Desejo & Compreensão - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 21
Capítulo Vinte


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que eu ando largando essa fic tempo de mais dem atualizar, mas minha vontade de escrever anda voltada para tudo menos essa história. Escrevi parte desse capítulo a umas duas semanas, mas até agora, não estou satisfeita com ele, vejam por si mesmos.



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“A confusão toda que acontece dentro de mim é que a minha razão me manda ir embora, e meu coração não sabe se fica ou se vai com ela.”

Desconhecido

Poderia alguém não ver o momento de se separar do seu noivo? Pois era pelo anel, que Clarisse queria, teria que encontrá-lo. Mas a música continuava a tocar sem previsão de fim. Os primeiros quinze minutos já haviam se passado, mas os outros custaram a eternidade. Vendo os olhos negros a sua frente, mesmo que não fossem muitos expressivos como desejaria uma dama apreciava, eram olhos que em qualquer outra situação, ela buscaria. Mas agora não via o reconforto que precisava, pensou o que aconteceria se ela fosse descoberta, o perderia. Que tipo de pessoa poderia aceitá-la quando parecia ter uma moral tão maior que a sua, mesmo que isso de fato não fosse verdade.

Finalmente soou o último acorde e eles se reverenciaram, por convenção ela tomou o braço de Edward Manson e seguiu de volta ao grupo que antes conversava. Foram mais um quarto de hora até que ficasse livre das conversas e assuntos do círculo, pediu licença por um momento e em passos rápidos se dirigiu ao outro lado do salão e então a um dos balcões e enfim se viu no jardim. A escuridão tornou tudo mais complexo, para localizar a janela de qual o anel foi jogado, precisou inspecionar as vistas para qual cada janela era apontada e acreditou ser a do meio. Lhe restava procurar a luz da lua onde a pedra tinha parado, se tivesse uma luz consigo, poderia procurar o ponto em que a luz era refletida, mas não o tinha, foi uma a voz atrás dela sua salvação.

"Pertence a senhorita?" Perguntou um cavalheiro distinto, alto e de cabelos claros e olhos escuros. Na mão tinha o anel de Lady Burghersh.

"Oh! Que alegria que o tenha encontrado! Na verdade, pertence a minha tia e ela deu por falta dele e pediu para que eu tentasse encontrar." Respondeu mentindo, então pegou a jóia e agradeceu apressadamente, sem ao menos perguntar o nome do homem que sem saber pode ter lhe salvo o pescoço.

Colocou o anel no lugar onde antes estava, nisso já caminhava em direção aos jardins para entrar pelo balcão que usara para sair, mas por um momento parou, não estava nem de perto só. Mais a frente duas sombras revelavam Edward e Tânia conversando, mas o assunto não era ouvido por causa do barulho que vinha do salão. A primeira ideia a surgir-lhe não foi de desconfiança, nenhuma delas foi, porém pouco lhe agradou a situação. Permaneceu quieta até que o sr. Manson num olhar longo percebeu sua presença.

No escuro não se pode ver a aflição dele de ser visto em tal situação, logo se apressou e chegou até Clarisse.

"Estávamos a procurá-la, srta. Hill! Vimos que saiu para o sereno e pedi ajuda de sua primosa amiga e prima para procurá-la. Devíamos ter decidido por ir para a direita em vez da esquerda! "

"Não era necessário me procurar, sr. Manson, é que quando danço, sinto muita vontade de tomar um pouco de ar para me acalmar." Tânia se aproximou deles, seu rosto mudava, não era mais sereno, mas uma máscara de desprezo mal encoberto. Ela fez menção para se retirar mas o sr. Manson logo interviu.

"Srta. Hill, eu poderia pedir que me permitisse convidar sua valorosa prima para duas danças já que foi a única que expressou qualquer vontade de me ajudar a procurá-la?" Ele piscou para Clarisse como se isso servisse para apaziguar qualquer suspeita sobre o que se passava entre ela e ele.

" Deve ir então senhor, mas minha prima ainda não aceitou o convite? Então, Tânia, deseja dançar com o sr. Manson? "

"Já que ambos insistem, farei com orgulho. " Disse ela para Clarisse e pegando o braço do sr. Manson depois que ele beijou a mão de Clarisse, saíram em direção ao salão.

Clarisse se viu livre de qualquer companhia para pensar, queria acima de tudo, devolver o anel ao lugar onde o havia pego, decidiu então, que aquele era o momento correto de agir sem suspeitas. Entrou no salão silenciosamente e andou contornado os grupos, chegou ao salão superior em que todos dançavam. por um momento se perdeu ao ver como Manson e Tânia dançavam, não só lindamente, mas de uma forma intensa e foi isso que garantiu um aperto em seu coração, ela não gostava dos sentimentos que Tânia nutria por ele, queria dizer que o sr. Manson já a havia escolhido, mas não podia.

Também nunca suspeitou que ele nutrisse algo por Tânia, e isso não veio a sua mente naquele momento, mas a dúvida se alastrou silenciosamente por seu coração. Antes que a música terminasse, Clarisse percebeu a necessidade de terminar a tarefa e devolver o anel, estava a menos de dez metros da ala leste quando foi abordada por Digory.

"Irmã, esqueceu que tinha me prometido uma dança? Eu a procurei e não a encontrei em lugar nenhum do salão, acabamos perdendo a valsa!"

" Desculpe-me Digory, não me lembrei de seu pedido e me encaminhei para o ar livre por alguns minutos."

"Sozinha? "

" Entrei o sr. Manson lá também" ela completou antes que Digory tivesse a oportunidade de se manifestar contra a ação dela " e Tânia".

"Muito melhor do que ter ele com apenas uma dama, mas não gosto que fiquem nestes arranjos, prometa permanecer aqui dentro. "

"Prometo, ou se não, você mesmo sairá comigo." Clarisse sorriu abertamente para o irmão.

"Agora, vamos dançar, uma dama sempre deve cumprir as promessas..."

"... Principalmente para com o irmão. " Terminou Clarisse o discurso de Digory, ele costumava dizer isso sempre que ela lhe fazia promessas, por mais bobas que elas fossem, foi assim que mesmo causando pavor na mãe, Clarisse vestiu uma calça do irmão por um dia todo, tudo por culpa de uma aposta que ela havia perdido.

Eles se posicionaram um diante ao outro e esperaram que os violinos começassem, não falaram no começo e Clarisse tentava prestar atenção nos passos. Por mais que fossem um par impróprio, por se tratarem de irmão e irmã, eles dançaram celebrando os bons tempos e Clarisse declarou estar ali só por causa do estado debilitado de Rose.

" Claro que não! Mesmo que seja verdade que Rose não pode dançar, eu sempre ficarei feliz de dsncsr4 com a mesma menina que ensinei a mortar um cavalo."

"Diz isso só porque não pode ensinar a Tânia nem a Alice. " A este ponto da dança, Clarisse já havia desistido de devolver o anel durante o baile, viu que havia sempre um dos criados proximos do arco para não permitir que nenhum homem ou mulher adrentasse na ala. Teria que fazê-lo a noite, enquanto todos estivessem dormindo.

Foi nesse momento que Clarisse parou de ouvir o que seu irmão dizia, sua atenção foi presa então no par próximo deles. Tânia e Edward dançavam envolvidos, era visto a tensão wue eles expunham, pareciam conectados por algo espesso, mesmo que transparente.

"Clarisse, ouça-me menina! "

"Desculpe. De que falava, Digory? "

" Quero apresentá-la a um amigo meu, acredito que apreciará a companhia dele..."

"Não" disse ela o interrompendo "Desejo subir para o meu quarto assim que esta música acabar. E não se preocupe, é só uma atitude prudente. "

Ela se despediu e subiu as escadas, nervosa.


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Notas finais do capítulo

Então, e minha recomendação Vi? Ainda mereço?