D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 78
Wisemon, O Impiedoso Feiticeiro


Notas iniciais do capítulo

Good night folks.
I'm showing another unpublished chapter of Digimon novel.

E com essa frase tirada do GT (calma, não é Dragon Ball GT, é Google Translate mesmo) eis-me aqui atualizando mais um episódio da fanfic. Passei 1 semana sem postar. Demorei um pouquinho pois estou com um perfil novo lá no Social Spirit. Vai lá, se cadastre e tire proveito da sua nostalgia pois estou postando o Luz vs Trevas todos os Domingos e Quartas. Ainda está no comecinho, mas vai haver cenas fillers no LVST que quem leu vai perder.

Bom, este episódio é aquele estopim para a partida dos garotos à missão para as ilhas. Não diretamente, mas a brincadeira acabou. Chega de bonecos, Wonderland, etc. Aqui além de lutarem com Icedevimon, os garotos terão que enfrentar Wisemon. Pode isso?

Quero agradecer a quem comentou semana passada. Um abraço a todas as meninas e um abraço por traz para os meninos (papai Wesley tá me ensinando a ser igual a ele)

Good reading!



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CAPÍTULO 175

A pacata cidade de River, conhecida por não ter nada de extraordinário, exceto o que houve sobre Betsumon, recebeu um portal vindo de longe. Os digimons viram no meio da pista o espaço se distorcer e ficar negro. Os carros pararam quando os motoristas presenciaram o acontecido. Logo a figura do carro de Wisemon apareceu diante de todos como mágica. O veículo sobrevoava pelo menos uns cinco metros do chão até descer e atingir o nível do solo.

─ Segundo consta nos radares, a primeira relíquia está na direção do hotel abandonado. Com certeza agora o Icedevimon está lutando com os digiescolhidos a fim de não permiti-los de adquirirem a tal relíquia.

─ O que o senhor vai fazer, mestre? ─ perguntou o Bakemon.

─ Vamos até o local da batalha. Nunca precisei ter que lutar. Hoje será o dia em que eu darei um jeito nesses digiescolhidos. Pode ir.

O carro andou depois de alguns minutos. O veículo do Wisemon, o feiticeiro impiedoso.

Os habitantes ficaram impressionados com o que havia acontecido ali. Em breve, uma luta decisiva acontecerá naquela parte da floresta.

Icedevimon era o próximo oponente dos adolescentes. Fingiu ser um programa para assim poder prender Mia em seu poder e assim ter acesso à primeira relíquia digital. Revelou a sua identidade logo após os garotos derrotarem Ponchomon na luta anterior.

Paulo não gostou nadinha de saber que aquele demônio possuiu Mia a ponto de deixá-la sem a memória. O jovem líder ainda ficou com mais raiva quando o vilão fez com que o seu pai não pudesse evoluir para Beelzebumon, o que daria luta ganha.

─ Não vou deixar que vocês saiam daqui com vida. Não sei como derrotaram o meu irmão, Devimon, mas posso garantir que sou mais forte do que ele.

─ Cala a boca. Vocês só sabem falar ─ disse Paulo furioso.

Icedevimon sorriu.

Ruan não esperou muito tempo para pedir ao seu parceiro para evoluir ao nível adulto. Os demais digiescolhidos também fizeram o mesmo.

─ Mas que droga! Eu não consigo evoluir para a minha forma definitiva. Maldito Icedevimon ─ disse Impmon.

Começou assim a luta quando os Legacys brilharam.

─ Hagurumon digievolve para... Guardromon!

─ Kotemon digievolve para... Dinohumon!

─Palmon digievolve para... Togemon!

─ Mushroomon digievolve para... Woodmon!

Icedevimon sequer saiu do lugar, pois não se assustou com as transformações.

─ O que foi? Não vão me atacar? Quer que eu faça o meu primeiro ataque? Não me importo de destruir esse lugar. Olhem bem. CONGELAMENTO ZERO!

Um raio azul saiu dos olhos de Ice. Ele apontou esse raio para todos os lados da sala e hall do hotel. Tudo ao redor começou a ficar congelado em poucos instantes. Os digimons que moravam naquele lugar correram para não serem pegos pelo golpe congelante do vilão.

Icedevimon não acertava os seus inimigos pois assim, para ele, seria uma boa demonstração de poder. 1º atacava tudo ao seu redor, assim para mostrar seu potencial perante os humanos, 2º se eles ficassem com medo seria mais fácil se livrar. Não foi bem assim, os jovens heróis não se abalaram pelo que o digimon fez, pelo contrário, agora que estavam mais determinados do que antes. Até Rose, a mais mimada do grupo, decidiu que lutaria contra o digimau.

O primeiro ataque aconteceu assim que Dinohumon avançou contra o outro e tentou golpeá-lo com sua arma cortante. O fio cortou uma estátua de gelo réplica do corpo de Icedevimon que foi rápido o suficiente para enganar os olhos de todos. Ele tinha o raro poder de multiplicar e fazer uma estátua, gelo, de si mesmo. Foi tão repentino que Dinohumon demorou poucos segundos para sacar que o demônio estava no teto, mais exatamente no lustre.

Foi a vez dos outros ajudarem o amigo. Togemon e Woodmon usaram suas armas ─ espinhos e lâminas de folhas ─ para golpeá-lo à distância. Assim como o seu irmão Devimon, Icedevimon começou a girar como um tornado e repeliu os ataques para longe de si. Os objetos na sala e mobílias foram movidos do lugar pelos ventos. E mais, a ventania era com diminuição do calor, ou seja, eram ventos congelantes. Tanto que todos os garotos ficaram se tremendo e concordaram a continuar com a luta do lado de fora. Portanto, todos tiveram que sair, haja vista que dentro estava a fazer uma frieza quase extrema, enquanto do lado de fora ainda havia sol.

Paulo ficou a observar a ausência sem explicação de Monodramon. Impmon com suas piadas disse que provavelmente ele estava “armando outra”. Enganar Wesley seria bem complicado para o pequeno dragão. Enfim, momentos depois o dito cujo apareceu diante do líder dos domadores dizendo que já estava do lado de fora. Claro que ninguém desconfiou.

A entrada do hotel foi destruído pelo impacto que Icedevimon fez de dentro para fora. Choveu pedaços de concreto da construção. Os jovens tiveram que correr ainda mais para poderem se salvar.

Paulo, com a ajuda de Impmon, decidiu driblar o monstro e voltar para o hotel a fim de salvar Mia que estava desacordada e exposta ao frio. Assim que entraram, viram Betamon acordado tentando reanimar a parceira.

─ Ajudem-me, por favor. Eu não consigo acordá-la ─ falou o anfíbio triste com o destino da parceira.

─ Vamos ajudá-lo ─ falou Paulo correndo até a garota.

─ Aqui está muito frio. Vamos levá-la para um local mais aconchegante. Hei você, venha cá ─ disse Impmon a um Bakemon. ─ Se não vier eu juro que te destruo.

─ Ahh! Tudo bem, senhor.

Eles carregaram a garota escada acima com o Bakemon indicando o caminho de um quarto para ela. Assim que viram um dos quartos da parte de cima, deitaram a garota sobre uma cama bastante confortável. Paulo ficou olhando para ela. Impmon ficou com os dois olhos verdes arregalados para o filho. O garoto não entendeu aquilo.

─ O que foi?

─ Já pensou vocês dois numa cama de casal juntinhos, envolvidos por um edredom, numa noite fria, somente o calor de vocês dois, o roçar, o suor, o ofegar... isso é excitante. Caramba como você é molenga com a namorada.

─ Mas claro que não vou fazer uma coisa dessas sem ainda estar preparado. E como você queria que eu me relacionasse com ela eu estando no Japão e ela lá no Havaí?! Só se eu mandasse uma réplica minha de boneco inflável!!

A cara de Betamon e do Bakemon que ajudou era de uma interrogação.

─ Agora penso eu na surra que vai levar dessa aí. Prepara logo o rosto que daqui a pouco vai ficar a marca. Sou acostumado a levar bofetada de mulher e sei do que falo. Fica ardendo por três dias hahahahaha!

Paulo ficou com o rosto rubro de tamanha vergonha. Numa situação delicada assim e seu pai falando sobre sexo, e ainda na frente de mais dois digimons.

─ Eu queria ter tanto ido lá na Tominaga tirar minha secura. Não sei como aguentei tanto tempo e ainda no corpo deste digimon que nem pinto tem. Ainda bem que posso me transformar em Beelzebumon, porque senão eu estava ferrado. Hei você, Bakemon?

─ Sou o Liz Taylor, senhor.

─ Cadê o banheiro? Quero mijar.

─ Aqui à esquerda, senhor.

Betamon se virou para Impmon como se não estivesse entendendo nada daquela conversa. O anfíbio olhou para o outro e soltou:

─ Impmon eu queria saber contigo, o que é sexo?

A cara de Impmon foi de espanto. Como iria explicar para alguém que sequer entendia disso? Como era sempre calculista, Impmon sorriu para o lado de Paulo e soltou:

─ Pede ao Paulo para te falar porque ele é especialista nesse assunto. E digo mais, ele vai dar todos os detalhes e como se faz isso ─ chifrezinho do capeta para Impmon.

─ HÃ?!!! EU POR QUÊ?!!

─ Desculpa, parceiro. Tenho que ir ao banheiro. Fui... ah, tem papel higiênico neste lugar?

─ Sim e também uma ducha ─ respondeu o Bakemon.

─ Beleza ─ fechou a porta.

Do lado de fora as coisas não estavam tão amistosas como lá dentro. Era uma luta decisiva entre um verdadeiro antagonista contra os heróis do mundo digital. Monodramon aproveitou para se afastar dali e subir no galho de uma árvore para assistir “de camarote” a luta.

Icedevimon decidiu dessa vez atacar primeiro. Com a sua Garra de Gelo ele começou o seu contra-ataque. Passando por Togemon, Woodmon, Dinohumon e Guardromon, ele conseguiu congelar parte de todos os quatro. Até o parceiro de Nashi teve a sua arma trincada por causa do frio. O demônio sobrevoou. Era evidente que Ice sobrepujava Devimon em nível de poder.

DIGIMON: ICEDEVIMON

Atributo: Vírus;

Nível: Adulto;

NPD: 133.000

Esse demônio do gelo é capaz de congelar tudo e a todos. Não se pode confiar nessa espécie por causa do seu senso de injustiça. Com sua garra de gelo, ele pode congelar a lava de um vulcão. É o terceiro servo mais poderoso do governo digital que atua fora das ilhas governantes ─ Zonas.

─ Ele é bem mais forte que o outro que enfrentamos na Vila Wonderland ─ advertiu Jin.

─ Se é assim, eu sou o único que posso me sobressair nesta luta. Dinohumon, prepare-se para digievoluir para a sua forma perfeita.

─ Sim, Nashi. Estou pronto.

Nashi preparou o seu Legacy da Guerra e o cartão da Relíquia do Elmo. Fez toda aquela apresentação para evoluir o seu parceiro mais uma vez.

─ Dinohumon super digievolve para... Knightmon!

Nahi pediu para Knightmon ficar de guarda a fim de se defender dos ataques do inimigo e depois contra-atacar. Icedevimon, confiante em seu poder, avançou para cima do cavaleiro. O parceiro de Nashi colocou seu escudo na frente, mas o vilão foi mais esperto e deu um salto para bem alto. Com seu olhar congelante, ele acertou o cavaleiro fazendo-o congelar.

─ Ah não, Knightmon foi pego ─ lamentou Rose.

─ Virou gelo, que pena. Agora é a vez de vocês, digiescolhidos.

─ Olhe mais uma vez, Icedevimon ─ disse Nashi bem confiante.

Knightmon começou a se mexer até tirar todo o gelo sobre si. O vilão gélido ficou com os olhos esbugalhados, pois estava incrédulo do que havia acontecido.

─ Agora é a minha vez ─ disse Knightmon.

O cavaleiro deu um pulo bastante rápido. Icedevimon estava pronto para atacar quando o outro desapareceu da sua frente restando apenas a capa. Knightmon apareceu atrás dele e deu uma joelhada por trás fazendo o demônio cair. O parceiro de Nashi não parou por aí, ele agarrou Ice e se lançou até o chão. Em seguida, Knightmon soltou-o e parou em pé, Icedevimon se chocou contra o chão causando poeira com o impacto.

─ Ele venceu? ─ perguntou Jin.

Icedevimon saiu do buraco com bastante dano e cansado. De fato o parceiro de Nashi era bem superior a ele. Os digiescolhidos pensavam que ele ia atacar mais uma vez quando Ice ficou parado. Depois olhou para os garotos e sorriu.

─ Aproveitem os últimos momentos, digiescolhidos ─ em seguida ele foi embora.

─ Mais outro covarde que foge depois da derrota ─ disse Ruan.

Eles voltaram para o hotel. Monodramon não quis ficar só, por isso seguiu os garotos.

No quarto onde Mia foi colocada, Paulo ficou pensando no que poderia falar para a sua namorada quando acordasse. Ficou formulando mil e uma maneiras de amenizar a situação que ele fizera quando estava rebelde e que praticamente a esculhambara. Simplesmente uma baixaria o que ele havia feito. Agora já não havia mais remédio que resolvesse. Quando ela despertar, vai ser guerra.

─ Vai ser guerra. Quando ela acordar, pode ir se preparando ─ disse Impmon jogando na cara.

─ Você devia me proteger, sabia?

─ EU? Por que eu?

─ Você é o meu parceiro. Estou à procura do meu verdadeiro, mas enquanto não o achar, você vai ser meu escudo sempre.

Betamon ficou confuso mais uma vez com aquela conversa.

─ Do que estão discutindo?

─ Você não vai entender, é digimon. Digimons nunca entenderão o que eu sinto. Aliás, e digo mais, eu vou morrer e não vejo até agora um humano se relacionar amorosamente com um digimon. Tirando eu com a Tominaga, isso não existe por aqui ─ falou categórico.

...

Residência de Gaia

Diana estendia roupas quando percebeu a presença de alguém que ela queria ver muito. Este veio voando na direção dela. O pequeno era rosa, tinha uma pequena lança e um par de asas. Esse era o Piccolomon ou como os mais íntimos o chamavam de Pixie.

─ Olá Diana, como vai? Posso saber por que você me chamou? Pi!

─ Oi pra você também, Pixie. Eu queria falar algo muito importante com você, por favor. Vamos entrar na minha casa.

Os dois entraram. Piccolomon sentou-se numa cadeira enquanto Diana trazia chá com biscoitos para dar ao seu visitante. Ela ficou à vontade com ele.

─ Então, eu te chamei aqui para falar de um assunto muito importante. Os digiescolhidos já estão aqui.

─ Estão? Como sabe? Pi!

─ Eu assisto aos noticiários, tendenciosos. Parece que o Chanceler vai reforçar a segurança das ilhas e também ao redor do continente. Eu temo pela vida delas. Aqui é o único lugar que os governadores não sabem que existe e quero falar com eles. Quero dar o meu apoio e em especial existe uma pessoa entre os digiescolhidos que eu estou louca para rever.

─ Rever?

─ Claro que sim. É uma pessoa que eu não vejo há anos. Posso confiar em você? Pode trazê-los para cá?

─ Vou tentar, mas não é fácil. Só preciso de um tempo para localizar onde eles estão. Pi!

─ Que bom. Mas não demore muito ou será tarde demais.

Diana se despediu de Piccolomon quando o carro de Gaia apareceu. O homem saiu do automóvel juntamente com o seu filho, Gary. Os dois haviam acabado de chegar da escola. Gaia deu um beijo na esposa e o menino logo abraçou a mãe.

─ Chegaram cedo?

─ Mamãe, a aula acabou mais cedo.

─ Nossa, e você adorou. Hein?

─ Acabou mais cedo porque acharam melhor para a segurança dos alunos. Estávamos discutindo isso na sala dos professores a respeito dos digiescolhidos. O medo não está nem a eles, mas sim no que os governadores possam fazer com quem protege os garotos ─ falou Gaia.

─ Filho, vai dar uma voltinha. Quero falar com seu pai sozinha.

─ Tá.

Diana esperou Gary sair para falar sobre a visita de Piccolomon. Os dois foram para o quarto. Ele colocou a bolsa dentro do guarda-roupa, mas permaneceu com seu uniforme preto.

─ Quer dizer que você veio chamar aquele Piccolomon para dar um recado aos domadores?

─ Não foi bem para dar um recado. Foi mesmo para trazê-los para cá.

─ Não posso acreditar nisso. O que você fez? Eu estou te dizendo que os governadores aumentaram as ameaças para quem abrigar os jovens em suas casas. Aí você vai e faz o oposto que o povo está fazendo. Logo aqui, na nossa casa.

─ Eu não estou nem aí para que esses inúteis pensam. Como poderemos acabar com esse sistema se todos se acovardam?

─ Mas...

─ Existe uma pessoa da minha família que eu tanto amo naquele grupo. Uma pessoa que eu não vejo há anos. Uma pessoa que eu fiquei separada desde criança. Você não pode ser tão mau a ponto de me negar isso.

Gaia ficou sem palavras com a resposta da esposa. Ele, em seu ponto de vista, queria proteger a família. Contudo, a mulher tinha razão e direitos. Outrora, eles falaram sobre a família dela, por isso o homem entendeu na hora o que ela quis dizer. Gaia abraçou a esposa e confortou-a, dizendo que permitirá a ida dos digiescolhidos para a sua casa. Diana ficou feliz com o esposo.

─ Sabia que você me entenderia. Seu espírito de justiça vem em primeiro lugar. Claro, meu digimon guerreiro de fogo que decidiu deixar de ser independente para cuidar de mim ─ disse ela olhando para os olhos azuis de Gaia. Os dois continuaram abraçados até a chegada de Gary.

─ Eu vou colocar os pratos na mesa e lavar a louça. Bora fazer isso, filhão? Ajudar a mamãe nas tarefas de casa?

─ Sim.

Os dois saíram deixando Diana sozinha com seus pensamentos. Estava bastante ansiosa para reencontrar “essa pessoa”.

...

O restante do grupo de digiescolhidos se encontraram com Paulo no quarto onde Mia estava desacordada. Eles tentaram reanimá-la de todas as formas, porém era impossível. A garota parecia mais enfeitiçada. Foi quando Nashi pediu para todos se afastarem pois ele iria acordá-la. Digitou uma função do seu Legacy e apontou-o para a moça. Uma luz bastante forte apareceu e entrou no corpo dela. Momentos depois a moça começou a despertar.

Paulo se escondeu atrás dos colegas, com medo de uma represália da namorada. Impmon só via o jeito que seu filho se comportava diante daquilo e começava a rir. Mia finalmente abriu os olhos. Rose foi a primeira a dar as boas-vindas à colega.

─ Finalmente você acordou, amiga.

─ Hum, onde eu estou?

─ Você não se lembra do Hotel Cortez? ─ perguntou Betamon.

─ Eu só me lembro que chegamos aqui e que eu fui vítima de uma bruxa. Não me lembro de mais nada depois disso.

Ela finalmente conseguiu ver os outros digiescolhidos que estavam à sua frente. A alegria de ver o grupo mais uma vez reunido foi tanta que ela, a princípio, não havia notado a presença de Paulo. Depois de abraçar os amigos, ela conseguiu ver o namorado atrás de Ruan. Uma veia saltou em sua testa, mas ela achou melhor resolver de outro jeito.

─ Jura que você não está brava comigo?

─ Claro que não. Vem cá me dar um abraço. Afinal, somos namorados.

Os olhos de Paulo brilharam. Já Impmon riu baixinho pois isso era uma tática das mulheres. Primeiro se fazem de boazinhas e depois atacam. Paulo foi na maior alegria dar um abraço em Mia quando a mão direita dela veio aberta em direção ao seu lado esquerdo do rosto dando um belo tapão na cara dele. Os demais ficaram assustados e o rapaz ficou vendo estrelas.

─ Isso é pra você aprender a não me tratar como se fosse qualquer uma. Eu quis te ajudar naquele dia e você me comparou com uma galinha. Eu não te perdoo nunca mais, está me entendendo? Acabamos o nosso relacionamento. De hoje em diante vamos ser apenas colegas!

─ Droga, tá ardendo. Por que me bateu tão forte assim?

─ Você merecia!

─ Mas eu mudei. Sério. Eu estava sendo enganado e depois soube da verdade. Tive que quase ser preso para ver que estava me metendo com más amizades. Por favor, acredita em mim.

─ NÃO!!! Quero mais é que você morra. Vamos embora, Betamon... E QUE ROUPINHA ESCROTA É ESSA!!! Você aí, vai me dizer onde estão minhas roupas ou quer que eu te mate de uma surra?

─ Não, não, senhorita. Eu digo onde elas estão ─ disse o Bakemon morrendo de medo.

─ Você está bem, Paulo? ─ perguntou Impmon.

─ Não me enche. Droga, essa doeu ─ disse ele com a marca da mão dela no seu rosto. ─ Acho que eu preferia ela enfeitiçada.

Mia conseguiu vestir sua calça jeans e blusa preta. Logo estava pronta para dar continuidade à missão de encontrar as relíquias. Como estava bastante irritada, ela intimidou Ponchomon para que ele dissesse onde ela estava. O digimon mentiu assim como fora instruído por Monodramon. Como a caixa de cromo-digizóide impedia a localização da escama, ela nem os outros conseguiram achar. Caíram na armadilha direitinho. Então decidiram ir embora dali.

─ Por que você fez aquilo com o Paulo? Ele não merecia.

─ Ele sequer me ligou nesses últimos meses. O que fiz com ele foi pouco. Mas vou dar uma chance a ele. Antes disso serei bastante dura com ele, pode apostar.

Paulo ainda sentia o ardor do tapa, por isso continuou com a mão no rosto.

─ Eu acho que merecia. Fui um covarde ao terminar com ela daquele jeito.

─ Não se preocupe, ela não terminou contigo ─ Paulo olhou bem para Impmon. ─ O que foi? Eu conheço as mulheres. Ela te deu um tapa por pura vingancinha, mas com o tempo ela cederá... Espera. Espera um pouco.

─ O que foi?

─ Estou sentindo uma presença maligna se aproximando. Ei, vocês ─ disse Impmon aos outros digimons do grupo. ─ Conseguem sentir a presença de um inimigo?

─ Claro, está vindo da mesma estrada que viemos ─ disse Kotemon correndo para a saída do hotel.

─ Espera, Kotemon ─ disse Nashi.

Todos foram para fora do hotel. A tensão ficou maior pois os digimons, incluindo Monodramon, sentiam a presença de um inimigo ainda mais mau que Devimon e Icedevimon. Escutaram o som de um veículo se aproximar. O carro Rolls Royce preto chegou perto do hotel e estacionou alguns metros da entrada. O suspense tomou conta pois ninguém saiu do carro ─ tal veículo tinha vidros pretos, impossível de alguém de fora ver quem estava dentro. Depois de pelo menos uns cinco minutos de espera, a porta do carro abriu e revelou Wisemon pela primeira vez aos jovens, exceto Nashi que já o conhecia.

─ Droga, é o Wisemon ─ disse Nashi tremendo na base. ─ Não posso acreditar que ele nos achou.

─ Nashi, você conhece aquele digimon?

─ Sim, Ruan.

─ Ele tem alguma importância? É muito forte? ─ perguntou Jin.

─ Ele é um dos lacaios diretamente ligado ao Chanceler. O feiticeiro Wisemon. Representante dos governadores fora das Zonas, ou seja, da ilhas. Deve ser ele o chefe daqueles Devimon e Icedevimon.

Os digiescolhidos por um tempo ficaram apreensivos, mas logo tomaram coragem de enfrentar o inimigo. Wisemon andou por alguns metros, distanciando-se do carro. Ficou parado na frente do hotel. Nashi não sabia o que fazer até Paulo aconselhar o japa.

─ Confio em ti. Confio que se juntarmos as nossas forças podemos vencer. Sei que você não conseguia por estar sozinho.

─ Odeio admitir, mas ele tem razão. Vamos todos evoluir nossos digimons ─ falou Mia.

Nashi teve que concordar e pediu para o seu parceiro digievoluir.

─ Nashi, estou começando a ficar com fome. Os outros também.

Os demais parceiros digimons também começaram a enfraquecer depois de tantas transformações em tão pouco tempo. Os humanos pediram só mais uma vez.

─ Pobres diabos ─ esnobou Wisemon.

─ Kotemon digievolve para... Dinohumon!

─ Hagurumon digievolve para... Guardromon!

─ Palmon digievolve para... Togemon!

─ Mushroomon digievolve para... Woodmon!

─ Betamon digievolve para... Seadramon!

─ Como conseguiu nos achar, Wisemon? ─ perguntou Nashi.

─ Isso eu não posso dizer. A única coisa que posso falar é que aqui será o local das suas covas, digiescolhidos. O mestre Chanceler confiou a mim o extermínio de todos, sem exceção.

─ Para de falar besteira. Todos que já enfrentamos falaram a mesma coisa ─ protestou Ruan.

Wisemon, com seus olhos alaranjados naquela escuridão de rosto começou a rir.

─ Pois bem. Vamos saber se vocês são fortes mesmo ou é pura demagogia ─ Wisemon juntou as mãos, como numa oração, e começou a proferir palavras estranhas. Provavelmente era algum tipo de mantra hindu. Em seguida, levitou. Um livro aberto apareceu sob seus pés. Depois o cenário do digimundo começou a mudar de forma, como se estivesse no universo. Logo abriu as mãos como numa oração e dois átomos do tamanho de uma bola de tênis apareceram em cada uma delas. ─ NIRVANA ETERNA!

Wisemon soltou as duas bolas na direção dos digiescolhidos.

─ Desviem! ─ exclamou Paulo.

Os átomos atingiram a parte da fachada do hotel. Uma explosão ocorreu destruindo boa parte do casarão.

─ Ele tem muito poder de fogo ─ disse Ruan.

─ Será que vamos vencer, pessoal? ─ perguntou Rose.

─ Quero ver o nível desse digimon ─ falou Jin.

DIGIMON: WISEMON

Atributo: Vírus;

Nível: Perfeito;

NPD: 400.000;

Wisemon é um digimon que usa magia para deter seus inimigos. É um tipo de digimon cheio de truques e segredos. É um dos lacaios encarregados de deixar o digimundo, fora das zonas governantes, em plena ordem.

─ Ele é muito forte. Possui quatrocentos mil de poder ─ avisou Jin.

─ Se for assim preciso avançar mais um nível. Dinohumon!

─ Dinohumon super digievolve para... Knightmon!

Os digiescolhidos resolveram atacar todos juntos. Nesse momento, o cenário do digimundo voltou a ser como antes.

─ FLECHAS DE GELO! ─ Seadramon.

─ GRANADA DE DESTRUIÇÃO! ─ Guardromon.

─ RAJADA DE ESPINHOS! ─ Togemon.

─ ATAQUE DE MADEIRA! ─ Woodmon.

─ FOGO FRIO! ─ Impmon.

Os cinco ataques foram na direção do vilão. Este estendeu os dois braços e conseguiu pará-los no ar. A cara de incrédulos dos humanos. Os golpes orbitaram o mago como se fossem satélites orbitando um planeta.

─ Melhor não brincarem com fogo senão podem se queimar.

O golpe de Wesley foi atirado contra Paulo. Ele se jogou contra o filho para este não ser pego.

─ Que tal uma alfinetada minha.

Os espinhos foram em direção a Rose. Togemon se jogou na frente.

─ A vingança é um prato que se come frio.

Atirou o raio de gelo contra Mia. Seadramon salvou a sua parceira ficando na frente e tomando o próprio golpe.

─ Lá vai bomba.

Atirou o míssil contra o Ruan. Guardromon levou o golpe.

─ Madeira!

Replicou o ataque de Woodmon. O resto sabemos o que aconteceu.

─ Ah não. Os nossos digimons não conseguem mais lutar ─ disse Rose. Todos os que estavam evoluídos, exceto Knightmon, involuíram.

Knightmon pegou a sua espada e correu atrás de Wisemon. Com os seus golpes, ele tentava acertar o vilão. Wisemon desviava rapidamente dos ataques. Num certo momento, o cavaleiro acertou um soco no estômago do digimau e um soco no rosto dele. O inimigo ficou deitado no chão

─ Ele conseguiu? ─ indagou Paulo.

Wisemon entrou literalmente dentro do chão para a surpresa de todos. Ele tinha a proeza de atravessar paredes. Logo Knightmon ficou preso pelos dois pés no solo. Era como se o chão virasse areia movediça. Wisemon subiu, ficou de frente para o outro. Estendeu a mão e atirou um poder de coloração roxa contra o cavaleiro que foi parar bem perto de Nashi. Ele regrediu para Kotemon.

─ Kotemon, você está bem?

─ Sim, mas estou cansado. Ele é muito forte.

─ Nunca pensei que eu poderia vencer os digiescolhidos de uma forma tão simples. E pensar que chegaram a derrotar meus dois servos mais fortes. Enfim, quem será o primeiro a morrer? Damas?

Monodramon tentou se afastar do grupo, pois pensou que se ficasse perto provavelmente também seria morto. Antes ficou olhando para Paulo como se estivesse com pena dele.

Wisemon ficou certo de que iria finalizar o trabalho quando uma bomba foi lançada no meio entre o vilão e os mocinhos. A explosão causou poeira. Todos ali viram a silhueta de um homem com uma roupa bem futurística e um capacete cobrindo-lhe a cabeça. Logo de cara Nashi reconheceu o sujeito. Era Slash com sua roupa de viajante do tempo.

Slash, sem tirar o capacete, fez emitir uma luz do visor que clareou todo o lugar deixando o mago sem poder ver por alguns segundos. Foi o tempo suficiente para ele salvar os digiescolhidos.

─ Impossível! O que aconteceu aqui? Droga, deve ter sido aquele sujeito chamado Slash que retirou-os daqui. Devimon e Icedevimon!

Os dois apareceram no mesmo instante.

─ Por culpa daquele maldito Slash eu perdi a oportunidade de ouro de acabar de vez com os digiescolhidos. Vão atrás deles, ainda não estão longe. Chamem alguns membros do exército do governador Locky para acompanhá-los.

Os dois concordaram e saíram voando.

Ponchomon entregou a caixa com a escama de dragão para o mago. Este retornou para o veículo e pediu ao motorista para voltar ao farol.

Dracmon e Betsumon retornaram para River quando se depararam com o carro de Wisemon. O veículo parou bem ao lado deles.

─ O que pensam que estão fazendo? Diversão? Sol, praia e verão? As malditas crianças fugiram para a floresta e vocês aqui no bem e bom? Quanto está um drinque de caipirinha?

─ Nã-Não chefinho. Bestumon quer dizer Bestumon e eu já estávamos... Betsumon e eu estávamos no encalço delas hehehe.

─ Qualquer falha de um dos dois acarretará a morte de ambos. Vamos embora...

─ Podia nos dar uma caronita? ─ perguntou Betsumon. Dracmon pisou no pé dele.

Wisemon foi embora por um portal.

...

Slash conseguiu salvar as crianças da seguinte forma: no instante que cegou Wisemon e os demais por poucos segundos, ele teletransportou todos ali para dentro de uma nave espacial a poucos metros do hotel. O homem retirou o capacete. Paulo reconheceu o homem na mesma hora e foi cumprimentá-lo.

─ Obrigado por nos salvar, Slash ─ disse Paulo.

─ Não há de quê. Tem um chalé, uma casa pra melhor dizer, perto de um rio mais um pouco daqui. Quando chegarmos lá eu explico o motivo da minha aparição.

Paulo explicou boa coisa a respeito de Slash para os outros e a relação que ele teve com a sua família em especial com Wesley.

A nave pousou bem longe do hotel. Agora estava numa parte mais fechada de área verde. Poucos metros havia um riacho seco e mais longe um rio. A casa era uma bem abandonada, feita de madeira. Eles entraram nela.

─ Aqui era um local onde vocês se reuniam. A casa de Linx. Lembra do dia em que antes de você conhecer a verdadeira identidade do seu pai, o viu pela primeira vez como Beelzebumon forma humana? Lembra que foi Linx quem fez essa transformação para ele?

─ Nossa, faz mais de sete ou oito meses! Como você sabe disso?

─ Ah Paulo, a Linx me contou ─ mentira. ─ Fiquem à vontade. Ainda há alguma coisa na geladeira. Eu venho pra cá quando estou sem fazer nada. Não gosto de ficar lá na base do Gennai pois é muito sufocante. Antes de vocês se instalarem, eu tenho uma surpresa muito boa. Uma pessoa vai se juntar ao grupo. Pode vir.

A pessoa apareceu diante dos digiescolhidos. Saiu de um outro cômodo e foi para a sala onde eles estavam. Paulo logo sabia de quem se tratava. O loiríssimo, o anjíssimo, o digimoníssimo que queria ser humaníssimo ─ acho que seja o único ─, o fodíssimo, o bonitíssimo, o fofíssimo... LUCAS!

Paulo e Impmon foram cumprimentar o garoto.

─ Lucas, que bom que está aqui, brother ─ disse Paulo.

─ Paulo, eu vim salvar a Lúcia. Não saio deste mundo sem antes levá-la a salvo comigo. Você sabe onde ela está?

─ Eu sei onde ela está ─ disse Slash. ─ E tenho muita coisa a dizer.

Slash tem a dizer algo. Agora com a volta de Lucas, o grupo ganhou mais reforço, mas uma intensa campanha de caça estava sendo realizada contra eles.

Continua...


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Notas finais do capítulo

FATALITY - Quem nunca lembrou dessa voz do MK. E principalmente quando Icedevimon forma estátuas de si de gelo assim como Sub-Zero, meu personagem favorito.

Olha aí pra quem gosta desse gostoso, maravilhoso, bonitoso, apetitoso (eu ia falar S.O, mas terei que mudar) Lucas. Ele apareceu. Né Kawaii, fangirls? Hoje eu tô viado mesmo, nesses últimos tempos eu chorei porque o o Mirai Triunks matou o Freeza no meio aí eu fiquei com pena. Estou com pena até do Charles manson ;-; tadinho não merecia cadeia. Só matou uns aqui, uns ali, cara isso não foi nada. Se duvidar que estou feminístico essa semana é capaz de eu sangrar pela uretra ;-;


Bom, já falei merda. Ahhhhhhh eu juro que li os comentários da saga passada. Rapaz, vocês são melhores que o Ary Toledo em fazer piada. Nos primeiros 8 capítulos 42-50, o Paulo foi alvejado. Tinha um louco que ensinou como bater com pedaço de pau. Ri, dormi rindo e amanheci rindo sem saber o motivo. Foi foda. Tomara que continuem afiados hein? Bora ao próximo epi?


Próximo capítulo: Finalmente Slash conseguiu salvar os digiescolhidos por um triz. Depois de tanto pesquisar, o homem do futuro vai revelar a aparência das relíquias aos jovens e servirá para facilitar a busca. Monodramon vai sentir ciúme de Paulo com Impmon e vai acionar o rastreador. Os soldados de Wisemon no encalço deles. Agora a missão é salvar Lúcia que está no Farol de Wisemon mantida enfeitiçada com o poder das trevas. Será que eles conseguirão chegar a tempo?



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