Sempre Estarei Aqui Por Você escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 18
Capítulo 18 - Salvação É O Que Eu Preciso...




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Com algum esforço, Nora conseguiu levar Jasper de volta ao laboratório, onde o fez se sentar num dos sofás da recepção, entregando-lhe um copo de água com açúcar em seguida. Enquanto ele permanecia ali, ainda pálido e meio em choque, a garota ligou para Isabella, cujo número estava na lista de contatos de Caroline, pedindo para que ela viesse ajudá-los assim que possível.

Levou pouco mais de quinze minutos para Bella passar pelas portas de vidro e correr até o irmão, abraçando-o apertado. E só então, com os braços da irmã em volta de seu pescoço, foi que Jasper pareceu recobrar algum controle.

– Precisamos encontrá-la, Isa... – diz ele, sentindo como se o mundo todo estivesse sobre suas costas. – Não vou me perdoar se ele fizer mal a ela.

– Nós vamos achá-la, ok? Confie em mim. – ela responde, tentando animá-lo de alguma forma. – Já falei com a mamãe, o pessoal da DP já está investigando e assim que tiverem alguma notícia, vão entrar em contato conosco. Você só não pode sair por aí sozinho tentando fazer justiça com as próprias mãos, irmão.

– Acha mesmo que vou ficar aqui sentado enquanto Damon está com a minha família? – Jasper questiona exaltado, colocando-se de pé num pulo. - Não vou dar a esse desgraçado a chance de destruir minha vida uma segunda vez, Bella! Vou caçá-lo e fazê-lo pagar por tudo que fez!

– Jasper...

– Coloque-se no meu lugar, Isabella! – e ao ouvir o irmão dizer seu nome completo, a advogada recuou instintivamente. Ele raramente a chamava pelo nome, a menos que estivesse realmente nervoso ou zangado. E bem, ela não tirava a razão dele por se sentir assim... – Imagine Tanya, a garota que você sempre odiou e que sempre tentou roubar Edward de você, sequestrando seu marido e seu pequeno Benjamin. Consegue imaginar isso, irmã? Consegue imaginar a dor, o medo e a confusão que uma situação dessas causaria a você? Consegue ter uma pequena noção do que eu estou sentindo?

– Seria devastador... Sufocante... Um pesadelo do qual eu tentaria desesperadamente acordar. – Bella responde, tomando as mãos do irmão nas suas. – Sinto muito Jazz, faria qualquer coisa pra não te ver sofrer outra vez.

– Caroline está grávida... Um filho nosso, Bella! Não posso perdê-lo, não posso perder nenhum dos dois, entende? – ele murmura, largando-se no sofá novamente.

– Grávida? Temos um mini Jasper a caminho? Se o momento não fosse tão complicado, eu surtaria por saber que serei tia... – diz ela, com um sorriso fraco. – Mas vamos resgatá-los primeiro e comemoramos depois, tudo bem? Vamos trazer os dois de volta em segurança, irmão. Não daremos chances ao Damon para machucá-los. – completa, ajoelhando-se à frente dele.

– Queria poder ter toda essa certeza... – diz ele, suspirando cansado e passando as mãos pelos cabelos.

– Vai ficar bem se eu te deixar sozinho por três minutos? Preciso ir ao toalete.

– Não vou fazer nenhuma besteira, Bella...

– Obrigada. – ela responde, colocando-se de pé. – Volto logo...

Assim que a irmã sumiu pelo corredor, Jasper pode ouvir o celular tocar no bolso do jeans. Quase pode respirar aliviado ao ver o nome que piscava no visor, mas o que ouviu assim que atendeu a ligação não era exatamente o que estava esperando.

********

Caroline começava a retomar consciência dos sons ao seu redor e de si mesma, sentindo sua cabeça latejar com vontade e o estômago totalmente embrulhado. Provavelmente, era efeito colateral do clorofórmio, ou outra substância do gênero, que Damon usara para apagá-la momentaneamente.

Pelo que pode notar, o carro ainda estava em movimento, o que significava que ainda não haviam alcançado o destino planejado pelo rapaz. Mas em questão de poucos instantes, a velocidade começou a ser reduzida, até que Damon finalmente estacionou.

Temerosa, a garota não teve coragem de sequer tentar sentar e espiar pelos vidros para descobrir onde estavam. Assim que o motor silenciou de vez, ela pode ouvir a porta do motorista abrir e fechar com um estrondo, para logo em seguida a porta ao seu lado ser escancarada.

– Já está acordada, princesa? Venha, vamos esticar as pernas um pouquinho... – diz Damon, puxando-a para fora do carro e pegando-a no colo. – Bem, acho que eu terei de esticar as pernas, certo? Você me parece meio molenguinha ainda.

– Onde... onde estamos? – Caroline pergunta, esforçando-se para encontrar algo ou alguém familiar.

– Bem longe do seu investigadorzinho, isso eu posso garantir.

– Fez alguma coisa com ele, Damon? Porque se teve a coragem de encostar num fio de cabelo sequer dele, juro que acabo com você!

– Não está em condições de fazer ameaças, benzinho. Além do mais, ambos sabemos que você não é capaz de machucar ninguém... Então, nem gaste sua saliva com promessas vazias, ok? – o rapaz responde com um sorriso, colocando-a de pé meio desajeitadamente e a amparando pela cintura para que não caísse.

– Este é o seu paraíso particular? – ela questiona, tentando alcançar o celular no bolso do jeans sem que Damon percebesse.

Com algum esforço, conseguiu encontrar a tecla de discagem rápida, que voltaria a chamar o último número que havia discado: o número de Jasper. Nos segundos que se seguiram, Caroline formulou um plano, meio pobrinho e sujeito a falhas, mas era o único que tinha no momento. Se tivesse a sorte do namorado atender sua ligação, só precisaria encontrar uma maneira de fazer com que Damon dissesse onde estavam, e talvez assim alguém pudesse encontrá-los.

– Ah não, ainda faltam uns bons quilômetros para chegarmos à velha Mansão Salvatore. Eu sei que prometi que não voltaria lá, mas talvez com sua presença naquela casa, o lugar possa se tornar aconchegante e familiar... Um lar de verdade, sabe? – diz ele, realmente convicto de cada palavra que dizia. – Aliás, ela é até parecida com essa casa, só que é bem maior. Minha família era adepta de ostentação, se é que me entende. – continua, com uma piscadinha, deixando a garota cada vez mais pasma ao seu lado. - Mas o estilo vitoriano, com as janelinhas brancas e a grande porta de carvalho as tornam realmente semelhantes.

– Se essa não é a sua casa, então por que estamos aqui afinal? Duvido que seja para apreciar os detalhes da arquitetura.

– Eu já lhe disse, queria esticar as pernas um pouquinho! Além do mais, não queria que ficasse toda dolorida por dormir no banco de trás do carro, querida. – Damon responde, dando um beijinho nela, ato que fez com que ela estremecesse involuntariamente. – Sabe, precisa parar de ser tão relutante. Houve um tempo em que me beijar era sua prioridade, não é? – completa, com um sorriso irônico.

– Acredite, encostar em você não está na lista dos meus afazeres preferidos há muito tempo... As últimas recordações não são exatamente agradáveis. – diz Caroline, bufando frustrada. – Vai me dizer onde estamos ou não?

– Olhe ao redor Care... É lindo aqui! Por que não para com essa birra e aproveita o momento?

– Desculpe Damon, mas não consigo apreciar nada no meu atual estado. Ainda me sinto meio dopada !

– O efeito logo passa amorzinho, acredite em mim. Agora, o que me diz de conhecermos o interior da residência? – o rapaz pergunta, puxando-a junto consigo pela calçada que levava à porta da frente.

– Nós vamos invadir?

– Não exatamente. O lugar está à venda – ele responde, indicando com a cabeça uma placa onde se podia ler a palavra “Vende-se”, - então temos direito de fazer uma pequena excursão antes de resolver comprá-la, certo? Mesmo que eu não vá gastar meu dinheiro com ela, logicamente. – completa, girando os olhos.

– Sua lógica é espantosa! – Caroline murmura, seguindo ao lado dele mesmo que a contragosto. – Já pensou em escrever tratados filosóficos? – pergunta ironicamente, vendo-o parar com cara de “tacho” ao seu lado.

– O quê?

– Deixa pra lá! – diz ela, dando de ombros e tentando mais uma vez se desvencilhar dele, dessa vez com mais sorte.

– Já consegue se manter de pé sem apoio? Muito bom! Mas gosto de ter você pertinho de mim, Caroline. – Damon sussurra, ao abraçá-la pelas costas. – Agora seja uma boa menina e me dê sua mão. – completa, tomando a mão dela na sua e puxando-a consigo para dentro da casa.

***********

Jasper sentia um misto de perplexidade e orgulho com cada nova palavra que ouvia pelo telefone. Perplexidade por estar aparentemente ouvindo a conversa entre Damon e Caroline em tempo real sem que o rapaz sequer desconfiasse, e orgulho por sua namorada ter encontrado um jeito de lhe dizer exatamente onde estava.

Como não havia nenhum sinal de sua irmã pelos corredores, o rapaz deixou o laboratório rapidamente, tentando ao máximo não ser visto por nenhuma das moças da recepção ao sair dali. Alcançou o carro em poucos passos, dando partida e arrancando dali antes mesmo de colocar o cinto de segurança.

Aparentemente, eles ainda estavam na cidade, e o único lugar onde a arquitetura das casas era em estilo vitoriano era em uma rua no bairro mais antigo e mais ao norte, e era exatamente para lá que Jasper iria. Tudo de que precisaria agora era de alguns minutos e uma boa dose de sorte para que pudesse encontrá-los antes que Damon resolvesse voltar à estrada.

**********

De volta à recepção, Bella encarava o sofá vazio onde supostamente o irmão deveria estar sentado. Preocupada, olhou ao redor, esperando vê-lo de pé em algum lugar, mas não havia sinal dele. Aproximou-se do balcão e chamou a atenção de Nora, que estava concentrada em uma pilha de papéis.

– Você viu para onde Jasper foi?

– Ele está... estava... bem ali. – a moça responde, baixando o tom de voz gradativamente enquanto a perplexidade a tomava.

– Ah, que ótimo! Parece que alguém resolveu quebrar a promessa e saiu por aí prontinho pra fazer uma besteira! – diz Bella, exasperada, dando as costas a Nora e pegando o celular na bolsa. Após alguns toques, pode ouvir a saudação familiar de sua mãe. – Temos um problema... – uma curta pausa. – Jasper saiu atrás deles!

**********

Jasper precisou de algum tempo para chegar até a tal rua, e mentalmente, o rapaz se xingava por não ter pego uma das viaturas do DP. Talvez com o som das sirenes, o pessoal resolvesse colaborar com sua visível pressa de alcançar seu destino, certo? Mas mesmo com todas as lesmas e tartarugas que encontrou pelo caminho, conseguiu completar o trajeto antes de perder o rastro de Caroline, já que continuava monitorando os passos da namorada pelo celular.

Nem foi preciso percorrer toda a extensão da rua para avistar o tão conhecido Camaro azul de Damon estacionado em frente a uma linda casa. Para que não estragasse o “elemento surpresa”, Jasper deixou seu próprio carro há alguns metros dali, razoavelmente camuflado pela copa larga e baixa de uma árvore num jardim vizinho.

Antes de sair, pegou o revólver que mantinha escondido sob o banco do motorista, colocando-o dentro do bolso interno da jaqueta e dirigindo-se até a residência em que Caroline estava em seguida.

Atravessou o jardim com cautela, já que as janelas estavam sem cortinas e Damon poderia avistá-lo facilmente lá de dentro. Subiu os degraus da varanda tentando não fazer nenhum barulho e entrou na casa, aproveitando-se do fato da porta estar entreaberta.

Como não havia nenhum sinal deles na sala de estar, Jasper percorreu os demais cômodos do andar térreo, encontrando todos vazios. Estava para subir as escadas quando escutou uma voz vinda lá do alto.

– Ora, ora, ora... Vejam só o que temos aqui! Por que não disse que teríamos visitas, minha querida? –era Damon, parado no topo da escada com um sorriso cínico estampado no rosto, segurando a braço de Caroline com força para que ela permanecesse ao seu lado. – Desculpe investigador, mas não gosto muito de aparições “surpresa”. Então, se puder nos dar licença...

– Não está mesmo falando sério, não é? – Jasper pergunta, incrédulo. – Não saio daqui sem a Care, sinto muito decepcioná-lo.

– Não está me decepcionando... na verdade eu até já esperava por isso! – o moreno responde, sacando um revólver que trazia preso ao cós da calça e apontando-o diretamente para o outro. – Sugiro que faça o que eu educadamente pedi, vamos ressaltar a educação aqui, certo? Do contrário, eu serei obrigado a tomar certas medidas um tanto dolorosas para essa mocinha! – completa, apontando a arma para Caroline em seguida.

– Você não ousaria...

– Quer mesmo pagar pra ver? – ele pergunta, vendo Jasper recuar um passo instintivamente. – Achei que não! – continua, com um sorriso. – Agora, que tal se aproximar daquela janela ali para que possamos descer as escadas com tranquilidade?

Sem muita opção, Jasper continuou a se afastar da escada em direção às janelas da sala de estar, mas sem tirar os olhos de Caroline por um instante sequer. Precisava encontrar uma maneira, e bem rápido, para desarmar Damon sem oferecer perigo algum à namorada, o que seria uma tarefa um pouquinho complicada.

Em menos de um minuto, os dois já estavam no térreo, a apenas alguns passos de Jasper. O rapaz até tentou alcançar o próprio revólver no bolso da jaqueta num momento de distração do oponente, mas o universo parecia querer conspirar contra e fez Damon voltar sua atenção para ele no momento em que fazia mira.

– Jasper quer brincar? Estamos realmente corajosos, não? – o moreno diz com uma nota de sarcasmo na voz, engatilhando a arma e voltando a apontá-la para Caroline. – Sabe... se não quiser ver sangue no piso de madeira clara, sugiro que jogue esse seu brinquedo longe, amigo. E de preferência, na contagem de três! Um... dois...

E antes que Damon pudesse dizer o “três”, a arma de Jasper jazia aos seus pés.

– Assim está bem melhor! Não convém bancar o valente, não é? Agora meu bem – e nesse momento, ele voltou sua atenção para a garota, - diga adeuzinho ao seu precioso homem da lei! Não serei generoso o bastante para dar a ele a chance de ir atrás de nós!

– O quê? Do... do que está falando? – ela pergunta, visivelmente desesperada. – Não! Não pode machucá-lo Damon!

– Entenda querida, nada me impede de fazer isso! Além do mais, minha paciência com esse cara já acabou faz tempo, sabia?

– Eu vou com você sem oferecer resistência, farei tudo que você quiser... Mas deixe Jasper ir, Damon, por favor!

– Care, não! – o loiro implora, sentindo-se sufocar com a angústia, vendo-a murmurar um “Está tudo bem, Jazz!” sem emitir som algum.

– É uma proposta realmente tentadora, bonitinha! O que acha de me dar um beijinho antes, pra ver se consegue me fazer aceitar sua sugestão?

– Um... beijo? – Caroline pergunta retoricamente, tentando conter a repulsa que ameaçava dominá-la.

– Sim, um beijo para provar que está mesmo disposta a qualquer coisa para manter seu amado intacto. – ele responde, sorridente.

E sem esperar por qualquer resposta da garota, Damon aproximou seu rosto do dela e a beijou, sorrindo assim que percebeu que ela realmente o estava correspondendo, mesmo que a contragosto.

– Boa menina. – ele murmura, ao se afastar. – Mas sinto informar que isso não é suficiente. Você não vai voltar a me amar enquanto ele estiver respirando, Caroline. Sinto muito! – completa, apontando a arma na direção de Jasper.

– Damon, não! – a garota grita pulando na frente dele, ouvindo o som alto do disparo no segundo seguinte.

Os instantes seguintes pareceram correr em câmera lenta, como se cada segundo equivalesse a dez. Damon encarava Caroline com uma expressão de puro terror, enquanto Jasper sequer ousava respirar, mesmo que tentasse ordenar às suas pernas para que corresse até a namorada.

– Caroline? – o moreno murmura, vendo a dor transpassando o rosto dela. Só no que pareceu uma eternidade depois foi que ele se permitiu baixar o olhar e ver a mancha vermelha que se espalhava pela blusa da garota. – Oh meu Deus... Me desculpe... Eu não... Eu não queria... Caroline, me... me perdoe. – ele continua, cada vez mais desesperado, deixando a arma cair no chão e afastando-se dela lentamente.

Ao som das palavras de Damon, Jasper finalmente saiu de seu momento de torpor, correndo até Care e amparando-a antes que caísse, já que ela não parecia ter mais muito equilíbrio. Ele sequer percebeu em que momento o outro desapareceu de suas vistas. Estava preocupado demais com o ferimento da namorada, o desespero ameaçando se sobrepor ao raciocínio lógico.

Após respirar fundo e retomar um pouco do autocontrole, o rapaz pegou o celular e discou para a emergência, chamando por uma ambulância. Em seguida, sentou-se da melhor maneira possível e aninhou Caroline em seus braços, tentando ao máximo não machucá-la ainda mais.

– Estou aqui amor, vai ficar tudo bem ok? – diz ele, tentando convencer a ela e a si mesmo. – Os paramédicos estarão aqui daqui a pouco. – completa, com a voz embargada.

– Me... desculpe... Jasper... – ela responde, com certa dificuldade.

– Precisa parar de se desculpar, Care! Não teve culpa nenhuma, está ouvindo?

– Vou acreditar... em você... dessa vez... – murmura, sorrindo fracamente. – Eu amo você!

– Também amo você, querida. – Jasper sussurra em resposta, sentindo as lágrimas banharem seu rosto. – Promete que vai ficar comigo Caroline...

– É claro... que prometo. Sempre... vou estar aqui... por você...

– Care? – ele chama desesperado, ao vê-la fechar os olhos. – Caroline???


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