Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 3
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Não postei antes por causa das provas, mas elas finalmente acabaram!

Continuando, boa leitura!



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"Nunca é tarde demais para ser aquilo que sempre se desejou ser."

George Eliot

A missiva chegou inesperadamente, e com um caligrafia estranhamente delicada nunca vista pelas meninas. Logo foi entregue pela mais nova ao real destinatário, quando o pai observou a letra, abriu o envelope instantaneamente, antes de lê-la procurou o nome de quem assinava e somente murmurou "...Anna, minha querida Anna...".

Claro que a curiosidade era inevitável, logo as meninas e a mãe estavam de pé próximas a poltrona dele.

"Anna?! Sua irmã Anna?" disse logo a esposa.

"Papai tem uma irmã?" Exaltou Clarisse logo que compreendeu a inusitada situação "porque papai nunca nos falou dela? Nunca a visitamos também..."

"É uma longa história, contarei a vocês depois, esperem na sala de desenho, primeiro seu pai deve ler a carta em paz antes de começarem as perguntas." Ordenou a Sra. Hill.

As três irmãs se retiraram, e sentaram cada uma em um sofá ou cadeira da sala de desenho. Tânia mesmo estando interessada, logo começou a se dedicar a um desenho que a tempo abandonara. Não devia ser a atitude de uma moça educada andar pela sala como Clarisse começava a fazer, mostrando toda a sua impaciência, e isso aguçava o desprezo da prima pela personalidade da outra.

"Claire, por favor, seja educada, se sente e mexa com um livro talvez, ou um bordado, não pode andar pela sala assim..." logo ela se calou quando a repreendida a encarou.

"Ora Tânia, eu estou curiosa e impaciente e todas tem ciência disso, seria hipocrisia sentar-me e começar a me dedicar a algo que não me empenharei corretamente e bem motivada!"

"Na verdade" retrucando "mostraria o quanto e dona de si, a ponto de controlar sentimentos e emoções muito fortes e se empenhar a produzir. Seria uma questão de obstinação."

"Por favor" disse docemente Alice, ao tentar remediar a situação "acho que estamos em um ambiente familiar, devemos nos tornar mais abertas, mas sem ofender a boa educação. Claire, sente-se já que sua caminhada irrita Tânia. Mas você, prima, deve se dedicar inteiramente a sua pintura, e não as ações de Clarisse. Irmã, sente-se aqui comigo" dando batidinhas leves no acento ao lado do seu no sofá de cetim.

Depois de um momento de deliberação, Tânia voltou-se a seu desenho, e Clarisse cedendo ao apelo da irmã. Alice encostou a cabeça no ombro da irmã e deu-lhe um meio abraço e começo a murmurar com a acompanhante.

"Sabe, fico feliz de papai ter uma irmã, nunca tivemos uma tia, mamãe só tem irmãos e papai, nunca nos contou de outra tia sem ser Eliza" com o canto do olho ela observou se Tânia poderia ter escutado a menção à mãe.

"Com certeza é empolgante descobrir uma parente tão próxima" respondendo e sussurros ao pé do ouvido da irmã menor. "Mas fico preocupada pelo motivo deles nunca nos terem nomeado ela. É muito triste nunca essa tia nunca ter-nos visitado."

A senhora Hill entrou na sala antes que qualquer outra palavra fosse dita. As filhas se endireitaram nos lugares e com olhos indecisos de como prosseguir, observavam os movimentos da mãe.

"Sentem-se entorno da mesa, Dixon logo virá trazer o chá como pedi e então começaremos." Todas a obedeceram e aguardaram ansiosamente com atenção para qualquer movimento no corredor. A empregada não demorou mais que cinco infinitos minutos, o suficiente para Alice começar a contorcer as mãos no colo. Quando a empregada fechou a porta todas olharam ansiosamente para a mãe que terminava de adoçar o chá.

"Bem, queridas, ficou obvio que seu pai recebeu uma carta de uma irmã a muito tempo esquecida, sim, eles são realmente irmãos, mas não se comunicam desde antes do casamento de seu pai. Anna é mais velha, e se casou com um baronete, eu a conheci pouco antes disso, era uma garota adorável, mas o marido, muito mal humorado e totalmente grosseiro."

"Coitada, porque se casou com ele, qualquer um desaprovaria o casamento de uma donzela com tal homem" intercedeu Alice enquanto sua mãe tomava um gole do chá.

"Por status e dinheiro minha querida, o pai de seu pai, seu avô, negou-lê a chance de recusar o pedido, logo depois do casamento eles se mudaram para Londres e depois para o exterior e penso que ela nunca pode escrever ao seu pai antes."

"Mas escreveu agora!"

"Clarisse, quando pedi para que deixassem seu pai ler a carta antes de se explicar a vocês foi exatamente pela surpresa. Mas Anne nos informou que voltou a Londres por causa da morte do marido, ela e agora a dona de milhões, já que não há qualquer parente vivo na família do marido, entendem?"

"É uma lástima a morte de um marido" murmurou Alice.

"Mas agora conheceremos nossa tia! Poderemos ir visitá-la, não é mamãe?" disse Clarisse esperançosa.

"Nós iremos, seu pai verá quando é possível deixar os negócios e quando ela poderá nos receber."

"Ele deve escrever imediatamente, ao menos para reconhecer a chegada da carta e a intenção de visita" falou Tânia de forma quase autoritária.

"Tenho certeza que ele já está, pois pretende mandar a carta tão cedo quando possível" terminou a mãe. O sino foi tocado e todo o aparelho de chá retirado, no fim, todas se levantaram e foram para seus afazeres diários.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu sei que ficou curto, mas no meu planejamento e rascunho eu tinha feito de outro jeito a cena mas reconheço que ficou mais pobre que essa. Comentários? Opiniões?