P.O.V Aichi

Já se fazem algumas horas desde que G Deixou eu e o “Senhor da verdade” aqui, nós não conversamos por um momento. Onde estamos? Estamos no pior lugar para duas pessoas que nasceram e cresceram no Reino Sul, em uma floresta.

O local em questão da floresta não era tão ruim, nós conseguimos com um pouco de esforço nos ajeitar. Já era noite e estávamos sentados em pedras em volta de uma fogueira que o outro fez, não que eu não conseguisse fazer uma fogueira... Mais acho que acabaria queimando a floresta inteira.

 – Olhe, sei que começamos com o pé esquerdo lá no Hotel e a “área branca” (N/A: chamarei aquele local assim), então vamos tentar de novo? Eu sou Christian, muito prazer – Ele estendeu seu braço para me cumprimentar com uma cara um tanto quanto simpática, diferente daquela cara que eu tinha visto horas atrás.

 – Sou Aichi, digo o mesmo – O cumprimento e devolvo com a mesma cara – Então... Por que aceitou ao chamado de G? – Pergunto tentando puxar algum assunto.

 – Eu fiquei intrigado em conhecer mais sobre o G e também eu estava meio entediado. E você?

 – A verdade é que G tinha me dito que eu teria chances de salvar meu pai se eu fosse com ele – Falo olhando para o fogo com um olhar de tristeza...

 – Então quer dizer que... – Gesticulei com a cabeça afirmando – Já esta meio tarde, que tal tentarmos dormir? – Christian tenta mudar de assunto para que eu não ficasse pensando muito nisto.

 – Nós vamos dormir aonde?

 – No chão é claro, não temos tempo para armarmos barracas nem nada do tipo – Falou como se ele já tivesse vivido algo parecido antes

 – Tudo bem, pelo menos temos as folhas para amortecer.

Nós dois nos deitamos e acabamos pegando no sono rápido. Depois de tudo que foi dito hoje não se é surpresa que tenhamos pego no sono, porém no meio da noite eu sinto um tremor muito forte, e sinto tudo tremendo. Me levanto e percebo que Christian também se levantou

 – O que acha que é isso? – Olho para ele

 – Não tenho a mínima ideia, mais o melhor que temos a fazer é fugirmos – Diz indo em uma direção

 – Como sabe que “aquilo” não veio desta direção?

 – Não sei se seu pequeno cérebro consegue perceber este tipo de coisa, mais só de você olhar você vê de qual lado os pássaros estão fugindo, ou seja qual lado não deveremos ir – Me esnobou, logo agora que eu estava começando a acha-lo um cara legal.

 – Olhe, me desculpe se eu nunca tive esse tipo de experiência, estou somente acostumado a distinguir de onde vem os sons e não os tremores – Tento retrucar aquilo que ele disse.

 – Não estamos com tempo para brigar, o melhor é trabalharmos juntos – Continuou andando.

Sentimos de novo o tremor, e estava mais forte, como se o que causou estivesse mais perto.

 – Melhor acelerarmos o passo – Falo começando a correr, e ele vindo logo atrás

Os tremores estavam ficando mais frequentes e mais fortes, então pude perceber que não adiantaria mais correr. Parei, e virei tentando saber quem ou melhor, o que estava atrás de nós.

Quando vejo é um monstro de no mínimo 2 metros e meio, gordo, todo enrugado, com a pele de cor verde-musgo, apenas um olho e um chifre. Estava somente usando uma “tanga” que cobria seu membro e segurava uma clava quase do tamanho dele

 – Gruoooooo – O monstro somente rosnou para nós

 – Um Ogro! – Christian falou olhando a criatura com um olhar de seriedade.

 – Então é isso... será que é nosso desafio?

 – Não tenho a menor ideia, mais se não o matarmos, tenho a sensação de que morreremos – Valeu capitão óbvio.

 – Já que é assim... – Eu estiquei meu braço esquerdo, ativando assim a simbiose. Meu braço ficou completamente preto e ficou parecendo um tipo de massa – Vamos começar isso!

Eu estiquei meu braço em direção a uma árvore a arrancando pela raiz e a lancei em direção do Ogro, que sem nenhum esforço, destruiu a árvore somente batendo com sua clava. Em seguida o ogro avançou com uma velocidade meio lenta, mais por conta de seu tamanho ele conseguiu chegar bem rápido em mim, e assim me esmurrando com a clava. Felizmente, a simbiose me protegeu de tomar muitos danos, mas acabei sendo lançado. Christian ainda estava ali parado, olhando tudo acontecer

 – Você não vai fazer nada não!? – Gritei com ele.

 – Espere e verá! – Disse indiferente para mim

O Ogro agora estava indo em direção à Christian, eu não poderia fazer nada da distância que eu estava. O Ogro foi correndo da mesma maneira que fez quando me atacou, e quando ele estava para esmurrar Christian, o garoto some e aparece em atrás do ogro, depois do mesmo se virar, ele fica com uma pose como se ficasse totalmente enfurecido, então ele tenta o ataca-lo mais uma vez, e Christian somente da um salto e soca o olho do monstro, que cai para trás.

Me pergunto de onde ele tirou tanta força...

 – Não fique aí parado, venha para a festa, ele ainda não foi derrotado! – Ele olha para mim e gesticula com a cabeça como se me chamasse.

Eu me ergo e vou até ele, logo em seguida Ogro também se levanta e parece estar totalmente furioso. Ele larga sua clava e vem correndo para cima da gente como um doido. Eu toco em minhas pulseiras e ativo minha espada. Em seguida corro em direção dele e o atravesso. Me posiciono e estralo os dedos fazendo a espada desaparecer e o Ogro é dividido em dois.

 – Não acredito que você poderia ter acabado com ele tão facilmente... – Ele me olha com um tom de desprezo, mais logo em seguida da um sorriso – Mais as coisas poderiam ter ficado complicadas, então... obrigado

 – Bem, não costumo usar a Seiken, mais também achei que algo poderia acontecer.

Eu vou em direção onde estava o corpo em dois do Ogro e quebro o chifre dele, em seguida jogo na direção de Christian.

 – Pega, dizem que se da para fazermos ótimas armas com chifres de Ogros. E já que você não possui nenhuma arma

 – Valeu, eu imaginei que precisaria de alguma arma no futuro – me encara sério – Então, o que ocorre agora?

Antes de eu poder dizer alguma coisa somos engolidos por trevas...