Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 28
Embarrassing Situacion.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu tinha desistido de postar, mas... Bom, resolvi fazer um capitulo pequeno, e me lembrei do quanto eu gostava de escrever essa fic. Me desculpem pela ausência, e eu não vou desistir de postar aqui. Talvez as atualizações demorem um pouco pra sair, mas vão sair. Eu espero que continuem gostando, e que me perdoem comentando. SÉRIO, COMENTEM!!!! É tudo o que eu peço.
O proximo capitulo vai ser maior, e se quiserem spoilers ou tiverem alguma duvida, podem perguntar na minha antiga ask, que eu entro ainda essa semana pra responder (ask.fm/tosmolder)



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ELENA'S P.O.V.

O telefone tocando na mesa de canto me acordou, e eu nunca fiquei tão brava com um toque na vida. Eu estava tão cansada... O motivo de eu estar tão cansada também não facilitava meu humor. Damon ainda dormia do outro lado da cama, e por mais embaraçoso que seja isso, sua perna estava entrelaçada com a minha e era uma sensação gostosa. Eu me castiguei muito mentalmente por achar aquilo gostoso. Mas ele era tão feio dormindo que eu quase esqueci o motivo de eu ter ficado tão excitada. (Mentira, ele é bonito dormindo, é difícil admitir, me desculpem).


Ah.. O telefone. Levei a mão preguiçosamente até ele.

– Alô?! - Soou mais como uma pergunta.

– Srta. Gilbert, temos uma ligação da América. Sua amiga Caroline. - o cara da recepção do hotel falou.

Tinha que ser Caroline mesmo, ligando nos melhores momentos, sempre.

– O.k. coloque-a na linha. - falei com a voz ainda sonolenta.

– Só um segundo. - e então uma musiquinha chata tocou por 15 segundos, mais ou menos, até Carol falar da outra linha.

– Elena? - ela sussurrava.

– Não, Jesus Cristo. - bocejei.

– Eu cometi um pecado essa noite, desculpa. - ela ainda sussurrava. - na verdade, o fato de eu estar pelada nesse momento, faz com que o pecado seja até agora.

Não aguentei e ri.

Eu QUASE falei pra ela que eu estava na mesma situação.

– Não me diga que você...

– Eu to com o Klaus, num motel.

– AI. MEU. DEUS. Eu sabia que essa briga não ia durar muito. - comemorei.

Caroline e Klaus eram meu casal preferido, porque Klaus era o único que conseguia fazer com que Carol me desse um pouco de paz. Eu o amava por isso.

– POis é. Mas tem algo a mais. - a voz dela ficou um pouco mais séria.

– O que?

– Eu só vou te contar pessoalmente, mas se prepara porque é uma bomba.

– Puta que pariu você sabe que eu odeio.. - e a vadia desligou na minha cara.

Bufei. Na verdade eu meio que gritei, porque Damon deu um pulo do meu lado. Ele murmurou alguns palavrões e esfregou os olhos. Eu não me preocupei em fazer uma expressão de desculpa... E aí eu percebi que eu estava nua, e que ele também, e aquilo era realmente muito constrangedor. MUITO.

– O que aconteceu? - ele esfregou os olhos.

– Você ta perguntando sobre ontem a noite ou o quê?

– Não. Eu lembro do sexo. - ele me lançou um daqueles sorrisos que eu odeio, o que me fez voltar mentalmente pra época do ensino médio.

Ele falar em voz alta o que fizemos piorava muito a situação.

– Cala a boca e para de sorrir assim. - fiz uma careta de desaprovação e ele riu.

– Eu tava perguntando o motivo do grito. - ele arqueou as sobrancelhas.

– Ah! Caroline é o motivo.

– Hm, confesso que estou com um pouco de ciumes, mas considerando que eu fiz você gritar a noite toda...

– Você é um idiota. - empurrei ele com o pé, o fazendo cair da cama.

– Oh baby, talk dirty to me. - ele quase gemeu e eu enfiei a cara no travesseiro.

– Você é realmente insuportável.

Tudo bem, eu vou fazer um resumo, porque essa parte é realmente bem chata. Apesar de todo o sexo, eu e meu colega estávamos ali a trabalho, e bom, precisávamos trabalhar. Ambos levantamos, tomamos café da manha, eu tive que aturar MUITAS piadas vindas dele sobre a noite passada, o que me dava vontade de morrer. De verdade. Eu acho que quando fizemos a promessa de ser apenas um ato sem importância, devíamos ter dito que era proibido falar nesse ato sem importância. Mas como não fizemos, eu aguentei, e na maior parte ignorei. Ou fingi que ignorei.

De qualquer forma, fomos ao trabalho e fizemos tudo o que éramos pagos pra fazer. Tirando a parte de que Damon cantava as modelos e eu fingia que aquilo não estava me incomodando. Sendo que na verdade estava sim. Pra caralho. E isso é pior do que parece. Não devia me incomodar, mas eu coloquei na cabeça que só incomodava porque eu era mulher, e uma noite de sexo mexe com a nossa cabeça.

Acertamos tudo no trabalho, arrumamos nossas coisas e fomos para o aeroporto. Eu fiz de tudo pra pegar um lugar afastado dele no avião, mas o filho da puta trocou de lugar com o cara que estava do meu lado, com a desculpa de que estava na janela e de que o cara não iria se arrepender. Eu fiquei o tempo todo virada pro lado e ignorando sua respiração absurdamente alta e irritante. Trocamos algumas ofensas antes de eu adormecer.

Depois de horas de viagem, depois de algumas horas de irritação profunda, depois de mais algum tempo dentro de um carro, finalmente eu estava em casa, e Damon na minha casa. Aliás, uma anotação isso merece: TA NA HORA DELE IR EMBORA.

Mas deixei isso pra mais tarde, porque antes mesmo de desarrumar as malas, a primeira coisa que fiz foi procurar Caroline.

– Ela ta no banho. - Stefan falou, e veio me abraçar. - Saudades de você.

Minha cabeça estava na loira maldita, não consegui abraça-lo direito.

– Uhum... Aqui, você acha meio sem educação se eu entrar no banheiro com ela la dentro?

Stefan riu.

– Bom saber que também sente minha falta... E, respondendo sua pergunta: não. Ainda mais se tomarem banho juntas.

Agora eu ri.

–Nojento.

– Na verdade, sexy.

– Eu acho que vou entrar...

– Eu duvido que ela não tranque a porta.

– Só a do quarto, e de la eu tenho a chave.

– Por que quer tanto falar com ela?

– Vou descobrir depois que falar. Eu to curiosa com algo que ela me disse no telefone.

– Ah, eu acho que sei do que ta falando... - ele disse.

ELE SABIA? E NÃO ME FALOU NADA?

– Desgraçado, me fala o que é. - dei um soco em seu ombro.

– Olha Lena, se ela não contou, não sou eu que vou contar.

Tudo bem, eu ia explodir de curiosidade. Então eu abri a porta do quarto e invadi o banheiro da Caroline. Ela deu um gritinho de garota fresca e eu quase soltei todos os cachorros em cima dela. Se a gente tivesse algum cachorro.

– ELENA, PORCARIA. EU TO NUA.

– Me poupe. - cerrei os olhos. - Pouco me importa. Você vai me falar agora o que tinha pra me falar.

– Caralho, isso tudo é curiosidade? - ela desligou a água e se enrolou numa toalha.

– Não gostei do tom de voz, achei feliz demais.

– Hmm.. - Caroline ficou se encarando no espelho, se divertindo com a minha frustração.

– Fala logo ou eu juro que você sai daqui com um olho rosto. - Ameacei.

– Tudo bem... O que eu tinha pra falar, é...que... EU VOU CASAR! EM UMA SEMANA!

– Jura?????? MEU DEUS! PARABENS. NÃO VOU TE ABRAÇAR PORQUE VOCÊ TA DE TOALHA, MAS PARABENS. - bati palmas.

Eu sabia que isso ia acontecer, mais cedo ou mais tarde. Esses dois se amavam, e sinceramente, não existia casal mais perfeito. E isso significa alguma coisa vinda de mim.

– EU TO PIRANDO.

– Isso é normal, ué.

– Você não entendeu o sentido da coisa... Eu to pirando. To desesperada. Quero vomitar. Quero sumir.

– Mas Caroline, você vai casar com o cara que ama.

– EXATAMENTE.

– Pera, to meio perdida. Me explica qual é o problema então.

– E se der errado? - ela se sentou na cama, com os olhos em pânico.

– Você divorcia.

– Mas eu nunca mais vou encontrar ninguém.

– Verdade. Mas você ainda vai ter a mim. Eu vou morrer sozinha, todo mundo sabe. - me sentei do lado dela.

– Isso era pra me animar? - Ela me olhou, com um meio sorriso.

– Não me ofenda.

– Mas é sério, eu to surtando desde ontem.

– Por que você não fala com ele?

– Porque quando ele ta perto, isso parece certo.

– CARALHO CAROLINE, PARECE CERTO PORQUE É. - Me levantei, ela precisava de um esporro, e apesar de eu nem saber o que tava fazendo, lhe dei um. - Você ama ele, então casa com ele. Se não der certo, se separa. É simples, fácil. Só assinar um papel. Pronto. Agora para de pensar no que PODE acontecer, porque se a gente pensasse muito nisso, provavelmente não estaríamos morando na Califórnia agora. Ta entendendo? Chega de pensar, só faz. Agora é hora de agir. Pensar nunca foi seu forte, de qualquer maneira. Agora veste uma roupa que essa toalha ta me dando agonia.

Ela me encarou sem dizer nada por um tempo, e depois deu um sorriso.

– Você ta certa.

– Como sempre. - sorri.

Carol foi até o guarda-roupa e pegou um moletom pra vestir. Depois me encarou.

– Vai ficar me olhando? - Eu ri.

– Ta com medo de eu te agarrar? Você não é tão gostosa. - falei, e ela riu.

– Sai daqui, que depois eu preciso de ligar pro Klaus e eu não quero que você escute.

Revirei os olhos.

– Ok então, mal agradecida. - fingi uma voz de tristeza.

Mas quando eu tava saindo do quarto, ela me parou.

– Você vai ser a madrinha, ta?

– Você fala como se eu não soubesse. - sorri e sai do quarto. Me deparei com Tyler andando de um lado pro outro do corredor.

Ele parecia estar contando alto, ou falando sozinho. Mas Tyler era completamente maluco, as vezes eu tinha medo de perguntar o que ele tava fazendo, mas a curiosidade sempre fala mais alto, apesar de eu saber que iria me arrepender de perguntar isso.

– O que foi? - ele levou um susto.

– Ai cacete, me fode mas não me mata.

– Sem gracinha, que que é? - encostei na parede.

– Você acha que agora que a Caroline vai casar, eu devo devolver as calcinhas dela?

O encarei sem saber o que dizer. Eu sempre me arrependo de falar com ele, por quê mesmo que eu continuo falando?

– Faz o seguinte, guarda pra você e NUNCA fale pra alguém sobre isso.
Francamente, quanto mais eu rezo mais assombração me aparece. Aliás, uma assombração, e bem estúpida por sinal. Quem guarda calcinha dos outros? Tentei livrar da minha mente as perguntas sobre o que diabos ele faz com os pedaços de pano quando ta sozinho.

– Elena... - ele me parou pelo ombro.

–O que foi agora?

– Você me acha um retardado? - ele perguntou, olhando pro chão.

– Precisa perguntar? - comecei a rir, achando que a pergunta era uma piada, mas parei quando vi que era sério. - Oh, você ta perguntando sério...

– É. O caso é que, eu quero que de certo com uma garota, mas primeiro eu tenho que conquistar ela. E eu sendo retardado, acho dificil.
Juro que me deu pena do cabeça de vento. Ele era boa gente, tadinho.
– Olha Ty, eu nem acredito que vou falar isso, mas: não muda seu jeito pra conquistar ninguém. Ela tem que gostar de você do jeito que você é. Sem tirar nem por... Talvez se ela tiver alguns livros de conhecimentos gerais pra te emprestar. Mas fora isso, seja você mesmo. Se ela não gostar, é porque não te merece.
Elena Gilbert, a nova conselheira amorosa. Sabe cuidar da vida de todos, menos da sua própria.

Tyler me abraçou, e eu não consegui retribuir, só rir mesmo.

– Obrigado. - ele disse.

– Ta, ok, agora me solta. - ele obedeceu, mas continuou sorrindo.

Tyler era um idiota, mas eu gostava dele. Ele era como uma criança, eu sabia que seu coração era bom, apesar de pervertido, então mesmo quando ele me irritava, eu não conseguia ficar com raiva.

Desarrumei minha mala e guardei as coisas no guarda-roupa. Depois disso fiquei uns bons minutos, talvez uma hora, deitada numa banheira quente e cheia de sais relaxantes. Era tudo o que eu precisava, um bom banho e sossego. Me recusei a pensar em tudo o que tinha acontecido na viagem. Me recusei a pensar no você-sabe-quem. Só pensei em mim, sendo promovida, sendo bem sucedida. Pensei em pássaros. Eu sempre pensava em pássaros, era meio doentio as vezes. Pensei no quanto as coisas poderiam melhorar. Pensei na Caroline se casando, mas tentei não pensar nela se mudando, porque, sério, o que eu iria fazer sem ela? Iria morar com os três patetas e provavelmente não ter ninguém pra desabafar? Eu não merecia isso. Mas enfim, afastei esses pensamentos, porque me levariam a querer estragar o casamento, e ela merecia isso.

Sai do banheira como uma nova pessoa. Vesti uma camisola e sai do banheiro, pronta pra assistir uma temporada inteira de uma série qualquer e dormir. Mas, para a minha surpresa e total descontentamento (é mesmo? Mentirosa), Damon estava deitado, só de samba canção, da forma mais relaxada do mundo, na minha cama. Eu encarei aquela cena por uns segundos, esperando que fosse só um pesadelo.

– O que você ta fazendo aqui? - franzi o cenho.

– Adorei o pijama. - deu uma risada.

– Damon, sai daqui. - respirei fundo e contei até dez.

– Qual é Elena, vim só te fazer companhia. To entediado, Stefan saiu, Tyler dormiu vendo filme, só me resta você, porque eu não tenho muito assunto com a Caroline.

– Sou sua ultima opção? - arqueei a sobrancelha.

– Melhor que opção nenhuma.
Revirei os olhos enquanto pendurava a minha toalha e penteava o cabelo. Me sentei na beira da cama.

– Na verdade, opção nenhuma me livrava de você. Nunca senti tanta inveja da Caroline.

– Eu não sou uma companhia tão ruim assim. - ele fez biquinho.

Aquele biquinho era extremamente fofo, e exatamente por isso me irritava mais que qualquer outra coisa.

– Tem razão, é pior que ruim.

– Você gosta.

– Detesto.

– Mentirosa.

Mostrei o dedo do meio.

Era incrível... Quando você é mulher, a coisa que faz mais rápido é amadurecer. E na presença de Damon, eu simplesmente andava pra trás. Era como se eu tivesse 17 anos novamente. Isso era o que mais me frustrava, porque de certa forma, eu gostava de retroceder com ele. E não deveria gostar.

– Ta, o que você quer fazer?

– Quero que você saia daqui.

– Eu vou te dar três opções, e te garanto que essa ai não ta na lista.

Bufei.

– E se eu recusar?

– Vou insistir.

Aquilo iria levar tempo e paciência, então resolvi ceder.

– Ok então. Quais são as opções?

Ele sorriu vitorioso e eu tive vontade de espancá-lo.

– Pizza, filme ou sexo. Escolhe. - ele piscou.

– Você é tão cara de pau, sabia?

– É o que eu mais tenho orgulho sobre mim.

– Pizza e filme, pode ser? - o encarei.

– Ahhh... - fez uma cara de desapontado. - Eu jurava que você iria escolher a terceira opção.

– Não vou nem perguntar o porque de você ter achado isso. - Falei e me abaixei pra colocar uma meia.

Damon se aproximou de mim por trás, passando a ponta dos dedos por toda a parte das minhas costas, com a boca no meu pescoço, beijando até chegar no meu ouvido.

–Por que eu te deixo louca. - deu uma mordida ali.

Aquilo me arrepiou dos pés a cabeça, e eu sei que ele tinha percebido. Maldita camisola.

– Deixa louca, só se for de irritação.

O empurrei pra longe de mim na cama, e me sentei ao seu lado.

– Pede a pizza logo. - falei.

– Já pedi. - ele sorriu. - Não mude de assunto.

Revirar os olhos era quase viciante perto dele.

– Na verdade, querido, se é você que está aqui, quase implorando por sexo, quem te deixa louco sou eu. - pisquei.

Eu não acredito que cai na dele.

– Isso não é verdade.

– Aham, vamos fingir que você não fica excitado só de eu te beijar. - se eu tinha caído naquele papinho, eu tinha que vencer. Porque pra mim, aquilo tinha virado uma espécie de competição.

– Você não acha que ta se dando muito crédito não? - ele me encarou.

– Eu to apontando pros fatos.

– Ha ha.

– Eu posso provar.

Me aproximei dele, e podemos dizer que eu tomei a decisão mais estúpida da noite. Mas eu só queria provar minha teoria.

Passei as unhas com força por todo o seu abdome, enquanto arrastava meus lábios no dele. Coloquei uma perna de cada lado de sua cintura, agarrei seu pescoço e o beijei. Ele correspondeu na mesma hora, agarrando a minha cintura, enquanto eu puxava seus cabelos levemente. Eu sei que é meio idiota eu falar isso, mas o beijo dele melhorava a cada segundo. Aquela boca com um gosto ácido, mas ao mesmo tempo refrescante, combinava muito com a minha. Eu senti que ele estava ficando excitado (e apesar de eu ter ficado também, eu podia esconder esse fato), me lembrei do porque estava fazendo isso e interrompi o beijo.

O encarei e ele riu, com as bochechas um pouco vermelhas.

A campainha tocou e eu sai de cima dele. Damon pegou um travesseiro e colocou no meio das pernas, depois me olhou de um jeito quase travesso.

– Vai pegar a porra da pizza porque a situação ta meio constrangedora aqui.

(continua)


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Notas finais do capítulo

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