Sempre Estarei Aqui Por Você escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 17
Capítulo 17 - Em Perigo


Notas iniciais do capítulo

Depois de séculos longe daqui, voltei pra comentar uma one mega diva e resolvi passar aqui pra postar também.

Na verdade, eu não iria mais postar a "Sempre", mas mudei de ideia, porque não vou deixar a fic pela metade por culpa de uns e outros por aí.

Então postarei os capítulos que faltam nos próximos dias.



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Três dias depois...

Com todos os próximos passos planejados, Joe encaminhou-se até a cela de Damon calmamente, como se estivesse apenas fazendo a ronda de rotina da manhã. Entrou após certificar-se de que ninguém o observava, nem mesmo as câmeras de segurança, que ele havia previamente ajustado para monitorar as paredes...

– Bom dia, flor do dia! – diz o carcereiro, assim que fechou a cela atrás de si. – Ansioso para ver o Sol além das grades?

– Parece animado demais para alguém que vai ficar trancado aqui pelas próximas horas... – Damon resmunga, sem se dar o trabalho de encará-lo.

– Ganharei muito bem para isso amigão, não será esforço nenhum! Além do mais, sua felicidade em encontrar a tal loira encherá meu coração de alegria e vai fazer essa loucura toda valer à pena!

– Vou fingir que acredito Joe! Agora, está mesmo tudo certo? Elena está lá fora esperando, como combinamos?

– Está tudo no esquema, garoto Salvatore. Você reencontra sua liberdade hoje. – o outro responde, encarando-o inquisidoramente em seguida. – Mas antes de sair, deixe-me perguntar uma coisa, sim? – e ao ver Damon acenar afirmativamente, Joe prosseguiu. – Qual o seu lance com a tal Elena? Sei que não é da minha conta, mas uma mulher daquela não se propõe a tirar ninguém da cadeia por pura generosidade. O que ela ganha com a sua fuga? Ou há alguma questão amorosa não resolvida entre vocês?

– Questão amorosa? Você realmente prestou atenção em alguma coisa que eu disse nos últimos meses? – Damon pergunta, encarando o carcereiro com a incredulidade estampada em seu rosto. – Não tenho nada, absolutamente nada com essa Elena. Meu assunto é com a Caroline, e apenas com ela entendeu? Mas você tem razão, Elena não está sendo generosa. Ela está de olho no tal investigador que está com a minha namorada, e quer minha ajuda para afastá-los de uma vez por todas.

– Então ela está te usando para conseguir o que quer. E você aceitou assim, de boa? – Joe pergunta, com um sorrisinho irritante.

– E por que não aceitaria? Se eu a ajudar, consigo o que eu quero. Simples.

– Ok, não está mais aqui quem perguntou! – o carcereiro responde, erguendo as mãos em sinal de rendição. – Mas agora, o que me diz de ir tirando esse pijaminha listrado, colega? Não vai conseguir sair daqui sem trocarmos de roupa.

– Se queria um showzinho particular, podia ter dito antes! – Damon resmunga, tirando a camiseta e jogando-a para Joe. – Posso ao menos ficar com as roupas de baixo, certo? – completa, tirando a calça e apanhando a roupa que o outro lhe estendia.

– Sim, sim, por favor! Não quero ser apresentado ao “Júnior”, se é que me entende.

– Nem eu tenho vontade de expô-lo pra você!

Pouco mais de um minuto depois, Damon e Joe já havia trocado suas roupas e o carcereiro lhe explicara uma última vez o que ele deveria fazer para sair de uma vez por todas dali.

Para dar mais veracidade à desculpa de que o rapaz imobilizara o agente e pegara suas roupas, Damon acertou um belo soco no rosto de Joe, fazendo-o tombar sobre o colchão surrado que havia na cela.

– Infelizmente, não posso dizer que sinto muito por isso, amigo. – diz Damon, parado à porta da cela. – Até nunca mais Joe! – completa, fechando a porta após sair.

********

Longe da penitenciária, Jasper acabara de estacionar o carro em frente ao laboratório de análises, onde tentava mais uma vez convencer Caroline a tirar o dia de folga. Estava realmente preocupado por conta de um mal súbito no dia anterior e queria que ela ficasse de repouso.

– Está tudo bem amor, estou perfeitamente bem! – diz ela mais uma vez, para um Jasper que permanecia de braços cruzados e com um biquinho adorável. – Além do mais, o que não vai faltar por aqui é socorro caso eu precise, certo?

– Sabe que isso não me convence, não é? – ele responde, seriamente. – Preferia você em casa, aos cuidados da Matilda, porque ao menos assim eu saberia que está sendo bem cuidada.

– Não preciso de uma babá, Jazz! – e agora era ela que fazia beicinho, o que o deixou totalmente desarmado.

– Eu sei que não, minha linda! Mas me preocupo com você, quero só o seu bem. – diz Jasper, aproximando-se mais dela e lhe dando um beijinho. – Prometa que vai me ligar se sentir qualquer coisa? Por favor, Care...

– Claro amor! Ligarei assim que a saudade apertar, ok?

– Estou falando sério, Caroline!

– Eu sei Jasper – a garota responde, afagando o rosto dele, - ligarei caso ocorra qualquer alteração, está bem? Mas acredite em mim lindinho, vou ficar bem. Foi só uma queda de pressão, nada de mais.

– Uma queda de pressão, sei... – ele resmunga, ainda não convencido, sendo surpreendido no segundo seguinte por Caroline, que o fez se calar com um beijo. – Isso é um golpe muito, mas muito baixo! – o rapaz continua instantes depois, mas já voltava a sorrir. – Nos vemos no almoço então?

– Claro que sim. Estarei contando os minutos, ok? Até mais tarde amor! – diz Caroline, com um sorriso, beijando o rosto dele e saindo do carro em seguida.

*********

Horas depois...

Caroline havia acabado de pendurar o jaleco no armário e apanhara sua bolsa. Era seu dia de ir até a confeitaria providenciar as gostosuras do café do pessoal. Após pegar a listinha com os pedidos sobre o balcão de atendimento da recepção, a garota foi barrada na saída por Nora, uma de suas colegas.

– E então... Já conferiu o resultado do exame? – ela pergunta, ansiosa e empolgada.

– Não, não tive coragem... – a loira responde, suspirando frustrada. – Eu deveria tê-lo aberto, eu sei... mas tenho um medo enorme de me decepcionar com o resultado, sabe? E se não for nada do que eu estou esperando, Nora? E se for... alarme falso?

– Se, e tenho sérias dúvidas de que seja, for alarme falso, é só seguir em frente querida. O mundo não vai desabar por isso. Além do mais, terá muitas oportunidades para ter um outro “reagente” em sua vida.

– Você viu o resultado? – Caroline questiona, temerosa.

– Segredo profissional, amiga. Não direi uma palavra sequer sobre isso, ok? - a morena responde, dando-lhe as costas. – E ah, não esqueça o meu sonho recheado com creme, está bem?

– Não irei esquecer, prometo!

**********

Jasper estava sentado à sua mesa, analisando uma generosa pilha de papéis sobre um novo caso, quando sua mãe entrou na sala sem ao menos bater à porta. Estava pálida e aparentemente nervosa.

– Aconteceu alguma coisa? – ele pergunta, levantando-se imediatamente e dirigindo-se até Cora.

– Querido... – ela começa, medindo as palavras. – Não quero que se desespere, está bem? – e ao ver que ele iria questioná-la, continuou. – Acabaram de me ligar avisado que Damon conseguiu fugir no início da manhã, na primeira ronda. E eles não têm noção de para onde ele pode ter ido, apesar de já terem acionado um pessoal para procurá-lo.

– Ele... O quê? – o rapaz pergunta, confuso. – Caroline já sabe?

– Ainda não filho.

– Eu vou buscá-la! – diz Jasper, correndo de volta à mesa e apanhando as chaves do carro e o celular. – Qualquer novidade, me avise está bem? Acho que não voltarei tão cedo. – completa, saindo da sala rapidamente.

Na recepção, Elena, que chegara ali há poucos minutos, observou-o correndo porta afora, e assim que viu Cora deixando a sala do filho, aproveitou para questioná-la sobre o que havia acontecido.

– Damon fugiu da penitenciária e Jasper saiu para buscar a Caroline, a fim de mantê-la em segurança até que o sujeito seja recapturado.

– Ele fugiu? Mas como? – a morena pergunta, inocentemente.

– Ninguém sabe ao certo... Bem, deixe-me avisar ao Royce, ele precisa saber o que se passa. Afinal, é o caso dele, não é? – a delegada responde, encaminhando-se à sala do outro investigador e deixando Elena sozinha.

Assim que se viu novamente sozinha na recepção, a garota apanhou o celular e correu ao banheiro feminino, discando o número de se mais novo “amigo” assim que entrou em um dos reservados. Não demorou mais do que alguns segundos para que a voz do rapaz soasse pela linha, e ela se apressou a falar sem nem mesmo cumprimentá-lo.

– Eles já sabem! Você precisa agir, e rápido!

– Não se preocupe, bonitinha. O alvo já está na minha mira...

– Perfeito! – a garota responde, desligando em seguida e voltando rapidamente ao seu posto na recepção, para não gerar nenhum tipo de suspeitas.

***********

Já no estacionamento, Jasper praticamente corria para chegar o mais depressa possível em seu carro, desligando o alarme do mesmo enquanto discava para o número da namorada. Abriu a porta do motorista no exato instante em que Caroline atendeu a sua ligação.

– Onde você está? – ele pergunta, sem dar a ela chances de dizer qualquer outra coisa.

– Oi pra você também, viu? Estou saindo da “Dolce Gusto”, a confeitaria aqui perto do laboratório. – diz ela, parando em seguida. – Está tudo bem? Você parece nervoso.

– Apenas volte o mais rápido possível pra lá, está bem? Estou passando pra te buscar.

– Está me assustando Jasper...

– Damon está à solta meu bem, e nada impede que ele vá atrás de você! Volte para o laboratório e me espere lá, chego em poucos minutos.

– Ele... fugiu? – Caroline pergunta retoricamente, sentido um frio estranho tomar conta de si. – Estarei te esperando amor. Só não demore, está bem?

– Já estou a caminho Care... – ele responde, dando partida no carro. – Amo você!

– Também amo você! Até logo. – a garota murmura, encerrando a ligação.

Assim que colocou o celular no bolso da calça, a garota enfim saiu da confeitaria carregada com os pedidos dos colegas. Acabara de atravessar a rua e estava a poucos metros da entrada do prédio do laboratório quando um carro familiar parou sobre a calçada bem a sua frente, fazendo-a suspender a respiração por alguns segundos.

O Camaro azul era inconfundível, assim como seu motorista, que desembarcou com um largo sorriso no rosto e se aproximou dela em poucos passos.

– Olá princesa, sentiu saudades? – Damon pergunta, parando bem à frente de Caroline e ajeitando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Para surpresa da garota, ele estava impecavelmente arrumado, como se nem sequer tivesse passado os últimos meses preso. – Parece assustada, minha querida. Aconteceu alguma coisa?

– O que... o que está fazendo aqui?

– E isso lá é pergunta que se faça Caroline? Eu esperava bem mais de você, sinceramente. – diz ele, tirando a sacola das mãos dela e passando o braço livre sobre os ombros da garota, num meio abraço. – Passamos tanto tempo separados e você nem é capaz de dizer um “Oi Damon, senti sua falta. Como você está?” – ele continua, numa imitação horrível da voz dela. – Você me magoa profundamente com essa atitude, sabia? E não é nada legal partir um coraçãozinho que só tem espaço pra você! – completa, com uma carinha triste.

– Des... desculpe. – a garota murmura, tentando se desvencilhar do abraço, sem sucesso.

– Ah, nem precisa tentar lindinha, você não vai escapar dessa vez! – e dizendo isso, ele pegou a bolsa que ela trazia e a largou no canto da calçada, juntamente com a sacola que havia tomado dela instantes antes. – Não vai precisar de nada disso, certo? Iremos pra nossa casa meu bem, você vai adorar o lugar! Tem um jardim enorme e uma piscina nos fundos... É um lugar perfeito para curtirmos bons momentos juntinhos!

– Damon, por favor... Está desequilibrado! O que está dizendo não faz o menor sentido! - Caroline tenta argumentar, uma nota de desespero tomando sua voz. – Nós não somos mais um casal, e não quero ir pra lugar nenhum com você.

– Bem Caroline, eu não queria fazer as coisas do modo difícil, mas você não está me dando escolha. – Damon sussurra, puxando-a pelo braço em direção ao carro e jogando-a no banco de trás sem muito cuidado. – Eu sinceramente não queria ter de fazer isso, e não, nem pense em gritar, ou será pior pra você. – ele continua ao se sentar ao lado dela, apanhando um frasquinho debaixo do banco juntamente com uma flanelinha. Despejou um pouco do tal líquido no paninho e voltou a fechar o frasco, virando-se para a garota em seguida. – Você vai dormir só um pouquinho, princesa. Quando acordar, estaremos no nosso paraíso particular.

– Damon, não... – diz ela, assustada, tentando se afastar dele, em vão.

No segundo seguinte, o rapaz colocava a flanela no rosto dela, obrigando-a a inalar o que quer que tenha despejado ali. Foram precisos apenas alguns segundos para Caroline sentir o torpor tomando seu corpo, e logo a inconsciência a dominou.

*********

Jasper estacionou o carro de qualquer maneira em frente ao prédio do laboratório cerca de dois minutos depois. Como não avistou Caroline à porta, desembarcou e subiu os degraus da frente de dois em dois, alcançando as portas de vidro em poucos instantes.

Na recepção, deu de cara com Nora, uma das colegas da namorada.

– E aí bonitão, o que faz aqui tão cedo? – a garota pergunta, sorridente. – Ainda não está no horário do almoço. Aliás, ainda nem tomamos o segundo café da manhã!

– Onde está a Caroline? Ela já voltou, não é? Acabei de falar com ela e ela me garantiu que já estava vindo para cá!

– Bem... ela ainda não chegou Jasper. Na verdade, ela está demorando pra voltar, sabe? Aliás, tem alguma coisa errada?

– Ela não voltou? Tem certeza? – ele pergunta, angustiado. – Ela pode ter entrado sem alguém ter visto, não é? – continua, já correndo em direção aos vestiários e encontrando-os vazios.

– Não, eu estive na recepção o tempo todo, teria visto Care voltar.

– Pra que lado fica a tal confeitaria? Vou começar a procurá-la por lá!

– Não vai mesmo me dizer o que está acontecendo, não é? – Nora pergunta, mas ao ver a angústia nos olhos dele, apenas se limitou a puxá-lo em direção à porta da frente. – Vou com você, será mais fácil procurá-la se não estiver sozinho.

Haviam se afastado apenas alguns metros do prédio quando algo na calçada chamou a atenção de Jasper. Confuso e temeroso, apressou o passo e aproximou-se do que reconheceu como sendo a bolsa de Caroline, e logo ao lado dela, a sacola com a marca da tal confeitaria.

– O que está acontecendo, Jasper? – Nora pergunta mais uma vez, sentindo o pânico dominá-la. – Caroline não largaria as coisas aqui... assim!

– Damon fugiu da penitenciária, deve ter vindo atrás dela... – ele responde sem encarar a moça, pegando a bolsa do chão e abrindo-a. Após remexer ali dentro por alguns instantes, voltou-se para Nora. – O celular não está aqui... Há alguma possibilidade dela ter conseguido levar o aparelho junto? – pergunta, sem realmente esperar por uma resposta. – E... o que é isso? – completa, puxando um envelope branco com o nome da namorada na etiqueta.

– Ela não lhe falou sobre isso, não é?

– Isso o quê?

– É um exame de sangue, Jasper. Caroline fez ontem e ainda não teve coragem de abrir para conferir o resultado. – e como pode notar que ele empalidecera à simples menção da palavra “exame”, ela continuou a explicar rapidamente. – Não é nada de ruim, acredite em mim ok? Ela suspeitava que estivesse...

E antes mesmo que Nora pudesse terminar de falar, o rapaz já rasgava o envelope e puxava a folha com o resultado, fazendo uma careta de perplexidade ao ver uma única palavra indicando a tão aguardada resposta.

– “Reagente”? – ele questiona, olhando do papel para Nora algumas vezes e vendo a garota abrir um leve sorriso. – O que raios significa reagente?

– Jasper... notou alguma coisa a mais nessa folha? Um desenho ou algo assim?

E assim que ela disse tais palavras, o desenho de uma grande cegonha carregando um bebê saltou aos seus olhos, deixando-o ainda mais perplexo.

– O que isso quer dizer, Nora?

– Não deveria ser eu a dizer isso, mas... parabéns papai! – a garota responde sem jeito, vendo-o ficar ainda mais pálido, se é que isso era realmente possível.

Ao ouvir as palavras da garota, Jasper sentiu sua vida entrar em suspensão, como se seu mundo tivesse parado de girar... Se Caroline estava mesmo grávida, Damon não estava apenas com sua mulher, mas também com seu filho, e a compreensão disso deixou o rapaz ainda mais abalado.


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