Little Things escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 17
Talvez


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem o sumiço e o capitulo pequenino, mas eu acho que vcs vão gostar. Eu sai um pouquinho do sempre comédia e dei uma voltinha lá no romantica, sabe como é...Esperoq ue gostem e não tenham me abandonado ainda!
Loge vem também atualização nas outras duas fics.
Ps: Culpe o tio Riordan por isso...O Percy está consumindo todo o meu tempo. rs'



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Eu andei pra trás desesperadamente, e a surpresa de uma nova crise tirou todas as possíveis reações dos garotos. E eu andei, até me chocar em alguma coisa e em seguida, cair. Cair sentada em cima da barraca recém construída do Edward e do Phil. 

Silêncio. O silencio é uma coisa linda e blábláblá sobre a qual eu não vou filosofar agora. Silêncio foi o que ante veio ao grito de desespero dos meus amigos. Primeiro todos me encaram atônitos, como se estivessem petrificados. Depois em pânico e por ultimo em desespero.

- Ah meu Deus, eu não acredito que vamos ter que armar a barraca toda outra vez. – Phil reclamou e eu não ousei levantar os olhos.

- Não é como se nós ainda tivéssemos tempo para isso Phil. – Kamyla reclamou e eu sabia que ela tinha razão.

- Gente, me desculpa, por favor. – Eu pedi completamente sem graça e eles me encararam sem expressão.

- Não tem pelo que você se desculpar. – Edward disse se aproximando de mi me estendendo a mão para me ajudar a levantar.

- É claro que não. – Kamyla começou e eu sabia que ela estava irritada. – A não ser que você considere importante o fato de ela ter destruído uma de nossas barracas e com isso ter criado um enorme problema para todos.

- Eu poso dormir no carro, amiga. – Eu falei já sentindo a irritação se apoderar de mim. – Não se preocupe com isso.

Assim que eu terminei minha frase eu terminei de me levantar dando as costas a eles e andando em direção ao carro. Eu não entrei lá, fiquei apenas parada esperando aquela horrível sensação se afastar de mim.

Ainda era possível ouvir os meninos lá atrás, e a voz exasperada da Kamyla, mudando de irritada para culpada em pouco tempo. Eu não podia culpá-la. Eles tinham gastado tempo de mais com aquilo e eu nem ajudei, mas fiz um ótimo trabalho destruindo tudo. Eu sabia que Edward e Phil também estavam zangados, mas Edward era decente de mais para mostrar isso, e Phil, bom, Phil aparentemente tinha medo de mim. E também não era muito inteligente para criar boas ofensas. Por isso Kamyla era a mais destrutiva. Ela era uma boa menina, uma colega legal, mas eu me perdia toda vez que tentava compará-la às minhas amigas brasileiras. Sempre que eu pensava nos meus amigos do Brasil, esses que nem eram muitos, mas me faziam uma falta enorme, eu me sentia um pouco triste. Eles estavam continuando a vida deles por lá, e eu estava bem longe. Do outro lado do oceano, em outro continente. Eu havia escolhido o meu caminho, mas será que tinha sido o certo? A vida humana passa tão depressa que talvez um ano longe tenha sido tempo de mais. Ou talvez, só talvez, tivesse valido à pena. E eu tive certeza disso quando senti a presença de mais alguém ao meu lado.

Edward ficou em silêncio. Ele encarava o céu meio amarelado de um fim de tarde de inverno, sem se mover ou me encarar. Ele sabia que eu queria ficar sozinha, mas sabia também que não era disso que eu precisava.

Phil e Kamyla continuavam discutindo um pouco ao longe, mas ademais, tudo estava quieto. Até que o meu coração resolveu que iria animar um pouco as coisas. Eu olhei pra o rapaz a meu lado e tive a certeza de que se houve um propósito para eu mudar de país e deixar tanta coisa para trás, esse propósito se chamava sem sombra de dúvidas, Edward James Shetfield.

Ele direcionou o olhar a mim e naquele momento o frio da tarde pareceu perder um pouco o espaço. O clima pareceu esquentar um pouquinho, ou talvez fosse só o meu coração estupidamente congelado se sentindo vivo outra vez. Eu não posso dizer que já provei o amor, mas posso afirmar categoricamente que já senti amargamente o gosto de uma paixão. Toda garota tem o coração quebrado ao menos uma vez na vida, e comigo não foi diferente. Talvez fosse por isso que eu passava a me sentir tão especial quando encarava o Edward ao meu lado. O ser humano ruivo e incomum que mostrava a cada dia que a rotina pode ser boa, e que não é preciso muito para se sentir feliz. O garoto que mostrava que com todos os defeitos que carregava ainda era capaz de me fazer sorrir como nunca antes. Edward era o tipo de cara por quem eu pensei que nunca me apaixonaria, mas sem sombra de dúvidas havia sido o primeiro a me fazer ter uma pequena amostra do que era o amor. Não o amor mascarado pelos poetas e romancistas. Não o amor puramente quente dos filmes e das estrelas de televisão. O amor real. O amor onde duas pessoas convivem e conhecem os defeitos e qualidades uma da outra e mesmo assim sentem que não poderiam viver sozinhas  uma outra vez, pois seria como deixar uma parte de si, sem sua outra metade. O sentimento que te faz sentir que a vida é completa, mesmo quando se vive em um apartamento minúsculo e se é completamente desastrada. Mesmo quando não se tem um prédio de luxo, mas um cara viciado em organização e regras ao seu lado. Era o amor que eu nunca tinha conhecido antes, e um amor que eu sabia finalmente que poderia ser real. Nada estranho ou espetacular. Sem presas de vampiros ou transformações a meia noite. Somente duas pessoas, que mesmo que inconscientemente já faziam parte uma da outra.

E eu finalmente acreditei, e foi para me certificar de que era mesmo real que eu me lancei nos braços do Edward, sem dizer uma só palavra. E ele apenas me devolveu o abraço, sabendo que aquela era a nossa única necessidade no momento. Talvez, só talvez o Edward também tivesse se dado conta do quão importante ele era para mim e quem sabe, talvez, eu também pudesse ser importante para ele.


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Notas finais do capítulo

E então?
Mereço um tiro, um tapa na cara, ou uma recomendação liamda? Hehe
Amo vcs!
Beijo Beijo e fiquem com Deus!