D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 118
Piratas da Tripulação Splash


Notas iniciais do capítulo

Agradecimento: ao leitor BILLS O DESTRUIDOR pelo favorito foda que ele deu. Esperando os próximos dos meus fantasminhas queridos, né. Se não gostam de comentar pelo menos favorite. Boa leitura.



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Os piratas da tripulação Splash descobriram que dentro da arca estavam os digiescolhidos. Liderados por Splashmon e Ranamon, eles foram autorizados a sair do navio e ir em direção ao outro transporte. Pegaram algumas chalupas e foram até lá. Como medida de aviso, deram um tiro de canhão para o outro lado, mas o suficiente para todos no convés da arca escutar.

Conceição, Arukenimon e Mummymon se desesperaram com a vinda dos piratas. Os gritos deles foram ouvidos até por quem estava na parte de dentro.

— Espera... Eu não sei o que é um pirata. Pode me explicar? — indagou Mummymon para a empregada.

— Venham aqui comigo. Piratas são pessoas hediondas, violentas e impiedosas que capturam suas vítimas, torturam, arrancam as tripas, decapitam cabeças e bebem seu sangue. Isso é um pirata — disse Conceição.

Arukenimon desmaiou de medo.Mummymon ficou tentando acordá-la.

Panjyamon, Aiko e Agumon foram até a beirada e viram as canoas já na parede da arca. Os tripulantes começaram a subir, provavelmente com algum aparelho que pregava na parede tipo desentupidor.

— Gente, o que houve? — perguntou Lúcia chegando.

— Vamos ter que lutar. Umas pessoas nada amigáveis estão chegando — explicou Aiko.

— Eles já estão perto — falou Panjyamon.

Mummymon, Arukenimon e Conceição se abraçaram e suplicaram por suas vidas.

A tensão era grande. Os piratas pulavam no convés assim que tiveram a chance. Agumon e Panjyamon utilizaram seus poderes para atacar os invasores. Estes caíam de volta, para a revolta do homem polvo.

O homem polvo subiu a bordo quando foi atacado por uma bola de fogo de Agumon. Ele desviou antes de ser acertado. Um dos que vieram com os piratas subiu no convés. Panjyamon puxou a sua espada para atacá-lo. O leão branco foi impedido por Lucas, que materializou uma lança de luz e  evitou que concluísse a ação.

— O que fez?

— Não precisa se preocupar. Ele é nosso amigo. Aliás, é uma surpresa vê-lo junto com os piratas, Betamon.

Betamon respirou fundo depois do susto que levou. Avisou a todos os seus amigos que os piratas naquele convés não eram hostis, portanto não havia motivos para rechaçá-los.

— Fififi quem diria que a gente encontraria os amigos do honorável Betamon? — o homem polvo tinha uma perna de pau e fumava cachimbo.

— Não se preocupem com ele. Apesar de ter essa cara nada boa, Gin é legal.

— Betamon, cadê a Mia? — indagou Lúcia.

O anfíbio sabia que a história que tinha para contar era longa e cansativa. Pediu para que todos pudessem ouvi-lo. Um flashback aconteceu.

 

Dias antes...

Numa ilha deserta no meio do Oceano Net, um portal abriu. Mia White e seu parceiro, Betamon, foram jogados por milhares de quilômetros desde a ilha Windows. Momentos antes, ela havia se separado do resto do grupo por causa do poder devastador de Beelzebinho. Agora a moça se encontrava só, desacordada na praia.

Um casal de Crabmons ficou observando a moça. Um deles tentou puxá-la pelos cabelos, mas se afastou quando ela abriu os olhos. Ambos se esconderam no mar. Mia ainda estava tonta. Olhou para os lados, a primeira coisa que percebera foi as ondas quebrando na areia.

— Onde estou?

Ficou em pé, limpou a calça e caminhou durante a praia. Viu algumas cabines telefônicas, tentou ligar, porém dava mudo. Lembrou-se de algo que trouxe um sentimento nostálgico. Foi na praia o primeiro contato dela com o Digimundo. Antes de conhecer seus amigos, ela havia visto Koromon e levara um baita susto. Foi também na praia da Ilha Arquivo que Betamon havia evoluído para Seadramon pela primeira vez.

— Betamon!

Ela saiu da cabine e adentrou a floresta. O lugar não era tão denso, pois as árvores eram finas e bem separadas umas das outras. Verificou seu legacy. A localização do seu parceiro era perto.

O parceiro de Mia passava por um perrengue. Uma tribo indígena selvagem prendera o coitado numa jaula. Estavam celebrando algo, preparando um caldeirão de sopa. Pequenos e grandes dançavam ao redor. Betamon tentava escapar, mas a jaula era bastante resistente.

Laçaram o coitado e penduraram-no numa corda. Mia chegou a tempo e fez com que ele evoluísse para Seadramon. Depois disso, os selvagens correram com medo da cobra gigante.

— Mia, quase fui cozinhado! — dizia Seadramon chorando.

— Nossa! Ainda bem que cheguei a tempo — disse ela alisando o parceiro.

Os dois viram várias pessoas apontando armas para eles. Gin apareceu diante deles.

Pouco tempo depois ambos foram levados para o navio da tripulação Splash. O capitão Splashmon apareceu diante deles. Ranamon ficou ao seu lado.

— Quem são vocês? — perguntou Mia.

— Sou o capitão Splashmon. Vimos um clarão vindo daquela ilha. Com isso no braço, eu suponho que seja um dos digiescolhidos.

Mia confirmou.

— Bom, não precida dessa desconfiança toda. Afinal, mesmo se você tivesse atrasado no resgate do seu parceiro, nós o salvaríamos.

— Você é pirata. Conheço muito bem os piratas. No lugar onde eu moro, há muitos.

Splashmon gargalhou. Depois avisou que tanto ele quanto os digiescolhidos tinham um inimigo em comum: um dos governadores. Ranamon ficou apenas observando.

— Você pode me ajudar, e eu posso ajudar a procurar os seus amigos. O que acha?

Mia relutou no começo, mas aceitou a proposta do sujeito à sua frente. Ranamon levou os dois para uma cabine. 

— Você também é pirata?

— Isso não importa, humana. Espero que aproveite a estadia.

— Que ríspida.

— Ainda bem que encontramos aliados.

— Não acho que sejam aliados, Betamon. Mesmo assim veremos o que esse Splashmon está aprontando.

Mia e Betamon foram convidados para o jantar no salão. Splashmon esclareceu que precisaria da ajuda de alguém forte como um digiescolhido para tomar por ressarcimento uma joia muito valiosa: o Cristal do Atlântico. Uma pedra azul do tamanho de uma laranja, valiosíssima, que fora roubada pelo governador Leviatã anos antes. Explicou sobre a ilha Atlântida, sobre o plano do casamento com o Shogun, os jogos e sobre a hibernação do governador. Ela passou um dia inteiro para decidir... decidiu.

Ranamon ficou encarregada de vigiá-la.

A ilha desceu do céu e ficou na superfície do oceano. Splashmon,Ranamon e Mia foram até o Shogun. Este dispensara várias candidatas, porém se encantara com a humana.

 

— E foi isso que aconteceu. Ainda estou esperando o retorno deles, pois desde ontem não voltaram — explicou Betamon.

...

Gekomon Shogun estava ansioso para o casamento que aconteceria na cerimônia de abertura dos jogos. Preparou um smoking bem grande e um monóculo. Sentiu-se um lorde inglês.

Splashmon deu um presente ao noivo: uma caixa de 20 centímetros, igual um baú. O Shogun perguntou o que o outro estava dando de presente; Splashmon sorriu e falou que era segredo, mas que o nome da caixa era Pandora. 

— Muito obrigado! Meus subordinados vão guardar! Depois eu abro pra ver! Agora cadê a minha noiva?

— Está chegando.

Mia e Ranamon apareceram diante do Shogun. A digiescolhida estava toda produzida, parecida uma princesa. Gekomon ficou encantado e começou a recitar um poema. Sua voz era alta e parecida com um cantor de ópera.

— Quanto tempo falta para os jogos? — perguntou Splashmon.

— Pouco menos de uma hora — respondeu Ranamon.

O plano estava quase chegando ao clímax.

Um pouco longe do palácio, os digiescolhidos liderados por LinK chegaram ao portão de Sealand. Era grande, com vários esguichos de água e peixes voadores. Várias gôndolas do serviço TUber e do Fresh faziam fila no portão. Antes de chegarem ali, passaram por um tipo de elevador de água. O nível da água subiu, possibilitando os cinco prosseguirem para Sealand.

— Uau! É lindo — disse Palmon.

— Põe lindo nisso. Acho que nunca havia visto tamanha beleza — disse Rose.

— Não quero saber de nada enquanto não ver a Mia. Não sei por que ela está se casando com um monstro daquele — falou Paulo. O guia perguntou o porquê da raiva dele com o Shogun, LinK desconversou.

— Precisa ficar quieto, Paul. Melhor não chamar atenção — sussurrou LinK.

O portão dourado abriu. Os barcos começaram a avançar para a próxima etapa. Já dava para ver as casas ou pequenos prédios coloridos. Bolhas de sabão eram mais frequentes. A população brincava como num parque aquático. Esguichos d'água eram frequentes.

— Uau! — diziam Rose e Palmon.

— Este é o ponto máximo de Atlântida. A parte rica fica aqui. Claro que só passaremos por aqui, depois voltaremos. Um chaveiro aqui é o triplo que se dá pra comprar lá em baixo.

O estádio ficava bem no meio de Sealand. Fogos de artifício iluminavam o céu, avisando que o começo dos jogos estava para acontecer. O guia confirmou que o Shogun e a noiva se casariam na cerimônia de abertura. Paulo enlouqueceu.

— Não vou ficar esperando aqui feito um idiota enquanto a Mia se sacrifica — ele encheu o peito e gritou. — ESSE SHOGUN É RIDÍCULO! É UM IDIOTA E FRACO!

Todos na gôndola ficaram em choque com os gritos do protagonista. A guarda chegou perto e apontou lanças afiadas para ele.

— Quem são vocês para tripudiarem do nosso Shogun? — perguntou um Divermon.

Os digiescolhidos ficaram num tremendo beco sem saída. Parecia que tudo estava perdido e os disfarces por água abaixo, quando vários raios atingiram os Divermons. Eles afundaram na água.

— Quem nos salvou? — indagou Impmon.

Uma pessoa vestida em uma capa preta apareceu do alto de uma casa. Retirou a vestimenta e revelou ser Astamon.

— Tinha que ser esse crápula? — disse Impmon.

Astamon pisou em cima de um guarda que estava boiando. Sorriu para os digiescolhidos.

— O que você quer?

— Bom dia pra você também, Paulo. Parece que estão me devendo uma, né non? Deixe que eu diga o que estou fazendo aqui. Há pouco tempo saí da terceira ilha e vim para cá. Como sabem, estou numa missão e preciso me infiltrar no quartel general. Aqui o palácio é bem vigiado e tem um sistema de alarme que pode acordar o governador. Dizem que ele é muito poderoso, e sinceramente não estou a fim de lutar com ele. Por fim vi a garota com outros digimons, parece-me que está disposta a se casar ou foi forçada. Há apenas um jeito de se aproximar dela.

 

— E qual é esse jeito? — perguntou Paulo.

Astamon mostrou um cartão no pescoço.

— Isto é um tipo de credencial que permite a pessoa participar dos jogos. Lá vai ser o máximo que você se aproximará dela. Com esta credencial conseguiremos formar um time com seis participantes.

— Não vou nem perguntar como conseguiu isso — disse LinK.

— Tá. E você quer que nos aliemos com você? — indagou Rose.

— Claro que sim. Uma mão lava a outra. Obviamente, eu serei o líder da equipe.

Os cinco negaram a ideia e pediram para o guia prosseguir com o passeio. Astamon pousou no casco do Shellmon e concordou que ele não seria o líder.

— Eu quero que o líder da equipe seja o LinK. É o mais experiente e o que não tem intrigas — disse Rose.

Todos concordarem, exceto Astamon. Mesmo assim teve que aceitar calado a decisão.

Um dos guardas que foram atingidos, recobrou a consciência e foi falar com seus superiores. Um dos piratas, um homem peixe, interceptou o guarda e descobriu que os digiescolhidos estavam na cidade. O sujeito pegou um comunicador e falou com o Splashmon sobre eles.

Faltava muito pouco para o início dos jogos. O Shogun saiu do palácio num barco juntamente com Splashmon, Ranamon, Mia e alguns empregados. Conseguiram um lugar privilegiado no camarote do estádio.

Ranamon soube dos digiescolhidos e falou para Mia. 

— Não acredito. Tomara que eles não atrapalhem antes do plano prosseguir.

— Parece que estão disfarçados, mas foram facilmente reconhecidos.

Mia ficou apreensiva depois de saber que os seus amigos estavam na ilha. Não poderia fazer nada a não ser esperar.

O estádio aquático de Atlântida estava pronto para receber a vigésima edição dos Jogos Aquáticos de Sealand, um evento que ocorre a cada ano durante os vinte anos. Havia arquibancadas lotadas. Todo o estádio deu a capacidade de até dez mil pessoas. No meio, onde o show começa, uma grande piscina. 

— Será que vai dar certo? — indagou Paulo.

— Se seguirmos sem fazer barulho, conseguiremos — disse Astamon.

Eles dispensaram o guia e prosseguiram para perto do estádio. Uma porta gigante separava a parte de dentro com a de fora. Recolheram as credenciais, e os digiescolhidos puderam entrar sem problema algum. Desceram da gôndola e fora para um bote de borracha com motor dado pelos organizadores aos participantes. Pouco depois estavam num corredor dentro do estádio a caminho da luz da entrada para a piscina central.

...

Betamon contou o que acontecera com ele e com Mia logo após a separação. Conheceram os piratas como aliados, portanto estavam do mesmo lado.

— Está tudo bem, gente. Esqueceram que os nossos inimigos são os governadores? — falou Betamon.

— Eu não vejo problema com eles. Mas sabemos que são piratas, e piratas costumam ser traiçoeiros — disse Aiko.

— Fififi... Não confiam na gente? Mas não quero que confiem, apenas nos ajude a acabar com o governo de Leviatã. Certo?

A maioria assentiu, exceto o trio que se formou com Conceição, Mummymon e Arukenimon.

Gin conseguiu a atenção de todos para o plano de invasão.

— É o seguinte...

Todos ouviram atentamente o que o homem polvo tinha a dizer sobre o esquema.

...

Enquanto isso, os competidores chegavam em seus botes durante a cerimônia de abertura. Várias apresentações com fogos de artifício e esguichos de água aconteceram. Digimons aquáticos como Dolphmons pulavam em sicronia. Tudo bonito até os holofotes ficarem no camarote do  Shogun.

— Atenção, povo de Atlântida! Os Jogos Oceânicos de Sealand acontecerão em poucos minutos! Infelizmente o nosso superior governador Leviatã não irá comparecer, pois tirou um mês de hibernação! Mas ele me deu a autoridade de governar esta ilha e me orgulho muito disso. AGORA VAMOS COMEÇAR OS JOGOS. MAS ANTES TENHO QUE DECLARAR ALGO DE GRANDE IMPORTÂNCIA!

A multidão ficou querendo saber a novidade.

— EU ME CASAREI E SEREI O DIGIMON MAIS FELIZ DO MUNDO! EIS A MINHA ESPOSA! ESTOU COM AMOR PROFUNDO! E COM ISSO NÃO HÁ QUEM POSSA! SAÚDEM O SEU...

— MIAAAAAAA!

Mia procurou a voz da pessoa que gritou para ela. Todos estavam procurando pela pessoa. A câmera focou no bote de Paulo e cia. O rapaz estava de óculos escuro, loiro e com roupa de praia.

Splashmon estranhou aquilo.

— Paulo? Não posso acreditar... — disse ela ainda não reconhecendo o rapaz.

Os demais membros ficaram envergonhados pelo grito que o amigo dera.

— Como conseguiu esse megafone? — indagou LinK.

— Ops... acho que dei a ele quando roubei de alguém — respondeu Astamon rindo daquilo tudo.

— Quem é aquele garoto enxerido? Não tem medo de morrer? — disse Splashmon.

Paulo encheu bem os pumões e gritou:

— MIAAAA, POR QUE VAI SE CASAR COM ESSE SAPO FEIOSO E ASQUEROSO?!!! EU TE AMO E MESMO QUE ME ODEIE VOU CONTINUAR TE AMANDO?!!

Todos nas arquibancadas fizeram cara de espanto.

— O QUE DISSE, MOLEQUE?

— É ISSO MESMO!!! VOCÊ NÃO PASSA DE UM IDIOTA DE OUTRO IDIOTA QUE É O GOVERNADOR LEVIATÃ!!!

— Ele falou mal do governador? — indagou um dos que assistiam.

— MOLEQUE! NÃO VOU TE PERDOAR NUNCA!

— PODE VIR, SEU INSETO!

Mia ficou com vergonha alheia, mas ao mesmo tempo orgulhosa. Quem estava in love mesmo era Ranamon, que bateu o olho em Paulo e sentiu seu coração bater forte.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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