D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 117
Atlântida - A ilha do povo das águas


Notas iniciais do capítulo

Sabe o que é quebrar a quarta parede? Se não sabe, pesquise no google. Minha fanfic acabou de fazer isso neste capítulo hahaha.



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A jornada dos quatro digiescolhidos rumo à ilha Atlântida apenas começou. Depois de uma dolorosa separação com o Ruan, eles embarcaram na arca de prata. Graças aos esforços de LinK e da população de La Plata, os jovens puderam ter uma viagem tranquila... até a mensagem misteriosa de Mia surgir. Ela enviara uma mensagem pedindo socorro, porém nada de outras informações. Paulo ficara bastante preocupado com a situação de sua namorada.

— A Mia poderia dar um desconto pra mim, mas ela cismou de não me perdoar. Aí fica difícil tentar salvá-la — disse o rapaz sentado no convés.

— É porque tu não tem firmeza na coisa. Pega ela assim à força, beija e veremos o que acontece — falou Impmon deitado numa cadeira de praia, usando óculos de sol e pegando um bronzeado.

Palmon tentou aproveitar a viagem, no entanto a digimon passou mal e ficou provocando. Rose estava aproveitando cada momento, sentada numa cadeira e tomando água de coco. Eles já haviam trocado de roupa com a ajuda do legacy da garota. O tema agora era moda praia. Rose vestia uma regata rosa com short branco e sandálias; Lúcia preferiu uma calça azul que terminava um palmo acima do tornozelo, uma blusa branca e tênis; Aiko preferiu uma calça cáqui marrom, tênis e uma camisa floral de botões; Paulo usava um camiseta preta sem mangas, bermuda de surfista e chinelos, além de uma corrente no pescoço. Todos mudaram o visual para não chamar atenção.

— Tenho uma péssima notícia para vocês — disse LinK chegando no convés. — Vi o noticiário global transmitido por uma TV fora das ilhas. Seus rostos estão estampados em tudo e com recompensas. Sei que é difícil, mas a nossa situação está cada vez mais difícil.

— O Chanceler está fazendo de tudo para nos pegar — disse Lucas, que preferiu não trocar de roupa.

— Isso mesmo, Luquinhas... O que vamos fazer? — perguntou Lúcia.

LinK sorriu para os jovens. Ele sugeriu que todos mudassem de visual. Com muita dor no peito, Rose teve que concordar.

— Vamos começar — ele fez surgir uma maleta de utilidades. — Além de técnico da base de Gennai, eu era o seu cabelereiro oficial. Aquele rabinho de cavalo fui eu que fiz.

Rose foi a primeira a sentar na cadeira. O homem passou um shampoo que mudou a forma da cabeleira. Quando lavou, os fios da menina ficaram rosados como um cosplay. Ela adorou, mas o homem afirmou que havia um prazo para o disfarce sair. Depois Aiko deixou de ser moreno para ser ruivo, Lúcia ficou com o cabelo azul, Lucas ficou com cabelo preto. Paulo foi o único que pediu uma mudança real, pediu para cortar os fios pretos e pintar de loiro bem oxigenado. O jovem ficou mudado, com um pequeno topete.

— Agora sim você tá a cara de um moleque transante — disse Impmon. — Falta quanto tempo pra chegar na ilha?

— Acho que em menos de uma hora — respondeu LinK a Paulo.

Paulo teve que matar a sua curiosidade e perguntar a Panjyamon seu motivo de ter ido com eles. O digimon, que estava sentado num corredor, olhou para o garoto e disse:

— Tenho contas a acertar, mas não era em La Plata. Eu fui parar em Linux depois que fui capturado pelo Chanceler... Ele me mandou para um exílio para trabalhar no ferro-velho daquela ilha. Agora que estou livre, posso acertar as contas.

— Acertar com quem?

— Com o Chanceler. Temos uma história muito mais antiga do que esse conflito entre vocês e os governadores. Estou aqui para ajudá-los, mas me ajudem a chegar na última ilha.

— Pode deixar com a gente...

— Ah! — Rose gritou.

Paulo e Panjyamon foram correndo para o convés. Viram duas pessoas pouco prováveis ali: Arukenimon e Mummymon. Ambos entraram escondidos na arca.

— Mummymon, explique-se. Diga aos honoráveis heróis o porquê de estarmos aqui.

— Por que eu? Só me deixa na situação mais complicada... urgh! — a mulher deu uma cotovelada nele.

— Estamos aqui porque precisamos de uma carona até a quinta ilha. Mas não precisam se apressar. Esperaremos pacientemente até conseguirem sair da quarta ilha. Não é, Mummymon?

Mummymon estava num canto comendo alguma coisa que havia pegado. Os digimons liderados por Rose correram atrás dele.

— Volta aqui, morta-fome! — gritou a menina.

Paulo balançou a cabeça negativamente, pois teriam mais duas bocas naquele lugar. 

A arca atravessava o oceano a todo o vapor. A velocidade era tão rápida que até produzia ondas. O transporte não encostava na água, apenas voava baixo.

Depois de algum tempo, LinK recebeu uma mensagem de Gennai perguntando sobre os digiescolhidos. O técnico falou sobre Ruan. O homem praticamente gritou quando soube e pediu para conversar com todos.

— Não deviam tê-lo deixado ir! Se o problema foi a possibilidade de Hagurumon não se lembrar da vida anterior, saibam que preparei no legacy de vocês um programa de recuperação de memória, caso um de seus parceiros renasçam. Ou seja, no momento que o parceiro de Ruan renascer, ele lembrará de tudo quando voltar à fase rookie — disse Gennai em tom de repreensão.

— Gennai, não sabíamos nada disso. Ele tava muito determinado a abandonar o barco — falou Paulo meio decepcionado.

— Certo... Vocês podem continuar na missão. Cuidarei do Ruan. Boa sorte.

A transmissão desligou. Paulo realmente se sentiu mal ao saber daquilo. Se pudesse, voltaria atrás e obrigaria o amigo a ficar.

Horas depois...

Lucas observava o horizonte à sua frente quando viu a silhueta do que parecia uma cidade. Chamou todos para ver. Deduziram ser a próxima ilha. LinK viu um mapa virtual e confirmou... era de fato a ilha Atlântida! Palmon continuava passando mal quando viu uma chalupa à deriva com alguém deitado dentro. 

— Como vamos subir aquilo? — indagou Rose.

— Deixa comigo — Impmon megaevoluiu e voou até a embarcação. Subiu e o colocou no convés. Ele voltou para a forma anterior.

Os digiescolhidos se aproximaram da chalupa para ver quem era a pessoa ali dentro. A surpresa veio à tona.

— VOCÊ!!! — gritaram Paulo, Palmon,Impmon e Rose. — É A CONCEIÇÃO!!!

Exceto Lúcia, ninguém entendeu nada sobre a tal Conceição. O que a empregada de Rose fazia ali no Digimundo perto da quarta ilha? Enfim, a empregada acordou e surtou.

— AVE MARIA! QUE FOI QUE ACONTECEU?!! AVE MARIA MESMO. EU TÔ VENDO TANTA GENTE FEIA...

— É... a velha Conceição de sempre — falou Lúcia rindo.

A empregada desceu da embarcação ainda confusa com tudo que estava acontecendo. Ela ainda usava um avental. Reconheceu Rose e Paulo e logo os abraçou com um abraço bem apertado.

— Espera, Conceição. Como foi que você surgiu aqui e agora, criatura? Parece até que estou vivendo numa realidade paralela — disse Rose irritada.

— Ah sim... Deixa eu me acalmar... ai meu coração. Acho que vou enfartar... Enfim, eu tava lavando os pratos quando a pia da cozinha me puxou. Acordei aqui com vocês... Ave Maria... De novo nesse lugar...

— Agora sim a viagem vai ficar boa... boa pra se suicidar — disse Paulo.

Conceição ficou perturbando os dois adolescentes. Reconheceu Lúcia e se admirou com a moça estar mais velha. Ficou observando Panjyamon, Mummymon e Arukenimon.

Ignorando a vinda de Conceição, os digiescolhidos se concentraram na próxima ilha logo à frente. Um pouco de neblina atrapalhava a visibilidade completa do local, mas já dava para ver silhuetas que lembravam prédios. A arca parou bem no meio daquela neblina. LinK pediu para que todos se separassem para o plano.

— Seguinte: vamos nos dividir em dois grupos. Um ficará aqui para vigiar a arca, enquanto o outro vai para a ilha passar o pente fino e saber onde Mia está — avisou o técnico. — Vou escolher os membros de cada grupo.

LinK escolheu para o grupo que ficará na arca: Conceição, Lucas, Panjyamon, Aiko, Lúcia, Agumon, Mummymon e Arukenimon; para o que sairá em busca de Mia: Rose, Paulo, Palmon, Impmon e LinK. A formação estava completa.

— Ainda bem que pedi ao rei de La Plata para nos dar uma lancha — LinK abriu uma porta que ficava ao lado da arca. Uma lancha surgiu — Fiquem aqui e cuidem da arca, pois não temos outro meio de viajar entre as próximas ilhas.

Os cinco desceram para a lancha e foram na direção da ilha.

Aproximando-se mais ainda, ficaram surpresos com a verdadeira imagem do próximo destino.

Atlântida, a ilha do povo das águas. O local era um círculo, cheio de canais como Veneza, os prédios eram de corais, casas de conchas, muitas gôndolas, algas marinhas no lugar de árvores, água escorrendo constantemente entre as residências, toda uma população marítima... isso na parte periféria da cidade. Mais adiante havia um portão para a parte superior e mais rica. Um nome bem chamativo estampava essa parte da ilha: SEALAND. Nessa parte, havia prédios de cristais, peixes, medusas e outros animais marinhos voadores. As nuvens eram bolhas de sabão. As caras dos cinco foi de espanto. Nunca haviam visto um lugar tão bonito antes.

— Glup! Glup! Bem-vindos, bem-vindos, bem-vindos à Atlântida! Sejam todos bem-vindos! — cantava um homem gordo vestido social na recepção. Ele era um tritão, ou seja, um homem peixe.

— Quanto exagero. Essa ilha realmente está se destacando das outras — comentou Paulo.

— Vamos nos manter cautelosos. Não podemos ser descobertos — avisou LinK.

A lancha parou numa fila de barcos que havia na entrada. Um Gomamon pedalando uma bicicleta que, em vez de rodas, havia duas bolhas, aproximou-se dos visitantes disfarçados. Ele anotava algo num tablet que levava consigo. Esse Gomamon usava até óculos.

— Digam o nome de vocês.

— Eu me chamo... Linkedin, esse garoto é o Paul, aqui temos a Ro... Rosimbalda — Rose ficou puta com LinK —, este é o Wesleymon e esta a Palmirinha. Pronto, somos o quinteto de visitantes.

— Ah tá — ele anotou os nomes. — Podem passar.

A lancha foi devagar pelo portão da ilha. Era um muro que circulava. Após isso a primeira coisa que testemunharam foi vários barcos ao redor de toda a ilha. Gomamon acompanhou-os até o porto mais próximo e que estava sem barcos. Eles amarraram o veículo numa ponte e desembarcaram.

— Pronto. A partir de agora precisam chamar um guia turístico. Temos o serviço Fresh e o TUber. Qual deles vão querer?

Ficaram pensando nas duas possibilidades. Gomamon explicou que o Fresh era um serviço público de barco, maior e com capacidade para dez pessoas. O serviço TUber era mais avançado, com direito a um barco gôndola, puxado por um Shellmon e um guia. Escolheram essa segunda opção. O digimon acessou o aplicativo do serviço de transporte. Em pouco tempo o responsável chegou. Ele era magro, usava uma roupa listrada.

— Aqui são seus clientes. Cuide bem deles.

— Pode deixar comigo monsieur da cebeleira de fogo. Venham, venham para a gôndola do papai.

Os cinco seguiram-no durante uma calçada até ver que a rua era toda feita de água. Os digimons que puxavam as embarcações pareciam carros numa cidade movimentada. A gôndola estava pronta. O homem, com uma aparência de peixe azul, guiou o Shellmon vagarosamente pelas ruas da parte baixa.

O guia fez o trajeto cantando, num show com direito à famosa música do clássico Cantando na Chuva.

 

I'm singin´ in the rain

Just singin´ in the rain,

What a glorious feeling,

and I´m happy again.

I'm laughing at clouds

So dark, up above,

The sun´s in my heart

And I'm ready for love.

Os visitantes viram a população local. Todos, sem exceção, eram povos marinhos ou digimons marinhos. Alguns ainda na fase de treinamento não se encaixavam no perfil, mas, ao evoluir, serão aquáticos também. Apenas os visitantes eram digimons não-aquáticos e pessoas comuns.

Let the stormy clouds chase.

Everyone from the place,

Come on with the rain

Have a smile on my face.

I'll walk down the lane

With a happy refrain

Just singin'

And singin' in the rain.

 

Depois do showzinho, o guia parou o barco bem em frente a uma loja de conveniência. Os cinco pularam para visitação. Infelizmente nada no caminho deu alguma pista acerca de Mia ou Betamon.

Bem longe dali, um navio estava atracado dentro da neblina. A embarcação estava relativamente próxima a arca de prata, tanto que um membro da tripulação observava com o binóculo a movimentação da arca.

— Fififififi olha só quem estão aqui. Se não são os digiescolhidos — disse a pessoa com o binóculo. Era um homem polvo. — Vejo que conseguiram escapar de uma vez por todas das garras daquela dupla de governadores. Mas o nosso capitão precisa saber disso.

PALÁCIO AQUAMARINE

O palácio de Aquamarine era o quartel general da ilha, ficava bem no centro dela. O local era parecido com um palácio, porém feito de cristais de água. Suas paredes eram quase transparentes, mas não dava para ver o que havia por dentro.

No salão do Shogun, um digimon parecido com um homem atendera a ligação de seu subordinado. Ele estava todo de branco da cabeça aos pés, cheio de marcas douradas pelo corpo e uma vasta cabeleira lilás que parecia feita de gelatina. Seu nome era Splashmon, o líder dos piratas Splash. 

— E então, grande Shogun, vamos entrar em acordo? Apresentamos a sua pretendente e você nos dá o famoso Cristal do Atlântico, guardado por eras.

O Shogun responsável pela ilha era um Gekomon Shogun azul. Era o único lacaio do governador e atualmente responsável pela governabilidade da ilha, já que seu mestre estava hibernando nas profundezas do Oceano Net.

— Tudo vai depender da qualidade do produto! — sua voz melodiosa e grave era alta. — Quero vê-la imediatamente!

Splashmon concordou com o Shogun. Comunicou-se com outro integrante do grupo.

Num dos quartos do palácio, Mia se preparava para o famoso casamento com o Shogun. Tudo ali fazia parte do plano dos piratas com a ajuda da digiescolhida. Mia aceitou ajudá-los a reaver o Cristal do Atlântico. 

Ranamon, a irmã mais nova de Splashmon, chegou no quarto, pediu para a empregada sair. 

— Está linda. Uma verdadeira princesa — disse ela por trás da garota.

— Ranamon, será que isso vai dar certo?

— Vai, sua boba. Não vamos deixá-la sozinha. Quando pegarmos de volta o nosso cristal, Gekomon vai ser destruído definitivamente.

— Como tem tanta certeza disso?

— Os Jogos Oceânicos de Sealand começam hoje. Aproveitaremos que todos estarão ocupados, inclusive o Shogun, e roubaremos o artefato. O plano já está traçado.

Mia confiou em Ranamon. Esta se mostrou muito amiga da digiescolhida desde quando a achou perdida numa ilha deserta.

...

Ilha Sand

Nos capítulos anteriores, Jin acordara dentro de uma tenda. Descobrira que Mushroomon e Goburimon estavam com Freddy e Koemon. Depois de uma explicação sobre seu desaparecimento e sobre os code crowns, Freddy foi com a ajuda de Jin para uma jornada em busca da próxima relíquia. Os cinco foram até um templo abandonado, mas encontraram pessoas do Exército Negro de guarda. Passaram a noite num casebre.

— Chegou o momento de entrarmos naquele lugar. Não podemos esperar mais — disse Freddy com o binóculo o servando os inimigos.

— Tem um digiescolhido que tem a capacidade da invisibilidade. Pena que não está aqui — falou Jin.

Os guardas eram poucos: dez no máximo. Eram homens de preto, usavam armas de fogo.

Uma onda de areia se aproximou deles. Depois raízes saíram debaixo da terra e agarraram seus pés. Assim que agarraram, explodiram. Apemon usou seu bastão de osso para golpear mais alguns capangas, Goburimon também. Os três digimons conseguiram abrir caminho para a entrada do templo. Jin e Freddy conseguiram descer a duna e chegar lá.

— O templo de Karnak. Como foi que a sua relíquia veio parar aqui?

— Não faço a mínima ideia.

Eles entraram no templo.

Nas tendas em que os digiescolhidos estavam anteriormente, o Exército Negro invadiu. Soldados vasculharam tudo. Trojamon Froggy era o cabeça por trás da operação.

— Uorr... Vamos logo com isso. Com certeza o code crown está por aqui.

— Sargento, encontramos o cubo de pedra. Mas assim — o soldado entregou o cubo quebrado.

— Onde está então esse maldito code crown!

Um soldado trouxe um aparelho localizador. No mapa viram cinco pontos vermelhos dos digiescolhidos. Trojamon Froggy mudou os planos para ir atrás deles.

...

Paulo e os outros pararam numa loja de conveniência no meio da rua alagada. Era um estabelecimento em que vendia bonecos, brinquedos e suvenir. Havia uma TV bem grande pendurada no teto mostrando algumas propagandas, também mostrou sobre os digiescolhidos. Eles ficaram cautelosos, os disfarces estavam dando certo, nada poderia detê-los agora. Uma propaganda sobre os Jogos Oceânicos de Sealand apareceu e também o casamento do Shogun da cidade.

— Como vai ser lindo o casamento. Esperando ver a noiva — falou o guia.

— Quem vai se casar? — perguntou Rose.

— O nosso Shogun. Ele apenas é inferior ao governador. Vai se casar com uma bela moça humana. Vai ser supimpa — respondeu cantarolando.

Todos se olharam desconfiados. Para eles, era quase certeza que a noiva era Mia e que o seu pedido de socorro era sobre isso. Paulo soltou fumaça pelo nariz, caminhou para fora da loja sendo seguido por Impmon.

— Seu guia, vamos imediatamente para essa tal Sealand. Quero estar por perto quando o casamento acontecer!

O guia não entendeu muita coisa. Voltou com os chaveiros que havia comprado para eles. Todos entraram na gôndola.

— Qual o seu interesse em assistir ao casamento?

— Só por curiosidade. A propósito, quem é esse Shogun?

— Arre! Ele é o famoso Gekomon Shogun. 

Todos se espantaram. Um digimon enorme querer se casar com uma simples humana. Paulo fez o cálculo, tirou as medidas, palmos, jardas, deu um loop na cabeça dele, mediu o tamanho da bilada que Mia iria levar, e se desesperou. Mandou o guia prosseguir a todo o vapor para a próxima etapa da cidade. A gôndola começou a balançar. Um guarda, Divermon, apareceu diante deles. Perguntou o motivo da baderna. Deram uma desculpa, mas não escaparam de ser multados.

— Desculpa o constrangimento. Nosso amigo só ficou um pouco emocionado com a cidade — explicou LinK pagando a multa para o policial. Este mergulhou na água.

Paulo ficou calmo depois de levar uns cascudos.

— Só uma pergunta: o que acontece com a ilha quando ele voltar para o céu? Essa água? — perguntou LinK.

— O turismo fica parado. Quem ficar, ficou, e quem não entrou, espera a próxima vez. Os canais continuam, pois essa água fica dentro da ilha e o fundo é da ilha, entenderam.

— Queremos entrar em Sealand. Pode ser? — falou Palmon.

— Sim, pode. Agora a área mais rica, que fica perto de Aquamarine, está restrita por causa dos jogos. 

Shellmon recebeu a ordem de ir mais rápido. O digimon obedeceu e foi a jato. Os digiescolhidos tiveram uma viagem rápida e com muito vento na cara.

Um pouco longe dali, uma pessoa parou o Divermon. Quis saber a respeito dos novos visitantes. O policial relutou de primeira, mas assim que reconheceu a pessoa dentro do casaco, mudou de ideia.

— Os digiescolhidos acabaram de chegar. Querem enganar a quem? — falou a pessoa rindo.

...

Enquanto isso na Arca de Prata, os que ficaram resolveram descansar um pouco. Lúcia foi visitar a sala das máquinas juntamente com Lucas; Panjyamon, Aiko e Agumon preferiram dormir no convés da popa; Conceição, Mummymon e Arukenimon brincavam de bafo no convés da proa. Tudo estava o mais tranquilo possível, eles se mantinham escondidos na neblina.

— Fififi... estamos quase chegando.

O homem polvo estava dentro de uma chalupa com seus capangas. Umas cinco chalupas da tripulação Splash estavam chegando na arca.

Um barulho de canhão foi ouvido por quem estava no convés. Os três foram ver.

— O que é aquilo? Parecem muitos?

— Arukenimon, eles devem estar nos visitando.

— Que visita que nada! São piratas! PIRATAS!!! — gritou Conceição.

Mummymon e Arukenimon ficaram correndo pra lá e pra cá.

— Não pode ser... piratas! — Mummymon parou de correr e quebrou a quarta parede. — Eu não sei o que é pirata. Vocês, leitores, sabem?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Agora que saímos da ressaca da guerra de La Plata, entramos numa outra jornada. Eu sempre quis fazer um enredo sobre povos das águas antes, mas não dava certo. Hoje esse meu desejo se realizou. Enfim, Mummymon quebrando a 4° parede, Conceição de volta, Paulo revoltado indo resgatar a Mia e piratas. Esse mini-arco será o último deste arco. Depois daqui vamos entrar no terceiro arco da saga onde, de fato, Chanceler vai ser o vilão. Mas por enquanto vamos curtindo o enredo de Atlântida. :)



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