Life Streets escrita por Tothless


Capítulo 9
Primeiros Socorros


Notas iniciais do capítulo

Olá olá! Me desculpem a demora, como sempre. Mas como disse no capítulo anterior, minha vida anda meio corrida ultimamente, só que dia 10 entro de férias e então; DA-LHE ESCREVER, BWAHAHAHA! ~ Infelizmente torci meu pé hoje, então talvez fique de repouso esse final de semana. Se puder vou escrever m ok? ~
Aqui a playlist amada para vocês; http://8tracks.com/tothlessthedragon/life-streets-cap-8



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A primeira coisa que consegui fazer foi correr, então corri. Ou quase isso, porque minhas pernas tremiam toda hora. Fui de encontro ao amontoado de caixas e coisas quebradas no chão, me ajoelhei e comecei a jogar as coisas para os lados sem me importar se quebraria.

Minhas mãos tremeram também ao perceber que talvez alguém realmente tivesse se ferido gravemente, o que só ajudou para meu desespero aumentar.

Joguei uma caixa pesada com coisas dentro para o lado e, quando avistei algo que não era de papelão ou de vidro, mergulhei no meio daquelas coisas.

– Rapunzel! – Chamei, entrando no meio das caixas e procurando por ela. Era muito escuro, mas conseguia enxergar com a pouca luz que vinha de algum lugar ali no meio. Foi difícil me mover por ali, só que como sou magro ficou fácil em certo momento.

– Rapunzel! – Alguém também chamou do lado de fora. Não reconheci a voz por causa das caixas que abafaram o som, mas soube que a pessoa estava tirando as coisas de cima para facilitar a saída de Punzie. Chutei algumas coisas para longe para entrar mais no meio do monte.

Senti as caixas se mexerem quando me aproximei mais para o meio da bagunça e então vi; Ela estava deitada, ou melhor, encolhida entra as caixas e tampava a cabeça com as duas mãos. Os cabelos loiros jogados por todos os lados pareciam brilhar um pouco enquanto ela balbuciava uma música.

– Hey! – Eu disse para chamar a atenção dela, que olhou para mim com os olhos brilhando. – Você ta bem? – Perguntei vendo as caixas perto dela paradas, sem encostar em Punzie.

– Soluço. – Sorri quando ela estendeu uma mão tremula para mim. – Estou bem. – Acenei confuso com a cabeça enquanto segurava a mão dela. Como assim ela estava bem?

– Nada te acertou ou te machucou? – Ela fez que não com a cabeça e então meu cérebro explodiu. Aquelas caixas deveriam pesar mais de dez quilos cada e a menina estava bem?! Como assim? Ela é dos X-men?

A pessoa do lado de fora chamou meu nome dessa vez, então olhei para ela pensativo; precisávamos sair dali rápido. Meus olhos passearam pelas caixas procurando uma fresta para abrir caminho, mas eu quase soltei um grito quando vi que Rapunzel não estava sozinha.

– Vão continuar conversando ou podem arrumar um jeito de sairmos daqui? – Agora sim as coisas fazem sentido! – Eu faria um chá, mas minhas mãos estão ocupadas. - Finalmente entendi porque Rapunzel não havia se machucado; Jack estava por cima dela com os joelhos e cotovelos apoiados no chão, segurando o peso das caixas com as costas. Pelo jeito que ele suava, não garantiria que fosse aguentar as caixas por mais tempo. – A ruiva está lá fora, pede pra ela ajudar! - Sorri orgulhoso de Jack, me virei e gritei para Merida do lado de fora.

– Eles estão bem! – Acho que ouvi a ruiva gritando alguma praga do outro lado, então senti meus pés sendo puxados para fora do monte de caixas. – Vamos rápido! Jack não vai aguentar por muito tempo. – Disse assim que toquei meus pés no chão, a ruiva concordou comigo e nós dois saímos jogando caixas para todos os lados.

– Maldito Frost! – Talvez Merida não percebesse, mas sussurrava isso o tempo inteiro e balançava a cabeça negativamente. Acho que estava tentando espantar algum pensamento.

Após caixas e caixas de coisas o resgate de Rapunzel e Jack do monte foi rápido e indolor. Conseguimos tirar todas as caixas em menos de dois minutos, então Jack desabou no chão parecendo exausto. As meninas se reuniram também no chão e se abraçaram, me fazendo achar que a relação entre as duas era mais do que amigas.

Não! Calma, não é isso que você está pensando! Eu simplesmente achei que naquela hora elas poderiam ser irmãs, porque o abraço que deram uma na outra foi apertado e longo, como um abraço cheio de carinho. Não iria interromper aquilo.

– O que você fez foi incrível. - Me agachei perto de Jack jogado no chão e cutuquei-o com o pé. Ele levantou o polegar de uma mão, sorrindo de lado já que uma bochecha estava prensada contra o chão. – Parabéns Jack. – Eu realmente estava orgulhoso de Jack. Ele podia ser inútil, encapetado, idiota, imbecil, malandro, estúpido e irritante, mas ele protegeu uma pessoa que precisava.

Ele protegeu Rapunzel.

Vi ele se sentar no chão, apoiando as duas mãos para trás e estralando o pescoço. Os olhos de Jack voaram para as duas que estavam conversando baixo logo atrás de nós e quando se voltou para mim disse, sorrindo.

– Não quero Parabéns, quero um milk-shake de baunilha tamanho viking. – Retiro tudo o que disse; ele era mesmo um idiota.

– Quatro mil-shakes tamanho viking, por favor. – Entreguei a minha senha no balcão do Bocão Burguers. A atendente pegou o papel e me olhou esperando. Olhei para trás, vendo os três sentados em uma mesa embutida na parede com uma maleta de primeiro socorros que tínhamos acabado de comprar.

– Rapunzel quer de morango e eu também! – Merida disse, tirando um curativo da embalagem e entregando para Rapunzel. Jack soltou uma exclamação de dor quando a loira cobriu um corte em sua bochecha com o curativo molhado em álcool. – Larga mão de ser bundão Frost! É só um curativo!

– Queria ver se fosse com você! – Ele retrucou e depois fez outra careta quando Rapunzel cobriu outro machucado.

– Merida para de implicar com ele! – A loira disse. – E Jack para de se mexer! – Coitada. Punzie era uma garota muito legal, mas sofreria na mão daqueles dois. Voltei-me para a atendente e disse logo os sabores para sair da fila.

– Um de baunilha, dois de morango e um de chocolate.

– Aguarde na fila, por favor.

Dois minutos depois peguei os milk-shake e fui me sentar com o pessoal. Eles vibraram com a minha chegada. Claro que foi por causa dos copos gigantes que eu carregava, mas em minha mente eu imaginei que fosse porque sou muito legal.

Deslizei pela mesa os copos com milk-shakes de morango para as garotas que sentavam ao lado de uma janela grande de vidro e entreguei o de Jack para ele mesmo, me sentando ao lado de Merida logo depois.

Uma música tocava nas caixas de som espalhadas pela lanchonete e por um momento senti que finalmente estava em um lugar que me encaixaria perfeitamente. A risada de Rapunzel, Jack irritando Merida com alguma coisa idiota para fazer a loira rir e um milk-shake tamanho viking para cada um de nós.

Meu pai me ensinou que devemos dar valor para cada momento da nossa vida, principalmente aqueles que vivemos com nossos amigos, então eu decidi; toda vez que ver uma caixa de papelão, vou me lembrar do que aconteceu.

Estava tudo calmo e meu milk-shake não havia chegado nem na metade quando Rapunzel se levantou bruscamente do banco e disse, puxando a mão de Merida.

– Merida, aquele é o Flynn?! – Quem? - É o Flynn? - Olhei para trás para ver o tal Flynn e dei de cara com os olhos azuis de Astrid. Me virei roboticamente e coloquei o canudo do milk-shake na boca para manter a calma. As meninas olhava para a porta e sorriam animadas. – É o Flynn sim! – Não! Aquela é a Astrid, não é o Flynn, seja lá quem ele for.

Eu reconheço bem uma garota que me fez desmaiar, e aquela era a Astrid!

Meu Deus! Aquela era a Astrid. Meu estomago revirou e senti o gosto de milk-shake voltando de dentro para fora. Minhas mãos suaram instantaneamente.

– Quem? Ah! Soluço aquela é a Astrid, a menina do quarto com a placa, sabe? – Jack perguntou para mim, fingindo que não sabia que eu sabia quem ela era. – Eai Astrid? – Ele falou alto, acenando com uma mão e lançando um olhar maligno para mim. – Senta aqui! - Que maldito! Gastei meu dinheiro com ele pra isso?

– Astrid! Vem cá e traz o inútil do Flynn com você! – Merida gritou, acenando também para eles virem para a mesa. Rapunzel já havia passada por cima de Jack e corria em direção aos dois. E eu? Queria me afundar naquele copo gigante de milk-shake!

Seria difícil, um pouco complicado e trabalhoso, mas não impossível.

Eu até levaria em conta tentar me afogar no milk-shake naquele mesmo momento, só que Merida me encarou rindo maliciosamente, o que não era um bom sinal; toda vez que ela sorria alguma coisa super estranha acontecia comigo.

É, se pudesse fugir naquela hora já tinha me jogado pela janela de vidro do lado da ruiva, mas era tarde de mais.

– Hey novato! - Uma mão no meu ombro. - Tudo bem com você? - Vou morrer. - Fui me apresentar para você noite passada, mas você passou mal. - Socorro. - Eu sou Astrid.

Me levantei igual a uma pessoa com problema nas articulações, olhei para Astrid que me estendia a mão e então aconteceu outra grande merda em minha vida; o copo gigante escapou entre meus dedos e foi de encontro à blusa cinza que ela vestia.

– Soluço, acho que você não precisava jogar Milk-shake na blusa dela. - Jack disse rindo.

Eu não mereço isso.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso; Flynn irá aparecer, então preparem-se pra encrenca! ~ Me desculpem pelos errinhos, mas estou um pouco apertada para corrigir meus textos, infelizmente.
Agora vou distribuir os biscoitos para vocês, minhas leitoras fofolentas, ahahaha! ~
Biscoitos para Nelly Black, Brave Hades, Liz Urcha, Ariane e Mariana,LoveMeridaofValente4ever, Mitchell, Carol, Zakuro Sakura, Rapunzel Rider, Paiper123, Giselly Valdez Solace & Meire! ~ Uffa, quanta gente! Obrigada pelos comentários meninas!