Chapter 6:

Depois de jantar com a família de Robert Regina arrumou suas coisas e quando estava se despedindo dos pais do amigo a mãe dele sugeriu:

- Rob, filho, você pode acompanhar a Regina, a final já são 20:05, e está escuro.

- ‘Magina D.Helena, não precisa! Minha casa nem é longe – falou Regina não querendo atrapalhar.

- Claro mãe, vou acompanhá-la... – disse ele gostando da ideia dela.

- Acha Rob! Não precisa... – disse a morena novamente.

- Precisa sim – falou D.Helena.

Robert e Regina saíram do apartamento e começaram a andar em direção à casa de Regina.

- Rob não precisava vir – comentou Regina.

- Mas eu queria vir – respondeu ele a puxando, e enlaçando sua cintura. Agora andavam juntos, lado a lado.

Regina ficou muda, e um pouco tensa com o gesto do garoto, mas logo relaxou a apoiou a cabeça no ombro dele.

Logo eles chegaram na casa dela, ele a soltou do abraço. Ela abriu a bolsa, pegou a chave e a colocou na porta. Quando se virou novamente para se despedir de Robert tomou um susto com a distância que estavam um do outro. Ou melhor, da pequena distância.

- Eu... – Regina começou a dizer, mas logo parou. O que ia falar?

Ele aproximou seu rosto para o dela e sussurrou:

- Você poderia me beijar agora...

Ela fechou os olhos e ele fez o mesmo, aí então ela aproximou seu rosto ao dele e o beijou lentamente, os lábios se moviam em sincronia...

“Eu nem sei porque estou fazendo isso... Também nem quero saber... Mas beijar o Rob está sendo bom. Devo estar muito carente mesmo”- pensava Regina.

“Caralho eu a amo tanto véi, esperei tanto por isso... Eu sei que ela não gosta de mim do jeito que eu gosto dela, mas está sendo tão gostoso esse momento...” – pensava Robert.

Eles se separaram, mas ainda sim próximos, e ainda estavam de olhos fechados então ele sussurrou enquanto abria os olhos lentamente:

- Esperei tanto por isso...

Regina abriu os olhos e disse:

- Rob, não confunda as coisas, por favor...

- Tudo bem, eu sei... Mas eu sempre vou estar aqui, sempre.

Ela suspirou, se virou e girou a chave, abriu a porta e entrou. Antes de fechar a porta lançou um olhar de simplicidade para ele. Já ele esperou ela entrar e começou a fazer a curta caminhada de volta, em todo o caminho ficou pensando no beijo... E que beijo.

Uma semana depois Emma estava em seu quarto injuriada! Não acreditava no que seu pai tinha feito! Depois de fugir mais uma vez, ele mandou colocar grades na janela do quarto da filha. Agora ela não tinha por onde fugir, a não ser pela porta.

- Te odeio!!! – berrou Emma novamente. Já era a terceira vez desde que tinha chegado do colégio.

De repente Mary Margareth entrou no quarto da filha, extremamente estressada e disse:

- Se você falar isso de novo vai apanhar!

- Eu odeio ele! E você também não faz nada pra impedir essa catástrofe!  - retrucou Emma que sentiu logo em seguida uma ardência do rosto. Tinha levado um tapa na cara de sua mãe.

- Se você continuar a falar vai apanhar de novo! – falou Mary Margareth atônita.

Emma segurou as lágrimas que estavam surgindo em seus olhos, não ia chorar na frente da mãe. Aliás não ia chorar na frente de ninguém. Mary Margareth se virou e saiu do quarto, encostando a porta.

- Se vocês acham que eu vou ficar presa nessa joça? Vocês estão muito errados! – sussurrou Emma bolando um plano já.

O dia passou lentamente, e cada minuto parecia horas para a loira. Até que de repente ela escutou seu pai chegar do trabalho, então ela ligou o som, e colocou funk para tocar bem alto. E também começou a dançar e rebolar até chegar ao chão. Sabia que isso irritava os pais.

Depois de uns longos minutos ela ouviu alguém se aproximar e começou a dançar mais e mais. De repente a porta do quarto se abriu e ela viu seus pais. Ambos, com um olhar nada agradável.

- Que baixaria é essa Emma? – perguntou David.

- Ué, se eu não posso ir até a festa, a festa vem até mim. – respondeu a loira descendo e subindo.

- Deixa ela ficar fazendo birra David, vem querido – disse Mary Margareth puxando o marido para fora do quarto da filha.

- Ela está fazendo isso para me provocar? – perguntou ele depois de uns minutos.

- Sim... Sabe, se a gente pedir pra ela parar de fazer isso, ela vai continuar a fazer, então vamos ignorar essa pornografia que estamos ouvindo e esperar que ela pare por si só.

- Isso um dia vai passar Mary? – perguntou ele.

- Vai querido... Vai... Agora vem, vamos para o quarto conversar – disse a mulher o puxando pela mão delicadamente até chegarem ao quarto.