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Era cedo demais para ir até o hospital. Sua consulta com Tsunade era só a tarde, mas Sakura estava com uma sensação estranha. Não queria ficar em casa. Apesar de estar cansada, simplesmente não conseguiu dormir depois daquele sonho.

Depois de algum tempo, resolveu descer e comer alguma coisa... E foi  o que fez. Trocou-se, colocando uma roupa mais confortável e foi até a cozinha preparar o café da manhã.

Não demorou muito e Sakura já estava sentada à mesa, para comer o que havia preparado, porém, não tinha fome. Estava inquieta... Aquele sonho realmente tinha mexido com ela. Resolveu tomar um pouco do café que tinha feito e comer algumas bolachas, apenas para falar que tinha tomado café.

 Ainda sentada, ficou pensando na noite anterior, quando pousou seus olhos no relógio. “Vou para o hospital... assim pelo menos, posso me distrair!” pensou ela.

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Em menos de meia hora, Sakura já estava pronta para ir para o hospital. Como sempre fazia, colocou seu casaco, que ficava bastante largo no corpo da rosada.Depois pegou sua bolsa e trancou a porta de sua casa.

Andava tranquilamente pelas ruas de Konoha. Como estava adiantada, foi pelo centro da pequena cidade, onde havia algumas lojas. A rosada passava olhando todas as vitrines, quando uma em especial, chamou sua atenção. Havia um berço e em cima dele, um móbile com alguns brinquedos pendurados. Era tão delicado.

Sakura olhou para os lados e entrou na pequena loja. Estava meio sem jeito e preocupada que alguém a visse numa loja para bebês. “Pare de se preocupar, Sakura... larga de ser idiota! Ninguém tem nada a ver com a sua vida!” disse para si mesma.

Mal colocou o pé na loja, e uma senhora, aparentemente, muito simpática, veio a atender.

- Bom dia... O que deseja?! – a senhora perguntava sorridente.

- Gostaria de comprar aquele móbile, por favor. – Sakura apontava para o objeto na vitrine.

- Só um momento... Vou pegar um no estoque.

- Está certo!

Sakura ficou dando mais umas voltas pela pequena loja e quando deu por si, estava com mais três brinquedos nas mãos, fora uma mamadeira e uma chupeta que ela havia deixado no balcão.

- Aqui está, querida! – disse a senhora fechando a porta atrás de si.

- Vou levar essas coisas também... – Sakura deu um sorriso para a senhora, que retribuiu.

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Sakura já voltara a andar pelar ruas de Konoha, só que agora com uma sacola nas mãos. Não demorou muito e ela já pôde ver o andar mais alto do hospital. Foi caminhando tranquilamente, até que finalmente adentrou a recepção do hospital.

Como sempre fazia, cumprimentou a todos e foi para a sala de descanso, guardar suas coisas no armário. Quando adentrou a sala, percebeu que Tsunade estava lá... Ambas se olharam surpresas.

- Tsunade, o que faz aqui a essa hora? Ainda é muito cedo...

- Eu fiquei no plantão dessa noite... Mas, e você?! Nossa consulta é a tarde, Sakura.

- Eu sei... – Sakura estava meio sem jeito, enquanto pegava seu jaleco. – é que eu vim trabalhar mais cedo. Só isso.

- Humm...- Sakura viu Tsunade arquear a sobrancelha. A médica mais velha conhecia sua aluna como a palma de sua mão.-  Bom, já que está aqui, podemos aproveitar e já fazer o ultra som... tudo bem para você?!

Sakura apenas assentiu com a cabeça e seguiu Tsunade até sua sala.

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- Certo... vamos dar uma olhadinha no seu meninão, certo?! – disse Tsunade sorrindo para Sakura.

Assim que começou a passar o cabeçote no ventre da rosada, percebeu que o bebê se mexia muito... Estava mais agitado que o normal. Sakura olhava para a cara da médica mais velha, um pouco assustada, já que a cara da mesma não era das melhores, além de o sorriso que deu anteriormente, havia se desfeito.

Tsunade geralmente conversava com Sakura durante os ultra sons, mas dessa vez não.

- O que aconteceu, Tsunade?! – perguntou Sakura apreensiva. – Aconteceu alguma coisa com o meu filho?!

- Não, Sakura... Mas, ele está muito agitado. – disse Tsunade enquanto limpava o gel do cabeçote do aparelho. – Além disso, os batimentos do coração do bebê estão muito elevados...

Sakura ficou em silêncio. Desde aquele sonho, sentia o bebê agitado, assim como ela. Andava mais apreensiva e não tinha dormido, e nem se alimentado direito.

- Sakura... – Tsunade tirou Sakura de seus pensamentos. – Vai me contar o que aconteceu?!

- N-não aconteceu nada, Tsunade... apenas não consegui dormir muito bem essa noite.

- Sei... – disse a médica, desconfiada. - Você também parece agitada, Sakura... Foi só isso mesmo?

- Só, Tsunade... – respondeu a rosada.

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Muito longe de Kononha...

Um homem de cabelos negros, presos em um rabo de cavalo, e com olhos cor de ônix entrou em uma cabana, que aparentemente, estava abandonada. Fechou a porta atrás de si, encontrando mais dois homens sentados em uma mesa conversando e outro rapaz bastante ferido , preso por correntes inibidoras de chakra, jogado no chão.

- Vocês dois, saiam! Agora! – disse o homem aos seus subordinados.

Os dois capangas apenas assentiram e foram para outro cômodo da cabana. Assim que os homens “desapareceram”, o homem aproximou-se do rapaz, que parecia estar desmaiado.

- Irmãozinho... Irmãozinho... Se a Sakura te visse agora! – dizia Itachi com um sorriso de canto.

- O que fez com ela?! – perguntou Sasuke. Sua voz estava fraca, além de estar bastante ferido. – Você me prometeu que não iria machucá-la!

- Não seja idiota, Sasuke! Não vou machucá-la! Pelo contrário... – Itachi agachou-se e ficou cara a cara com o irmão. – venho protegendo-a e a observando desde a sua partida... Falando nisso, fui vê-la hoje e como suspeitava, ela tem uma coisa, que para mim tem muito valor! Portanto, ela é tão importante para mim, quanto para você!

- Juro que se fizer alguma coisa com ela, Itachi... – Sasuke tentava se soltar das correntes, porém, além de estar com o chakra limitado, estava sofrendo com as experiências que seu próprio irmão o submetia, desde que eles se encontraram a  quase seis meses. – Você vai se arrepender se...

- Acho que você não está em condições de me ameaçar, Sasuke... – disse ele com o Sharingan ativado. – Sabe muito bem que posso te matar, aqui e agora!

Sasuke sabia que seu irmão tinha razão. Estava fraco e as drogas que Itachi havia injetado nele,  estavam o enfraquecendo cada vez mais.

- Quanto tempo vai me manter aqui?! O que quer de mim, Itachi?!

- Já te disse, irmãozinho... – Itachi que ainda estava agachado ao lado de Sasuke, se levanta e vai até a porta. – Quero descobrir tudo que for possível sobre o nosso maior tesouro... o Sharingan! –Itachi sorria de canto. – E respondendo a sua outra pergunta, vou te manter aqui por mais algum tempo! Quem sabe, até anos... – Itachi viu o irmão menor arregalar os olhos. – mas não se preocupe, quando for do meu interesse, deixarei que aquele esquadrãozinho ANBU complete a missão e finalmente te encontre... Mas só quando eu achar que for o momento oportuno. Não se preocupe, cuidarei de perto da sua Sakura-chan...

Itachi percebeu a expressão de desespero de Sasuke, fazendo com que o Uchiha maior saísse, como sempre, vitorioso. E foi assim que Itachi retirou-se do cômodo.

“Prometi para Sakura que voltaria...” pensou Sasuke... “Ela deve me odiar!”

Continua...

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