhas. O deserto era bem visível.

— Admirando a paisagem da nossa cidade? — perguntou Beelzebumon ficando ao lado dele.

— É linda a noite. Parece Las Vegas. Uma cidade que fica num país chamado Estados Unidos e por coincidência também fica no meio do deserto — o garoto olhou para o digimon e viu apreensivo — Era para eu estar desse jeito, não?

— Não esquenta comigo, parça, estou legal. Não que eu fique com medo de uma retaliação da Liga, mas não sei até onde eles vão para se vingarem do Arkadimon. Temo pelos outros e por você.

— Não se preocupe comigo. Consigo ser mais forte do que você. Fica frio — Paulo ficou olhando para ele e falou — Mudando de assunto eu sempre quis te dizer isso então chegou a hora. Pra mim você é como um pai para mim, tipo eu esqueci a fisionomia do meu pai biológico, apesar de sempre querer conhece-lo, porém é impossível conhecer alguém morto. Desde aquele dia em que você me salvou no incêndio daquela usina de energia eu tive a verdade estampada na minha cara. Obrigado por ser esse amigo, esse parceiro, esse pai e irmão e preencher a lacuna em minha vida.

— Nossa! Que palavras bonitas... Ai o que eu to dizendo! Argh realmente moleque você me comove quando quer, seu danado, hein? — falou ele colocando sua mão sobre a cabeça do Paulo e bagunçando seus cabelos — A verdade é que sempre quis mandar no meu parceiro digiescolhido — os dois riram com a conversa.

Passado algum tempo o garoto terminou de assistir a outro filme e ficou tarde até ele decidir ir dormir. Beelzebumon saiu do banho com um roupão e foi colocar um pijama totalmente roxo com listras brancas. Claro que ele não colocaria a roupa preta para dormir e claro ele estava na forma humana.

A campainha tocou e o escolhido resolveu abrir para ver quem era. Olhou de um lado para outro, mas não viu ninguém apenas uma caixa embrulhada num papel de presente com corações. E um pequeno envelope.

“Para os meus novos amigos. Assistam com moderação”.

— Não tem nome. Estranho. Olha, Beelzebumon, alguém deixou um presente para nós aqui na porta — ele abriu e apenas um pequeno CD se encontrava ali — É um CD, eu vou colocar pra assistir.

— Me deixa ver o que tem aí. Coloca lá — Paulo colocou o objeto no aparelho. Logo de início apareceu uma frase com cores vermelhas lembrando sangue.

VIDEO ON

PARA INSTIGAR OS SEUS MAIORES MEDOS

Assim que o vídeo começa, os dois levam um susto com o ambiente em que é gravado, uma serraria. Apesar de estar praticamente tudo escuro dava para perceber que era um local onde se cortava madeiras por causa das toras ao fundo que eram bem visíveis. Uma luz fraca dava ao ambiente um ar de terror. A câmera possivelmente era gravada por alguém, porque se mexia muito. Houve um momento em que o câmera se aproximou no meio do lugar e apareceu um Dogmon amarrado nas quatro patas deitado numa tábua de madeira.

— Hehehehe quem é você meu caro? — falou uma voz na escuridão.

— O-o meu nome é Dogmon...

— hehehehehehe e você era membro da Liga Negra e subordinado do Arkadimon?

— Sim... e-eu fui — falou o Digimon bastante assustado.

— Então me conta o motivo no qual lhe levou a fugir e deixar seu chefe sozinho naquele esgoto? Conta aí, meu chapa, para quem está assistindo hehe.

— Ele ia me... matar. E-eu fugi com medo de ter o mesmo destino de Gokimon. Por favor, eu só não queria ser morto. Solte-me e juro que nunca mais irão me ver.

— Hahahahahaha pensa que é fácil assim hein — a câmera se aproximou no rosto de Dogmon e captou o momento em que ele chorava. A voz começou a rir ensandecida e apareceram dois olhos vermelhos na escuridão — Não há como fugir, não há escapatória.

A câmera fitou nos olhos vermelhos.

— Caros digiescolhidos, vocês escolheram o caminho com pedras e espinhos para ultrapassarem. Se não tivessem com essa marra toda aqui no nosso mundo isso não estaria acontecendo. Agora que vocês apelaram então se preparem para a retaliação. A minha retaliação será amarga e impressionante. Espero que estejam preparados, pois suas cabeças serão expostas em bandejas de ouro. Enquanto isso muitos inocentes vão morrer nesse mundão afora. Desistam ou mais inocentes começarão a pagar com as suas vidas. Lembrem-se: seus piores pesadelos começarão, vão se arrepender de terem nascido.

— AHH NÃO! — gritou Dogmon

A voz ria loucamente e uma serra de cortar tora começou a girar e Dogmon ia a sua direção. Ele ia ser cortado, fatiado ao meio. Porém antes que isso acontecesse o vídeo termina com uma frase:

DURMAM TRANQUILOS ESTA NOITE. AMANHÃ A GENTE SE ACERTA.

VIDEO OFF

FIM DO ARCO: A LIGA NEGRA

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sou mal parei numa boa parte. Mas é assim mesmo. Próximo capítulo eu vou caprichar para que fique divinamente bem. Peço que quem tem medo de recomendar recomende sem medo. Eu vou demonstrar do que sou capaz no próximo aí podem dizer se eu mereço ou não recomendações. Boa noite e até mais.