Causa Perdida? escrita por Gabriela Maria


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo bem maior que o anterior, mas esse deve ser mais ou menos o tamanho dos próximos.
Espero que gostem e que comentem!
Boa leitura! o/



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- Pronta para a ronda, Lily?

            Lily ergueu a cabeça. O salão comunal já estava bem menos lotado e Remo, seu amigo e colega de monitoria, parecia estranhamente animado para vagar pelos corredores em busca de alunos malfeitores. Independente disso, ela sabia que estava na hora da ronda. Então seguiu com Remo para o corredor.

            - Onde estão Potter e Black? – Lily desconfiou logo que eles cruzaram o buraco do retrato.

            - Ficou com saudades, foi? – divertiu-se Remo.

            - Claro que não, mas Potter está estranhamente quieto ultimamente.

            - Estranhamente?! Pelas calças de Merlin, Lily! Você disse que o deixaria de detenção pelo resto do ano!

            - Ah, quem manda ele vandalizar o patrimônio escolar?! – Remo sorriu, balançando a cabeça. Aqueles dois eram uma causa perdida. – Enfim, isso quer dizer que você não sabe de nada preocupante, não é?

            - Não, eu não sei de nada preocupante – ele respondeu, corando ligeiramente. Ela não pareceu completamente convencida, mas se tranquilizou um pouco.

            O corredor do sétimo andar estava vazio. Pelo visto, as pessoas não estavam dispostas a abandonar o conforto de suas salas comunais. Melhor assim para que não houvesse possíveis testemunhas.

            - Eu soube que Malfoy encaminhou uma reclamação a Dumbledore – Remo comentou casualmente. Lily ficou agitada.

            - Não seja tolo, Remo. Dumbledore sabe o porquê de você sumir uma semana por mês.

            - Sim, ele sabe, mas não pode contar, não é? Desde o ano passado, Malfoy reclama sobre minhas ausências nos compromissos da monitoria e, na semana passada, eu não pude ajudar Hagrid com a decoração natalina.

            - Mas eu dei conta do seu trabalho! – Lily protestou. – Claire e eu resolvemos tudo.

            - Não gosto de incomodar – Remo resmungou constrangido.

            - Ah, Remo, que bobagem! Não é incômodo nenhum.

            - De qualquer forma – ele continuou, consultando o relógio –, eu duvido que me queiram como monitor por muito mais tempo.

            - Não fala assim, Remo!

            Ele deu de ombros. Por mais que gostasse de ser monitor, já tinha como certa sua saída do cargo.

            - Dumbledore não pode divulgar os motivos da minha ausência e Malfoy não vai dar trégua. Mas não se preocupe – acrescentou em tom de consolo quando Lily amarrou a cara. – Aposto dez galeões como meu substituto será o Frank.

            - Não é justo – insistiu ela, inconformada, embora Remo soubesse que, no que dizia respeito a Malfoy, os dois concordavam.

            Durante alguns minutos, eles ficaram em silêncio, caminhando devagar, até que Lily se manifestou.

            - Claire perguntou por você esses dias – informou, olhando de esguelha para Remo. Ele continuou olhando para frente. – Ela perguntou se você já tinha companhia para a festa do Slughorn.

            - É, o James também me perguntou com quem você vai.

            - Não mude de assunto! – Lily retrucou rispidamente. Remo sabia que ela detestava a mania que seus amigos tinham de “incluir Potter nas conversas”. Encolheu os ombros.

            - Não sei se vou à festa – ele disse, fitando uma armadura ali perto. – Acho que Claire pode arranjar companhia melhor – Lily soltou um bufo de impaciência.

            - Deixa de ser masoquista, Remo! A Claire morre de amores por você. O que você vai fazer se ela te convidar?

            A resposta de Remo se perdeu quando ele parou abruptamente de andar e iniciou um escandaloso acesso de tosse. Lily correu em seu auxílio.

            - Remo, o que foi? – perguntou assustada enquanto dava tapinhas nas costas do amigo.

            Mas ele continuou tossindo, agarrado à parede, com o rosto extremamente vermelho.

            Ainda na segunda semana de aula, James, Sirius e Peter tinham preparado um plano para que a vida de Lúcio Malfoy nunca mais fosse a mesma. Na hora de começar a ação, porém, Filch apareceu inesperadamente e James precisou “abortar a missão”. O problema foi ele ter esquecido o Mapa do Maroto no corredor.

            Desde então, o mapa estava com Filch, Sirius não parava de culpar James pelo ocorrido, Remo e Peter não se conformavam com a perda da maior obra-prima dos Marotos e James tentava a todo custo recuperá-la. Claro que ele não imaginou que Lily o veria atirando bombas de bosta no corredor, a fim de atrair as atenções para um ponto do castelo antes de tentar arrombar a sala do zelador. Se esse esplêndido plano tivesse funcionado, Remo não estaria tossindo loucamente para dar sinal aos amigos.

            De repente, ocorreu-lhe a ideia de que James não era tão bom com planos, afinal.

            - Barbas de Merlin! – ele exclamou cinicamente, levando uma mão ao peito. Mal podia acreditar que estava participando daquela armação maluca. – Acho que me engasguei... sei lá... com saliva... – ofegou. Amaldiçoou a própria criatividade. Saliva?! Que tipo de desculpa era aquele?!

            - Passou? – Lily perguntou com os olhos arregalados. Remo confirmou. – Bem – ela retomou um tom casual –, espero que não seja essa a sua reação caso a Claire te chame para sair.

            - Você não acha mesmo que ela faria isso, acha? – preocupou-se ele.

            - Acho. Desde o ano passado ela pensa no assunto.

            Houve um silêncio constrangido e eles retomaram a caminhada. Remo teve vontade de perguntar se Lily não aceitaria finalmente sair com James, já que ela parecia tão decidida a unir casais apaixonados. Lembrou, porém, que o assunto James Potter era proibido entre os dois e se contentou em engolir em seco e pensar em Claire.

            Claire. A monitora da Lufa-Lufa por quem Remo se interessou quase instantaneamente. Ainda assim, ele não estava disposto a lhe contar seu “probleminha peludo”, como dizia James.

            Lily e Remo tinham chegado ao fim do corredor, onde as escadas se movimentavam lentamente. Lily deu um suspiro cansado e girou nos calcanhares, pronta para voltar ao salão comunal, mas, nesse momento, ouviu-se um barulho vindo do andar de cima, como se tivessem derrubado alguma coisa grande e metálica. Remo e Lily se entreolharam e, simultaneamente, olharam para o teto. Ambos pareciam surpresos e desconfiados.

            - Tava muito bom para ser verdade – Lily lamentou ao caminhar para esperar um lance de escadas.

            - Talvez seja só o Pirraça – Remo observou, acompanhando-a.

            - Bom, nós precisamos conferir, não é mesmo?

            A resposta dele foi encoberta pelo barulho de móveis sendo arrastados no andar de baixo. Novamente, os dois se entreolharam.

            - Eu olho lá em cima e você fica com o sexto andar – Remo decidiu.

            - Por que nós não vamos juntos? – Lily franziu a testa.

            - Tá com medo, Lily? – usou a velha tática de James: “se ela resistir, é só provocar. Lily não aguenta provocações”.

            - Claro que não! – ela respondeu irritada, mas corou discretamente.

            - Ótimo. Então está resolvido. Tô subindo!

            Remo sacou a varinha e, aproveitando que um lance de escadas acabara de chegar, rumou para o oitavo andar. Lily assistiu ao amigo subindo os degraus e desaparecendo no corredor de cima. As escadas tornaram a se movimentar e, pela segunda vez, ela escutou o barulho de móveis sendo arrastados no sexto andar.

            Esperou a chegada do outro lance de escadas e, com a varinha em punho, correu ao andar de baixo. O barulho agora era mais alto e constante. Lily avançou decidida pelo corredor, abrindo todas as salas que encontrava.

            Na quinta sala que experimentou abrir, ela parou. A escrivaninha do professor estava se movendo sozinha, arrastando os pés de madeira sobre o chão de pedra. Lily piscou os olhos, atordoada, e, ao prestar mais atenção, viu um par de pés caminhando para longe da porta. Em seguida, eles viraram para o sentido oposto.

            Com um gesto teatral, James Potter despiu a Capa da Invisibilidade e olhou para Lily.

            - Potter! – ela exclamou, sentindo-se surpresa e indignada.

            - Pensei que você não viria – ele disse, sorrindo. Lily cruzou os braços à frente do corpo.

            - Você é mesmo muito desocupado, não é?! – James não se deixou abalar.

            - Fico maravilhado com seu conhecimento sobre minha rotina, Evans.

            - Afinal, o que você pensa que está fazendo? – ela entrou na sala. – E o que quis dizer com “pensou que eu não viria”?

            - Bem, você não resiste à chance de me passar uma boa detenção, não é mesmo? Então eu presumi que você viria.

            - E por que você queria que eu viesse? Pelo que lembro, você não queria ficar de detenção durante todo o ano letivo.

            Apesar da postura fria e inflexível de Lily, James não desanimou. Na verdade, ela acabara de fazer a grande pergunta da noite. Ele pensou um pouco antes de responder.

            Por fim, trancou a porta com um aceno de varinha e se preparou para começar a falar. Lily olhou assustada para a porta, mas, antes que pudesse reagir, ouviu a voz de James.

            - Quero conversar com você – ele ficou anormalmente sério.

            - Nós não temos o quê conversar.

            - Ah, temos sim. Sabe, Evans, você já me deu alguns foras realmente épicos, mas eu não desisto fácil.

            - Do que você está falando? – Lily não conseguiu conter uma nota de pânico na própria voz.

            Para seu completo desgosto, James assanhou os cabelos, jogou a Capa da invisibilidade sobre a escrivaninha e se aproximou, fixando os olhos na garota.

            - Você sabe do que eu estou falando, não sabe? – James perguntou em voz baixa. Sua expressão continuava séria. – Desde aquele... evento do ano passado, você não anda mais com o Ranhoso e...

            - O nome dele é Snape, Potter – ela disse secamente.

            - Que seja – James deu de ombros. – Você nunca entendeu por que eu e ele brigávamos tanto?

            - Oh, não! – ela dramatizou. – Eu ainda tento descobrir como a vassoura suporta o peso dessa sua cabeça cheia de...

            - ... titica – ele completou, sorrindo. – Você é mesmo segura, hein? Vai ver por isso que eu gosto tanto de você.

            Lily ergueu as sobrancelhas.

            - Você o quê?

            - Gosto de você – ele repetiu naturalmente, com toda a simplicidade. Lily fez um esforço enorme para não perder a pose, mas corou furiosamente.

            - Você não gosta de ninguém além de si mesmo, Potter – disse com menos convicção que o usual.

            - Você não acredita mesmo nisso – não era uma pergunta, mas ela insistiu em retrucar.

            - Francamente, Potter, você mal me conhece!

            - Ah, eu te conheço muito bem – ele respondeu tranquilamente.

            - Não conhece, não! – bufou Lily, amarrando a cara.

            - Conheço, sim – o sorriso dele se alargou. – Eu sei que você adora catchup, que prefere uma travessa de batatas fritas com catchup a um belíssimo jantar. Sei que você já fingiu estar doente umas sete vezes para faltar às reuniões do Slughorn, que você mexe o nariz sempre que se sente constrangida.

            A essa altura, Lily estava tão vermelha quanto os próprios cabelos e, diante da última frase, ela sentiu seu nariz se movendo involuntariamente.

            - Ah! – continuou James. – Eu também sei que você não gosta muito de altura e, por isso, nunca tentou jogar quadribol, mesmo gostando do esporte e não perdendo um só jogo que seja aqui na escola. Sei que você adora estudar os pelúcios, que sua matéria favorita é Transfiguração...

            James percebeu que Lily havia finalmente baixado a guarda. Agora, ela não estava simplesmente zangada. Sua expressão parecia surpresa e confusa. Ele se permitiu olhá-la de mais perto e direto nos olhos. Distraiu-se e esqueceu o que queria dizer. Lily também não fez nada. Continuou calada a e imóvel, encarando-o também. James sorriu com o efeito que causara nela e se arrepiou com o efeito que Lily sempre lhe causava.

            - Qualquer pessoa poderia saber disso – ela falou após um tempo, tentando convencer a si mesma de que estava tudo sob controle. – Não é segredo para ninguém que eu acho quadribol um esporte perigoso ou que gosto de catchup.

            - Ah, mas eu ainda não te disse tudo – ele falou, sorrindo e assanhando os cabelos.

            - Olha, Potter, você não disse, mas eu também não quero ouvir – ele abriu a boca para protestar. Lily saiu na frente. – A primeira coisa que vou fazer quando chegar à Torre da Grifinória é matar Alice e Marlene por terem lhe contado isso e...

            - Ei! – ele exclamou ofendido. – Ninguém me contou nada! Francamente, Lily, você nunca percebeu que meus olhos são quase parte do seu corpo?!

            - Acontece que um cafajeste insensível como você...

            - Eu não sou um cafajeste insensível! – James alterou a voz.

            - Não precisa gritar, ok? – ela rebateu irritada. – Eu sempre deixei muito claro que você não tinha chances.

            - Você nem me conhece! – ele reclamou exasperado. – Acha que um cara legal como o Remo andaria comigo se eu não tivesse um mínimo de decência?!

            - Ninguém tem só defeitos, não é?! Mas você já deu provas de ser um estúpido cafajeste arrogante que quer conquistar a garota difícil. Não sei por que logo eu que fui eleita para o cargo, mas...

            - Por Merlin! – James bradou aborrecido. – Quando você vai entender, Lily?! Quando?!

            - É Evans, Potter! E-V-A-N-S!

            - Evans Potter é um belo sobrenome – ele provocou incapaz de se conter. Lily emitiu um rosnado de fúria. – Anda, Lily... – James recomeçou, passando a mão pelos cabelos. – Eu sei que você sabe que eu mudei.

            - Então é verdade! – ela debochou. – Você realmente ficou mais idiota, hein?!

            - Qual o seu problema, garota?! – ele nunca se sentira tão frustrado. – Todos os seus amigos torcem por a gente e, mesmo assim, você nem pensa que eu posso ser um cara legal?

            - Se você está falando da Marlene, ela perdeu meu respeito quando se agarrou com o Black e provou que tem mau gosto.

            James soltou um pesado suspiro e assanhou nervosamente os cabelos. Por que Lily dificultava tudo?!

            - Sabe, eu só azarei um garoto esse ano – disse casualmente.

            - Um terceiranista indefeso – ela censurou.

            - Mas ele realmente esbarrou em mim num dia de mau humor! – defendeu-se James. – E eu também não saí com nenhuma garota ainda.

            - E daí?

            - Bem, se eu fosse um cafajeste arrogante e tudo o que você disse, já teria ficado com várias, certo? – ela deu de ombros.

            - Sei lá. Talvez você não goste de repetir – James ficou indignado, mas Lily saiu na frente. – Já chega, Potter. Está tarde e eu preciso saber se o Remo encontrou alguma coisa no oitavo andar.

            - Claro que sim! – ele bufou. – Ele encontrou o Sirius – Lily arregalou os olhos quando entendeu a situação.

            - Vocês combinaram! – disse, apontando ameaçadoramente para James. – Remo sabia de tudo, não é?! – ele confirmou. Lily bateu na própria testa, indignada. – Ah, eu vou MATAR o Remo!

            - Você adora literatura trouxa – James falou inesperadamente,com uma voz firme e muito grave. – Você gosta de dias encobertos porque tem frio gostoso, mas é possível ver o sol. Você tem mania de passar o cabelo atrás da orelha e torcer as mãos quando está nervosa. Por mais que não goste muito da bajulação do Slughorn, você sempre fica tímida quando ele te elogia. Eu sei que você gostava do Adam Corner, da Corvinal – ele fez uma careta. – Sei também que sua irmã te faz chorar dias inteiros pouco antes do início do ano letivo, porque você mal sai do dormitório e, de manhã, sempre tá com os olhos inchados e vermelhos.

            - Potter... – ela não pode conter a surpresa.

            - Só para constar, eu também gosto de dias encobertos. Antes era por causa do quadribol. Agora... Bem, agora, só você finge que não sabe, Lily, mas até o Nick-Quase-Sem-Cabeça sabe que eu gosto de você.

            O que aconteceu em seguida foi inesperado. James deu um grande passo à frente, os olhos fixos nos de Lily. Sem muita consciência do que fazia, ele encostou a testa na dela, segurou Lily pela cintura e a beijou.

            A garota não teve qualquer reação por um tempo, até perceber que seus braços estavam em torno do pescoço de James. Naquele instante, ela realizou uma ação absolutamente absurda: Lily Evans estava aos beijos com James Potter.

            E era incrível como toda a autoridade de Lily havia desaparecido de repente. Como os defeitos de James pareciam subitamente irrelevantes no momento. Como ela não se incomodou em retribuir o beijo.         

            Após um tempo indefinido, os dois se afastaram. James parecia completamente contente e abobalhado, mas Lily já não sabia o que fazer ou sentir. Seu coração saltava no peito e seu cérebro estava anormalmente ineficaz.

            - Uau! – James exclamou num sussurro rouco. Lily corou.

            - O que deu em você, Potter?! – ela tentou, mas não conseguiu demonstrar real indignação.

            - Você me beijou de volta – ele disse, sorrindo tolamente. – E eu sei que você gostou.

            - Não seja burro...

            - Não seja cínica! – James simplesmente não conseguia parar de sorrir. Assanhou alegremente os cabelos. Lily ficou assombrada com tudo aquilo. – Nós somos uma boa dupla, Lily. Você acabou de comprovar.

            - Isso foi um descuido, Potter – ela se afastou, cambaleando, mas James a puxou de volta. – Me deixa ir! – acrescentou decidida.

            - O Ranhoso morria de ciúmes, sabia? – ele ficou subitamente sério. – Nem eu nem ele queríamos ficar longe de você.

            - Você nunca esteve realmente perto de mim, Potter, seu presunçoso – ele deu um sorriso enviesado, os olhos brilhando.

            - Tem certeza?

            Ela se afastou bruscamente. James não entendeu. Ficou preocupado.

            - Lily...

            - Evans – ela interrompeu. – Sinto muito, Potter, mas eu não tenho esse tipo de sentimento por você e não sei até onde posso confiar na sua palavra.

            - Mas, Lily...

            - É Evans, Potter – ela abriu a porta. – E isso não muda nada.

            E saiu da sala, deixando James paralisado de choque.


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