A Semideusa escrita por Messer


Capítulo 5
Sistema de Ventilação


Notas iniciais do capítulo

Ah, como eu amo meus títulos! Eles não têm nada a ver! :DD
Okay, ai vai mais um capítulo. Boa leitura ;D



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–Bom ver que alguém aqui está animado – comentou Nick, dando um sorriso torto e passando por Annie, indo em direção à John e Mary. Ele falou para John: - Pode fazer umas Marcas em mim? Tipo, uma de força, agilidade, visão noturna e uma iratze, caso ocorra algo.

–Oi pra você também – disse Mary, enquanto John pegava a estela para fazer o que lhe fora pedido.

Ele sorriu ao escutar o comentário da garota, mas não a olhou. Às vezes, Mary achava que ele era muito ingênuo, até. Era bem gentil, amigável quando o conhecia. Mas ela achava que isso poderia acabar matando-o.

–Oi – murmurou Nick.

Mary deu um suspiro cansado e voltou a ler. Ela podia escutar que mais alguém chegara, mas estava entediada demais para ver quem era. Ela só ficou lendo, se esquecendo do mundo de fora.

Até que, como sempre, fora interrompida.

Ela recebeu um cutucão nas costelas que a fez dar um pulo para o lado, fechar o livro e assustar Quione, que estava deitada em seus pés. Assustada, virou-se para a direita com os olhos arregalados e viu John com uma expressão meio assustada, também, mas que logo se desfez. Ele começou a dar risada como todos os outros. Ela fechou os olhos e socou o braço de John, o que não causou nenhum efeito.

–Foi engraçado, admita! - Ele disse. Mary balançou a cabeça, tentando esconder um sorriso. Ela olhou para frente e viu que todos já haviam chego, dez pessoas, sem contar ela. - Vamos – ele continuou, um pouco mais concentrado, mas ainda com o tom alegre na voz. - Hora da festa.


...

A neve cessara de cair, para sorte deles. Mas o vento estava ameaçando desfazer o penteado de Mary e cortar sua pele.

Eles estavam no prédio sobre qual John falara, e este era realmente alto. Ao longe, ela podia ver o horizonte do Oceano Atlântico se misturar com o céu negro, fazendo-os parecer a mesma coisa, ou uma enorme onda que estava ameaçando-se se quebrar. Com a tensão que estava no grupo, isso talvez realmente aconteceria.

Eles se dividiram, e somente alguns conhecidos mais próximos de Mary estavam em cima do prédio. Ela e Nick iriam invadir, e Sara, Annie, Percy e John ficariam na retaguarda, esperando qualquer sinal dos dois para atacar. Havia um pedaço do teto em vidro, o que permitia uma iluminação natural em dias ensolarados, sobre a qual John e Percy estavam observando e murmurando alguma coisa entre si, a qual Mary não podia escutar. Ela e Nick estavam perto da beirada do prédio, com um sistema de ventilação abaixo deles, e seria por lá que iriam entrar. Nick era mais novo que Mary, mas era praticamente do mesmo tamanho. As vezes ela morria de raiva por ser tão pequena.

–Alguma coisa? - Ela perguntou para um dos garotos que estavam observando o que se passava por debaixo deles.

Ambos viraram a cabeça para olhá-la, com a expressão meio curiosa, mas totalmente séria. Os olhos de John brilhavam, juntamente com as armas dos dois garotos. Percy era mais alto e tinha um pouco mais de espírito de liderança e racionalidade, enquanto John fazia o que lhe vinha à cabeça. Eram uma bela dupla de Parabatai.

–Calma, Mary.

A voz vinha de sua esquerda, e fora dita com um suspiro cansado. Ela se virou e viu o contorno de Sara e Annie, levemente ofuscadas

pela luz da cidade atrás. Mesmo assim, ela pode ver a expressão de cada uma perfeitamente, por causa de seu poder sobre as sombras. E viu que ela Sara que havia falado. Ela estava com as mãos no bolso do casaco, o cabelo amarrado em um rabo de cavalo bem firme e os olhos fechados.

Mary deu de ombros se voltou para ver o mar e alguma parte da cidade. Estava tudo calmo e meio vazio, apesar de aquela ser Nova Iorque. Já haviam planejado toda a “operação” na biblioteca do Instituto, e Gil ficara lá para cuidar do local. Agora, só faltava a ordem de John ou Percy para que ela e Nick pudessem entrar.

–Nervosa? - ela o escutou dizer.

–Bem, não sou mais tão boa quanto antes – respondeu e olhou para Nick, que estava ao seu lado. Ele parecia calmo, mas ela quase podia sentir a tensão de seu corpo. Era algo no mínimo perigoso.

Ele riu sem humor.

–Mas não é ruim, não? - Ele perguntou, com um sorriso no rosto.

Ela levantou uma sobrancelha, séria.

–Eu posso te matar só de te tocar.

Ele deu de ombros e voltou a olhar para o horizonte. Ele parecia mais escuro que antes, e o frio que o vento carregava parecia ter aumentado. Mary não conseguia sentir as pontas dos dedos, que estavam protegidas por luvas, dentro do bolso de seu casaco. Ela retirou a mão, e conferiu as adagas. Havia vinte em cada uma delas. A estela estava dentro do casaco, e em seu cinto estava levando duas lâminas serafim e uma pequena adaga. Ela já tinha feito isso milhões de vezes.

Mary olhou para baixo, afim de ver alguém que conhecia ou Quione. Ela havia vindo com eles, mas ficara lá em baixo, junto com outros amigos. Ela relutou em aceitar a ideia, nunca havia feito algo importante sem ela por perto, desde que se tornara uma Caçadora.

–Mas você não é mais Caçadora. - John disse, ao ouvir sua opinião.

Então, aceitou, mas ainda estava preocupada.

Ela escutou um barulho estranho. Olhou para os lados, mas mais ninguém havia notado. Também havia um odor estranho no ar... Mas ela não soube qual era. E não teve tempo para descobrir, Percy deu o aviso:

–Vão.

Mary engoliu o medo e pulou do prédio, segurando-se em uma borda na hora certa. A entrada de ar estava um pouco acima dela. Devagar, usou os poderes para retirar os parafusos que a prendiam e a deixou cair, como um aviso para os outros. Ela colocou os pés na parede para a apoiar enquanto se espremia para dentro do prédio. Era uma superfície de metal, e estava tão fria quanto o vento. Engatinhando um pouco, ela logo escutou mais barulhos leves, vindo de trás de si.

–Nick - ele sussurrou, como garantia.

Voltando sua atenção para o que acontecia, ela continuou seguindo até encontrar uma entrada de ar. Espiando por trás da tela, viu um cômodo vazio.

–Nada – ela disse.

Então, continuou a andar. Quanto mais entrava no prédio, mais parecia esfriar, e o cheiro aumentava. Os barulhos eram feitos de vez enquanto, mas não parecia nada demais. Não que a sensação de ter algo ruim saiu dela.

Uma bifurcação se estendia à sua frente. Ela parou e prestou bastante atenção. Enviou os poderes, e ambos os caminhos pareciam seguros, apesar de o da direita chegar mais perto à festa. Ela o seguiu.

–Nick, para a esquerda. Os dois são seguros.

Mas ela não havia adentrado-o muito quando o túnel de ar cedeu e ela caiu com um estrondo enorme no chão.


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Notas finais do capítulo

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