D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 102
Linux, a ilha com um segredo macabro


Notas iniciais do capítulo

Começa agora o mini-arco do próximo governador. Na verdade serão os 2 governadores que irão antagonizar esses capítulos. Consequentemente alguns digiescolhidos que foram para outras ilhas mais afastadas, não aparecerão agora. Estes são: Mia, Jin, Betamon, Mushroomon e o Goburimon.

Boa leitura.



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— Está gostando do meu tratamento, Impmon-senpai? — perguntou a mulher fazendo massagem nas costas dele.

— Isso só pode ser um sonho, uma maravilha de sonho. Não quero acordar nunca — disse ele aproveitando cada segundo.

A mulher parou o que estava fazendo para começar a fazer algo que possivelmente mataria Impmon do coração: despindo-se.

— UOOOOOOOHHHHHHHHHHHH — ele viu a moça só de lingerie e logo começou a ter uma hemorragia nasal.

— Impmon-senpai, me disseram que o senhor tem uma forma verdadeira sem ser essa. Pode me mostrar?

— Claro que sim.

Wesley saiu da forma criança para Beelzebumon num segundo. Ele estava todo corado e com corações no lugar dos olhos. A loira abraçou-o e o empurrou na cama e ficou por cima dele. O homem já estava todo entregue à paixão. A moça começou a beijá-lo no pescoço, depois foi descendo pelo seu peito. Ele fechou os olhos querendo imaginar algo além de beijos.

— Beelzebumon-senpai, o senhor me ama?

— Sim!

— Posso te beijar na boca?

— N-Na bo-boca? CLARO QUE SIM!!!

Ela fez isso imediatamente. O homem arregalou os olhos ao ser beijado, e era beijo de língua mesmo. No entanto, o sonho virou pesadelo quando Beelzebumon sentiu algo estranho, não conseguia se mexer e imediatamente ficou paralisado. A moça parou de beijar e ficou observando ele com os olhos abertos, porém como se tivesse em transe.

— Sinto muita, mas é para o bem no meu povo — ela começou a se transformar. Continuou sendo loira, porém seu cabelo loiro ficou maior e num penteado mais complexo, vestia uma roupa branca bastante sensual que não cobria suas pernas e coxas. Ela possuía uma faixa branca nos olhos. — A governadora com certeza vai me agradecer de ter achado esse primeiro...

DIGIMON: VENUSMON

ATRIBUTO: VACINA

NÍVEL: MEGA

NPD: 700.000

 

Ilha Windows

Phelesmon se recuperou do susto que levou quando viu o rosto de Beelzebinho. Logo em seguida ficou com muita raiva por ter perdido a chance de se vingar da humilhação que passou ou acha que passou. Fechou os punhos e começou a socar o chão. Pensou que era de fato o digimon mais poderoso do Digimundo atualmente, mas Beelzebinho provou que era anos-luz de distância mais forte.

— Que droga! Eu preciso acabar com isso de uma vez por todas. Preciso me vingar daqueles que zombaram de mim... Nem que seja somente o Paulo. O meu verdadeiro poder ainda não foi demonstrado, ainda não me acostumei nessa forma, por isso eu ainda estou fraco. Esta forma, este ser que eu me transformei...

Ele se lembrou do terrível tratamento que teve ao receber os dados de três poderosos digimons que já foram inimigos dos digiescolhidos. Era tudo uma questão de tempo até se acostumar com os poderes.

— O que eu me transformei deve ser suficiente para subjugar os governadores e os digiescolhidos. Hehehe que tal eu mesmo me autoproclamar governador?

Phelesmon decidiu por ora voltar ao Digimundo exterior e ao laboratório, mas voltaria para concluir seu acerto de contas.

...

Ilha Linux, Quartel General

O governador Locky pediu para que os seus dois lacaios juntassem os capangas num grande salão que ficava ali mesmo no QG. Todos os soldados, exceto os trabalhadores, foram para o evento excepcional. O alçapão subiu com Grand Locomon, MetalEtemon e Volcamon. Os soldados logo fizeram reverências ao governador.

— Eu-declaro-guerra-aos-digiescolhidos. Há-pouco-tempo-eles-pisaram-em-solo-Linux-e-estão-escondidos-nesta-ilha. Não-vou-tolerar-o-mesmo-erro-que-o-governador-de-Windows-teve-e-nem-erros-de-subordinados.

— Sim, mestre — disseram.

— Que-comece-a-caça!

MetalEtemon e Volcamon lideraram a missão enquanto o próprio Grand Locomon saiu diante de todos. A locomotiva decidiu se ausentar por um tempo para cuidar dos seus negócios no Digimundo exterior, especificamente na cidade Del Plata.

Um toque de guitarra...

— Vejam só como é massa! Vamos para uma caça. YEAH!!!!!! — gritou o lacaio.

— YEAHHH — gritaram os soldados.

Seção 3: O Ferro-Velho

A Ilha Linux era completamente diferente da anterior. A maior diferença entre as duas era que a anterior era orgânica, feita de terra, florestas, plantas etc, como uma ilha comum. Linux, porém, era totalmente feita de concreto e metal e dividida em níveis.

A ilha dominada pelo governador Locky era parecida um sorvete de casca, a parte de cima era mais espaçosa e onde ficava a capital Linux em si, abaixo da cidade a ilha vai estendendo para baixo e afunilando até os níveis inferiores.

O nível ou seção 1 era a cidade propriamente dita. Com grandes prédios, uma população descontraída e a sede do governo no meio dela. O nível 2 era formado por fábricas, além de ser o coração da ilha, ali sendo o gerador de energia para que ela continuasse voando e gerando energia para a capital. O nível 3 ficava bem ao fundo, e o mais pobre. O ferro-velho e a prisão para desertores era nesse nível.

Ruan e Palmon ficaram juntos quando entraram no portal. Desde que entraram na ilha, não encontraram seus respectivos parceiros. Surgiram num ambiente bem sujo, sendo o chão todo metálico com muita areia e ferrugem. Para onde olhavam tinha peças de metal como carros, naves, etc, velhos e desgastados. A parte de cima era vermelho e parecia haver um teto com uma luz amarela sobre. Era um lugar bem desagradável e feio.

— O que vamos fazer? Estou começando a ficar com fome.

— Espera, Palmon. Precisamos saber onde fomos parar — disse Ruan tentando se conectar no seu legacy. — Droga. Alguma coisa aqui impede de me comunicar com os outros. Pode ter alguma relação com a ilha?

Palmon viu uma movimentação perto de algo que lembrava um ferro-velho. Alguns digimons máquinas e pessoas que trabalhavam ali foram ver. A parceira de Rose, curiosa, foi também. Eles estavam dentro de uma nave velha.

— O chefe Arbomon está irritado!

— Vamos acalmá-lo antes que ele solte fumaça!

— Chefe Arbomon!

Palmon acompanhou aquela multidão, para o desespero de Ruan que tentou chamá-la em vão.

O tal Arbomon era um digimon ciborgue amarelo com braços e pernas, e dois olhos brilhantes numa abertura preta que ficava no que poderia ser a sua cabeça. Ele estava soltando fumaça o tempo todo e os trabalhadores tentando acalmá-lo.

— EU VOU DESTRUIR O LOCKY! EU VOU ACABAR COM A RAÇA DELE!

— Calma, chefe Arbomon!

Ruan tentou se aproximou quando foi surpreendido por um leão humanóide vestido numa roupa preta, mas com partes metálicas. O digimon segurou uma arma e soltou uma rede que prendeu o garoto.

— Uooohhh acabei de prender um penetra!

O digimon carregou o garoto como se fosse um saco de batata e levou perante o tal Arbomon. Chegando lá, Ruan viu Palmon sendo rendida pelos trabalhadores e logo gerou uma confusão.

— Chefe, esses são espiões que vieram descobrir o nosso plano para acabar com o governo. Olhe — ele soltou o rapaz no chão. Apesar de Ruan ser alto e quase adulto, com seus dezesseis anos, ele ainda era baixo se comparado ao digimon.

Arbomon se levantou e caminhou até ele. O digimon viu o legacy dele e pediu imediatamente que o soltasse. O leão ficou chocado, acreditava ser um espião. Depois que Ruan foi solto, houve uma comoção.

— ME DESCULPA! EU PENSAVA QUE FOSSE UM ESPIÃO DO GOVERNADOR! — gritou ele.

— Não precisa gritar para se desculpar — disse Palmon.

— Eu esperava por esse momento há muito tempo. Quando os digiescolhidos pisassem nesta terra, as coisas mudariam — disse Arbomon. — Desculpa pela truculência do Grapp Leomon. Ele é bem enérgico.

— Não precisa se desculpar. Sério — disse Ruan.

— É claro que precisa. Grapp foi extremamente bruto com os nossos heróis. Espero muitíssimo que eles sejam gentis a ponto de esquecerem o mal entendido.

— Leomon! — disseram Palmon e Ruan.

Panjyamon coçou a cabeça. Não era a primeira vez que o confundiam com um Leomon. A única diferença deles era que Panjyamon era branco.

— Perdão, mas sou Panjyamon. Sei que pareço muitíssimo com o Leomon, porém não sou um. Mudando de assunto, eu trouxe comida para vocês. Não sei do que gostam, mas trouxe doces da superfície.

Ambos aceitaram, estavam com fome. Os trabalhadores, Arbomon, Grapp e Panjyamon estavam contentes com a presença deles. No entanto, um soldado máquina viu a movimentação e foi verificar.

Seção 1: Cidade Linux

Lúcia estava completamente perdida na multidão. Eram tantas pessoas e digimons indo para lá e para cá que ficava difícil achar um bom caminho. A moça tentou procurar seu irmão ou Lucas, mas era tudo em vão. Para onde ele ia não encontrava.

Um guarda viu a situação da moça e foi até ela. Era um digimon ainda não catalogado, mas se parecia um pequeno robô gato sobre uma moto flutuante.

— Posso ajudar, mocinha?

— Quero saber onde fica o shopping.

— Nyah... vem comigo.

A menina subiu na moto e o policial pegou um caminho para chegar ao destino da moça. Enquanto dirigia, ele percebeu a presença constante de Mekanorimons, Tankmons e Guardromons — agentes mais comuns do exército das máquinas.

— Miau, a movimentação tá grande hoje.

Lúcia ficou quietinha e deixou que o outro a levasse. A adolescente ficou observando os prédios altos, com luzes de neon, telões, placas, algumas naves no céu.

— Pronto.

O policial a deixou bem em frente a um grande prédio com a imagem de Locky — mas nesse momento a digiescolhida não conhecia.

O movimento era maior ainda. Várias lojas, vários clientes. No lobby havia uma cachoeira que ia do segundo andar para baixo. Ela observou que não estava nada legal dando bobeira, pensou na oportunidade que pediu emprestado alguns dólares para Rose quando ainda estava hospedada na casa de Diana. O momento de gastar era esse.

— Obrigado por tudo. Volte mais tarde — disse uma mulher.

Lúcia estava usando um lenço azul na cabeça e óculos escuro. Passou pelos guardas que insistiam em vasculhar as lojas. Ficou andando por muito tempo, viu o legacy, tentou se comunicar, porém nada. Era a única na cidade a dar as caras. O que poderia fazer? Um email chegou para ela. A pessoa queria vê-la na frente de um restaurante. Momentos depois ela seguiu as pistas e chegou em um restaurante do shopping.

— Restaurante Rei da Selva. Por que será esse nome?

— Acho que tem tudo a ver comigo, não é? — disse alguém atrás dela.

— Leomon!

Leomon cumprimentou Lúcia por tudo o que ela fez juntamente com os outros digiescolhidos. Perguntou pelos outros, a garota respondeu sobre o desaparecimento e separação. O leão a convidou para entrar no seu restaurante e assim evitar que seja pega pelos soldados do governo.

— Você precisa tomar cuidado pois a movimentação está anormal. Os soldados de metal geralmente não entram dentro do shopping, mas já vi uns no hall perto dos elevadores. Provavelmente eles já sabem que você está aqui.

— Logo agora que preciso deles, meus amigos desaparecem.

— O estranho é que os lacaios do governador ainda não apareceram.

 

No Quartel General...

— Quero bajulação! Tragam-me mais comida — Pantro, um dos filhos do imperador, decidiu fazer uma breve visita na ilha. Estava tomando o tempo de Volcamon e MetalEtemon.

— Claro. Os soldados vão trazer comida orgânica para o senhor.

Um toque de guitarra.

— Que tal um pouco de rock para animar o seu dia, Alteza?

Pantro se levantou e começou a apalpar o macaco. Ficou passando a mão pelo corpo dele como se fosse algo natural de se fazer.

— Gostei dos seus músculos. Eu adoro homem ou digimon musculoso hohohohohohoho... Menos esse Volcamon que mais parece um brutamontes. Quero que me bajulem mais. Eu ia pedir para o Locky fazer isso mesmo, mas já vi que ele se ausentou.

...

Fraxus e Tactimon decidiram unir forças a fim de conseguir o que querem. Fraxus entrou na pirâmide aparentemente para pegar o núcleo do deserto, porém sua ambição era tomar posse de um cubo de pedra, a mesma ambição de Derik e Romena. Tactimon foi chamado pelo Chanceler assim que Sanzomon e Fatmon perderam para Justimon. O comandante estava na missão de capturar o núcleo.

Fraxus aumentou o tamanho da sua marreta e foi para cima de todos eles. Com uma marretada, ele abriu um buraco no chão, porém não acertou ninguém. Musyamon segurou a sua espada para atacá-lo pelas costas, porém foi acertado pelo golpe tornado de Tactimon.

— Hahahaha vocês não podem me atacar se ele estiver me ajudando.

— Preparem-se — disse Justimon.

— Preparar pra quê? — perguntou Romena.

Justimon fez seu braço virar um canhão e atirou para cima destruindo os andares acima. A energia foi tão potente que atravessou todos as etapas da pirâmide e destruindo o topo dela para depois sair. Romena foi protegida por ele e os outros se viraram como puderam. Fraxus foi pego em cheio pelos escombros e deixou a pedra cair. Tactimon aproveitou que todos estavam ocupados para sair sem que ninguém percebesse, mas não antes de sequestrar Romena.

— Droga. Esse maldito quase me matou — disse Fraxus.

Derik ficou atrás dele juntando bastante energia. Com os dois punhos ele soltou uma rajada no homem que acabou voando pelos ares. Finalmente ele conseguiu recuperar o cubo de pedra tão importante, porém ainda desconhecido.

— A mulher foi levada por Tactimon. Precisamos ir atrás dele imediatamente — disse Justimon.

Tactimon levou Romena como refém até o local onde estavam o núcleo e a pedra, no entanto o objeto já não estava mais lá. O comandante ficou desapontado com o que viu e ameaçou ferir a mulher caso ela não dissesse. Ela jurou que sequer sabia onde estava o núcleo e seu interesse principal era a pedra. Tactimon sentiu um certo tremor, foi verificar levando a mulher.

O trem velho e abandonado começou a andar. Meramon conseguiu colocar a maria-fumaça para funcionar graças ao seu poder de fogo que incendiou a madeira que servia de combustível. O veículo sobre trilhos começou a andar, mas não conseguiu fugir de Tactimon que alcançou. Ele abriu um buraco em um vagão, deixou Romena ali e foi avançando até chegar na cabine que o digimon de fogo estava. Meramon foi ameaçado, por isso teve que entregar sem resistir.

Romena percebeu que estavam num túnel diferente do interior da pirâmide. Derik, Musyamon e Justimon finalmente puderam entrar no trem e salvar Romena, mas Justimon não conseguiu o que quis. Foi atrás de Tactimon.

— Entrega o núcleo — disse ele a Tactimon. Os dois estavam em cima do trem.

— Vem pegar. Mas eu lhe garanto que não vai ser muito fácil, afinal sou o comandante do exército do Chanceler. Sou até mais forte que alguns governadores.

O trem saiu do túnel e seguiu pelas areias do deserto. Meramon, Musyamon, Derik e Romena perceberam que havia uma ponte ligando dois pontos e que ali era um canyon.

— Freia o trem — disse Derik.

— O trem não tem freio — respondeu Meramon.

— Quê? — falou Romena.

Tactimon percebeu que a única maneira de sair dali o mais rápido possível era destruindo a ponte. Estava bem perto, um pouco menos de um quilômetro de distância. Então ele usou sua poderosa espada para destruir a ponte e preocupar a todos.

— Não pense que eu não pensei nisso. Selei as paredes do trem por um minuto. Qualquer golpe mais fraco que o meu não poderá sequer arranhá-lo. Vai continuar me seguindo ou vai salvá-los? A escolha é sua — disse ele pulando fora do trem.

O desespero dentro do trem era enorme. Todos eles tentavam destruir o trem, mas não houve sucesso. Justimon teve que ajudá-los. O digimon ficou na frente do trem, empurrando-o no sentido oposto para que ele parasse. Usou tanta força chega afundou os pés nos trilhos e as mãos na parte de frente da máquina. O veículo parou a poucos centímetros do precipício.

— Que droga foi essa? A S.P.D vai me pagar por ter me enviado para uma missão suicida. A única coisa que eu quero agora é o cubo de pedra que você pegou. Entregue-me.

— Nem vem, garota. Este objeto é muito perigoso para um amador tomar posse — falou Derik.

Musyamon e Meramon decidiram ir embora logo, apenas os três ficando ali. Derik e Romena discutiram quando Justimon interviu.

— Acredito que os dois estejam escondendo segredos por aqui. Mas... deixe-me apresentar formalmente — Justimon voltou a ser Slash e Mirai-Monodramon. — Eu me chamo Slash e este é meu parceiro Monodramon.

— Como vão?

— Quanto a você, Derik, eu te conheço desde antigamente. Não entendeu? Eu vim do futuro, sou o Paulo que você conheceu muito bem.

Derik tomou um susto, já havia conhecido Paulo muito bem. O homem não poderia mais esconder a sua verdadeira identidade. Retirou a máscara ninja que usava e revelou a sua face. Romena levou um susto, Slash ficou alegre.

— Há quanto tempo não te vejo, Gokuwmon!

— Hahaha você me pegou. Pensei que com o disfarce e com o pseudônimo ninguém me notaria — disse Gokuwmon rindo e coçando a cabeça.

Para relembrar. Gokuwmon era o parceiro de um digiescolhido chamado Freddy que, ao enfrentar Barbamon, teve que se juntar aos demais digiescolhidos. Ele supostamente morreu junto com o velho Barbamon num golpe kamikaze para salvar o Digimundo. Depois disso nada se soube a respeito dele.

— Espera! Você é um digimon? Como assim?

— Sim. Foi mal pelo engano hahahaha.

— Gokuwmon é o parceiro de um grande amigo meu... Peraí, como você está aqui se acabou morrendo na luta contra o Barbamon?

Gokuwmon sentou na areia do deserto e soltou um suspiro.

— Essa é uma história um tanto longa e cansativa, mas vou contar o que houve. Porém antes que me pergunte mais coisas, sim o Freddy já está no Digimundo e sabe que eu não morri.

— Calma aí — disse Romena. — Paulo é você, Freddy é o seu parceiro. Eu já ouvi falar de vocês. A minha chefe é a irmã mais velha de Mia White, uma colega de vocês.

— Mia no futuro vira a minha esposa — disse Paulo todo orgulhoso. — Ela foi minha primeira e única namorada.

— Hahahahaha — Gokuwmon abraçou Romena e Slash. — Temos mais em comum do que imaginávamos. Estou muito feliz hahahahahaha

Monodramon ficou parado observando Gokuwmon sufocar os dois naquele abraço de urso.

Enquanto isso...

— Droga, isso foi um verdadeiro fiasco — disse Fraxus saindo debaixo dos escombros. Ele estava um pouco ferido. — O rei não vai gostar nada disso. Preciso voltar o mais rápido possível para Firewall.

...

Reino La Plata, Cidade Del Plata

O reino La Plata era um país rico em extração de minério, sobretudo prata e ouro. O lugar era formado por quatro regiões: a floresta vermelha que ficava no lado leste da cidade, as minas de prata que ficava no lado oeste da cidade, a Cidade Baixa, uma cidade satélite ao sul onde moravam os camponeses donos de terras e a Cidade Del Plata, um grande centro urbano, sem prédios, com o rio Prateado cortando bem no meio. Para efeito de comparações: o país era mais ou menos do tamanho da cidade de São Paulo.
Rose e Hagurumon entraram no país pelo portal que deu para a Cidade Baixa. O parceiro de Ruan e a parceira de Palmon foram levados para fora da ilha pelo portal que o Beelzebinho fizera. Mesmo que tenham entrado no mesmo que os outros, algo ocorreu com eles para acabarem saindo da ilha.

— Que lugar é este? — disse ela vendo enormes moinhos e algumas casas. Era bem grande o campo. Do seu lado, porém um pouco distante, viu a floresta vermelha.

— Será que aqui é a segunda ilha?

— Hagurumon, você pode virar Mekanorimon e me levar? Estou cansada de andar.

— Nem pensar. Eu também estou cansado.

Um Tyrannomon se aproximou dos dois. Ambos correram, mas o dinossauro foi atrás. Ficaram encurralados quando escutaram uma voz.

— Esperem! — uma mulher apareceu em cima do dinossauro. — Não vou fazer mal a vocês.

A mulher estava vestida como uma viking, cabelos azuis trançados, uma máscara dourada. Usava um short preto, sapatos vermelhos, carregava um escudo no praço esquerdo e no direito uma grande espada.

— Eu me chamo Minervamon. Podem confiar em mim.

Rose e Hagurumon não tiveram outra escolha a não ir junto com Minervamon.

DIGIMON: MINERVAMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: MEGA

NPD: 700.000

— Soube que vocês derrotaram um dos governadores. Isso foi impressionante e logo o Digimundo inteiro soube da notícia.

— Ah, graças aos meus planos conseguimos derrotá-lo.

— Que mentira — sussurrou Hagurumon.

— Mas a propósito, estamos de fato na segunda ilha?

— Não. Aqui é o Reino de La Plata. Estamos fora das ilhas e bem longe.

— Não fala isso. Precisamos nos juntar com nossos amigos. Fomos separados por um cara sinistro vestido de fantasma.

— Levarei os dois ao meu pai.

Minervamon parou o Tyrannomon na frente de uma grande casa que mais parecia um casarão com paredes de pedra. Algumas mulheres não digimons apareceram para ajudar Minervamon.

— Princesa Minervamon...

— Você é uma princesa? — perguntou Rose.

— Sim, mas eu fui obrigada a abdicar desse título. Vocês viram onde o papai foi?

— O governador Locky acabou de chegar na capital. Parece que ele foi chamado com urgência. Tanto o governador quanto o novo rei o chamaram para uma reunião.

Rose ficou vendo Minervamon triste. A digiescolhida queria saber o que estava acontecendo, por que um governador tinha tanta influência ali, por que Minervamon abdicou o título de princesa, e como pode um rei ser tão íntimo de alguém mau como Locky. Eram dúvidas que ela queria tirar.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo?

— Rose-senpai, eu vou te explicar tudo, mas primeiro preciso de um tempo.

Rose e Hagurumon ficaram se olhando até que decidiram entrar na casa de uma vez por todos.

 

Seção 3: Ferro-Velho

Um dos guardas foi verificar a movimentação anormal no ferro-velho. Arbomon pediu para Grapp esconder Ruan e Palmon antes que sejam descobertos. O soldado exigiu que todos fossem trabalhar. Os trabalhadores retornaram ao trabalho o mais rápido possível deixando Arbomon, Panjyamon e Grapp sozinhos.

— Essa foi por pouco — disse Palmon assustada.

— Foi mesmo. Se por acaso pegam vocês, todos nós estaríamos condenados à reciclagem — disse Arbomon.

— Reciclagem? — perguntou Ruan.

— Digimons ciborgues ou máquinas que se opõem ao governador são mandados para a seção 2 onde há um grande forno que destrói tudo. Ele captura os dados e os transforma em peças metálicas. Os prédios que estão acima de nós é um verdadeiro cemitério de digimons. Enquanto os habitantes sorriem e vivem as suas vidas, mal sabem que há um segredo macabro por trás — disse Grapp.

— Isso é horrível! Esse governador já provou ser um digimon cruel. Como ele pode ser assim? — indagou o rapaz.

— Ele afirma que é uma dívida que nós temos... Para falar a verdade, o Reino La Plata, lugar onde morávamos, foi tomado por ele — disse Grapp.

— Reino La Plata?

— Somos oriundos de lá. Eu era o chefe militar do Reino La Plata, mas tudo mudou quando os dois governadores junto com outra pessoa chegaram para reivindicar o país. Eles eram poderosos demais para serem vencidos — disse Arbomon.

— Quem são os governadores que chegaram no seu país? — perguntou Ruan.

Arbomon começou a soltar fumaça, mas foi acalmado por Panjyamon. Grapp resolveu falar a verdade ao digiescolhido.

— Os dois governadores que estão ajudando o rei maligno são... O próprio governador Locky e a governadora da terceira ilha, Queenye. Ambos resolveram fazer uma irmandade e parceria. Se por acaso nós matarmos o rei mau, os dois vão nos atacar, por isso sempre nos submetemos às ordens dos três.

— Que história terrível — disse Palmon.

Arbomon se levantou e foi até Ruan e Palmon. O ciborgue ficou de joelhos perante a Ruan e implorou pela ajuda dele.

— Mas é claro que vamos ajudá-los. Já derrotamos o primeiro governador, derrotaremos esses dois. Foi pra isso que viemos, pra acabar com essa zona no Digimundo — respondeu o rapaz.

...

Seção 1: Restaurante de Ramen de Leomon

Leomon viu Lúcia sozinha e a convidou para entrar no seu restaurante. Por algum motivo desconhecido, o guerreiro deixou seu orgulho de lado e resolveu viver uma vida completamente diferente.

— Como eu disse, fomos separados por alguém que se identificou como governador. Ele nos separou, e eu acabei vindo parar nesta cidade.

— Entendo. Você se perdeu do grupo. Infelizmente eu não sei do paradeiro dos outros digiescolhidos nem mesmo uma pista deles. Mas você pode ficar aqui até encontrá-los. Vou preparar um ramen para você.

— Obrigada.

Um tempo depois ele trouxe uma tigela de ramen e a garota comeu.

— Eu sei onde os seus parceiros estão — falou alguém.

Lúcia e Leomon viram que os clientes estavam comendo normalmente, mas a voz persistia. A garota começou a sentir que a voz era familiar.

— Sou eu. Não está mais me reconhecendo — o cliente no balcão fechou o jornal que estava lendo. Lúcia quase caiu pra trás quando viu a pessoa por trás daquele jornal.

— Astamon!

Astamon era a pessoa que havia falado com ela há pouco.

Continua...


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