Love Hurts escrita por Rileid


Capítulo 3
Capítulo 2 - Me torno um ser inútil




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O garoto me olhava assustado . Ah para, eu sou tão feia assim ? Comecei a reparar melhor no garoto. Ele tinha olhos verdes como o mar, e cabelos negros. Ah , Thalia, deixa de ser bunda mole ! Dois minutos admirando as perfeições ops, os olhos do garoto e já tá toda derretida. Não pude evitar de olhar um pouquinho mais. Eu estava tão bem e feliz admirando tudo aquilo, quando uma voz me chamou atenção.

– Tira uma foto pra guardar de lembrança. - ELE disse.

– O -o-o- que, c-como assim ? - Eu perguntei.

– Tira uma foto... Assim não precisa ficar aí me comendo com os olhos. - Ele mantinha um sorriso estranho no rosto. Cara, que vontade quebrar aqueles dentinhos.

Logo, pessoas foram se amontoando em volta, já que era mega normal ver um garoto em cima de uma garota no chão do corredor.

– Colega, só pra te lembrar, quem caiu em cima de mim foi VOCÊ, e quem está em cima de mim é VOCÊ, e eu só estava te olhando pro caso de me pedirem um retrato falado do cara que pulou em cima de mim e... OUCH ! - Comecei a sentir muita dor no pulso. Aquele em que tinham duas pessoas em cima, só pra aliviar o peso.

– Que foi ? - Ele perguntou, ainda em cima de mim.

– Nada, eu estou perfeitamente... OUCH ! - Eu estava quase chorando de dor, meu pulso estava doendo muito.

– Sim, perfeitamente ouch. E o que acha de eu sair de cima de você , e olharmos esse pulso na enfermaria ?

– Não precisa de me acompanhar ... - Eu disse.

– Ora, ora, assim eu perco um ato de cavalheirismo... - Ele disse, ainda com um sorriso brincando nos lábios.

– Cair em cima de jovens donzelas não é cavalheirismo. - Eu retruquei.

– Xingar cavalheiros também não faz parte do conceito de uma dama. - Ele disse, saindo de cima mim (ufa !) e me puxando pelo pulso bom.

– Como posso ter certeza de que você não é um serial killer tentando me estuprar ? - Perguntei, quando estavamos sozinhos no corredor. - Eu nem mesmo sei seu nome.

– Porque eu te daria o meu nome ? Como vou saber se VOCÊ não é a serial killer tentando ME estuprar ? - Eu ri da inversão de papéis.

– Confie em mim... - Eu disse. - Mas tanto faz, eu também posso te chamar de colega. - Estavamos na porta da enfermaria, e eu quase tinha esquecido a dor.

– Pode me chamar de Percy. E o seu nome ? - Ele perguntou.

– Percy, eu te pedi o seu nome, não disse que ia dar o meu. - Eu entrei, e ele se foi. Tão rápido quanto chegou.

Entrei na sala de exames, e a mulher me fez uma porrada de peguntas, só pra no fim dizer :

– Amorrr, então, você pode ir embora mais cedo porque você tipo, fraturou o pulso, e aqui não tem o material nescessário para te engessar . Vai pra um hospital - Velho, fala sério que eu vou ter que andar até em casa com a mão doendo ? Não pode ser, não pode... Saí da enfermaria, e fui andando enfurecida até o jardim pra ir embora. Acho que não fiquei nada surpresa quando vi alguém me esperando, bem do lado das violetas.

– Ora, ora... Veja se essa não é a nossa famosa "colega" ...

– O que você quer ? - Perguntei, sendo direta.

– A questão não é o que eu quero... E sim o que você precisa ! E no seu caso, "Colega", você precisa desesperadamente de uma carona pra casa ... E eu posso te fornecer.

– Eu não preciso disso ! E eu não entro em carros de estranhos. - Eu disse.

– E eu não costumo quebrar pulsos de estranhas, mas o que posso fazer, aconteceu. - Ele disse. - Eu te levo daqui para o hospital, e lá ligamos pra tua... Mãe. - Ele disse

– Não tenho mãe. - Eu disse, e ele ficou sem graça.

– Ok... Agora vamos ? - Ele disse, com as chaves na mão.

– Colega, eu nem aceitei sua carona e... - Ele não me esperou terminar, e foi me puxando pelo braço em direção ao carro.

– Você fala demais. - Ele disse sorrindo, e ainda me puxando.

– Senhoras e senhores, isso é um sequestro, me ajudem, por favoooor ! - Eu começei a gritar como uma louca.

– Dramática. - Ele disse , e entramos no carro.

– Você é novo na escola ? - Eu perguntei.

– Nãaaaao .... - Percy ironizou.

– Só quis perguntar, tá ? E não abusa da pouca paciência. - Grunhi.

– Ui, ela é estressada.

– Colega você caiu em cima de mim, quebrou o meu pulso, me jogou dentro do teu carro contra a minha vontade, e agora quer reclamar que eu tô com raiva ? Vai à merda.

– Qual é a de chamar todo mundo de colega ? - Ele perguntou.

– Qual é a de cair em cima de alguém no primeiro dia de aula ? - Retruquei.

– Parei, parei... - Ele disse, e chegamos no hospital.

A enfermeira que me atendeu era gorda, feia, e cheia de espinhas no braço. De dar medo. Ela meteu dois quilos de gesso na minha mão, e me mandou pra sala de um tal de Dr. Jackson. Quando eu estava esperando três toneladas de feiúra, porque todos os médicos nessa porcaria são horríveis, me aparece um Deus grego. Oh Meu Deus. Que médico lindo. Ele era bronzeado, e tinha olhos verdes mar. Me lembrava alguém, mas eu não conseguia pensar em quem agora , estava ocupada sendo seduzida pelo lindo do doutor Jackson. Mas, novamente, alguém me interrompeu. Sempre ne interrompem quando eu estou sendo seduzida...

– Ahn... Senhorita Grace, você está bem ? - Saí do meu transe quando o doutor falou.

– Hã Dã... - Foi tudo o que eu consegui dizer.

– Deuses, eu não sei o que eu tenho de errado, isso já aconteceu com três pacientes só hoje ! - Ele disse. Seu problema é ser lindo, doutor...

– É a dor. - Tentei me explicar.

– Ah, sim. Se me permite perguntar, você é destra ou canhota ? - Ele perguntou.

– Eu sou o único ser vivente canhoto. - Grunhi.

– Mas ... A senhorita faz tudo com a mão esquerda ?- Ele perguntou, meio receoso.

– Obviamente, se sou canhota... - Respondi.

– Desculpe os termos, mas... Por dois meses a senhora será inútil. - Eu já era inútil com a minha mão esquerda, sem ela eu seria o que, imprestável ?

– Tudo bem doutor, inútil eu já era. - Ele sorriu, e me entregou um papelzinho, com os remédios que aliviariam a minha dor.

– Como fez pra quebrar o pulso ? - Ele perguntou.

– Um idiota caiu em cima de mim. - Eu disse, abrindo a porta pra me retirar.

Saí da sala alisando o meu gesso. Eu nunca tinha quebrado nada antes, além do coração Mas essa não é uma história para ser contada agora. Percy me esperava do lado de fora, com um sorrisinho no rosto.

– Sabe da última ? - Começei - Eu virei um ser inútil.


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