A Rosa Que Sangra escrita por Wondernautas


Capítulo 8
Florescer


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas aqui estou com o capítulo 8, exclusivo de Alba e Mani! Agradeço quem esperou e desejo que se deleitem com a leitura (rsrsrs). Divirtam-se!



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O clima esquenta cada vez mais. Nossos olhos fechados parecem nos levar a outros mundos, por outras sensações, em novas experiências. Continuo deitado sobre o corpo de quem tanto amo, enquanto nossos baixos ventres se pressionam mais e mais a cada toque. Os beijos selvagens de Manigold me prendem de forma cruel. De um jeito ou de outro.. quem cogitou a possibilidade de que eu quero me libertar dessa prisão? Esperei por anos a chance de sentir sua pele quente, seus lábios tentadores, sua língua ávida, seu corpo hábil ... Como posso amá-lo tanto? Se eu pudesse, desfrutaria de um momento desse com esse caranguejo conquistador todos os dias da minha vida. Como eu gostaria de dizer " meu caranguejo conquistador "...

- Mani... - tento falar, mas os lábios imperdoáveis dele mal permitem que minha voz tenha vez.

Manigold, com seus fortes braços envolvidos em minhas costas, pressiona meu corpo ao dele. Sinto cada pedaço seu em uma emoção eletrizante. Não consigo segurar a animação do " amigo da região pélvica " , que já está ativo faz tempo... E, pelo visto, posso dizer o mesmo em relação ao do Mani.

- Mani... - tento mais uma vez, abrindo meus olhos, afastando minha boca centímetros dos esfomeados lábios do outro, mas sem desgrudar do seu corpo ou me desvincilhar de seus braços - Não deveríamos fazer isso, pois é errado. Com certeza, irá se arrepender disso amanhã!! Se é que se lembrará do que está acontecen...

Me calo outra vez. Porém, não é por mais um de seus beijos ardentes. O que me joga na tirania do silêncio é o toque de seu dedo indicador direito sobre meus lábios. A passagem lenta e meiga do tal sobre minha boca, enquanto os olhos tão envolventes de Manigold fitam os meus, me promove uma sensação indescritivelmente maravilhosa.

- Pare de falar coisas desnecessárias agora, Alba... - diz ele, seguro de si durante a brincadeira de seu indicador em meus lábios.

Não consigo falar nada. É incrível como me torno impotente diante dele... Impotente? Não, creio que não seja " impotente " a melhor palavra para descrever tal fenômeno... Sou capaz, somente, de apreciar a visão de traços de um rosto tão querido por mim.

- Eu estou aqui com você porque quero. - afirma, como se estivesse com a perfeita consciência no momento - Não me deixa sozinho...

É espantoso o poder da bebida sobre alguém. Manigold, evidentemente, está fora do seu juízo perfeito, o que me faz sentir vergonha do que agora faço. Estou me aproveitando de um momento de fraqueza dele. Deveria sair daqui agora mesmo, mas... por qual razão minhas forças se bloqueiam e minha única reação é aproveitar esse momento? Não sou forte e firme o suficiente em minhas decisões? Sou tão fraco e vil dessa maneira?

- Você está embriagado, Mani. Não sabe o que diz... - afirmo, com um pesar em meu peito. No fundo, gostaria que ele estivesse comigo por assim desejar e não por um delírio do álcool.

O indicador de Mani finalmente abandona meus lábios. Minha boca sente falta, anceia por mais, deseja ser vítima, ser a presa.

- Albáfica... - diz Manigold, seriamente.

Ambos ficamos em silêncio. Instantes em seguida, ele continua:

- Eu não estou tão bêbado assim... - sorri, como um anjo...

Minha face se preenche de dúvidas. Como? Não está tão bêbado assim?

- Quando eu te encontrei, você estava caído no chão, em um estado deplorável. - enfatizo, sério - Latinhas de cerveja por todos os cantos e...

- Calma, eu te explico... Mas eu te explico depois, pode ser? - sugere, descendo as mãos lentamente, das minhas costas até minhas... nádegas, acariciando-as.

- Por acaso estava fazendo ceninha? - pergunto, incrédulo.

Manigold ri. Fecha os olhos e ri do jeito que somente ele sabe. Da forma que apenas quem eu mais amo é capaz. Instantes depois, ele se acalma e responde:

- Não, eu estava mesmo destruído. - sério, mais uma vez - Não foi a bebida, mas sim o que aconteceu enquanto você estava fora.

- E o que aconteceu então? - pergunto, sem entender bem tal situação.

- A Pandora não quer mais nada comigo, Alba. Ela terminou tudo. - revela, mais sereno do que eu esperava - Mas não pense que estou vendo você como uma segunda opção... - pede, em um tom mais suave.

Continuo sério, em silêncio, a espera da conclusão de seu discurso. Logo, respirando fundo, mas sem deixar de navegar em meus olhos, Manigold fala:

- Ela me fez perceber algo que eu não havia notado antes. Ou melhor, algo que eu não queria aceitar.

Constatando eu que essa conversa precisa ocorrer afinal, ergo meu corpo e me coloco assentado, com minhas pernas cruzadas entre as pernas abertas de Mani. Fito seus olhos, dedicado mais e mais à tarefa de ouvi-lo.

- Eu não estava feliz com ela, eu não a amo de verdade... nunca amei - conta, sem sair da sua posição anterior.

- Então por quê namoravam? - me manifesto, finalmente.

- A Pandora é linda, gata, gostosa... - ouvir essa última palavra aperta meu coração, mas me esforço para não demonstrar tal inquietação - ...uma companheira leal, amorosa. Enfim, ela é incrível. A namorada perfeita para um cara desleixado e carente como eu...

- Você... carente? - pergunto surpreso, arqueando a sobrancelha esquerda.

Um belo sorriso domina a expressão de Mani. Logo, ele continua, sorrindo:

- Sim, sou muito mais carente do que aparento ser. Eu posso ter essa pose de folgado garanhão e independente, mas a verdade é que não consigo viver sem ter alguém do meu lado para me apoiar. - sua expressão volta a tornar-se séria, mas a suavidade " masculinizada " de seu tom de voz permanece intacta - Foi então que eu encontrei nela tudo o que eu precisava. Aliás... - Mani ergue o corpo, se assentando sem retirar as pernas do meu redor e encarando-me olho no olho - ...quase tudo.

Posso jurar que estou com o rosto ruborizado pela atitude dele. Mas não me importo... Apenas quero ouvir tudo o que Mani tem a dizer.

- Albáfica, eu procurei por muito tempo alguém que me incentivasse, me apoiasse e que cuidasse de mim. E, claro, que me amasse. Mas só isso não basta... - as mãos dele buscam pelas minhas, que se unem no meio de nossos corpos, enquanto ele fala - O mais importante de tudo é o meu sentimento por essa pessoa. Não basta só ela me amar, pois a verdade é que não amo a Pandora.

- Entendo. - mal consigo falar, encurralado pela respiração de Mani, tão próximo de mim...

- Não estou totalmente realizado. E, pelo visto, ela percebeu. Eu nunca tive aquele sentimento pela Pandora. Então... ela decidiu terminar tudo. Dar a chance, tanto pra ela quanto pra mim, de encontrar alguém. Foi o que ela me disse.

- E o que eu tenho a ver com isso? Está me usando? - pergunto, irritado.

- Não. - diz, sem se abalar com a minha reação - Mas sim, você tem absolutamente tudo a ver com isso!

- Explique? - sugiro, arqueando ambas as sobrancelhas , ainda inquieto com a possibilidade de estar sendo usado por quem amo.

- Eu amo você, Alba. - resume.

É agora! É agora! É agora! É agora que meu coração tem um colapso nervoso, salta da minha boca e para aqui bem no meio de nós. 

- Ma... ma... mas como assim?? Desde quando e... como e... mas... - descrente, nunca me senti tão chocado em toda a minha vida. As palavras de Manigold me impactaram ainda mais que os seus beijos e amassos. Bem mais, para ser exato - Me ama??

Manigold, ainda sorrindo, diz:

- É, eu também me espantei com essa realidade. Sou hétero, ou ao mínimo imaginava que eu era... Enfim... a própria Pandora me disse... o quanto me preocupo com você, o quanto falo de você para ela o tempo todo. Pelo que a Pan falou, meus olhos brilham quando me lembro do teu nome, Alba.

Ah... como descrever a sensação de ouvir tudo isso? Tantas revelações que jamais imaginei ouvir na minha vida assim... de uma hora para a outra. Será que é a realidade e não um sonho? Será que não estou viajando em um mundo fantasioso e irreal?

- Talvez eu não tinha percebido o quanto você se dedicava e se preocupava comigo. Tanto quanto a Pandora... não, ainda mais do que ela.  Você até tenta encobrir minhas atitudes infantis, que não são raras... - comenta, gargalhando suavemente - E faz de tudo para me salvar das minhas mancadas.

Não consigo evitar meu sorriso. O sorriso mais sincero e feliz de todos que um dia já estamparam meu rosto. Estou, de fato, contente como nunca. Manigold... me ama?? Ainda é tão difícil de crer... Será mesmo que tudo não passa de um sonho, de uma alucinação, de um desejo reprimido da minha mente?

- Você sempre esteve do meu lado, Albáfica. Não importando a situação, você estava sempre ali, me apoiando e me dando forças. Como nunca fui expert em " coisas do coração ", imaginei que tudo não passava de uma grande e forte amizade.

- E o que te fez, afinal, perceber esse amor? - pergunto curioso, mas ainda sem mal acreditar em tudo isso. Manigold me ama? por mais que eu repita isso na minha própria cabeça, não consigo acreditar!

- Além de terminar o namoro, dizer que deveríamos procurar pessoas que amássemos de verdade, Pandora também me disse que eu já tinha esse alguém: você. - quanto mais vejo desse sorriso, mas me apaixono por ele. Mas dá pra amar o Manigold mais do que já amo? - Tudo o que ela citou, sobre o valor que dou para você e como me importo com você, enfim... - Mani, sério agora, respira fundo e prossegue - Eu o amava, mas não queria aceitar. Um amor subconsciente e...

- Desde quando sabe falar sofisticadamente assim? - pergunto, cômico.

Manigold aproxima seu corpo mais ainda do meu. Roçando seus lábios nos meus, o ex-namorado de Pandora sussurra, cativando-me a cada segundo:

- Desde quando você me ensinou.

Ele se afasta outra vez. Não é seguro manter tamanha proximidade quando há tanto mais a se dizer.

- Eu sempre pensei que era hétero, Alba. Talvez eu seja e você, a minha exceção. Sei lá, ainda não tenho certeza desses detalhes, estou confuso... Sempre me interessei por garotas. Por ser tão largado na vida, não devo ter notado que o sentimento que desenvolvi por você ultrapassou, aos poucos, o limite da amizade.

- Mas Mani... - apesar de tantas dúvidas, é inegável minha felicidade - Você realmente me ama? E por quê estava daquele jeito quando o encontrei? Se não bebeu, por quê todas aquelas latinhas de cerveja?

- Eu fiquei atordoado com tudo o que a Pandora falou. Terminar o namoro, me fazer aceitar que eu não a amava ao mesmo tempo que amo você... tudo isso me deixou bastante confuso. Acabei pegando tudo quanto é cerveja na geladeira para tomar e esquecer os problemas, mas me lembrei de uma coisa na hora H.

- Do quê? - ainda mais curioso, pergunto.

- " Mani, beber demais te faz mal. Cuide da sua saúde, cara, senão vai passar a vida tentando afogar as mágoas em um copo de cerveja ". - ele imita minhas recomendações que sempre fiz e faço, sarcasticamente.

- Para com isso, seu bobo! - falo, rindo.

- Afinal, me lembrei do que você sempre me falava e resolvi acatar a sugestão. - afirma, estampando um enorme sorriso no rosto.

Como ele é lindo, como é atraente, como é gato, como é sensual, como é uma perdição sem igual, como é... como é aquele que amo com todas as minhas forças. Não consigo parar de pensar sobre tudo isso. Muita novidade , revelação... coisas que eu não esperava ouvir ou viver. Tudo ao mesmo tempo, me deixando completamente sem palavras para descrever tal experiência.

- No fim - continua ele - joguei toda a cerveja no vaso sanitário e espalhei as latinhas pela sala. Me larguei ali naquele cantinho, enquanto estava tendo uma crise de identidade. - Mani ri, descontraído.

- Crise de identidade? Estou cada vez mais surpreso com você. - afirmo, contente.

- Sim... eu estava mesmo mal, senti como se tivesse tomado o pior porre da minha vida sem nem mesmo drincar uma gota de álcool sequer.

- Drincar? - gargalho - Você e esses seus verbos de caranguejo!

Mani nada comenta. Somente observa minha face entregue aos risos. Após alguns instantes, decide prosseguir:

- Mas com certeza, eu amo você. - afirma, com um sorriso simples, mas encantador.

Cesso minhas risadas. Volto a olhar dentro desses olhos tão cativantes. Mergulho neles, enquanto respondo a tal comentário:

- Eu também te amo. Como nunca amei alguém na minha vida. Você é mais importante que tudo para mim, Mani. - afirmo, exibindo um sorriso quase ou tão simples quanto o dele, mas no qual me dedico para ser encantador como tal.

- A Pandora também me disse isso. - diz ele, satírico.

- Até isso ela sabia? - pergunto, tendo dificuldades para acreditar que nem mesmo eu fui capaz de esconder os sentimentos profundos da morena.

- Sim. Por isso me senti tão confuso. Em um dia, você é um amigo leal e companheiro. No outro, alguém perdidamente apaixonado por mim? Com o qual compartilho do mesmo sentimento?

Dessa vez, me calo, esperando que ele de sequência aos próprios dizeres.

- Percebi que não poderia ficar mais um minuto sequer sem você. - mesmo afirmando com aquele típico e rotineiro sorriso simples, tais palavras me tocam profundamente. Na verdade, esse foi e está sendo um dia bem mais tocante e emocionante do que eu poderia pensar.

- Mas já está assim... pronto para... - o meu tom é sugestivo o suficiente para que até mesmo meu amigo " lento " seja capaz de compreender.

- Acho que sim, hein? - comenta, desatando a união de nossas mãos e levando a direita para trás da nunca, enquanto sorri de olhos fechados - Na verdade, não é a primeira vez que fiquei com um cara.

- Sério?? - me espanto - Mas você já... já...

- Não. - responde confiante, levando a mão de volta a minha e reunindo-as outra vez - Eu estava apenas movido pela curiosidade e acabei querendo experimentar como seria beijar outro cara.

- E como foi? Quando foi? Com quem? - pergunto, atropelando-me em minhas próprias palavras.

- Calma, meu lindo. - diz - Foi normal... tipo... - pelas constantes pausas e movimentos inconstantes das pupilas, noto que ele busca as palavras adequadas para falar - Eu queria saber como era e experimentei pra matar a curiosidade. Não era lá aquela atração como a que sempre tiver com garotas, se é que era algo mais do que uma simples curiosidade. Foi no início do terceiro ano, quando você já não estava mais no Ággelos.

- Se eu estivesse lá... - curvo meu corpo, aproximando minha boca da dele - ...teria experimentado comigo?

Manigold, rapidamente, se joga sobre mim e, me pressionando contra a cama com seu próprio corpo, diz com um trejeito todo sensual e envolvente, tocando mais uma vez os seus lábios nos meus:

- Com toda a certeza.

Rindo, pergunto, de certa forma gostando da maneira qual Mani se dedica para me dominar:

- Ainda falta dizer quem foi o sortudo...

- O Kardia. - diz ele, sem rodeios.

- Kardia?? - me espanto - Mas vocês não eram tão amigos?

- Asuka e Jessie também eram superamigas e olha só que confusão que aconteceu na escola. - gargalha - Nós também, por exemplo, somos amigos inseparáveis e olha como estamos agora?

Apenas rindo, nada falo. Todas as ações de Mani me prendem mais e mais. Dessa prisão, eu não quero escapar... desejo ser seu cativo por todo o resto da minha vida.

- Enfim... amigos também se pegam, não acha? - ri ainda mais, até depois de segundos parar e continuar a falar - Mas com o Kardia, não passei de um simples beijo. Ele também queria saber como era e aproveitamos para ambos matarmos essa curiosidade. Logo, ele superou a Asuka e começou a namorar o Dégel. E estão ai até hoje...

- Pensando bem agora... o único da turma ... Shion, Dohko, Asmita, Dégel, Kardia, você e eu... o único que é hétero é logo o que todos mais esperavam que não fosse: Asmita. - comento, demasiadamente sério.

- Aquele ali, com aquela cara de santo, engana qualquer um! Ele é mais pegador que eu, Alba... - ri.

Sendo pego pelo embalo, me lanço às risadas como ele. Porém, Manigold usa a mão esquerda para passear lentamente sobre a camisa do meu pijama, me excitando.

- Mas agora chega de falar  dos nossos amigos, né? Tenho planos mais interessantes para nós...

- Eu te amo muito, Mani. - digo, tentando manter a conduta e seriedade.

- Também te amo e, agora que descobri isso... - ele coloca a mão por dentro da minha camisa e a mesma começa a passá-la nos contornos da minha barriga - ...não quero estar longe de você um segundo sequer.

Meus gemidos começam baixinhos. Mas logo se dedicam a ganhar voz, quando Mani acaricia meus mamilos com ambas as mãos. Mal o faz e ele já puxa a minha camisa e, veloz, a joga para bem longe.

- Sonhei tantas vezes com isso... - admito, em meio aos gemidos, quando o caranguejo volta a acariciar meus dois pontos fracos.

- Deixe os sonhos para depois e vamos aproveitar a realidade! - exclama, safado como nunca.

Manigold me abraça, colocando os braços por de trás da minha nuca. Me enlaça em um beijo impactante, invadindo a minha boca sem pudor algum. Um beijo ainda melhor que os anteriores, bem melhor...

- Maniii... - não consigo segurar o gemido quando sinto o toque lascivo dele em meu baixo ventre.

- Adoro esse seu jeito firme de ser... - afirma, pressionando o toque e envolvendo-o na própria mão, claro, com a minha calça e a cueca no caminho - ...tanto na personalidade, quanto aqui em baixo.

Manigold cessa a pressão nessa área e ergue um pouco do corpo, suficiente para acessar a sua calça e retirá-la lentamente, enquanto sou capturado pela visão.

- Não me tortura assim... - falo, choroso, vendo-o abaixar a calça pouco a pouco e sua cueca, lentamente, tornando-se visível.

- Quer que eu seja mais rápido? - pergunta ele, como o original " taradinho irresistível " que ele é.

- Pelo menos ao se despir, não é? - comento irônico - Esperei anos por isso, não posso esperar nem um segundo a mais!!

Atendendo a minha súplica, Mani retira a calça depressa e deita sobre mim, agora só de cueca.

- Ahhhhhnn... Manigold... - cerro os olhos ao sentir o baixo ventre dele tocar, rígido, o meu umbigo.

- Você é o meu gatinho, Alba... - fala ele, pressionando a cintura contra mim ainda mais.

Em seguida, as mãos hábeis do caranguejo vão até as minhas calças e, apressadas, as retiram e largam-nas na cama.

- Você é muito gostoso, meu azulzinho... - diz Mani, passeando com sua língua em mim, passando do meu umbigo até o lado direito do meu pescoço.

- Azulzinho? - meu riso é abafado por meu gemido, assim que ele começa a abaixar minha cueca - E você é meu siri gato.

- Siri? - reclama, enquanto brinca no meu pescoço - Nem, prefiro muito mais caranguejo, se bem que não faço ideia de qual a diferença entre eles.

- Isso não impor... - parabêns Manigold. Encontrou uma maneira impecável de calar a minha boca e me arrancar gemidos descontrolados: colocar seus lábios sobre essa parte ai em baixo... ahn...

Mani inicia o " trabalho " lentamente. Aos poucos, sua boca sagaz vai acelerando, enquanto ele não desgruda seus olhos dos meus.

- Ahn... ahn... - é só o que consigo pronunciar... aliás, pronunciar seria a palavra certa?

O caranguejo continua alguns minutos fazendo o mesmo, me enlouquecendo e me fazendo ir aos céus de tanto prazer. Muita habilidade para uma primeira vez com outro homem. Aliás, essa também é a minha primeira vez, tanto com eles quanto com elas. Fico feliz por ser  logo com aquele que tanto amo. De preferência, a primeira, segunda, terceira, quarta e todas as demais sempre com ele. Tudo isso parece tão surreal...

- Para, senão eu vou... - aviso, mordendo meus lábios e pressionando as pálpebras de tanta excitação.

Mani , então, para de " apreciar " a área de risco e sobe o rosto de volta para próximo ao meu.

- Me dá... me dá prazer agora? - pede, melosamente.

Reabrindo meus olhos, respondo usando minha mão esquerda para acariciar os cabelos azuis marinhos tão próximos a mim.

- Eu faço tudo por você... - digo, levantando meu rosto e lhe dando um rápido selinho - Se bem que isso não é sacrifício algum...

Seguindo, puxo Manigold com força e o jogo na cama, revertendo as posições.

- Que garoto de atitude é você, hein, meu gato? - pergunta Mani, rindo assim que o deito e o pressiono.

Mantendo agora o controle sobre a situação, observo a expressão ansiosa do caranguejo por alguns segundos.

- Vai logo, poh! - reclama, fazendo carinha de emburrado.

- Já vou... isso é só pra você saber como é ser torturado ... - falo, sorrindo sensualmente.

- Vingancinha, é? - pergunta Manigold, com uma expressão mais tarada do que nunca.

- Mas já vou acabar com essa tortura... - digo, ao me abaixar e me encaminhar até a região que meus lábios desejavam.

Assim que retiro a cueca em meu caminho, vejo Mani fechar os olhos e gemer ao ser abocanhando. Até nessas horas ele consegue ser tão irresistível... Para satisfazê-lo, vou " brincando " e uso minhas mãos para aumentar o prazer de Manigold. É magnífico tê-lo para mim, só para mim... Permaneço desfrutando do seu membro rijo com volúpia, sem parar, minuto após minutos.

- Ahn, Alba... você é bom nisso, hein? - pergunta Mani, com uma visível dificuldade até mesmo para falar.

- Com você, eu sou bom em qualquer coisa. - digo, retirando-o de meus lábios para dar alguns selinhos no seu umbigo.

- Ah não, não para... não para... - suplica, reabrindo os olhos e olhando diretamente nos meus.

Interrompo os gentis beijos, afinal não é isso o que Mani mais quer agora. Volto a desfrutar de seu membro sem pudor e com velocidade considerável. Tudo bem... não é só ele que sente prazer nisso. Confesso que poderia fazer isso por horas...

- Ahhhhhnnnnnn... - geme, ou melhor, grita ele.

Sinto algo preencher minha boca. Algo quente e amargo. A quantidade é tanta que levanto-me, me assento, tossindo engasgado.

- É... foi mal... não tive tempo de avisar. - fala ele, tentando se recuperar, um pouco ofegante.

Continuo tossindo, enquanto algumas gotas escorrem do canto esquerdo da minha boca.

- Vai lá no banheiro, você não gostou muito do sabor , né? - pergunta, se assentando e me pegando por trás, aproximando nossos corpos.

- Não. - respondo secamente.

Me afasto dele e vou direto para o banheiro tirar tudo o que está dentro da minha boca nesse exato instante. Tinha sido tudo perfeito, tirando esse pequeno detalhe. Talvez tão perfeito quanto um sonho. E eu, até agora, me perguntando: Manigold me ama? Manigold ficou comigo? Manigold...

- Manigold... - falo alegre, ao terminar de lavar minha boca na pia e observar meu reflexo no espelho do banheiro.

Em seguida, volto pro quarto dele. Manigold, agora deitado de costas e de cabeça para cima, olhava ancioso para a porta:

- Ficou bravo? - pergunta ele, como uma criança quando se arrepende de uma travessura.

Sorrindo, caminho até ele e me deito ao seu lado esquerdo, dando um selinho estalado no seu ombro.

- Claro que não. Só não faça isso de novo, senão você vai tomar também! - ameaço, sério.

Ambos olhamos para o teto do quarto. Ele, com os dois braços por trás da cabeça. Eu, com eles cruzados sobre meu peito. Desvio meu olhar para ele. Mani faz o mesmo para mim. Seu sorrisinho bobo  consegue arrancar de mim, também, um sorriso.

- Não precisamos do Grand Finalle hoje... certo? - pergunta ele, deitado ao meu lado.

Virando-me e caindo sobre ele, lhe roubo um feroz beijo até o término de longos instantes. Permanecendo quieto em cima dele, viajo solene em seus olhos, ao responder:

- Acho que não estou preparado para tanta emoção.

Ele ri, mas não deixo que prossiga. Roubo-lhe um segundo beijo, enquanto nos entregamos a magia dessa noite...

Que sonho! Que realidade!! Esse foi o florescer de uma rosa que, com toda a certeza, será eternamente a mais bela do meu jardim...


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Notas finais do capítulo

Não sei se leram o mangá Gaiden do Manigold, mas nele o nosso protagonista das rosas tem presença! Não sei também se foi apenas minha impressão, mas o cancer tem mania de ressaltar a beleza do companheiro sempre que pode e tenta uma aproximação. Enfim... detesto criar casais e aprofundar neles quando não há nexo algum. Mas no caso, acho que esses dois tem e ate demais!!

PS: Ággelos é o nome co colégio onde Albáfica, Manigold, Pandora, Shion, Dohko, Asmita, Kardia e Dégel estudaram durante o Ensino Médio.