A Rosa Que Sangra escrita por Wondernautas


Capítulo 26
Flor de Lótus


Notas iniciais do capítulo

Demorei mt pra postar? T-T... Espero que, caso sim, o cap compense essa falta... Narrado por Yuzuhira.



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– Sério? – questiona Sasha, boquiaberta.

– Claro. Eu senti isso, aliás, já venho sentindo há um bom tempo. – alego.

É a casa de minha amiga. Estamos em um dos sofás da sala. O assunto é a estranha mudança no comportamento de Albáfica. Sasha já sabia do beijo entre nós dois, mas foi agora que decidi falar sobre as mudanças em meu amigo, prováveis consequências daquele inexplicável deslize.

– Ele deve estar se sentindo culpado, né?

– Para falar a verdade, acho que sim. E, por isso, acho que nós dois precisamos ter uma conversa com o Manigold.

– Tem certeza? – pergunta ela.

– Não... – respondo, hesitante. – Mas ele está muito perdido, Sasha. Preciso fazer algo pelo meu amigo.

– Será que ele é só seu amigo mesmo? – indaga, erguendo a sobrancelha esquerda.

– É claro que é!

– Pense bem: vocês não teriam se beijado se fossem apenas amigos. Tem algo a mais nessa história, concorda comigo?

A amada de Tenma, com seus belos e longos cabelos detidos em um coque, me observa por longos segundos, a espera de uma réplica minha. Não estamos sozinhas. Seiya está em seus braços.

– Talvez. – digo, ao refletir por certo tempo.

– Talvez? Seja direta, senhorita... – pede, sorrindo.

– Tudo bem, não consigo esconder nada de você mesmo. Albáfica ama o Manigold, apenas é meu amigo. Mas...

– Não concordo com isso.

– Não concorda que ele ame o Manigold? – pergunto, surpresa ao cogitar essa possibilidade.

– Ele ama sim, mas das duas uma: ou também sente algo especial por você, ou está beeeeem confuso. Qual “opção” seria a correta?

Respiro fundo. Apoiando todo o meu corpo sobre a minha perna esquerda dobrada, mantenho a outra ao chão. Em instantes, me manifesto mais uma vez:

– Não sei. Mas... Você já sabe qual é o meu lado...

– Não fica assim, Yuzu. Você acabou de sair de um longo relacionamento com o Yato, é natural que...

– Não, não é não, Sasha. – a interrompo. – Eu me apaixonei por ele, e em uma situação como essa, não posso considerar como algo simples e normal.

– Tenha calma. Se ele precisa refletir sobre si e sobre a vida, diria eu o mesmo para você.

Não falo, mas minha querida amiga tem razão, pelo menos nesse último comentário. Albáfica precisa pensar, e eu também.

– Pensando bem, pode ser que uma conversa entre vocês três não seja tão mal assim. – acrescenta, enquanto Seiya permanece de olhos fechados, envolto por uma manta branca e por sonhos angelicais. Assim espero... – Primeiro fale com o Albáfica, depois juntos vocês decidem o melhor a fazer.

Muitas pessoas poderiam dizer que tudo isso é tempestade em copo d’água. Um mero beijo trouxe pensamentos conturbados, tanto para mim, quanto para ele. Porém, não é. A gravidade de um problema está nos olhos de quem se depara com ele. Para Albáfica, aquele ato foi uma traição. Não uma traição contra o Manigold em si, mas contra o sentimento entre eles, o amor que ambos nutrem. Não há dúvidas que é amor, e verdadeiro. E é esse o motivo, por amar tanto e por valorizar esse laço mais do que a própria vida, que meu escritor favorito agora deve estar se sentindo tão mal. Deve não, está! Não preciso nem que ele me fale para que possa perceber isso.

– Bem, mudando de assunto, mas aproveitando o nome “Albáfica”... Quando será mesmo o evento de lançamento do livro?

– Daqui a dois meses. Até lá, ele já terá terminado e dado os retoques finais, segundo o que me contou. – revelo.

– Mas ainda não é muito cedo para isso? Digo, para preparar um evento como esse?

– Não para ele. Como é o primeiro livro e ele já possui uma editora para publicá-lo, Albáfica está muito empolgado e animado, louco para vê-lo no mercado literário, e o quanto antes. – alego, sorrindo.

– Entendi... – Sasha, com cuidado, para não acordar o filho, se levanta do sofá. – Me espera que eu vou subir com ele, deixa-lo no berço e voltar em instantes.

– Ainda quer sair? – tento tirar a dúvida, já que eu não vim para sua casa apenas para falar sobre o Albáfica.

– Sim, quero, há tempos que não tomo um bom sorvete. Volto já. – afirma, dando as costas para mim, caminhando então em direção ao quarto do bebê.

Observo o afastar da dupla: mãe e filho. Não consigo conter a alegria por minha querida amiga. Hoje em dia ela é feliz de verdade. Um irmão adorável como o Alone, que por acaso está em seu quarto e ficará cuidando de Seiya enquanto estivermos fora. Um marido amoroso e dedicado, Tenma, que é também meu amigo. Um filho lindo e especial, o frágil bebê em seus braços.

“Seiya, a minha flecha estelar.” O dizer de minha querida amiga, ao apreciar pela primeira vez o rosto do filho, jamais sairá da cabeça dela e, com certeza, da minha também não. Pretendo, um dia, ser mãe, tendo ao meu lado um marido que ame e que também seja amado por mim. Mas, afinal, que mulher não sonha em ser agraciada com a beleza da maternidade?

– Yuzuriha, como vão os desfiles? – indaga alguém, chamando-me de volta para a realidade, ao me retirar dos meus pensamentos.

– Oi Alone, pensei que você estava lá em cima. Bem, os desfiles vão bem. – respondo, entre risos.

– E você também vai? Parece preocupada... – fala o loiro, se aproximando de mim e se assentando bem no lugar em que Sasha estava há pouco.

– Mais ou menos. Mas logo estarei apenas no “mais”. – deixo claro, mas sem perder a educação e o tom ameno e calmo.

– Sabe, estou muito preocupado por esses dias. – alega, tornando-se mais sério.

– Com o quê? Aconteceu alguma coisa ruim? – me apresso em saber.

– Eu não falei com a minha irmã, nem com o Tenma, mas há algumas semanas, eu pintei um quadro muito estranho...

– Como assim estranho? – fico eu cada vez mais aflita com o tom de voz utilizado por Alone.

– É melhor te mostrar, mas...

– Vamos, Yuzu? – indaga Sasha, ao descer as escadas que há pouco subira, vindo em nossa direção.

Assim como Alone chegara sem que eu percebesse, foi o mesmo com a irmã dele. Sasha chega e surpreende, não só a mim como o loiro também. Nós dois olhamos para ela.

– Falamos sobre isso depois. –  sussurra, virando o rosto para mim outra vez. – Não comente nada com ela, por favor...

– Tudo bem. – asseguro, mimetizando o mesmo tom que ele. – Vamos sim. – elevo minha voz, assimilando-a com a de Sasha, levantando-me do sofá.

– Alone, fique de olho no Seiya, por favor. – quase suplica, ao se posicionar próxima a nós.

Ele também se levanta do sofá, esboçando um leve sorriso. Em sequência, cruza os braços e rebate:

– Não sei o motivo de tanta preocupação. O tiozinho aqui cuida do pequeno melhor do que o pai!

Não consigo segurar meus risos.

– Do jeito que o Tenma é, eu não duvido nada...

– Tudo bem, tudo bem. Ele é um pouquinho sem jeito, mas não exagerem, né? Agora vamos Yuzu, senão ficaremos aqui até a noite. – insiste, puxando com leveza e cuidado o meu pulso direito com sua mão esquerda.

– Não se esqueçam de trazer um picolé para mim, pelo menos...

– De chocolate? – questiona Sasha, enquanto ela e eu nos direcionamos à porta da sala.

– Pode ser... – diz, assentando-se no sofá outra vez.

Nós duas, em poucos segundos, passamos para o lado de fora da residência. Logo, já nos encontramos rumo à nova sorveteria do bairro. Com algumas risadas, trocamos palavras, falando sobre assuntos diversos. Após poucos minutos, chegamos à rua do local.

– Ai, dá até emoção só de ver a sorveteria, Yuzu... – declara Sasha, com o olhar cintilante.

– Então vamos lá aproveitar o sorvete que será ainda mais emocionante. – declamo.

Continuamos com nosso trajeto. Porém, algo inesperado nos interrompe. Ou melhor, alguém.

– Boneca... Há quanto tempo... – fala a pessoa, que agora se encontra diante de nós, nos parando na calçada.

Do outro lado da rua, a sorveteria. Que triste... Quando estávamos prestes a chegar ao paraíso, um monstro surge para nos aliciar. Pois, para mim, alguém que ameaça a vida de um inofensivo cachorrinho é um monstro. Será que classifica-la como demônio seria um exagero?

– Quem é você? – pergunta Sasha, mas segundos depois sua expressão de interrogação se altera, comprovando que se lembrou da identidade de quem está diante de nós. – Aquela maluca da festa do Minos... Asuka, não é isso?

– Maluca é você, sua vagabunda! – grita ela, alterada, olhando para a esposa de Tenma com agressividade.

– Epa, mas o que é isso? Chamando minha amiga de vagabunda do nada? O que aconteceu com você? Atacou mais alguém e levou um fora daqueles? – indago, irritada.

Essa Asuka é mesmo doida. O que dá nela para vir falar com nós duas e, ainda por cima, gritar com a Sasha sem motivo nenhum?

– Eu a chamo do que eu quiser... – libera, séria. – Vadia, vagabunda, piranha...

Um tapa na cara dessa desequilibrada. Sim, fui eu quem acertou, e em cheio, a minha palma direita no respetivo lado do rosto da ruiva.

– Ui, que delicia, meu bem. Bate aqui também, bate... – pede ela, dando as costas para mim, enquanto usa ambas as mãos para apertar a própria...

– Gente, que mulher é essa? – Sasha, espantada. – Ela saiu do manicômio?

As poucas pessoas na rua, além das várias na movimentada sorveteria, nos observam. Não é difícil de entender como uma cena como essa possa vir a atrair os olhares de tantos... Mas quer saber de uma coisa? Não estou nem ai!

– Vem com pressão, vem! – exclama Asuka, usando um tom lascivo, digno de nojo e desprezo.

Suspiro fundo. Ignorando a louca, olho para minha amiga, que faz o mesmo. Juntas, passamos, ladeando a que apareceu sabe-se lá de onde, rumo à sorveteria. Assim que nós duas colocamos os pés no asfalto, mantendo nossos olhos a salvo da visão da ex-namorada de Kardia, um dos amigos de Albáfica, ela se manifesta novamente:

– Eu tenho provas do beijo com aquela putinha de cabelo azul.

Mais uma vez, cesso meus passos. Sasha nota minha expressão pálida e, ao mesmo tempo, enfurecida. Putinha, o Albáfica? Como ela tem tanta petulância?

– Diz ai: com a foto que tirei de vocês dois, posso chamar seus amigos do que eu quiser, não é? – debocha, com um provável sorriso no rosto.

Viro-me para ela. A mãe de Seiya também o faz. De fato, Asuka está sorrindo, e como se acabasse de conquistar uma grande e gloriosa vitória. Insatisfeita com a ideia de apenas se manter assim, ela usa ambas as mãos para acariciar os seis, envolvendo sua face com um nítido espírito de desejo. Um ato que me desperta um desprezo ainda maior.

– Mas você tem uma chance: se lamber esses dois aqui, na frente de todas essas pessoas, eu queimo a foto.

– Como posso confiar na sua palavra? Nem ao menos sei se você tem mesmo essa foto...

O sorriso dela se eleva. Com a mão direita, a ruiva retira uma fotografia do seu decote vulgar. Direciono meus olhos para a foto. Nela, evidente a cena em que Albáfica e eu nos beijamos.

– Essa aqui é apenas uma cópia, mas se fizer o que eu mandei, destruirei as demais provas, querida... – a cada segundo que escuto a voz dela, meu desejo de estapear sua cara suja e asquerosa aumenta mais, e mais, e mais...

– Ela está mentindo, Yuzu. Se ela tem outras cópias, não se livrará de todas. Pode ser até que continue te chantageando... – opina Sasha, com a face e o tom sérios, observando-a como eu.

– Sei disso. Não farei o que ela está exigindo.

É claro que não farei! Para resolver esse problema, basta ligar para o Albáfica e lhe falar sobre o ocorrido. Asuka sabe do beijo? Não tem importância alguma! Manigold também logo saberá, e por nós dois, que somos os únicos responsáveis pelo que ouve. Em outras palavras, temer essa maluca não tem fundamento nenhum.

– Tem certeza disso?

– Absoluta. Não sou idiota. Vá cuidar da sua vida, que você ganha mais. – lhe ofereço a resposta.

– Ah, querida... – com largos passos, ela reduz a distância entre nós a quase zero, sem interromper as estranhas e asquerosas carícias nos seios. – Estou cuidando dela sim!

– Saia de perto de mim! – exijo. – Você precisa se tratar, mesmo!

– Transe comigo, transe meu amor... – pede, aproximando o rosto do meu.

Outro tabefe. Desta vez, uso a outra mão, afastando-a então.

– Eu já falei: saia de perto de mim!

– Você vai ficar comigo sim, vadia! – grita, voltando a me encarar, após ter seu rosto impulsionado para o lado, mas direcionado para mim em seguida.

– Vadia é você! – exclama Sasha, defendendo-me. – Quem você pensa que é?

– Se coloque no seu lugar, vagabunda... – clama, abanando a palma esquerda, com desdenho.

– Por que está fazendo tudo isso? O que eu, o que o Albáfica fizemos para você? Não tem sentido nisso...

Asuka fecha os olhos. Enquanto os mantem assim, suspira profundamente. Segundos depois, os reabre. Sua alegria ácida não desaparece da sua face deslavada em nenhum instante.

– A amiga Sasha é uma vagabunda. O irmão dela, Alone, uma bichinha no armário. O tal de Tenma, um mulherengo que pega qualquer uma, mas que tem seu segredo escondido pela esposa boba, que com todo o custo quer manter o casamento de aparências. O amigo colorido Albáfica é uma putinha que adora dar uma de bonzinho. E você, Yuzuriha, uma vadia que gosta de manter o ar de mulher com classe. Me esqueci de alguém?

Chega, ela ultrapassou todos os limites. Poderia falar o que quiser de mim, e o dia inteiro. Mas falar dos meus amigos? Não, isso eu não admito, em nenhuma circunstância.

– Ah, me lembrei. – continua Asuka. – Temos também...

Ela não tem a oportunidade de encerrar seu discurso. Voo para cima dessa descarada, jogando-a para o chão com o impulso. Sinto que não só Sasha, como todas as outras pessoas que nos assistem ficam boquiabertos, perplexos e sem ação.

– Nunca mais ouses falar dos meus amigos! – ordeno, assentando-me sobre a barriga dela, para impedir uma possível fuga. De maneira alguma, essa petulante ardilosa escapará.

– Acha que é mais forte que eu, sua modelozinha de mer...

Um tapa, e bem dado. E outro, e outro, e outro. Não quero me controlar, como fiz na festa do Minos, como fiz até agora. Estapeio a cara dessa maluca atrevida com rapidez e fúria. Quem ela pensa que é? Não me importa, na verdade. Tudo o que preciso saber é que farei ela se arrepender das calúnias contra todos que me são valiosos.

– Calma, Yuzu... – pede Sasha, recostando ambas as mãos em minhas costas. – Você vai deixar ela roxa de tanto...

– Calma coisíssima nenhuma! Eu vou acabar com a raça dessa desgraçada! – declaro, acertando-a com tapas sem parar.

Ela não grita, não reclama, mas tenta em vão se defender com os braços. Não fará diferença. Se eu fosse contar, já teria perdido a conta lá nos primeiros segundos...

– Nunca... – diminuo a velocidade, mas lhe aplico mais um tabefe. – Mais... – lhe dou outro – Fale... – e outro. – Dos meus amigos! – concluo a sequência, lhe presenteando com a minha palma direita e toda a força que ela possui.

Ao encerrar, tento me manter no ritmo natural da minha respiração. Observo o rosto vermelho dela, que no momento, está perfeito com o feixe de sangue escorrendo da narina esquerda. Perfeito em que sentido? O sentido de que joguei para ele toda a minha ira.

– O recado foi dado, querida... – ironizo, enfatizando a última palavra com um tom bem especial, levantando-me.

Nos observamos por alguns segundos, até que eu decido me virar e deixa-la no chão, como está.

– Isso vai ter troco, vadia!!! – grita Asuka.

– Não vai ter não, ruiva louca. Eu não tenho cachorros... – conto, fazendo o mesmo movimento com a minha mão direita de desdém que ela fizera há pouco, ao lado do meu rosto.

Cansei de olhar para a cara dessa mulher. Não pretendo fazer isso pelo resto do dia, se puder, da minha vida. Ao lado de Sasha, caminho em direção à sorveteria. Finalmente, rumo ao paraíso após a derrota do monstro...

– Você não acha que exagerou? Todos estão olhando para nós duas... – argumenta minha amiga, fitando-me.

– Nenhum pouco, Sasha. Ela teve o que mereceu.

Atravessamos a rua. A Asuka? Não quero nem saber! Se ela continua que nem um pastel velho e podre no chão ou tomou vergonha na cara e foi embora, eu não sei. Não quero ter o desagrado de olhar para trás para confirmar isso...

–  Tá, talvez você esteja certa... –  comenta, ainda séria.

–  Talvez? Eu não tenho dúvidas!

Chegamos à porta da sorveteria. Todos os clientes e funcionários do local nos observam, sem sequer disfarçar. Como antes, não tiro a razão deles, assim como não me incomodo com tal fato. Suspirando, Sasha fala:

– Eu vou amar o sorvete daqui, pelo menos se tudo o que você disse sobre a qualidade daqui for coerente.

–  Por qual razão não seria? – indago. – Agora vamos entrar, esquecer o que houve com aquela louca e fingir que nada aconteceu.

Nós duas damos dois ou três passos, colocando nossos pés dentro dos limites do estabelecimento. Entretanto, o horripilante e alto disparo nos impede de seguir adiante. Do meu lado, posso ver gotas de sangue voando pelo ar, enquanto o corpo de quem sempre esteve ao meu lado perde as forças, tombando para trás. Meus olhos, ao compreenderem a situação, quase desfalecem. É quando, aterrorizada, viro-me para ela, com o puro e simples clamor:

– Sasha!!


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!!