Life Streets escrita por Tothless


Capítulo 6
Correndo pelo bairro.


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente! ~
Assisti um filme que talvez vocês conheçam; Meu Namorado é um Zumbi. E as músicas do filmes são tão perfeitas que me inspiraram, super recomendo!
Me desculpem por demorar tanto para postar o capítulo,mas prometo para vocês que isso não vai se repetir de novo! :)
A playlist da vez está aqui: http://8tracks.com/tothlessthedragon/life-streets-cap-5
Espero que gostem!



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As luzes dos postes e das fachadas de neon das lojas iluminavam o caminho em que aqueles dois me puxavam. Meus sapatos batiam contra a calçada de concreto enquanto corria sem um rumo certo com Jack e Rapunzel.

Ainda estávamos correndo loucamente pelas calçadas do bairro e eu já havia tropeçado algumas vezes, mas Rapunzel me segurava firme com o braço enroscado no meu. Ela apontava com a mão as coisas que haviam por ali, me dizendo os nomes de lojas e lugares turísticos. Jack só continuava a correr como se deslizasse, nos puxando e olhando ao redor sorrindo.

Não me lembraria de nenhum nome se me perguntassem por que a única coisa em que prestava atenção era no vento batendo contra meu rosto fazendo a vontade de vomitar ir embora. E Rapunzel não brigaria comigo por causa disso.

Eu acho, pelo menos.

Aquilo era diferente de correr. Sentia que era uma maratona que ia de encontro com a minha nova vida em Corona e ao lado daquelas pessoas diferentes. E era bom.

– Aquela é a praça do bairro! – Ela me apontou uma praça do outro lado da rua e finalmente algum lugar me chamou a atenção no meio daquele monte de lojas e luzes.

Bancos cinza de concreto e grama verde sendo molhada por irrigadores eletrônicos estavam por todos os lados da praça. Trilhas de pedras se espalhavam pela grama e todas chegavam até uma estatua amarela em formato de sol, localizada no meio da praça.

Ou era em formato de flor? Não importa, aquilo era mágico de se olhar.

– Como se chama? – Perguntei sem tirar os olhos da estatua, quase engolindo um tufo de cabelo quando ela virou o rosto para trás e me olhou, pensativa. As luzes dos postes iluminavam o rosto de Rapunzel e talvez fosse impressão minha, mas os cabelos dela brilhavam em dourado.

– A Praça do Ultimo Raio de Sol. - Fiquei olhando para a estatua contemplando-a, mas Jack não gostava dessas coisas. Ele riu em nossa frente, nos puxando para o outro lado da rua até a entrada da tal praça desconhecida.

Uma corrente grossa estava presa nos portões, ou seja, a praça estava fechada. Rapunzel parou ao meu lado quando Jack foi verificar as correntes, balançando-as frustrado. Um alivio tomou conta de mim ao ver que não poderíamos entrar e ele não poderia aprontar nada que pudesse nos meter em encrenca.

– Vamos voltar. – Falei olhando Jack mexendo no cadeado da corrente. Do meu lado a loira apenas balançou a cabeça positivamente, segurando as mãos atrás do corpo. – Amanhã voltamos.

– Trago vocês amanhã aqui e podemos fazer um piquenique! – Punzie disse me apoiando quando viu Jack soltar as correntes e sair andando indignado. Ele deslizava os dedos pelas grades que cercavam a praça, estava quieto e isso não era um bom sinal. Por quê? Jack só ficava em silêncio quando estava tramando algo. – Jack?

Ele parou perto de uma parte da grade que ficava escondida entre algumas trepadeiras e riu, se voltando para mim e Punzie.

– Vamos dar uma voltinha por lá. – Pronto! Se antes estava ruim, agora vai piorar porque Jack havia tido uma ideia incrível; invadir uma praça fechada no meio da noite. O que eu posso fazer? Nada, já que ele estava carregando Rapunzel e ela me puxava junto.

É tarde de mais para voltar pro Bocão Burguers e vomitar na calçada?

– Jack, a praça está fechada agora. – Obrigada Thor! Finalmente alguém aqui tinha um pouco de consciência do que era certo e errado. Rapunzel olhou para Jack um pouco insegura, então todos nós paramos bem em frente das grades coberta por trepadeiras que cercavam a praça.

– E daí? – Os olhos azuis de Jack olhavam para ela e depois para mim, transbordando adrenalina enquanto piscavam. – Isso vai se tornar uma boa história para nos lembrarmos daqui a algum tempo, não é? – Olhei para Rapunzel e parecia que um brilho dourado tinha cercado ela quando Jack falou a ultima frase. Ah não! – Vamos poder contar isso para nossos netos quando formos velhos e sem dentes! – Mas que droga Jack, isso não convence ninguém. – E quando nossas pernas estiverem flácidas e sem vida, vamos nos orgulhar de ter aproveitado nossa juventude! – O que diabos ele está falando?

Silêncio, isso era um sinal ruim.

– Sim! – Não! - Sim, é verdade! - Não é possível! – Vamos nos aventurar! – Bati minha mão no rosto, percebendo o quanto Rapunzel era ingênua. – Vai ser ótimo! – Ela esticou os braços pra cima, comemorando.

– Vai sim! – Ele bateu na mão dela. Tentei aproveitar a distração deles, me virei e sai andando naturalmente para longe, enquanto passava meus dedos nas grades do portão. Talvez se eu fosse discreto ninguém percebesse minha saída. – Soluço. - Olhei para trás e vi os dois me olhando. Acho que não sei ser discreto. – Soluço, volte aqui!

– Nem pensar. – E sai correndo em disparada pra qualquer lugar, com Jack vindo atrás de mim.

– Soluço, você sabe que não consegue me vencer na corrida! – Ele gritou, enquanto corria atrás de mim.

– Não custa nada tentar!

Corremos em volta da praça umas três vezes enquanto as pessoas que ainda passavam na rua nos olhavam. Rapunzel sentou no chão mesmo, esperando que alguém parasse para fazer companhia para ela, mas eu não desistiria. E Jack também não.

Aquilo iria demorar.

Jack até chegou a me alcançar, rolamos no chão enquanto ele tentava me puxar para perto de onde Punzie estava, mas consegui me soltar e começamos a correr tudo de novo. Parecíamos dois idiotas e o brilho dourado de alegria que Rapunzel exalava havia se apagado.

– Bem, eu vou entrar! – O que?! Eu ouvi direito?

Parei de correr na hora em que ouvi Rapunzel falando, fazendo Jack dar de cara com as minhas costas.

–Você vai?! – Falamos ao mesmo tempo, enquanto a loira subia as grades do portão sem dificuldades - apesar de estar de vestido. Ela chegou ao topo e pulou para o outro lado, sorrindo para nós dois.

Olhei para Jack e Jack olhou para mim.

– Ela entrou!

Jack riu alto, mostrou a língua para mim e correu para as grades do portão que Rapunzel havia pulado, não demorou muito para ele se juntar à ela do outro lado.

– Venha Soluço! – Suspirei olhando para os dois. Aquilo era um complô contra mim, sem duvida nenhuma. – Vai ser legal. – Eu duvidava muito de que seria, mas mão de Rapunzel atravessou a grade e segurou a minha, me puxando contra o portão. – Por favor! - Olhei para Punzie e os olhos verdes dela que me puxavam para perto, como uma criança procurando alguém para brincar num dia de domingo. Era como um imã e uma vontade de pular aquele muro e se juntar aos dois estava crescendo.

Eu iria! Sim, eu iria! Porque? Não sei.

Soluço se prepare para testar a sua fé ao se arriscar junto com as duas pessoas mais estranhamente animadas do mundo.

– To indo. – Suspirei e Rapunzel me soltou, olhando para Jack e sorrindo. Comecei a subir as grades sem dificuldade, olhando para meus próprios pés. Quando pulei para o outro lado poucos segundos depois, os dois olhavam para além de mim, como se alguma coisa ruim estivesse para acontecer. – Pessoal? - Jack olhou para Punzie e ela grudou sua mão na dele, pegando a minha logo em seguida.

– Merida é muito boa em corridas, então é melhor vocês correrem muito rápido. – Ela disse, olhando para trás e rindo.

Merida? Mas...

Olhei para trás e vi; na calçada do outro lado, a ruiva ardente com seus cachos armados esperava o sinal fechar para atravessar a rua. Ela não estava nem um pouco feliz quando meu olhar encontrou o dela, fazendo um arrepio sinistro percorrer minha espia e arrepiar os cabelos da nuca.

Aquilo não era nada bom.

O sinal se fechou. Merida atravessava a rua correndo com seus cabelos ao vento, quando fui puxado por Punzie que começava a correr pela grama da praça. A ruiva já havia pulado as grades e pousado no chão silenciosamente como um gato. A loira ria como uma criança com os cabelos ao vento. Jack apenas corria sem se importar, mas parecia contente. E eu corria olhando para trás.

Olhando para Merida.

– Vocês vão pagar, seus malditos! – Ela gritou quando começou a correr atrás de nós três como uma leoa corre atrás das presas. Por um momento quis que ela me alcançasse, mas pensei melhor e comecei a correr muito rápido, ultrapassando Jack e Punzie. – Quando eu pegar vocês, se preparem! - Os olhos azuis brilhantes de Merida estavam determinados a nos alcançar, mas sinto que Punzie não seria punida tão severamente se fosse pega.

Já eu e Jack, ninguém garantiria que nenhum braço ou perna fosse quebrado.Santo Thor, me ajude!


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer erro.
E quero agradecer a ifAladdin, Nelly Black e Snape Cachimbo por todo o apoio que tem me dado, como sempre.
Um biscoitinho para LoveMeridaofValente4ever,
Zakuro Sakura e liz urcha por terem comentado no capítulo anterior. Obrigada meninas por todo o apoio e por acompanharem a fanfic! :D