Thank You For Loving Me escrita por Maria Bonasera


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá garotas!!!
Amei os comentários de vocês!!
Amo escrever essa ficção.
Espero que gostem, foi feito para vocês!



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(Narrado pela autora)

O céu de New Orleans havia amanhecido limpo. Raios de sol entravavam pela janela de vidro e já clareavam o quarto do hospital. Mac abria os olhos devagar. Olhou para a cama de Stella, mas ela dormia tranquilamente, bem diferente de algumas horas atrás quando acordou agitada. Seu peito descia e subia no ritmo de sua respiração calma.

Sorriu com a cena. Levantou devagar se espreguiçando e tentando não fazer barulho, o que foi praticamente impossível, já que todo o seu corpo resolveu estalar de uma vez. Já não era o mesmo Mac de 10 anos atrás, dormir em um sofá poderia fazer muito mais mal a sua coluna do que correr atrás de bandido.

Saiu meio mancando do quarto em direção a lanchonete. Precisava urgentemente de um café forte.

...

Stella abriu os olhos preguiçosamente percebendo que Mac não estava no quarto. Agradeceu aliviada. O sonho que teve durante a noite foi com ele. Sim ela se lembrava. Mentiu quando ele perguntara com o que ela havia sonhado e porque tinha ficado tão agitada.

Estava assustada. No sonho ela fugia de Mac. Somente fugia. Seu peito doía e seu coração parecia em pedaços e ela continuava fugindo.

Stella não estava conseguindo entender esse sonho, a sensação de estar fugindo de Mac parecia-lhe familiar, mas por que ela fugiria dele? Ele parecia tão gentil, educado e ela realmente sentia que eles poderiam ter sido grandes amigos.

Não teve muito tempo para pensar nisso porque a porta do quarto abriu revelando seu médico e Taylor entrando e conversando.

_Espero que não tenhamos te acordado. – Dr Sheperd disse.

_Não. Eu já estava acordada. – Sorriu.

_Vamos fazer alguns exames agora enquanto está em jejum e logo logo seu café vem, ok? – O médico disse.

_Eu posso ter um daqueles?- Stella perguntou apontando para o copo de café de Mac. O detetive rapidamente o escondeu.

_Não adianta esconder Taylor. – Stella apontou para Mac. – A prova do crime está bem ali atrás doutor. E eu quero um daqueles.

_Nada de café expresso para a senhorita. – Dr Sheperd disse a Stella e ela fez cara de cachorro que caiu da mudança – e não adianta fazer essa carinha para mim. – Isso funcionava Taylor? – O médico virou perguntando para Mac que sorriu.

_Acredite, funcionava muito mais do que eu gostaria de admitir. – Falou rolando os olhos, mas não deixando o sorriso sumir dos seus lábios.

Stella cruzou os braços e bufou fechando os olhos.

_Quando ela fazia isso doutor geralmente era hora de sair correndo. – Mac disse se referindo a teimosia de Stella e todos tiveram que rir inclusive uma grega que acabou lançando um travesseiro em cima dele.

Stella fez os exames da manhã, tomou o café servido aos pacientes a contra gosto. Fez sua sessão de fisioterapia e quando voltou ao quarto teve uma agradável surpresa.

_Tia Stel!! Você demorou. – Lucy desceu do sofá e correu na direção de Stella com suas pernas curtas. A enfermeira a levantou e a colocou no colo da grega que estava na cadeira de rodas.

_Demorei né pequena? – Stella apertou Lucy contra o peito e fez carinho em seus cabelos.

_Demorou mesmo. Eu comecei a desenhar sem você! – Apontou para umas folhas espalhadas pelo sofá.

_Prometo não te deixar esperando de novo. – Stella disse enquanto a enfermeira conduzia a cadeira até a cama.

Lindsay pegou Lucy no colo para que Stella levantasse e Danny ajudou a enfermeira aconchegar a amiga na cama. Assim que se sentiu confortável Lucy se aninhou ao lado dela carregando todos os seus papéis e lápis com ela.

_Bom dia Danny, bom dia Lindsay! – Nem falei com vocês.

_Bom dia Stella. – Responderam em uníssono. – Sem problemas, a concorrente de atenção é páreo duro. – Completou Danny apontando para a loirinha.

_É verdade. – Disse fazendo carinho nos cabelos da criança. – Cadê o Mac? – Perguntou distraída.

Lindsay deu um sorriso de canto de boca para Danny que passou despercebido pela grega.

_Foi ao hotel tomar um banho e já deve estar voltando. – Lindsay respondeu e Stella só acenou com a cabeça.

_O que está desenhando princesa? Posso ver?

Lucy entregou o papel na mão de Stella.

_Estou desenhando os docinhos. – Ela respondeu simplesmente, como se fizesse o maior sentido do mundo. Stella olhou para a folha e aquilo não pareciam docinhos e sim pessoas, mas ela não tinha certeza.

_Que tipo de docinhos? – Perguntou.

_O docinho das pessoas. – Stella olhou para ela e a pequena explicou – Essa daqui é minha mãe que é o docinho do meu pai – apontou para a outra “pessoa” do desenho – e essa aqui sou eu que sou o docinho dos dois.

_Haa sim! – Stella disse admirando a criatividade da afilhada.

_Lucy chama todas as pessoas que tem namorado(a) ou são casadas de docinho uma das outras. Eu sou o docinho do Danny e ele é meu. – Lindsay explicou.

_Entendi. E quem são esses aí na sua mão? – Perguntou apontando para o outro papel que ela segurava.

_Tio Mac e seus docinhos. – Ela levantou o papel. Lindsay olhou para Danny e ele deu de ombros. Na folha havia quatro pessoas desenhadas. – Esse é o tio Mac, essa sou eu, essa é você tia Stella e essa é a tia Carol a outra docinho do dindo. – Para Lucy não havia problema algum Tio Mac ter dois “docinhos”.

Stella não esboçou reação em sua face, mas seu interior parecia estar digerindo essa informação. Ela não olhou na direção de Danny e Lindsay, mas pode perceber que estavam completamente desconcertados. Eles sabiam que Lucy havia dado uma informação que até agora a grega não sabia.

A manhã passou rapidamente com as brincadeiras no quarto. Mac não voltara até depois do almoço.

_Tio Mac!!! – Lucy gritou assim que o viu passar pela porta. – Achei que eu ia embora antes de você chegar!!

_Mas vocês já estão indo? – Perguntou para Danny e Lindsay!

_Nenhum dos dois aqui é chefe, esqueceu? – Falou Danny rindo para um Mac Taylor que ficou sem graça. – Nosso vôo é daqui à uma hora, vamos voltar ao hotel, pegar as coisas e partir.

_Stella, - Lindsay disse – eu acho bom você melhorar logo se não eu venho aqui bater nessa sua cabeça até ela voltar a funcionar. – As duas se abraçaram aos risos.

_Até mais Stell. – Danny também a abraçou.

_Tia melhora logo e volta para Nova York rápido ta bem? – Lucy se jogou nos braços de Stella soluçando.

_Eu prometo que vou fazer o meu melhor.

A despedida foi cheia de emoção para Stella. A grega realmente sentiria falta deles. Todos saíram restando somente Mac no quarto, ele olhou para ela e sorriu. Stella não sorriu de volta imediatamente. Ao olhar nos olhos do detetive o estomago dela se contorceu, e não foi pelo sonho, mas sim pela voz de Lucy ecoando em seu cérebro “essa é a tia Carol a outra docinho do dindo”.

(Narração de Stella)

“Eu não sei por que isso ficou martelando em minha cabeça. É completamente aceitável que Mac possua uma companheira. Acho que estou mais preocupada pelo fato de Lucy me considerar um dos docinhos do Mac. Falo isso para mim mesma, mas meu estomago continua dando voltas.”

_Aconteceu algo Stella? – Mac me perguntou preocupado.

_Não. – Forcei um sorriso. – Vou sentir falta de Lucy. - Falei ajeitando todos os desenhos que ela havia deixado de presente.

_O que são esses desenhos? – Ele perguntou animado pedindo os desenhos que estavam na minha mão.

_São os docinhos da Lucy. – Olhei para Mac e ele não parecia intrigado. Passava as folhas tranquilamente.

_Lucy adora desenhar os docinhos. – Ele me disse.

_Ahh então sabe o que são os docinhos dela. – Disse.

_Sei sim. Ela faz isso quando fica comigo. – Respondeu sorrindo e parando em um desenho. O bendito desenho. – Ohh – Ele disse e me olhou – Ela disse quem são esses? – Me mostrou o desenho.

“Eu poderia ter dito não. Poderia ter dito não me lembro. Poderia ter dado aquelas respostas perfeitas que sempre surgem a nossa mente depois que você analisa o fato minuciosamente, mas não.”

_São seus docinhos. – Eu respondi e desejei cortar minha língua fora no segundo seguinte.

_Bem... – ele analisava o desenho – esse sou eu e essa é a Lucy. Sei que esses cachinhos são seus, ela sempre os desenha assim. – Me olhou sorrindo de forma tão radiante que eu acho que os pontos que eu levei deverão ser refeitos, Lucy sempre me desenhara com Mac? – Agora, quem é essa? – Mac olhou para mim e mais uma vez eu não segurei a língua.

_Você deve saber melhor do que eu, afinal, os docinhos são seus. – Minha voz saiu mais seca do que eu pretendia. Mac olhou para o desenho e a expressão do seu rosto passou de dúvida a compreensão.

_Oh meu Deus é a Carol. – Ele riu. Eu fingi que ajeitava o lençol na cama. “Oh meu Deus é a Carol” idiota.

_Hum... – Respondi. Quando percebi que ele esperava um comentário meu.

_Eu não contei para ninguém que terminamos logo depois que tive alta. – Ele coçou a nuca sem graça. E por um segundo parecia que eu tinha virado gelatina. Mac não tinha namorada mais. Isso me deixou com um sentimento estranho. Ao mesmo tempo em que eu adorei a notícia eu fiquei com medo, afinal a sensação de fuga do sonho ainda estava presente em mim. Me recompus rapidamente.

_Lamento. – Disse simplesmente

_Não lamente. Não era para ser. Eu nunca a amei de verdade. Todo mundo sabia disso. Mas como sempre eu percebi tarde demais. – Mac me olhou.

_Bem, eu realmente lamento. – Disse simplesmente.

­_Eu também. – Ele falou – Mas acho que não lamentamos pelo mesmo motivo.

“Conforme ia passando os dias meu estado de saúde física ia melhorando. Eu já ia para as fisioterapias andando. Os pontos haviam sido retirados. A alimentação estava melhor. Acabei me acostumando com a presença de Mac. Tenho sempre o mesmo sonho de fugir dele, mas a cada dia que passa vejo o homem decente que ele é. O pessoal de NO me visitou algumas vezes e pude perceber que Mac não se dá com Peter. O pessoal de NY me ligava todos os dias.”

“Estava no hospital há 25 dias quando Dr Sheperd veio ao meu quarto com a notícia que deixou Mac radiante, mas fez todos os meus nervos retraírem.”

_Stella, o seu quadro está excelente. Os seus ferimentos internos estão todos curados. Você só tem que manter o uso dos antibióticos. As suas fisioterapias surtiram o efeito desejado. – Eu sorri – com tudo isso minha querida, amanhã finalmente você poderá ir para casa.

“Mac quase pulou de tanta alegria e me abraçou.”

_Que bom. – Eu disse vacilante. Mac saiu com Dr Sheperd da sala vendo quais remédios eu deveria tomar e os horários, coisas do tipo. Nenhum dos dois pareceu perceber minha insegurança. Quando eles fecharam a porta eu finalmente pude soltar minha respiração.

“Certo. Eu já posso ir para casa. Ótimo. Que casa que eu vou se não me lembro dela? E pela primeira vez depois que acordei eu chorei. Todos os sentimentos que eu havia guardado eu deixei brotar dos meus olhos para ver se assim o medo que eu estava sentindo no momento evaporava na forma de lágrimas.”


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Notas finais do capítulo

Beijos beijos da Maria!